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A crise climática pode ser global, mas também afeta o dia a dia de cada pessoa. Fenômenos como o aumento nas temperaturas e a intensificação de condições meteorológicas severas afetam a disponibilidade de alimentos, a saúde da população, as condições de vida e habitação e até a economia. Neste artigo, exploramos mais a fundo esse impacto, bem como quais são as comunidades mais vulneráveis e de que formas você pode ajudar a resolver o problema. Por fim, como a internet está repleta de informações falsas sobre a crise climática, também listamos maneiras de aprender a identificar conteúdos confiáveis e combater mitos e inverdades.

Efeitos das mudanças climáticas no dia a dia

A crise climática leva a um aumento nas temperaturas e a condições meteorológicas severas, o que compromete a disponibilidade de alimentos e água. Para piorar, ela deixa a população vulnerável a mais doenças, como golpe de calor e asma. Enfrentar esses fenômenos exige um maior gasto de energia, o que acaba aumentando o custo de vida e habitação.

Método 1
Método 1 de 3:

Os efeitos das mudanças climáticas no dia a dia

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  1. O aumento na temperatura e a poluição do ar causados pela queima de carvão e petróleo podem desencadear diversos riscos à saúde, como golpe de calor, desidratação, asma, alergia e doenças respiratórias. Chuvas intensas e enchentes também aumentam a exposição a doenças de veiculação hídrica e contaminantes químicos. [1] E mais: o estresse sobre eventos meteorológicos severos, seja ele real ou percebido, piora o risco de ansiedade, estresse pós-traumático e depressão. [2]
    • Temperaturas mais altas levam ainda a uma proliferação maior e mais descontrolada de mosquitos e carrapatos, expondo a população a doenças transmitidas por vetores (como febre maculosa [3] e malária).
    • Eventos meteorológicos severos, como incêndios, tufões, secas e enchentes, também geram o risco de danos físicos.
  2. Temperaturas mais altas e condições meteorológicas severas reduzem a produção agrícola e de frutos do mar, limitando a disponibilidade de alimentos. Safras importantes, como de trigo e milho, ficam mais difíceis de cultivar e menos nutritivas em decorrência de secas e enchentes que levam à erosão e ao empobrecimento do solo. [4] Além disso, o aquecimento excessivo da água afeta a capacidade de reprodução de peixes e moluscos, expondo-os à contaminação por algas nocivas. [5]
    • O calor intenso e condições meteorológicas severas também dificultam o trabalho de agricultores em diversos contextos, o que impacta ainda mais a cadeia de produção.
    • Condições meteorológicas severas desaceleram o sistema de distribuição de commodities, uma vez que danificam rodovias e hidrovias, aumentando a insegurança alimentar em todo o planeta.
    • Altas temperaturas e secas limitam a disponibilidade de água, ao passo que enchentes e outras condições extremas podem contaminá-la.
  3. Fenômenos como ondas de calor, enchentes e afins danificam rodovias e pontes, dificultando a circulação pelas cidades e o acesso a áreas importantes — como hospitais e mercados. Temperaturas e condições meteorológicas extremas também sobrecarregam os sistemas energético e de comunicações, comprometendo o resfriamento de certos ambientes nesses momentos de tensão. [6]
    • Cidades litorâneas estão mais suscetíveis a danos relacionados às mudanças climáticas do que cidades interioranas. O aumento no nível do mar e a erosão causam mais enchentes e levam à destruição das vias de acesso e edifícios residenciais e comerciais.
  4. À medida que os efeitos da crise climática se intensificam, os preços sobem de modo geral. Altas temperaturas e condições meteorológicas severas, como secas, aumentam o uso de energia e água — o que se reflete na conta. Como essas mudanças comprometem a produção agrícola e o transporte de bens de consumo, o valor de compra de alimentos, roupas e produtos domésticos também chega a novos patamares. [7]
    • Como materiais de construção e aparelhos domésticos que combatem os efeitos das mudanças climáticas também tendem a ficar mais caros, há um aumento no valor de compra ou aluguel de imóveis.
  5. A crise climática afeta destinos turísticos em todo o mundo, impedindo que as pessoas visitem lugares marcantes e, por consequência, reduzindo a receita gerada por esse tipo de atividade. Secas e incêndios florestais causam sérios danos a lagos e florestas, enquanto o aumento no nível do mar e o aquecimento das águas provocam erosão em praias e destroem recifes de corais. Para piorar, o aumento na temperatura limita a queda de neve e diminui o interesse de turistas em regiões mais frias. [8]
    • O turismo afeta não apenas turistas, mas pessoas que vivem em pontos populares e têm no setor seu meio de sobrevivência.
    • Atividades que contribuem com as mudanças climáticas, como desmatamentos, também são responsáveis por danos em áreas naturais e pelo impacto no turismo. [9]
  6. A escassez de alimentos, o aumento nos preços, problemas de saúde e o estresse causados pelas mudanças climáticas podem gerar mais conflitos e episódios de violência. [10] Quando a crise força as pessoas a deixarem suas casas, isso também aumenta o risco de violência de gênero contra meninas e mulheres. [11]
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Método 2
Método 2 de 3:

O que são mudanças climáticas?

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  1. A Terra passa por mudanças climáticas naturalmente, muito em função de erupções vulcânicas e da sua proximidade com o Sol. [12] No entanto, o aumento em temperaturas e condições severas nos últimos 200 anos é consequência da ação humana, como a queima de combustíveis fósseis e o desmatamento florestal. [13]
    • A ciência já apresentou provas incontestáveis de que causa por trás da crise climática está na ação humana:
    • A temperatura média da superfície da Terra subiu 1,2 °C desde o século XIX, fenômeno provocado pelas emissões de dióxido de carbono.
    • A temperatura média da superfície do oceano subiu 0,33 °C desde 1969. [14]
    • O nível do mar subiu 20 cm nos últimos 100 anos. [15]
    • O tamanho e o volume de geleiras, camadas de gelo e o gelo do mar estão diminuindo gradualmente.
    • A queima de petróleo, carvão e outros combustíveis fósseis libera gases do efeito estufa, como dióxido de carbono. Esses gases ficam presos na atmosfera da Terra, o que provoca o aumento da temperatura.
  2. A crise climática está intensificando a severidade e frequência de eventos meteorológicos como enchentes, secas, incêndios e tufões. Além disso, ela desencadeia um aumento na temperatura e no nível da água e o derretimento de geleiras. [16]
    • Por consequência, essas mudanças afetam a disponibilidade de água e alimentos, aumentam o risco de doenças e causam danos à infraestrutura.
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Método 3
Método 3 de 3:

Quais grupos são mais afetados pelas mudanças climáticas?

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  1. Apesar de todos estarem suscetíveis aos impactos da crise climática, alguns grupos correm mais riscos que os outros. Infelizmente, aqueles que menos contribuem com o problema costumam sentir suas consequências em maior escala. Por exemplo: [17]
    • Crianças, idosos, gestantes e pessoas com deficiência ou quadros de saúde tendem a ser mais vulneráveis a eventos meteorológicos e ondas de calor.
    • Pessoas negras, indígenas e de comunidades tradicionais, assim como grupos de baixa renda, estão mais vulneráveis em função de fatores sociais — como viver em áreas especialmente afetadas pelas mudanças climáticas ou ter acesso limitado a recursos. [18]
    • Trabalhadores de setores como agricultura, construção civil, transportes e atendimento emergencial costumam ficar mais expostos a temperaturas e condições meteorológicas extremas, bem como ao ar de má qualidade. [19]
    • Devido à LGBTfobia estrutural, muitos membros da comunidade LGBTQIAP+ vivem em áreas mais afetadas pelas mudanças climáticas. Nesses locais, eles têm acesso a menos recursos e a infraestruturas precárias. [20]
  2. Embora países subdesenvolvidos contribuam menos com a crise climática, são eles que sentem os piores efeitos dos fenômenos. Via de regra, essas regiões são compostas por comunidades mais carentes e com acesso limitado a recursos de combate às mudanças climáticas — principalmente quando comparadas a países como os Estados Unidos. [21]
    • Por exemplo: somente 23 países desenvolvidos no mundo concentram cerca de 50% das emissões de gases, enquanto as mais de 150 nações restantes emitem os outros 50%. [22]
    • Algumas áreas estão sentindo os efeitos das mudanças climáticas mais rápido, como o Ártico e a Antártica. [23]
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Dicas

  • Evite repetir conspirações ou mitos sobre as mudanças climáticas ao corrigir pessoas desinformadas. Repetir a desinformação pode amplificá-la e espalhá-la, mesmo que sua intenção seja rebatê-la.
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