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Criar e soltar girinos é não só uma oportunidade de testemunhar uma incrível metamorfose, mas também de trazer ao mundo mais sapinhos — predadores de insetos irritantes como mosquitos, pernilongos, moscas e afins. Para assegurar que tenham saúde e uma metamorfose tranquila, proporcione a eles o viveiro e os cuidados adequados.

Parte 1
Parte 1 de 4:

Abrigando os girinos

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  1. Girinos podem ser criados em vários tipos de recipiente. Convém que este seja colocado num lugar aberto, pois garante acesso a larvas de mosquitos, seu alimento natural, e um ar mais limpo e repleto de oxigênio, similar ao que teriam longe dos humanos — e onde haja sombra o tempo todo. Alguns vasilhames que você poderia usar como viveiro:
    • Aquário grande;
    • Tigela grande;
    • Piscina pequena, montada em lugar aberto;
    • Banheira.
  2. Deposite no fundo do viveiro uma camada de cascalho, assim como uma ou duas pedras grandes, que servirão de esconderijo ou, mais tardiamente na vida do anfíbio, de plataforma fora d’água.
    • Coloque algas e grama com raízes sob a água. Os girinos poderão prender-se a elas e alimentar-se das raízes.
    • Cuide para que nenhuma planta no viveiro tenha sido tratada com pesticidas, o que mataria os anfíbios em questão de um dia.
  3. Girinos precisam de acesso constante a áreas ao abrigo do sol.
  4. É possível povoar o aquário mais densamente, mas eles morrerão ou se tornarão canibais.
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Parte 2
Parte 2 de 4:

Cuidando da qualidade da água

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  1. Água limpa e isenta de cloro é uma necessidade vital aos girinos. O ideal é que sejam criados em água mineral, mas pode-se substituí-la por água de torneira que tenha descansado por 24 horas em um recipiente separado. A água da chuva também é muito aconselhável, já que costuma conter larvas de mosquito e é desprovida de produtos químicos.
    • Segundo alguns especialistas, o mais indicado é usar a água do local em que os girinos foram encontrados.
    • Não se deve encher o reservatório com água de torneira, que é tratada com substâncias prejudiciais aos anfíbios. Se água encanada é a única opção, deixe-a em um recipiente sem tampa por 24 horas para que o cloro se dissipe ou, melhor ainda, trate-a com um condicionador de água, à venda em lojas de aquarismo.
  2. Substitua só metade da água de cada vez para conservar o seu pH. Um injetor de marinada é o instrumento ideal para a tarefa, pois causa mínima perturbação aos girinos ao mesmo tempo em que permite remover detritos acumulados no fundo do tanque. Entretanto, esse método é opcional — nem todo mundo tem um injetor de marinada em casa.
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Parte 3
Parte 3 de 4:

Alimentando os girinos

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  1. Ela fica pronta quando as folhas estão fofas, molengas. Drene a água e corte-as em pedaços pequenos. Despeje uma pitada no tanque todos os dias.
    • Outros tipos de alface servem, mas use apenas as folhas mais macias. Corte-as em pedacinhos que caibam nas pequeninas bocas dos girinos.
    • Ração de peixe em flocos também é um alimento viável, mas deve ser servida em porções muito pequenas, já que não é a opção mais indicada. Duas pitadas semanais já mantêm os girinos saciados, dependendo da população no reservatório. Comida em excesso pode ser fatal a anfíbios.
Parte 4
Parte 4 de 4:

Monitorando o desenvolvimento dos girinos

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  1. A eclosão dos ovos leva de seis a 12 semanas. Não entre em pânico no caso de o tempo esfriar — o ritmo de desenvolvimento do girino apenas diminui no inverno. A faixa de temperatura ideal para eles, dependendo da espécie, é de 20 °C a 25 °C.
  2. Quando eles ganharem patinhas, terão de ser transferidos para um recipiente com uma parte seca que possam escalar, ou se afogarão.
  3. Não os alimente quando eles ganharem as patinhas dianteiras, fase na qual o girino alimenta-se da própria cauda até se tornar um anuro adulto.
  4. Se você não pretende soltar os anfíbios quando adultos, talvez precise transferi-los para um viveiro maior.
  5. Limpe o viveiro diariamente, ou pode haver uma rápida proliferação de bactérias, o que seria fatal aos anfíbios.
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Dicas

  • Às vezes, é possível encontrar girinos em poças profundas.
  • Anuros de vida completamente aquática, como a rã-de-unhas-africana ou o sapo-anão-africano, não precisam de viveiros com área seca.
  • Pique e aqueça ligeiramente os pedacinhos de alface, e sirva-os em pequenas pitadas.
  • Girinos e anuros adultos não podem ser deixados no mesmo viveiro. Quando estiverem com fome, os sapos não hesitarão em devorar os girinos.
  • Tome cuidado: larvas de mosquito são similares a girinos. Elas diferenciam-se destes pela ponta rosada da cauda. E, assim como eles, têm uma capacidade de natação bem limitada.
  • Não ofereça comida de humanos aos girinos.
  • Mantenha o nível da água baixo. Uma camada de alguns centímetros já é o suficiente. Isso permite que os anfíbios, quando adultos, alcancem o fundo do viveiro e que você os apanhe com facilidade.
  • Girinos criados em cativeiro talvez cheguem à idade adulta incapazes de viver na natureza. Não comece a criá-los se não estiver decidido a dar a eles abrigo vitalício.
  • Prepare-se para a metamorfose, que é mais rápida do que geralmente se imagina. Deixe uma pedra ou outro objeto em que os sapos possam subir, ou eles se afogarão.
  • Não crie mais de um sapo macho no mesmo viveiro.
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Avisos

  • Não os superalimente, o que vai turvar a água e, consequentemente, sufocar os girinos, além de favorecer a proliferação de bactérias.
  • Tome cuidado para não infectar a água com protetor solar, sabão, loções e demais substâncias potencialmente tóxicas aos anfíbios. E nunca exponha a água a pesticidas e venenos.
  • Aconselha-se que apenas espécies nativas sejam criadas ao ar livre, já que há a possibilidade de os indivíduos formarem uma comunidade em permanente reprodução.
  • Não deve haver luz solar direta no viveiro, o que pode causar hipertermia a anfíbios. Faça com que ¾ dele sejam de área sombreada e ¼ de luz indireta.
  • Consulte as leis ambientais antes de capturar girinos selvagens ou liberar anfíbios na natureza, especialmente se você os alimentou com ração de peixe. Espécimes criados em cativeiro, preparados para doenças e circunstâncias diversas das que encontrarão, podem prejudicar o equilíbrio ambiental de um ecossistema.
  • Se há doenças transmitidas por mosquitos na sua região, tome as precauções necessárias para o viveiro não se tornar um criador de mosquitos.
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Materiais Necessários

  • Reservatório adequado (aquário, tanque de vidro, pote de conservas sem tampa etc.);
  • Água;
  • Girinos;
  • Comida (alface-romana, espinafre, ração em flocos para peixes — ou ração para girinos, vendida em pet shops);
  • Objetos para eles escalarem (folhas, grama etc.).

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