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Comprar um carro sempre é uma experiência empolgante, ainda mais quando é a primeira vez — afinal, esse é um modo de transporte prático e que não gera tantos custos assim. Por outro lado, todo o processo pode ser frustrante para quem não sabe muito bem o que fazer, está com pouco dinheiro para investir ou não tem tempo de sobra. Não se preocupe: leia as dicas deste artigo e você vai aprender a fazer uma boa pesquisa antes de tomar essa decisão tão importante. [1]

Parte 1
Parte 1 de 3:

Encontrando carros usados de qualidade

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  1. Se você pretende pagar pelo carro à vista, decerto já sabe quanto dinheiro vai conseguir investir. Se pretende parcelar a compra, é melhor pensar melhor no valor e calcular quanto dá para pagar por mês. [2]
    • O valor da parcela depende de fatores como o preço total do carro, quanto você tem à disposição e afins. De forma geral, não gaste mais de 20% do seu salário só com essa conta. [3]
    • Considere também despesas de combustível, manutenção e afins. Carros importados e de luxo têm custos de manutenção mais altos, enquanto esportivos gastam mais com seguro.

    Dica: se você pretende financiar o carro, faça uma boa pesquisa na concessionária ou em empresas de crédito consignado antes de tomar a decisão. Dependendo do caso, dá para gastar menos assim do que pagando à vista.

  2. Monte uma lista dos itens que você quer no carro, como potência do motor, eficiência no consumo de combustível, quatro portas etc. Depois, faça uma pesquisa mais específica com esses fatores em mente. [4]
    • Pesquise também o preço de modelos novos dos carros que chamarem a sua intenção. Por exemplo: se o modelo que você quer custa cerca de R$ 35.000,00, o valor de venda dele vai cair para algo em torno de R$ 20.000,00 após mais ou menos cinco anos.
  3. Depois de decidir que modelos de carro você quer, passe a pensar em termos de tempo de uso. Lembre-se de que o valor do veículo cai de formas diferentes, dependendo do ano e do modelo. [5]
    • O que mais determina o valor de um carro usado é o número de quilômetros que ele já rodou. Por exemplo: um veículo de dois anos com 32 mil km rodados valeria mais que um veículo da mesma idade, mas com 160 mil quilômetros.
    • A demanda pelo carro no mercado também pode afetar o preço. Por exemplo: quem vive em regiões rurais, onde carros com boa tração e caminhonetes são populares, não vai conseguir achar modelos desses tipos por preços tão baixos.
  4. Não adianta nada se apaixonar por um modelo de carro que você viu no site da montadora sem saber como é a sensação de dirigir. Faça um test drive com cada veículo antes de tomar a sua decisão! [6]
    • Você pode fazer um test drive acompanhado do dono do carro ou de um funcionário da concessionária. Aproveite para tirar todas as dúvidas que surgirem durante essa voltinha.
    • Se algum amigo ou parente seu tem o modelo de carro que você quer, pergunte o que ele acha do veículo e peça para dar uma volta curta (com a pessoa ao lado, claro).
  5. Existem diversos sites da internet que trazem anúncios de carros novos e usados. Filtre a pesquisa de acordo com o ano, o modelo, a quilometragem e outros detalhes de sua preferência. [7]
    • Você também pode expandir a busca de acordo com a área para ver como a demanda afeta o valor dos carros.
    • Os anúncios desses sites podem ser tanto de concessionárias quanto de vendedores individuais. Leia as informações de cada um com atenção.
    • Dependendo do site que você escolher para comprar o carro, o vendedor pode até entregar (ou despachar) o veículo. [8]

    Dica: é bem mais fácil e rápido vender carros usados na internet. Entre em contato com o dono do anúncio que chamar a sua atenção assim que possível para não perder a oportunidade.

  6. Muitas concessionárias oficiais têm setores dedicados à venda de modelos usados. Visite várias da sua cidade em busca do carro dos seus sonhos. [9]
    • Algumas concessionárias vendem somente carros usados de diversas marcas. No geral, elas ficam concentradas em uma mesma região da cidade — e, assim, fica fácil visitar várias em pouco tempo.

    Dica: não se contente com duas ou três visitas a concessionárias. Aproveite e vá a diversas delas até encontrar o melhor negócio e as condições mais favoráveis.

  7. Você pode recorrer a grupos do Facebook e a anúncios individuais de sites como OLX para encontrar carros usados de alta qualidade e bons preços. Dependendo do caso, fica até mais vantajoso fazer negócio diretamente com a pessoa. [10]
    • Leia todos os anúncios do seu interesse com bastante atenção para não perder nenhum detalhe e acabar fechando um negócio desvantajoso.
    • Se possível, não vá encontrar o dono do carro sozinho. Leve um amigo ou parente que tenha mais experiência no assunto e marque o encontro em um lugar público.
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Parte 2
Parte 2 de 3:

Avaliando a qualidade do carro

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  1. Certas concessionárias oferecem carros usados com algum tipo de certificação ou garantia de qualidade. Esses modelos costumam ter poucos anos de uso, passaram por um único dono e receberam uma boa inspeção. [11]
    • Dependendo da concessionária, você pode conseguir um carro usado com garantia estendida de dois ou três anos.
    • Você pode ter que pagar um pouco a mais pela certificação ou garantia, mas tudo isso vale o investimento (se ele couber no seu bolso, claro).
  2. Se possível, faça essa inspeção em um dia de sol. Dê uma volta em torno do carro e veja se há algum dano na pintura ou na lataria. Depois, entre nele e busque também danos no estofamento, na caixa do câmbio, no volante e assim por diante. [12]
    • Essa é a hora de ser minucioso. Qualquer dano, por menor que seja, já indica que você pode pedir um desconto no valor do carro.
    • Pense também na idade e na quilometragem do carro na hora de fazer essa inspeção. Por exemplo: se o carro tem dez anos e mais de 160 mil km rodados, é normal haver certo desgaste no volante.
    • Danos na lataria podem indicar que o carro se envolveu em um acidente e não recebeu os devidos reparos.
    DICA DE ESPECIALISTA

    Bryan Hamby

    Corretor de Automóveis
    Bryan Hamby é proprietário do Auto Broker Club, um serviço de corretagem de automóveis confiável em Los Angeles, Califórnia. Criou a empresa por sua paixão por carros e pelo seu talento único de customizar o processo de negociação de maneira a beneficiar o comprador. Com mais de 1.400 negócios fechados e uma taxa de aprovação de 90%, o foco de Bryan é democratizar a experiência de compra de veículos através de transparência, preços justos e um excelente atendimento.
    Bryan Hamby
    Corretor de Automóveis

    Faça a inspeção no carro durante o dia, quando você estiver conseguindo enxergar melhor. Bryan Hamby, da norte-americana Auto Broker Club, afirma: "Na hora da inspeção, veja se o dono fez a troca de óleo recentemente ou se há algum acúmulo de sedimentos. Além disso, dê uma olhada em todos os outros fluidos e veja se todos os faróis estão funcionando. Por último, faça a inspeção do câmbio, da parte eletrônica, do porta-malas, do estepe e do estado geral do interior do veículo".

  3. . Se fazer um test drive com carros novos já é importante, a coisa fica ainda mais séria quando se trata de um carro usado. Aproveite para ver se o motor ronca ou funciona bem, se o freio tem reação rápida e se o veículo anda para frente e de ré sem problemas. [13]
    • Além de se atentar a problemas mecânicos, veja também se você se sente à vontade no carro. Ajuste o assento até alcançar os pedais e o câmbio e mexa em todos os espelhos retrovisores.

    Variação: se você for comprar o carro pela internet, como de um anúncio do OLX, combine um encontro com o vendedor para fazer o test drive antes de fechar negócio.

  4. É bom que você contrate um mecânico independente para inspecionar o carro de qualquer forma, mesmo que o vendedor também o faça. Se não souber a quem recorrer, pelo menos peça ajuda a amigos ou parentes próximos. [14]
    • Se você for comprar o carro de um vendedor particular, não o leve à mecânica que ele recomendar. É raro, mas pode ser que eles estejam em conluio para disfarçar problemas sérios no veículo e arrancar mais do seu dinheiro.

    Dica: se o carro precisar de conserto, mas você ainda quiser insistir na compra, peça para o mecânico fazer uma estimativa do valor total do serviço por escrito. Depois, negocie o preço com o vendedor levando isso em consideração.

  5. Você vai ter que cuidar da documentação do carro depois de terminar a compra, mesmo que seja para fazer uma simples transferência. Fique atento a todos os detalhes, inclusive o Número de Identificação do Veículo (NIV). [15]
    • No geral, o Número de Identificação do Veículo (NIV) vem listado na documentação. Compare-o ao que está no carro em si.
    • Não compre o carro se o NIV do documento for diferente do que está no carro em si. Isso pode indicar algum tipo de fraude por parte do vendedor. É melhor nem se arriscar, ou você pode acabar tendo problemas legais.
  6. Essa parte é mais complicada, mas talvez a concessionária (ou o vendedor particular) tenha um histórico de uso do carro que liste tudo o que já aconteceu com ele, desde acidentes a danos. [16]
    • Essa parte é complicada porque, no Brasil, poucas pessoas guardam esse tipo de histórico. É por isso que a inspeção é tão importante.
    • Se o vendedor tiver o histórico, leia-o com atenção e veja se não há nada errado.
  7. O histórico de manutenção do carro é parecido com o de uso (e igualmente raro no Brasil), mas traz informações das vezes em que o dono anterior levou o veículo à mecânica. Você não precisa se preocupar tanto se for comprar de uma concessionária de confiança, mas é melhor nunca arriscar — pois o risco de ser lesado pode ser alto. [17]
    • Essas informações também afetam o valor final do carro. Por exemplo: um carro que só teve um dono, não se envolveu em acidentes e recebeu manutenções frequentes pode ser mais caro que um modelo idêntico, mas que passou por vários donos e se acidentou algumas vezes.
    • Alguns vendedores e concessionárias disponibilizam essas informações sem que o comprador tenha que pedir. Se você desconfiar de qualquer coisa, cancele e não feche negócio.
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Parte 3
Parte 3 de 3:

Concluindo a compra

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  1. Quase sempre dá para negociar o valor que o vendedor ou a concessionária pede no carro. Use as informações que você juntou durante a sua avaliação e a inspeção e tente pechinchar um pouco, mesmo que não tenha encontrado grandes problemas. [18]
    • Por exemplo: talvez o carro tenha um preço e condições excelentes, mas não a cor que você queria. Nesse caso, diga "Eu estou muito interessado no carro, mas queria que ele não fosse azul. É a cor do carro da minha ex-namorada. Se você reduzir um pouco o preço, é claro que eu compro na hora!".
    • Se o mecânico que fez a inspeção a seu pedido constatou que você vai ter que fazer consertos mais sérios o mais rápido possível, diga "O mecânico encontrou problemas no motor e disse que o valor do conserto fica em R$ 800,00. Que tal você me dar esse desconto no preço final?".
    • Você pode ainda tentar negociar algumas vantagens adicionais, em vez de tentar reduzir o preço. Por exemplo: diga "Como a sua oferta final é de R$ 15.000,00, que tal você fazer uma troca de óleo e comprar novos tapetes pra o carro?".

    Dica: na hora de negociar o preço, preste atenção ao valor total do carro, não às parcelas individuais. O vendedor pode tentar iludir você com valores menores, mas acabar gerando um montante maior no fim das contas.

  2. Nem todo carro usado vem com garantia, ainda mais quando o negócio é particular. Por outro lado, concessionárias costumam conceder uma garantia limitada ao comprador. Tente firmar tudo por escrito. [19]
    • Algumas concessionárias de carros usados podem alegar algo como "Se você tiver qualquer problema com o carro no próximo mês, traga-o aqui e nós faremos a manutenção de graça". Entretanto, elas podem não cumprir essa promessa se nada for escrito. Não dê bobeira, ou você vai acabar sendo passado para trás.
    • Se o vendedor ou a concessionária oferecer alguma política de devolução, peça para tudo também ser registrado em papel. Assim, você vai evitar problemas caso alguém não cumpra com a palavra.
  3. Na hora de comprar um carro de uma concessionária, você vai ter que ler e assinar vários documentos e contratos antes de levar o veículo. Leia tudo do início ao fim e tire as dúvidas que surgirem. [20]
    • Veja se há lacunas no contrato. Algumas concessionárias mal-intencionadas podem tentar passar a perna em você sob o pretexto de que querem ajudar. Tudo o que foi prometido tem que estar escrito no documento.
    • Se você for financiar o carro na própria concessionária, fique bem atento à taxa de juros e aos termos do contrato.
    • Se você comprar o carro com o dono particular, não precisa se preocupar tanto com um contrato escrito — a menos que ele não cumpra com a sua parte.
    DICA DE ESPECIALISTA

    Bryan Hamby

    Corretor de Automóveis
    Bryan Hamby é proprietário do Auto Broker Club, um serviço de corretagem de automóveis confiável em Los Angeles, Califórnia. Criou a empresa por sua paixão por carros e pelo seu talento único de customizar o processo de negociação de maneira a beneficiar o comprador. Com mais de 1.400 negócios fechados e uma taxa de aprovação de 90%, o foco de Bryan é democratizar a experiência de compra de veículos através de transparência, preços justos e um excelente atendimento.
    Bryan Hamby
    Corretor de Automóveis

    É mais seguro comprar um carro usado de uma concessionária. Bryan Hamby, dono da norte-americana Auto Broker Club, afirma: "Você até pode encontrar anúncios mais baratos com pessoas individuais, mas o veículo decerto não vai passar por uma inspeção minuciosa e nem ter toda a documentação em dia. Na concessionária existe todo um processo de inspeção e cuidados, o que facilita muito mais as coisas. Não arrisque, mesmo que tenha que pagar um pouco mais que o esperado".

  4. Quando você se der por satisfeito com o contrato e estiver preparado para a compra, assine toda a papelada. Se necessário, entregue a sua carta de habilitação para os devidos procedimentos. Terminada essa parte, é só pegar o seu carrão! [21]
    • Contrate um seguro para o veículo imediatamente. É melhor prevenir do que remediar nessas situações.
  5. Terminada a transação, é hora de fazer a transferência do carro para o seu nome. A partir de então, ele vai ser sua responsabilidade. [22]
    • Se você comprar o carro da concessionária, talvez ela mesma cuide do processo de transferência (e inclua o valor do serviço no veículo em si). Se comprar de uma pessoa individual, cuide de tudo sozinho.
    • Contrate um despachante se você prefere algo mais prático e não se importa de pagar um pouco mais.

    Dica: tenha cuidado para não "herdar" multas e outros problemas do dono anterior do carro. É por isso que, no geral, é melhor contato com um despachante profissional.

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Dicas

  • Por mais que o processo de avaliação e inspeção de um carro usado demore e seja chato, tudo vale a pena. Dependendo do caso, você pode terminar tudo em questão de um ou dois dias.
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Avisos

  • As dicas deste artigo são mais gerais. As coisas podem mudar de acordo com o lugar onde você mora e a concessionária de onde compra o veículo. Atente-se a tudo.
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