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Existem diversos tipos de bullying e engana-se quem acha que ele é exclusivamente físico. Formas como agressão verbal e assédio emocional também são extremamente danosas e geram consequências para o resto da vida de quem os sofre. Trata-se de um assunto sério, que deve ser combatido a qualquer custo. Existem medidas que podem ser tomadas para confrontar um agressor, seja você a vítima ou uma testemunha do assédio. Além disso, é importante aprender outras maneiras de conseguir ajuda e conscientizar as pessoas com quem você convive.

Método 1
Método 1 de 4:

Lidando com o agressor

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  1. Em uma situação ameaçadora, em que o agressor representa perigo imediato, o melhor é se afastar; mesmo que ele o esteja ofendendo somente com palavras, você não é obrigado a ficar para escutar. Mantenha a calma e afaste-se, para mostrar que não tolerará tal atitude.
    • Vá em direção de outras pessoas, como um professor ou alguém que sabidamente não tolera assédio.
  2. Uma das medidas mais eficazes para cortar as agressões rapidamente é denunciá-las. [1] Falar com alguém sobre isso é uma maneira de se defender e mostra que você não se deixará ser ofendido passivamente.
    • Procure seus pais, um professor, um orientador da escola ou qualquer outra figura de autoridade e conte exatamente o que o agressor fala ou faz para você.
    • Diga “Fulano está me assediando. Ele está sempre tirando sarro do meu peso, mesmo que eu já tenha pedido inúmeras vezes para ele parar. Eu não sou levado a sério e preciso de ajuda.”
    • Outra opção é escrever um bilhete explicando o que está acontecendo e entregá-lo para o professor, diretor ou coordenador pedagógico da escola.
    • Caso a tentativa não dê em nada, procure outra pessoa. Não desista; você não deve aceitar tal tratamento de maneira alguma.

    Dica: Converse com seu supervisor ou alguém da área de recursos humanos caso você seja um adulto tendo de lidar com bullying no trabalho. É útil produzir um relatório escrito de suas experiências ou envolver a participação de uma testemunha.

  3. Use uma linguagem direta e objetiva, assuma uma postura séria; essas serão suas melhores armas para enfrentá-lo. [2] Se mesmo depois de sair andando ele continuar a ofendê-lo, dê meia volta, encare-o e mande-o parar.
    • Não tente confrontar o agressor se sentir que fazê-lo é arriscado.
    • Use uma linguagem corporal assertiva. Mantenha-se ereto, encare o agressor quando falar com ele, não olhe para baixo e não se feche; nada de cruzar os braços e se retrair. Isso mostrará que está intimidado, portanto deixe os ombros para trás, os braços soltos ao lado do corpo e os pés alinhados aos ombros.
    • Faça uma exigência curta e grossa. Use um tom de voz calmo, porém firme e diga “Pare com isso, Fulano” ou “Chega disso, Beltrano”, sempre olhando nos olhos dele.
    • Não faça elogios ou ofensas. Dizer coisas legais para um agressor depois de ser insultado ou ameaçado mostrará para ele que você está dominado e ele se sentirá poderoso. Por outro lado, xingá-lo pode atingir um ponto fraco e ele pode partir para a agressão física.
  4. . A intenção dele é deixar você fora de si, portanto esforce-se para não dar o que ele quer. Fique tranquilo e não mostre sua raiva, medo ou tristeza, pois é disso que um bully se alimenta e ele se sentirá ainda mais tentado a agredi-lo.
    • Respire fundo algumas vezes e pense em coisas que o animem, como tirar boas notas, brincar com o cachorro ou algo divertido que está programado com seus amigos e familiares no final de semana. Assim, você conseguirá se distanciar da situação mentalmente e será mais fácil disfarçar a raiva. Enquanto isso, mantenha os olhos abertos e encare-o.
    • Responda com calma. Diga algo como “Você se acha hilário, mas não é. Pode parar” ou “Ou você para com isso agora, ou eu faço um escândalo e chamo o professor”.
    • É importante lembrar que o momento passará mais rápido do que parece. Quando tudo acabar, desabafe com alguém sobre isso, fale sobre seus sentimentos com seus pais, um professor ou orientador.
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Método 2
Método 2 de 4:

Ajudando uma vítima de assédio

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  1. Não espere muito para lidar com o agressor. Quando presenciar uma cena de bullying, intrometa-se para interrompê-la imediatamente. Caso seja impossível fazer algo sozinho, procure alguém que possa ajudá-lo. Em geral, adultos nessa situação procurariam ajuda de outros adultos. [3]
    • Defenda a vítima e diga “Pare com isso, Fulana!”, mas sem ofendê-la e sem usar força física para impedi-la.
    • Chame alguém para ajudá-lo se o agressor não parar. Por exemplo, quando vir alguém sendo agredido no parque da escola, corra para achar um professor ou monitor e diga o que está acontecendo.
    • Não espere a situação passar para buscar ajuda, ou a vítima pode ser seriamente agredida.
    • Conte para um professor ou orientador sobre o que está acontecendo. Quando o assédio acontece de forma velada, como através de exclusão social ou provocações sutis, é mais difícil detectar o que está acontecendo.
  2. Isso é fundamental; caso tenha esse poder, nunca deixe um bully e sua vítima no mesmo ambiente, nem os force a fazerem “as pazes”. Deixe-os em salas separadas e converse com um de cada vez. [4]
    • Pergunte individualmente sobre o que aconteceu.
    • Outra ideia é conversar com outras pessoas que tenham presenciado a cena. Tenha cautela, e não faça isso na frente de nenhum dos dois.
    • Não tenha pressa para refletir sobre os acontecimentos. Depois de conversar com cada um dos envolvidos, pergunte às pessoas que estavam presentes sobre o que viram. Somente depois de juntar essas informações é que você poderá refletir sobre o que realmente aconteceu.
  3. O bullying é um assunto sério, que pode piorar drasticamente e virar uma tragédia. Sempre que ficar sabendo de um caso de assédio, tome providências. [5] Para se ter uma ideia, pode ser necessário chamar a polícia ou o SAMU dependendo da situação. Você deverá chamá-los quando: [6]
    • Alguém tiver uma arma (branca ou de fogo).
    • Ameaças sérias forem feitas.
    • A violência e as ameaças forem crimes de ódio, como racismo ou homofobia.
    • O agressor causar lesões físicas sérias à vítima.
    • Houver assédio sexual envolvido.
    • Qualquer atitude ilegal ocorrer, como extorsão, chantagem ou furto.
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Método 3
Método 3 de 4:

Dando um bom exemplo

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  1. [7] Observe como trata seus colegas de classe. Será que não os provoca, mesmo sem querer? É normal trocar farpas com os colegas de vez em quando, mas preste atenção se pega no pé de alguém mais do que com o resto, mesmo que não se considere agressivo. Desenvolva um código moral de ser agradável com todo mundo, até com pessoas de quem não gosta.
    • Não provoque uma pessoa se ela não for uma amiga íntima, que entenda seu senso de humor e tenha dado abertura para isso.
    • Não espalhe boatos, nem faça fofocas sobre os outros, isso também é uma forma de bullying.
    • Nunca espalhe fotos e informações de alguém sem a permissão da pessoa.
  2. Caso veja alguém sendo assediado ou agredido dentro da escola, enfrente o agressor! Não se meter não trará nada de positivo para a situação, é necessário tomar uma atitude direta para garantir que a vítima não seja mais prejudicada. Você pode falar diretamente com o agressor se sentir que tem condições ou chamar alguém que tenha e contar o que viu.
    • Quando seus amigos começarem a fofocar sobre alguém, deixe claro que você não fará parte disso. Diga “Eu não gosto de falar mal dos outros, podemos mudar de assunto?”
    • Se você faz parte de uma turma que exclui outras pessoas de propósito, diga que quer trazê-las para o grupo e que essa é a coisa certa a se fazer. Diga “Nós deveríamos ser mais legais com a Maria, deve ser tão difícil estar no lugar dela!”
    • Fale com um adulto responsável imediatamente quando vir alguém sendo provocado ou se estiver preocupado com a segurança da vítima. Fale “Estou preocupado com o João, os alunos das séries mais avançadas o seguem e o provocam no caminho para casa”.
  3. Muitas escolas têm grupos formados pelos próprios alunos para impedir que o bullying faça parte da rotina, fazendo da escola um lugar agradável e seguro. Entre nesses grupos ou comece o seu para conscientizar os alunos sobre o problema e oferecer soluções para resolvê-lo.
    • Comece com uma simples conversa sobre o assunto com seus próprios amigos. Você pode dizer algo como “Sabia que tem acontecido casos de bullying aqui na escola? Eu não suporto essa ideia e estou pensando seriamente em fazer algo para acabar com isso”.
    • Fale com seu professor ou coordenador pedagógico sobre maneiras de amenizar o problema. Talvez você seja convidado a fazer uma apresentação sobre isso para sua classe, ou para organizar um evento de conscientização.{{greenbox: Você pode ser um influenciador antibullying. Ao organizar campanhas de conscientização em sua escola ou entre seus colegas, você pode fazer toda a diferença! Estudos mostram que casos de bullying em escolas diminuem significativamente quando há programas antibullying mantidos por alunos no local. [8]
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Método 4
Método 4 de 4:

Pedindo ajuda

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  1. O assédio é mais comum do que parece e cada escola lida com essa questão à própria maneira. Fale com o diretor ou coordenador sobre a situação para que ela pare o mais rápido possível. Talvez a melhor solução seja punir os agressores, ou criar uma forma de mediação entre as partes.
    • Saiba que outras pessoas passam por isso, na sua escola e em qualquer outra. Existem regras para evitar que isso aconteça, embora nem sempre elas sejam eficazes e conversar é uma maneira de assegurar que elas funcionem.
    • Caso você seja um pai, marque uma reunião com a escola, não tente resolver o problema por conta própria.
  2. Denuncie os casos de cyberbullying para as redes sociais. O cyberbullying se tornou uma forma comum de assédio, com vazamento de fotos íntimas na internet, criação de memes para humilhar a vítima, entre outros. Entre em contato com a rede social em questão e denuncie o perfil do agressor, bem como a atitude em questão. Faça um print screen da tela para ter a imagem gravada e usá-la posteriormente, caso seja necessário. Além disso, é uma boa ideia retirar o perfil da vítima da rede, ao menos até que a situação se resolva.
  3. Algumas formas de assédio são bastante graves e enquadradas como crime. Entre em contato com a polícia se o seu caso envolver os aspectos descritos abaixo:
    • Violência física. O bullying pode chegar às agressões físicas e se você teme por sua integridade ou acredita que sua vida está em risco, chamar a polícia é fundamental.
    • Perseguição e assédio. Se alguém invade seu espaço pessoal e o intimida, isso pode ser considerado assédio, um crime previsto por lei.
    • Ameaças de morte ou de violência.
    • Divulgação de imagens humilhantes ou íntimas sem sua permissão, incluindo imagens e vídeos de nudez ou com conteúdo de natureza sexual.
    • Ameaças ou ações baseadas em crime de ódio.

    Dica: Se você for uma criança e estiver sofrendo bullying na escola, peça ajuda de um adulto (como um professor, um diretor ou o coordenador pedagógico de sua escola). Fale com um adulto, com a polícia ou com o conselho tutelar caso o bullying aconteça fora da escola.

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Dicas

  • Não seja violento.
  • Não faça bullying com os outros só para se escapar de um valentão.
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Avisos

  • Se a coisa ficar muito séria, ligue para a polícia.
  • Tenha captura de tela para levar na polícia quando for.
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