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A internet é um recurso indispensável, mas navegar por ela o deixa vulnerável contra ataques hackers, ladrões de identidade, anúncios intrusivos e até ao rastreamento por parte de empresas e governos. Para ter maior proteção na internet, use uma VPN (Virtual Private Network ou Rede Virtual Privada), que receberá os dados de entrada e saída através de seus próprios servidores, de modo que não fiquem visíveis a possíveis “seguidores”. No entanto, antes de começar a pagar por uma VPN, você deve saber qual é a mais segura, a menos problemática e que apresenta todos os recursos desejados.

Método 1
Método 1 de 2:

Escolhendo uma VPN segura e que não traga riscos

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  1. O objetivo da rede é proteger sua privacidade e seus dados, logo, deve-se contratar um serviço de confiança. Antes de começar a usar uma VPN, leia críticas de diversas fontes e verifique as avaliações, em especial o que é falado sobre transparência e confiança. [1]
    • O jornal New York Times é dono do site “The Wirecutter”, que faz resenhas dos mais diversos produtos, inclusive VPNs (em inglês). No momento, o endereço recomenda o Mullvad e o IVPN.
    • O site brasileiro Canaltech também oferece uma boa lista de 10 VPNs de confiança.
    • Os criadores de algumas VPNs podem contratar empresas independentes para auditarem seus serviços, mas há sempre o risco de que os relatórios tenham um viés positivo. O melhor a se fazer é pesquisar e ler muitos comentários antes de decidir se uma rede privada possui credibilidade ou não. [2]
  2. Ao recorrer a elas, todos os dados serão roteados através dos servidores do provedor, ou seja, um serviço desonesto estaria em ótima posição para coletar e explorar tais informações. Caso a VPN prometa que não vai armazenar e vender seus dados, procure por auditorias imparciais disponíveis ao público para confirmar a declaração. [3]
    • Não aceite sem pensar que a companhia não venderá suas informações. Muitos provedores fazem alegações falsas sobre como as usam, portanto, sempre confirme essas declarações pesquisando por opiniões de sites e analistas independentes.
    • Empresas que fornecem VPNs já foram flagradas compartilhando dados de clientes e violando suas próprias políticas de privacidade, como a EarthVPN, a Onavo (que era fornecida pelo Facebook e foi descontinuada) e a HideMyAss.
    • Por outro lado, é possível confiar no serviço da ExpressVPN, PIA (Private Internet Access) e da Perfect Privacy.

    Aviso: se o provedor não quiser divulgar quem é o dono da empresa ou nem onde ela está localizada, desconfie. [4] Tanto a TunnelBear quanto a Mullvad possuem ótimos índices de transparência corporativa, ao contrário da ExpressVPN, que já atraiu desconfiança por estar indisposta a revelar publicamente tais detalhes. [5]

  3. Geralmente, eles vão coletar e manter ao menos alguns elementos pertencentes aos usuários; o importante é que a empresa seja honesta e disposta a divulgar quais são eles e o que fazem com isso. Tome cuidado com as que alegam que não armazenam nenhuma informação! [6]
    • Por exemplo: a maioria dos fornecedores de VPNs vai guardar alguns dados particulares que você forneceu ao assinar o serviço, o seu endereço IP verdadeiro para ajudar a identificar o seu computador e sua localização na rede em uso, e também os registros de data e horário dem que o cliente se conectou e desconectou.
    • Há várias empresas do ramo que fornecem relatórios de transparência, como a TunnelBear, a IVPN e a CyberGhost. [7]
  4. Como há provedores que fazem promessas falsas ou enganosas, torna-se importantíssimo ler bem letras miúdas de tais contratos, e em especial quando usarem como trunfo a oferta de uma suposta segurança e privacidade pela VPN. [8]
    • A política de privacidade deve ser coesa e simples de se compreender. Fique atento a erros de ortografia e a frases vagas ou confusas.
    • As empresas TunnelBear, Mullvad e IVPN apresentam termos de serviços e políticas de privacidade claros, de fácil entendimento. [9]
    • Já a Hotspot Shield contradiz a propaganda que faz: nas letrinhas da política de privacidade, há um problema que foi utilizado pelo “Center for Democracy & Technology” (CTD ou Centro para Democracia e Tecnologia) para registrar, ante a “Federal Trade Commission” (FTC ou Comissão Federal de Comércio), uma denúncia relacionada ao compartilhamento de dados de usuários. [10]
  5. Eles formatam os dados de uma maneira que não permite que sejam lidos de maneira simples enquanto passam de um dispositivo a outras localizações da web. A rede virtual privada deve ter protocolos rígidos de segurança, impedindo que suas informações vazem enquanto são transmitidas. O protocolo de comunicação OpenVPN é muito seguro e uma excelente escolha para quem usa um PC ou Mac, porém, nem sempre possui suporte para smartphones. Já o L2TP/IPsec é uma boa alternativa para os dispositivos móveis, portanto, para maior flexibilidade, contrate uma VPN que ofereça cobertura para ambos. [11]
    • O L2TP/IPsec é mais vulnerável a problemas de segurança do que o OpenVPN, que deve ser utilizado se oferecer suporte para o seu aparelho. [12]
    • Evite VPNs que usem o PPTP, um protocolo bem mais antigo, desatualizado e perigoso, como a VyprVPN.
  6. Todos os serviços de credibilidade, neste ramo, cobram ao menos um pequeno valor mensal; desconfie daqueles que podem ser baixados gratuitamente, já que é bem possível que o criador ganhe dinheiro vendendo seus dados ou lucrando com anúncios. [13]
    • Por exemplo: a Patron VPN é de uma empresa de publicidade de Hong Kong conhecida por monetizar informações particulares de seus usuários. [14]
    • Há servidores de confiança, como o TunnelBear, que disponibilizam um período de testes ou até uma versão gratuita da VPN com uma quantidade limitada de processamento de dados por mês (500 MB, por exemplo), ajudando o usuário a julgar qual programa deve contratar antes de tomar uma decisão.
    • Há especialistas na área de Tecnologia da Informação que ressaltam que nem todas as VPNs gratuitas possuem segurança frágil ou não são confiáveis, mas antes de experimentar uma, é melhor sempre fazer uma pesquisa a fundo e ter bastante cautela. [15]
  7. É importante que o serviço seja transparente em relação ao país em que ele é sediado, já que há nações que exploram VPNs e muitas vezes forçam os criadores a compartilharem os dados de seus clientes. [16]
    • A Rússia, a China e a Turquia possuem um histórico de interferência, apropriação e exploração de dados de empresas de VPNs. [17]
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Método 2
Método 2 de 2:

Escolhendo os melhores recursos

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  1. As gratuitas não são recomendadas, mas você não precisa contratar o serviço mais caro do mercado. [18] Assim que encontrar uma empresa de credibilidade e confiança, compare com os preços de outros provedores para definir qual é o melhor negócio.
    • Na maioria dos casos, o preço é cobrado em dólares, e ele varia de US$ 4,00 a US$ 6,00 por mês (como o câmbio varia diariamente, faça as contas de acordo com o valor atual). Pacotes anuais oferecem bons descontos.
    • Várias VPNs possuem um período de testes ou uma versão sem cobrança, mas com uso limitado de dados, e existe a possibilidade de ser reembolsado quando o serviço prestado não for satisfatório.
  2. A rede privada precisa ser intuitiva, de fácil configuração e navegação para todos os clientes, mantendo-se on-line constantemente após ser ativada ou que ao menos tenha a opção de login automático, dispensando a necessidade de fornecer dados a todo momento. [19]
    • A desvantagem das VPNs mais complexas ou que exigem login sempre que são usadas é que você pode acabar esquecendo de ativá-las ou se cansar de ter que fazer o mesmo processo a todo momento. Opte por um serviço seguro, mas que seja prático e com uma interface nada complicada.
    • O TunnelBear é muito simples de se configurar e usar, assim como o IVPN e o Mullvad. [20]
    • O NordVPN é conhecido pela sua interface muito acessível, mas recebeu críticas devido a uma grave falha de segurança. [21]
  3. Essas redes funcionam roteando os dados dos clientes através de seus próprios servidores; quanto numerosos forem, mais rapidamente as informações vão circular. Por fim, a chance de “desacelerar” a sua rede para reduzir a pressão sobre ela, que é algo comum em várias VPNs, será menor. [22] Para evitar que a conexão de internet fique lenta, contrate um provedor que forneça ao menos 75 localizações espalhadas em no mínimo 20 países. [23]
    • O ideal é que sejam oferecidos ao menos 1.000 servidores.
    • Uma quantidade maior de servidores nem sempre garante melhores velocidades. Por exemplo, o TunnelBear possui 4.000, mas os testes de velocidade dele não são tão satisfatórios quanto os do Mullvad, que disponibiliza 553.
  4. Esse recurso é oferecido por várias redes virtuais privadas, permitindo que o usuário interrompa o tráfego de rede se houver qualquer interferência e perda de proteção na conexão, evitando que ela fique vulnerável a hackers. Lembre-se de verificar se o provedor tem o “kill switch” e o disponibiliza em um local de fácil acesso na interface. [24]
    • Ademais, a VPN deverá alertar qualquer tipo de problema ou interrupção em sua conexão segura.
    • Todas as VPNs atualizadas e de alta proteção oferecem o “kill switch”, como a da TunnelBear, a da Mullvad e da IVPN.
  5. No mínimo, a companhia deve ter um programa para computadores Windows e Mac, mas também é ótimo proteger a navegação em seus Tablets e smartphones. Verifique se a rede privada pode ser instalada não apenas em computadores, mas também em todos os aparelhos em que deseja aumentar a segurança. [25]
    • Os melhores provedores disponibilizam VPNs para diversos sistemas operacionais, inclusive os menos comuns, como Linux, e também para os SO móveis, como Android e iOS.
    • O NordVPN e o ExpressVPN, entre outros, têm também aplicativos nativos para proteção de SmartTVs!
  6. Em algum momento você precisará de ajuda para usar a VPN, portanto, a empresa deve ter suporte por e-mail com resposta rápida (cerca de 24 horas), chat com atendentes durante o horário comercial e também uma seção de ajuda com informações relevantes, disponibilizando uma navegação simples em computadores, Tablets e smartphones. [26]
    • Provedores devem oferecer ao menos atendimento por chat ou um e-mail de contato.
  7. Há VPNs com funções a mais que podem ser bastante úteis, se tornando um diferencial na hora de escolher qual contratará. Alguns dos possíveis recursos podem ser: [27]
    • Diversas formas de pagamento, como PayPal, Pix, cartão de crédito ou criptomoedas (bitcoins).
    • Modo invisível para burlar redes que bloqueiam VPNs.
    • Bloqueadores de anúncios que podem ser personalizados.
    • As conexões multihop, que passam os dados do usuário por diversos servidores em vez de apenas um, garantem muito mais segurança, mas deverão diminuir a velocidade da conexão.
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Dicas

  • As VPNs podem fornecer uma camada extra de privacidade e segurança, mas não garantem o anonimato na internet. Caso fique interessado em um serviço que permita que você "suma" na internet, experimente a rede Tor, criada por voluntários e que não salva o histórico de navegação ou de pesquisa. [28] Acesse o Tor [ https://www.torproject.org/ aqui}, mas lembre-se de que o Tor também não garante 100% de segurança, além de já ter sido alvo de hackers. [29] Muitos especialistas em tecnologia da informática recomendam que ele seja usado junto com uma VPN.
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  1. https://cdt.org/wp-content/uploads/2017/08/FTC-CDT-VPN-complaint-8-7-17.pdf
  2. https://www.cnet.com/how-to/understanding-vpns-and-how-to-choose-one/
  3. https://thewirecutter.com/reviews/best-vpn-service/
  4. https://slate.com/technology/2019/02/best-vpn-companies-trust-privacy.html
  5. https://hackernoon.com/whos-really-behind-the-world-s-most-popular-free-vpns-d74bafc82178
  6. https://www.consumerreports.org/privacy/how-to-choose-a-vpn-for-digital-privacy-and-security/
  7. https://www.wyden.senate.gov/imo/media/doc/052819%20DHS%20Response%20to%20Wyden%20Letter%20RE%20Chinese%20Russian%20VPN.pdf
  8. https://slate.com/technology/2019/02/best-vpn-companies-trust-privacy.html
  9. https://www.consumerreports.org/privacy/how-to-choose-a-vpn-for-digital-privacy-and-security/
  10. https://www.consumerreports.org/privacy/how-to-choose-a-vpn-for-digital-privacy-and-security/
  11. https://thewirecutter.com/reviews/best-vpn-service/
  12. https://www.pcmag.com/picks/the-best-vpn-services
  13. https://www.cnet.com/how-to/understanding-vpns-and-how-to-choose-one/
  14. https://thewirecutter.com/reviews/best-vpn-service/
  15. https://www.pcmag.com/picks/the-best-vpn-services
  16. https://www.vpnmentor.com/blog/the-best-vpns-for-multiple-devices-and-connections/
  17. https://www.pcmag.com/picks/the-best-vpn-services
  18. https://www.pcmag.com/picks/the-best-vpn-services
  19. https://thewirecutter.com/reviews/best-vpn-service/
  20. https://www.washingtonpost.com/news/the-switch/wp/2014/12/26/the-hackers-who-say-they-took-down-gaming-networks-are-now-going-after-tor/?arc404=true

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