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Cansado da loucura da política ou das interferências governamentais em sua vida? Está pagando mais impostos do que deveria? Acha que as coisas seriam melhores se as pessoas fizessem o que você diz? Temos boas notícias: você pode criar sua própria micronação! Não é fácil, mas também não é impossível! Abaixo, você encontrará histórias de sucessos, alguns fracassos e mais informações sobre o processo de fundação de nações!

  1. Antes de criar uma nova nação, é bom aprender o máximo possível sobre aquela onde mora.
  2. Escreva o nome do país, da capital, dos Estados e do idioma que será falado. Se possível, pense na bandeira, no hino e no símbolo do país.
  3. Como Bob Dylan disse, "para viver fora da lei, é preciso ser honesto". Tal pensamento vale para a formação de uma micronação: para criar suas próprias regras, é preciso seguir regras e convenções existentes. A base para a criação de uma nação vem da Convenção de Montevidéu sobre os Direitos e Deveres dos Estados, realizada em 1933. [1] Estas são as regras básicas do primeiro artigo da convenção:

    O Estado, como parte de uma lei internacional, deve possuir :
    • Uma população permanente.
    • Um território delimitado.
    • Um governo.
    • A capacidade de se relacionar com outras nações.
    • Os primeiros dez artigos da convenção explicam que a existência de um Estado é independente do reconhecimento dele por outros Estados. Ele é livre para agir por conta própria e nenhum Estado tem a liberdade de interferir nos assuntos internos dos outros.
    • As regras da convenção não são leis propriamente ditas. Você tem a liberdade de se declarar um país a qualquer hora e em qualquer lugar. O problema é que ninguém o levará a sério, certo?
  4. Essa provavelmente é a parte mais difícil de todo o processo, pois praticamente toda a terra existente do planeta já foi reivindicada. A principal exceção é a Antártica: mesmo que você tenha forças suficientes para aguentar o clima e consiga conquistar uma população, o continente é gerenciado pelos países mais poderosos do mundo, que dificilmente deixarão que você chegue lá e alegue propriedade. O Bir Tawil é a segunda exceção; trata-se de um pedaço de terra entre o Egito e o Sudão que não é reivindicado por nenhum dos países. Há pouco apelo ao terreno, por tratar-se apenas de um pedaço de areia. Ele foi "reivindicado" por Jeremiah Heaton e costuma ser chamado de Sudão do Norte. [2] Não desanime! Ainda existem coisas para se fazer caso queira criar uma nação:
    • Conquiste um país existente. Existem muitas ilhas no Oceano Pacífico e é pouco provável que todas tenham muitas defesas. A ideia é maluca, mas pode funcionar! Você precisará de um exército, uma marinha e o apoio da comunidade mundial, pois outros países podem tentar defender a pequena nação de intrusos. A técnica já foi tentada outras vezes em Comores e nas Maldivas, mas falhou. [3]
    • Compre um país existente. Se tiver dinheiro o suficiente, você pode simplesmente [[|comprar uma ilha, mas é pouco provável que a nação atual ceda a soberania. Você tem mais chances tentando comprar um país corrupto, mas ainda assim o processo não é fácil: um grupo de libertários tentou comprar a ilha de Tortuga do Haiti, mas o pedido foi recusado. Algumas coisas nem o dinheiro é capaz de comprar.
    • Encontre uma brecha. A República de Indian Stream, por exemplo, foi fundada em uma porção de terra mal definida entre os EUA e o Canadá no Tratado de Paris em 1783. A nação durou de 1832 a 1835, quando foi anexada aos EUA.
    • Procure regiões improdutivas para o governos locais. É provável que as autoridades locais não tenham interesse em manter um território disputado, que consome muitos recursos e que é pouco produtivo econômica ou politicamente.
    • Está perdendo as esperanças? Guardamos o melhor para o final: mesmo com a escassez de terras novas, a necessidade de conquista humana ainda existe, e pessoas criativas (e muito ricas) a levaram até os mares.
  5. O oceano é a última grande fronteira. As águas internacionais não pertencem a ninguém, o que as torna muito interessantes. Alguns exemplos de micronações fundadas no mar:
    • O Principado de Sealand . Criado inicialmente como uma base militar na costa da Inglaterra durante a Segunda Guerra Mundial, trata-se de uma estrutura grande que guardava tropas e armas para atacar os invasores alemães. Ela foi abandonada após a Guerra e ocupada por um DJ chamado Roy Bates em 1966 para servir como base para uma estação de rádio pirata. A estação nunca voltou ao ar, mas ele declarou a fortaleza como o Principado de Sealand, fincou uma bandeira e se condecorou príncipe. O principado sobrevive até hoje como uma nação independente.
    • As Palm Islands . Ilhas artificiais na costa de Dubai, elas não são exatamente uma nação, mas indicam uma possibilidade para quem quer fundar seu próprio país. Elas se estendem na direção do Golfo Pérsico e abrigam uma vida opulenta para milionários e bilionários.
    • O Instituto Seasteading . Fundado pelo criador do Paypal, Peter Thiel, trata-se de uma utopia libertária que acredita no livre mercado e funciona como uma start-up de democracia . A ideia é que governos experimentais e inovadores possam gerar novas ideias para mudar o mundo. O objetivo é criar plataformas marítimas com poucas exigências de construção, sem salário mínimo e sem restrições quanto a armas de fogo. Os proponentes da ideia a consideram a chave para a próxima geração de empreendimentos livres. Os críticos, por outro lado, sugerem que a combinação de trabalhadores com salários baixos e a presença de armas é a receita para o desastre. Por mais que as políticas do instituto não agradem a todos, elas ajudam a provar que o oceano é realmente a nova fronteira.
    • A República de Minerva . Um ativista milionário empilhou toneladas de areia sobre um coral no Oceano Pacífico para criar uma ilha artificial, que chamou de República de Minerva. [4] Se não é rico o suficiente para criar uma ilha de verdade, use a criatividade: muitas micronações reivindicam terras em continentes e planetas imaginários!
    • Além das nações físicas tradicionais, há um território sem regulamentações e com espaço infinito. A nuvem, a internet ou, se preferir, ciberespaço , tem ganhado cada vez mais espaço: as pessoas passam muito tempo conectadas interagindo com amigos e colegas na internet. Os mundos virtuais, como o do jogo Second Life, por exemplo, criam habitats tridimensionais e têm constituições próprias (os famosos "Termos e Condições"). As redes sociais também encorajam a formação de grupos de pessoas com ideais parecidos. Assim como o oceano, é bem provável que o espaço virtual continue crescendo e é possível que tenhamos nações virtuais dentro de alguns anos.
  6. Para se criar uma nação, além do território, você precisará de uma população. Se a terra que conquistou não tem uma população indígena, você precisará levar pessoas até ela. Chame amigos e parentes para se juntarem a você!
    • Atualmente, qualquer ideia séria exige um site. Use a página para encontrar pessoas que pensem como você e dar motivos para que elas o ajudem a popular sua nação. Você pode atraí-las com dinheiro, trabalho ou com a simples oportunidade de participar do nascimento de uma nação.
    • Decida o que exigirá dos cidadãos. Eles precisam passar em um teste ou seguir determinadas leis? Quais formas de identificação eles devem ter? Um passaporte? Uma carteira de habilitação? Um chip implantado na pele? A nação é sua, você escolhe!
  7. O sucesso ou fracasso da nação dependerá, em grande parte, de sua capacidade de liderar. O sucesso dos Estados Unidos, por exemplo, tem como base a Constituição, que apesar de bem definida, tem abertura para crescimento e diversas interpretações. Sem a constituição americana, o país provavelmente teria se dividido em pequenos estados-nação. O governo de sua nação deve ser guiado pelos princípios que você deseja estabelecer logo de cara. Alguns exemplos de várias micronações e seus princípios originais:
    • Nova Roma , dedicada à "restauração da religião, da cultura e das virtudes da Roma clássica". [5]
    • O Império Americano , baseado em um bom senso de humor e no amor pela ficção científica, pela fantasia e pelos jogos. [6]
    • As simulações políticas são micronações com visões políticas normalmente controversas. No passado, algumas atraíram o interesse da mídia, mas isso é algo bem raro. Apesar de serem obscuras, elas são bastante comuns.
    • As missões culturais são micronações que existem com o propósito de promover uma cultura ou tradição. Existem muitas micronações germânicas, como a Domanglia, que buscam recriar a cultura e as tradições do grande Império Germânico utilizando projetos nacionalistas e patrióticos.
    • As entidades separatistas são as micronações mais sérias e antigas do mundo. Os exemplos mais notáveis incluem Sealand, a Província do Rio Hutt e Christiania.
  8. Agora que já tem um território, uma população e uma constituição, é hora de declarar sua nação. Dependendo do que preparou para o mundo, existem três possíveis resultados:
    • Você pode ser ignorado pelo resto do mundo. Muitos países não levam a criação de micronações a sério.
    • Você pode ser bem-vindo na comunidade de nações, recebendo convites para participar da ONU e para a formação de embaixadas em seu país.
    • Você pode sofrer uma invasão armada. Caso a nação que acabou de fundar entre em conflito com fronteiras ou tratados existentes, você provavelmente receberá uma visita das autoridades locais, que o informarão de que deve retirar sua bandeira ou será preso. Se invadir um país e declarar soberania, você provavelmente receberá uma visita do exército da ONU, que pedirá que se renda e responda em julgamento por crimes contra a humanidade. Você também pode sofrer o mesmo destino de Michael Oliver, que criou a ilha de Minerva sobre um coral e teve a nação invadida (com o apoio da comunidade internacional) por Tonga. [7]
  9. Se não vai negociar em dólares, euros, reais ou outras moedas existentes, é preciso criar um sistema financeiro próprio. A riqueza da nação se baseará em ouro ou em alguma moeda? Caso entre em dívida, você precisará de fundos, certo? Se prefere usar uma moeda existente, é preciso pensar em como financiará o governo, e isso pode fazer com que recorra ao motivo que o levou a fundar o próprio país: impostos. O governo só será capaz de disponibilizar serviços essenciais (como a distribuição de energia e água) à população por meio da coleta de impostos.
    • Todos os Estados, não importa o tamanho, devem ser capazes de defender a população de inimigos. Não importa se você tem um exército ou alguma outra solução de defesa, é preciso pensar nisso na hora de criar a constituição.
  10. Se quer criar uma nação, você quer fazer parte do mundo, certo? Para tal, é preciso ser reconhecido como país pelas outras nações. Você deverá seguir leis, políticas e diplomacias internacionais para ter sucesso. Se não cultiva tais habilidades, talvez seja uma boa ideia contratar um gabinete de políticos.
    • Este é provavelmente o oasso mais difícil. Nações como a Palestina e o Taiwan cumprem todos os requisitos acima, mas ainda não são reconhecidas por muitos países. Não existem regras: cada país determina os padrões necessários para o reconhecimento de nações. Sua visão da Al Qaeda, do comunismo ou do capitalismo pode influenciar a decisão das outras nações. Outros países podem querer saber qual sua abordagem quanto aos direitos humanos ou ao controle de recursos naturais, por exemplo. Nos EUA, a decisão de reconhecer uma nação é realizada pelo Presidente. Para ser reconhecido, você dependerá das preferências do gabinete da Casa branca.
    • Para participar da ONU, você não pode ser vetado por nenhum dos seguintes países: EUA, Reino Unido, China, Rússia e França. É uma boa ideia ter uma posição neutra quanto a assuntos controversos para ter sucesso.
    • Se a nação que deseja criar fica perto da Europa, tente participar da União Europeia para garantir sua soberania nas políticas mundiais.
  11. Todo país precisa de uma bandeira, certo? Ela é o principal símbolo nacional, mas existem ainda outros símbolos que o ajudarão a firmar a identidade da nação, como:
    • Dinheiro . Como serão as cédulas do país? Você imprimirá seu rosto em moedas de ouro ou em notas de dinheiro? Todo o dinheiro será virtual? O país é seu e é você quem decide como controlará a economia dele.
    • Selos . Crie uma logomarca que represente o lema do país. Decore-a com escudos e floreios para sugerir que tem uma descendência real. Se quiser, escreva o lema do país em seu idioma natal ou traduza-o para o latim. Contrate um bom designer gráfico para criar o logo e se destacar entre as micronações.
    • Correspondência oficial . Como escreverá muitas cartas para a ONU e para os chefes de Estado do mundo, é uma boa ideia ter um papel de alta qualidade que inclua o selo do país, certo?
    • Hino nacional . O hino é importantíssimo, principalmente se você quiser participar de eventos importantes.
  12. 12
    Estabeleça uma língua. Todo país tem uma língua oficial. Você pode:
    • Usar uma língua existente (como o Português). Você também pode aproveitar línguas antigas, como o futhark.
    • Crie sua própria língua. Nesse caso, é preciso ensinar aos cidadãos do seu país a falar a língua nova.
    • Você pode misturar línguas. O inglês é um exemplo de mistura de línguas, em especial as latinas e germânicas. Há pouquíssimo de influência árabe no inglês.
  13. O mundo tem um tamanho limitado e os países estão sempre tentando crescer, certo? Quanto antes reivindicar sua nação, maiores serão as chances de ter sucesso!
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Dicas

  • O micronacionalismo é um hobby e um assunto sério para muitas pessoas. O respeito é essencial para a paz, e a intolerância é o caminho da guerra.
  • Mantenha relações neutras com as potências mundiais. Se possível, afaste-se da Coreia do Norte.
  • Estude as micronações existentes e bem estabelecidas. O que as torna bem-sucedidas? O que as torna possíveis fracassos? O que você pode aprender com elas?
  • Lembre-se de que você não poderá ter armas nucleares ou coisas do tipo, a menos que tenha um país bem-sucedido e estável.
  • Se você tem cidadania brasileira e americana, fundar uma micronação fará com que perca a cidadania americana. O assunto é sério!
  • Evite seguir políticas agressivas com outras nações sem motivo. Isso fará com que você seja mal visto na política mundial.
  • Mexa-se! Existem muitas diferentes comunidades pelo mundo. Envolva sua nação nos problemas do planeta e ajude quem puder.
  • Crie um site funcional, de preferência com um blog, para agir como serviço de notícias. Se possível, crie também um artigo na Wikipédia sobre a micronação. Só não se esqueça de que o país deve ser mais do que um site e um artigo.
  • Junte-se à uma organização. Existem diversas fundações específicas para micronações e pessoas que desejam criar seus próprios países. Elas podem ser mais gerais, como a Organização das Micronações Unidas (OMU) [8] e a Liga de Estados Secessionistas (LoSS), ou terem objetivos mais específicos, como a Sociedade de Cartografia Micronacional (MCS) [9] . A participação em tais organizações pode ajudá-lo a conhecer pessoas com os mesmos objetivos de vida. Se quiser, você pode até mesmo fundar uma federação de micronações. Já pensou?
  • Se o objetivo é ter um país funcional e independente, você precisará de infraestrutura, o que inclui estradas, escolas, construções, etc.
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Avisos

  • Se você agir com seriedade, o governo pode ver a micronação como um movimento separatista, não como um hobby. O exército certamente entrará em ação para impedir o movimento.
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