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Uma torção no pulso causa lesões nos ligamentos que conectam os pequenos ossos do punho (os chamados ossos carpais). A lesão de ligamento do punho mais comum é no ligamento escafo-lunar, que liga o osso do escafoide ao osso semilunar. [1] As torções de punho têm vários índices de gravidade dependendo da extensão ou do rompimento dos ligamentos, determinando o método de tratamento mais adequado; em alguns casos, basta o cuidado caseiro, enquanto em outros, é importante mostrar a contusão a um profissional da saúde para obter um melhor diagnóstico.

Parte 1
Parte 1 de 3:

Cuidando de uma torção leve no punho

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  1. As torções leves são comumente causadas pela repetição de tarefas ou pela hiperextensão da articulação ao sofrer uma queda ou ao esticar a mão. [2] Evite tarefas repetitivas caso acredite que elas sejam as responsáveis pelas dores no punho e tente mudar de atividade no trabalho por pelo menos uma semana, se ela estiver relacionada com o problema. Se ela surgir devido a exercícios físicos, a postura da mão pode estar equivocada ou a força aplicada no local é exagerada. Um personal trainer poderá ajudar e mostrar a maneira certa.
    • Uma torção leve geralmente é categorizada como grau I, inferindo que os ligamentos sofreram um pouco de extensão, mas sem grandes danos. [3]
    • Dor suportável, leve inflamação ou inchaço e perda de alguns movimentos ou força no punho são os sintomas mais comuns das torções de punho de grau I.
  2. A aplicação de gelo é um tratamento bastante eficaz para praticamente todas as contusões musculoesqueletais, como as torções de punho. [4] Aplique-o à parte mais sensível do punho para reduzir o inchaço e a dor. Deixe o gelo de 10 a 15 minutos a cada duas ou três horas por alguns dias, reduzindo a frequência à medida que a dor e o inchaço diminuírem.
    • Comprimir o gelo contra o punho utilizando um elástico também ajuda a controlar a inflamação, mas não aperte demais para não interferir na circulação sanguínea, piorando a contusão.
    • É fundamental enrolar os cubos de gelo ou compressas frias em toalhas finas para evitar queimaduras na pele.
  3. Enrolar uma bandagem funcional, neoprene ou mesmo cirúrgica dará mais apoio às articulações, permitindo uma aplicação de gelo mais simples; Porém, o maior benefício é psicológico — essencialmente, é apenas um “lembrete” visual de ir com calma e não forçar o local por alguns dias. [5]
    • Aplique a bandagem desde a parte dos “nós” dos dedos até o meio do antebraço, passando-a por cima do elástico. [6]
    • A bandagem deve ser colocada firmemente, mas sem interromper a circulação sanguínea. A mão do paciente não deve formigar, apresentar uma coloração azul ou ficar fria.
  4. Depois que a dor e a inflamação diminuírem, faça alguns exercícios leves de alongamento se o punho estiver rígido. Torções e distensões pequenas respondem bem aos exercícios de alongamento de menor intensidade, já que eles aliviam a tensão, promovem a circulação sanguínea e aumentam a flexibilidade. [7] Geralmente, recomenda-se ficar na posição alongada por 30 segundos e realizar tais exercícios de três a cinco vezes diárias até que a mobilidade retorne ao punho.
    • Você pode esticar os dois punhos ao mesmo tempo, ficando em uma “posição de oração” com as mãos (as palmas juntas na frente do rosto e com os cotovelos dobrados). Aplique pressão contra as mãos elevando o nível dos cotovelos até sentir que o punho lesionado está sendo esticado. Consulte um médico, fisioterapeuta ou personal trainer para realizar mais alongamentos, se necessário.
    • Aplique um pouco de calor úmido ao punho antes de realizar o alongamento para que os tendões e ligamentos fiquem mais maleáveis.
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Parte 2
Parte 2 de 3:

Cuidando de uma torção de punho moderada

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  1. Os anti-inflamatórios não esteroides (AINEs), como a aspirina, o naproxeno ou o ibuprofeno, podem solucionar o problema em curto prazo, ajudando a suportar dores ou inflamações significantes no punho. [8] Não esqueça de que esse tipo de medicamento pode atacar o estômago, os rins e o fígado, logo, não use-os por mais de duas semanas seguidas. Não administre aspirina para menores de 18 anos.
    • Converse com o médico antes de iniciar o tratamento medicamentoso caso tenha problemas de saúde, tome outros remédios ou tenha alergia a certos componentes.
    • Uma boa alternativa é a aplicação de um creme ou gel analgésico diretamente ao punho dolorido.
    • Manter o pulso elevado também ajuda na redução da inflamação.
    • As lesões de punho moderadas – conhecidas como torções de grau II – são caracterizadas por dor forte, inflamação e aparecimento de hematomas devido aos danos aos ligamentos.
    • Esse tipo de contusão pode deixar o punho mais instável e fraco do que as de grau I.
  2. As distensões de grau II apresentam maior inchaço devido ao rompimento parcial das fibras dos ligamentos. [9] Devido a isso, é importante ter cuidado, aplicar gelo constantemente e tomar medicamentos anti-inflamatórios. Quanto mais cedo esse tratamento de compressa fria for adotado a esse tipo de lesão, mais rápido os vasos sanguíneos serão comprimidos em diâmetros maiores, restringindo a circulação sanguínea e, por consequência, o inchaço. Quando o machucado for mais grave, o gelo deve ser aplicado de 10 a 15 minutos a cada hora durante um ou dois dias após a torção, reduzindo a frequência à medida que a dor e o inchaço melhorarem.
    • Caso não tenha compressas de gelo ou gel, pegue um pacote de ervilhas ou legumes no congelador.
  3. Como a instabilidade e a fraqueza são as maiores preocupações em pacientes com torções de grau II, o médico poderá recomendar o uso de uma tala para dar maior apoio. [10] Ela não tem um efeito “psicológico”, já que o movimento será restringido (o braço é imobilizado) e oferecerá bastante apoio caso seja necessário utilizar a mão para alguma tarefa.
    • O ortopedista deverá recomendar o tipo de tala ideal para a lesão.
    • O pulso deve sempre ficar em uma posição neutra ao apertar a tala.
    • As distensões de grau II devem ficar imobilizadas com tala de uma a duas semanas, o que pode causar rigidez muscular e menor movimentação após retirá-la. [11]
  4. Depois que a torção melhorar ao repousar o braço por algumas semanas, pode ser necessário realizar a reabilitação do braço para que a força e a mobilidade dele voltem ao normal. Isso é feito tanto em consultório ou em casa com a ajuda de um fisioterapeuta, que fará exercícios específicos para recuperar a força e movimentação no braço e punho. [12]
    • Para fortalecer o local após a melhora do inchaço e das dores, tente utilizar bolas de fisioterapia, apertando-as com o braço esticado e com a palma da mão para cima. Use os dedos para realizar o exercício durante 30 segundos por “sessão”, repetindo a atividade de 10 a 20 vezes por dia. [13]
    • Além disso, levantar pesos leves, jogar boliche ou esportes com raquete e até mesmo fazer jardinagem (ao arrancar ervas daninhas e fazer força com o pulso, por exemplo) são outras opções de atividades. Porém, não as inicie até que o médico ou fisioterapeuta permita.
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Parte 3
Parte 3 de 3:

Procurando ajuda médica

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  1. Quando o trauma no punho for muito forte, causando dores insuportáveis, inchaço, hematomas e perda das funções motoras, é imprescindível ir ao ortopedista ou ao pronto socorro para que o diagnóstico correto seja realizado. As torções de grau III envolvem o rompimento total dos ligamentos, necessitando de cirurgia para serem reparados. [14] Outras contusões sérias de punho e que podem ocorrer são: fraturas, luxações, artrite inflamatória (como artrite reumatoide ou gota), síndrome do túnel do carpo, infecções e tendinite severa.
    • Os exames de raio-X, ressonância magnética, cintilografia óssea e estudos de condução nervosa também poderão auxiliar no diagnóstico. Além disso, o médico possivelmente pedirá um exame de sangue para descartar a possibilidade de gota ou artrite reumatoide.
    • Também é importante ir ao médico se os sintomas ainda estiverem presentes ou piorarem 2 semanas após o início dos tratamentos caseiros.
    • Outros sintomas que podem indicar fraturas são: hematomas, sensibilidade, inchaço ou deformidade, além de repetir a forma de lesão, como ao cair novamente sobre o punho ou ao praticar esportes.
    • As crianças geralmente sofrem fraturas e não distensões nos punhos.
  2. Esses especialistas podem restabelecer a função e movimentação normal das articulações periféricas e da coluna vertebral, como no punho. Se a torção do punho for de um osso carpal levemente deslocado ou luxado, o quiroprata ou osteopata empregará a manipulação articular para reduzir a luxação ou reposicionar a articulação afetada. Geralmente, é possível ouvir um som de algo estalando ou voltando ao lugar após o ajuste.
    • Às vezes, um único ajuste pode aliviar totalmente as dores no punho, restaurando a completa movimentação no local, mas geralmente serão necessários alguns tratamentos para notar resultados significativos.
    • A manipulação articular no punho não serve para tratar infecções, fraturas ou artrite inflamatória.
  3. Elas contém medicamentos esteroides, que são injetadas perto ou dentro de um ligamento, tendão ou articulação e reduzirão rapidamente a inflamação, permitindo que o paciente recupere a movimentação normal e indolor do punho novamente. [15] Injeções de cortisona são indicadas apenas para torções crônicas ou graves. Geralmente, são administradas injeções com prednisolona, dexametasona ou triancinolona.
    • Algumas das possíveis complicações de injeções de corticosteroides são: infecções, sangramento, enfraquecimento de tendões, atrofia muscular local e dano ou irritação em nervos.
    • Se as injeções de corticosteroides não aliviarem ou resolverem os problemas no punho, a intervenção cirúrgica será a melhor forma para corrigir a lesão.
  4. A intervenção cirúrgica para tratamento de dores crônicas no punho deve ser apenas o último recurso e se nenhuma outra terapia não invasiva surtir efeito. Ainda assim, quando a torção for de grau III, esse procedimento será a primeira opção para restaurar os ligamentos rompidos. [16] Na maioria dos casos, a cirurgia restabelecerá a conexão dos ligamentos aos ossos carpais associados, através de placas e parafusos – em certas ocasiões – para dar maior estabilização.
    • Após a cirurgia para reconstituição de ligamentos, é necessário repousar de seis a oito semanas para total cicatrização, mas a reabilitação do punho pode levar um período ainda maior para ser completada. [17]
    • Algumas complicações possíveis da intervenção cirúrgica no punho são: infecção local, reação alérgica à anestesia, dano nos nervos, paralisia e dor ou inchaço crônicos.
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Dicas

  • Caso você sofra uma nova lesão ou observe o aparecimento de sintomas mais intensos, consulte um ortopedista antes de iniciar o tratamento.
  • Torções crônicas e recorrentes – originadas do tratamento inadequado de contusões ligamentares – podem levar ao desenvolvimento de artrite. [18]
  • As torções de punho são resultantes de quedas, na maior parte dos casos. Por isso, é necessário bastante cuidado ao andar em terreno molhado ou escorregadio.
  • Andar de skate é a atividade mais perigosa em relação a esse tipo de lesão, logo, sempre use equipamentos de proteção.
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Avisos

  • Vá imediatamente ao médico caso apresente qualquer um dos indícios ou sintomas a seguir: dor no punho que aumenta de intensidade rapidamente, paralisia ou dormência nas mãos ou braços, articulação do punho em um ângulo estranho, febre alta ou perda de peso repentina e sem causa aparente.
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