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À medida que você e seus filhos se adaptam à vida após o divórcio, certos ajustes terão que ser feitos, inclusive quando você decidir que voltará a procurar um novo amor. Para um filho, ouvir que o pai ou a mãe tem um novo companheiro pode ser assustador e desencadear várias preocupações em relação ao futuro. Leia este artigo para saber de quais maneiras poderá dizer a uma criança que você conheceu uma nova pessoa e garantir, ao mesmo tempo, que nada vai mudar.

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Adaptando a abordagem do assunto de acordo com a idade do filho.

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  1. Se o rebento ainda não entender o conceito de namorar ou “sair com alguém”, conte sobre um “novo amigo”, uma metáfora que deve funcionar bem se ele tiver menos de 10 anos. Após essa faixa etária, a criança já deve entender melhor sobre relacionamentos, então você poderá usar termos mais realistas, como parceiro ou namorada. [1]
    • Se o pequeno tiver cerca de oito anos, diga, por exemplo: “Arthur, hoje o novo amigo da mamãe virá jantar, está bem?”
    • Por outro lado, para uma filha de 15 anos, fale “Júlia, só queria te dizer que eu voltei a procurar uma namorada”.
    • Mesmo que já tenha idade para saber o que é “sair com alguém”, chamar esse novo indivíduo em suas vidas de “amigo” pode diminuir um pouco o impacto da notícia. Você é quem melhor conhece seus filhos, portanto, adote os termos que considera que fazem mais sentido.
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Inicie a conversa com uma pergunta.

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  1. Isto possibilita que a criança tenha espaço para falar e você deixe claro, ao mesmo tempo, como está se sentindo. Prepare-se para momentos de emoções exacerbadas, já que ela pode ficar nervosa, triste, confusa ou com ciúmes. Ao abrir a conversa dessa forma, o filho poderá demonstrar logo de imediato o que está sentindo. [2]
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Ressalte que o novo companheiro não é um substituto.

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  1. Para algumas crianças, também se torna difícil não ver o novo parceiro como um “segundo pai”, mas lembre-a de que você e o ex continuarão cuidando dela e que ninguém vai os substituir. [3]
    • Para crianças pequenas, diga “Eu sei que parece meio estranho, mas o papai continua sendo seu papai, está bem? O meu amigo, o Ricardo, também pode ser seu amigo, mas não precisará ser o seu pai”.
    • Já para uma que está na faixa etária dos 10 anos, você pode falar “Você não precisa chamar a Jéssica de ‘mãe’, mesmo que eu seja o companheiro dela. A sua mamãe continuará sendo a mesma e a Jéssica não vai substitui-la”.
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Pergunte como o pequeno está se sentindo.

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  1. Depois da conversa, dê espaço para que ele fale sobre qualquer coisa que o estiver incomodando. Se quiser, pergunte como ele está se sentindo, mas esteja preparado para enfrentar reações de tristeza, irritação e até de ciúmes. [4]
    • Fale, por exemplo, “Como você se sente sobre isso?” ou “O que está passando em sua cabeça?”
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Tente resolver as preocupações de seu filho.

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  1. Crianças enfrentam muitas emoções, e se ela já for crescida o suficiente para expressá-las, talvez seja necessário acalmá-la. Ressalte que ela ainda é a prioridade da sua vida e que virá antes de qualquer um que você conhecer. [5]
    • Uma criança com menos de 10 anos poderá perguntar: “O seu novo amigo vai morar com a gente?” Responda “Não. Não por enquanto e talvez nunca. Mas mesmo se isso acontecer, a prioridade sempre será ter você ao meu lado.”
    • É ótimo ouvir as crianças e entender o ponto de vista delas, só não deixe que elas ditem a sua vida. Ouça as preocupações dos rebentos, mas não deixe de conhecer novas pessoas só porque eles não se sentem à vontade com alguém.
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Dê tempo para que a criança se acostume.

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Fale frequentemente com a criança.

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  1. Se ele ainda for pequeno, pergunte, ao menos uma vez por semana, como ele está se sentindo. Isto é ainda mais importante após apresentar seu novo parceiro, portanto, se dúvidas e mais preocupações surgirem, ouça-os e tente tranquilizá-los. [7]
    • Pergunte, por exemplo: “Como está se sentindo após conhecer a Fernanda?” ou “Tem mais alguma coisa que deseja falar sobre a pessoa daquele outro dia?”
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Escolha seus parceiros com atenção.

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  1. É um pouco diferente namorar enquanto mãe ou pai, já que você deverá pensar na segurança dos filhos. À medida que encontra novos “candidatos”, não se esqueça deles; se considerar que o novo companheiro pode não querer conhecer as crianças, talvez seja melhor procurar outra pessoa. [8]
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Apresente apenas os paqueras que parecerem confiáveis.

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  1. Caso esteja saindo com uma pessoa há um bom tempo e parece que o relacionamento está se firmando, é nesse momento que você deverá pensar em apresentá-la ao filho. Se ele ficar apegado ao indivíduo, a chance de que o companheiro engate uma relação mais séria com você será bem maior. [9]
    • Além disso, se a criança for pequena, ela vai se sentir perdida ao ver você com um novo “amado” a todo momento.
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Faça uma lista com as qualidades do parceiro.

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  1. Caso já tenham algo mais sério e pense em apresentá-la ao rebento, faça uma lista com tudo que o agrada nela. Se a criança notar sua felicidade e ouvir que você gosta do companheiro, ela se sentirá mais à vontade para conhecê-lo. [10]
    • Para filhos pequenos, diga “O André é muito legal, e o melhor, ele sabe fazer várias mágicas! Ah, e assim como você, ele adora animais”.
    • Se ele estiver chegando à pré-adolescência, fale “A Heloísa é a pessoa mais meiga que eu conheço. Vocês dois são muito engraçados, então acho que vão se dar bem!”
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Aos poucos, apresente o parceiro ao seu filho.

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  1. É importante dar tempo para que um se acostume com a presença do outro, sem pressa; comece com saídas rápidas, como jantar em um restaurante, até ocasiões mais longas, como uma viagem no fim da semana. [11]
    • Dar tempo para que a criança se ajuste é o ponto principal. Se você não tiver paciência ou pressioná-la a aceitar o companheiro, ela poderá ficar magoada.
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