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Um documentário é um vídeo ou filme de não-ficção que aborda assuntos da vida real, pessoas, eventos ou questões. Alguns documentários nos fornecem informações educativas sobre coisas pouco conhecidas. Outros contam histórias detalhadas de pessoas importantes ou eventos. Ainda há outros, que tentam persuadir o público a concordar com determinado ponto de vista. Independentemente do assunto escolhido, filmar um documentário pode ser uma tarefa séria. Siga este tutorial para obter dicas sobre como criar um documentário que o deixará orgulhoso.

Parte 1
Parte 1 de 5:

Desenvolvendo e escrevendo uma ideia de documentário

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  1. Sobre o que seu filme será? Seu documentário deve valer o tempo que o espectador gastará (sem mencionar o seu próprio). O tópico não deve ser algo mundano ou universalmente aceito. Tente, em vez disso, focar nos assuntos que são controversos ou pouco conhecidos, ou tente dar uma opinião diferente sobre determinada pessoa, questão ou evento notoriamente conhecido pelo público. Em termos simples, tente filmar coisas que sejam interessantes e evite o que for chato ou ordinário. Isso não significa que seu documentário deva ser grandioso ou enorme – documentários menores e em menor escala também têm a oportunidade de ressoarem com o público se a história contada for cativante.
    • Experimente suas ideias de forma verbal primeiramente. Comece contando a ideia de seu documentário em forma de história para sua família e amigos. Com base nas reações e opiniões recebidas, você pode se desfazer da ideia completamente ou revisá-la e seguir em frente.
    • Ainda que documentários sejam educacionais, ainda precisam segurar a atenção do público. Aqui, um bom assunto pode fazer maravilhas. Muitos documentários tratam de assuntos sociais controversos. Outros são sobre eventos passados que despertam fortes emoções. Alguns desafiam coisas que a sociedade enxerga como normais. Alguns contam a história de indivíduos ou eventos para gerar conclusões sobre determinados temas ou questões. Independentemente de você escolher uma dessas abordagens ou não, o importante é prender a atenção do público.
    • Por exemplo, seria uma péssima ideia fazer um documentário sobre a vida cotidiana em uma cidade pequena caso você não esteja realmente certo de que é possível transformar vidas ordinárias em coisas interessantes e significativas de alguma forma. Uma ideia melhor seria filmar a vida cotidiana de uma cidade pequena enquanto exibe a história de um assassinato violentíssimo que ocorreu no local, demonstrando como os habitantes do lugar foram afetados pelo crime.
  2. Bons documentários quase sempre têm um sentido – um bom documentário pode fazer uma pergunta sobre a forma como nossa sociedade opera. Ele pode tentar provar ou antagonizar a validez de determinado ponto de vista ou tratar de um evento ou fenômeno desconhecido pelo público em geral, na esperança de exibir ação. Até mesmo documentários sobre eventos que aconteceram há muito tempo geram laços com o mundo de hoje. Apesar do nome, o propósito do documentário não é apenas documentar algo que aconteceu, mostrando imagens de um determinado evento. Um documentário realmente bom deve persuadir, surpreender, questionar e desafiar o público. Tente mostrar o motivo pelo qual o público deverá se sentir de determinada maneira em relação às pessoas e coisas filmadas.
    • O aclamado diretor Col Spector afirma que, além da escolha errada de um tema, não fazer perguntas e não escolher um tema interessante são dois dos mais sérios erros que um documentarista pode cometer. Spector afirma: "Antes de filmar, pergunte a si mesmo o que está questionando e como esse filme expressa sua forma de enxergar o mundo. [1]
  3. Mesmo que você esteja familiarizado com o tópico, é uma ideia muito inteligente pesquisá-lo extensivamente antes de começar as filmagens. Leia o máximo que puder a respeito, assista a filmes que já existem sobre isso. Use a internet e qualquer bibliografia à qual tenha acesso para encontrar informações. Mais importantemente ainda é conversar com pessoas que conheçam ou que se interessem pelo tema – as histórias e os detalhes fornecidos por elas o guiarão durante a fase de planejamento.
    • Assim de decidir qual será seu tópico geral, use sua pesquisa para estreitar o assunto. Se, por exemplo, você se interessa por carros, analise pessoas, eventos, processos e fatos relacionados a automóveis e escolha um fato que o tenha interessado especificamente. Por exemplo, você pode fazer um documentário sobre carros tratando apenas de um grupo específico de pessoas que trabalham com automóveis clássicos, reunindo essas pessoas e pedindo para que falem sobre o assunto. Documentários com um foco normalmente são mais fáceis de filmar e ocasionalmente se tornam mais atraentes para o público.
    • Aprenda o máximo que puder sobre o assunto e procure saber se já existe um documentário ou projeto de mídia sobre ele. Você quer que seu documentário e sua abordagem sejam diferentes de qualquer coisa já produzida.
    • Faça algumas entrevistas preliminares com base em sua pesquisa. Isto irá lhe dará a oportunidade de começar a desenvolver a ideia de uma história com as perspectivas dos assuntos principais.
  4. Um esboço é muito útil para projetar sua direção e convencer possíveis patrocinadores, além de ajudá-lo a ter uma ideia sobre a história a ser desenvolvida, já que seu projeto precisa seguir um padrão narrativo de qualidade. No processo, você também poderá pensar nos conflitos e dramas a serem explorados para manter a história viva no seu desenrolar.
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Parte 2
Parte 2 de 5:

Equipe, técnicas e organização

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  1. É inteiramente possível uma única pessoa pesquisar, planejar, filmar e editar o documentário por conta própria, especialmente se o escopo do trabalho for relativamente pequeno ou íntimo. Porém, muitos podem achar a abordagem "uma pessoa, uma câmera" bastante difícil, ou que ela irá resultar em uma filmagem amadora e pouco polida. Considere contratar ou recrutar ajudantes experientes para o documentário, especialmente se você estiver lidando com um assunto ambicioso ou se quiser um trabalho de qualidade profissional.
    • Para obter ajuda, você pode tentar recrutar amigos e conhecidos qualificados; divulgar o projeto através de postagens online ou panfletos; ou através do contato com uma agência de talentos. Aqui estão alguns tipos de profissionais que podem ser úteis para suas intenções:
      • Filmadores;
      • Iluminadores;
      • Escritores;
      • Pesquisadores;
      • Editores;
      • Atores (para recriações/sequências com script);
      • Editores /gravadores de áudio;
      • Consultores técnicos.
  2. Ao contratar ou recrutar sua equipe, procure pessoas que partilham valores semelhantes a respeito do assunto do documentário. Além disso, considere a contratação de jovens aspirantes que são cheios de inspiração e em contato com mercados e públicos que você pode ter esquecido.
    • Sempre troque informações e opiniões com seu operador de câmera e outras pessoas criativas envolvidas no documentário. Isso ajudará a tornar seus documentos um esforço colaborativo, com uma visão compartilhada. Trabalhar em um ambiente colaborativo significa que sua equipe muitas vezes irá notar algo e contribuir para o projeto com ideias que você pode ter negligenciado.
  3. Aprenda as técnicas de filmagem . Documentaristas sérios devem, no mínimo, compreender como os filmes são produzidos, manipulados, filmados e editados, mesmo que eles não consigam fazer tudo isso sem ajuda. Se você não estiver atento ao processo técnico por trás da criação fílmica, pode ser interessante estudar sobre a elaboração de filmes antes de produzir o documentário. Muitas faculdades oferecem cursos de Cinema, mas você também pode obter experiência prática ao trabalhar perto de sets de filmagem, e não apenas na frente ou atrás de uma câmera.
    • Ainda que muitos diretores tenham formação numa faculdade de cinema, o conhecimento prático pode passar por cima da educação formal em cinematografia. Por exemplo, o comediante Louis C.K., que trabalhou como diretor no cinema e na televisão, obteve sua experiência trabalhando na TV aberta. [2]
  4. Tente usar os equipamentos da melhor qualidade disponível (câmeras de ponta, etc.). Peça emprestado os equipamentos que você não puder pagar e use seus contatos para ter acesso aos equipamentos.
  5. Você não precisa saber exatamente como seu documentário será montado antes do início das filmagens – você pode descobrir coisas durante o processo de produção que mudarão planos ou oferecerão novos caminhos para investigações. Porém, você definitivamente deve ter um plano antes de começar a filmar, incluindo um delineamento relativo a filmagens específicas. Ter um plano preparado antes da hora lhe dará tempo extra para agendar entrevistas, trabalhar com conflitos, etc. Seu plano para filmar deve incluir:
    • Pessoas específicas que você quer entrevistar – faça contato com elas antecipadamente para agendar as entrevistas.
    • Eventos específicos que serão cobertos – organize as viagens para esses eventos. Compre passagens, se necessário. Você deve conseguir a permissão dos planejadores do evento para filmar a ocasião.
    • Escritos, imagens, desenhos, músicas e outros documentos específicos que serão utilizados. Consiga a permissão para usar tais elementos dos criadores antes de adicioná-los ao documentário.
    • Qualquer recriação dramática a ser filmada. Procure atores, roupas e localizações para filmar bem antes do tempo.
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Parte 3
Parte 3 de 5:

Filmando o documentário

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  1. Muitos documentários devotam boa parte de suas durações a entrevistas cara-a-cara com pessoas que conhecem o assunto da película. Escolha uma seleção de pessoas relevantes para entrevistar e colete o máximo de informações que puder dessas entrevistas. Você pode espalhar fragmentos dessa filmagem pelo documentário para provar seu ponto ou passar sua mensagem. Entrevistas podem ser feitas ao estilo "noticiário" – em outras palavras, simplesmente colocando o microfone no rosto da pessoa. Porém, você provavelmente irá confiar mais nas entrevistas cara-a-cara, com ambos sentados, já que assim é possível controlar a iluminação, o ambiente e a qualidade de som da filmagem, além de permitir que o sujeito relaxe, aproveite o tempo, conte histórias, etc.
    • Essas pessoas podem ser famosas ou importantes – autores bem conhecidos que escreveram sobre o tema, por exemplo, ou professores que o estudaram extensivamente. Porém, muitas dessas pessoas nem sempre precisam ser famosas ou importantes. Elas podem ser pessoas normais cujos trabalhos lhes deram familiaridade com o tema, ou pessoas que simplesmente testemunharam um evento importante em primeira-mão. Eles podem, em certas situações, ser completamente ignorantes quanto ao seu tema. Pode até ser esclarecedor (e divertido) para o público escutar a diferença entre a opinião de uma pessoa conhecedora do tema e a de uma ignorante.
    • Digamos que nosso documentário seja sobre aficionados em carros clássicos em Austin, Texas. Aqui estão alguns tipos de pessoas que poderiam ser entrevistadas: membros de clubes de carros clássicos ao redor da cidade, colecionadores ricos, velhos que reclamam sobre o barulho que esses veículos fazem pela cidade, visitantes de primeira-viagem de eventos relacionados a carros antigos e os mecânicos que trabalham com tais automóveis.
    • Se você estiver travado no que tange a confecção de perguntas para a entrevista, reflita de acordo com indagações simples: quem? , por quê? , quando? , onde? e como? . Normalmente, fazer essas perguntas básicas sobre o tema será suficiente para fazer o entrevistado contar uma história interessante ou citar alguns detalhes esclarecedores.
    • Lembre-se: uma boa entrevista deve ser o mais semelhante possível de uma conversa. Como entrevistador, você deve estar preparado, pesquisando e se informando para recolher o máximo de informações do entrevistado.
    • Obtenha um rolo-B se possível. Filme cenas do seu entrevistado antes da entrevista formal.
  2. Uma das grandes vantagens de documentários (em oposição aos filmes dramáticos) é que eles permitem que o diretor mostre ao público imagens reais de eventos da vida real. Desde que você não infrinja nenhuma lei de privacidade, consiga o máximo de filmagens reais que conseguir. Filme eventos que apoiem o ponto de vista do documentário, ou, se o tema da película for algo do passado, entre em contato com agências ou pessoas que tenham documentos/filmagens históricas, tente obter permissão para usar tais materiais. Por exemplo, se você estiver fazendo um documentário sobre a brutalidade policial durante algum protesto, você pode entrar em contato com pessoas que participaram do evento e que fizeram filmagens.
    • No nosso documentário sobre veículos, obviamente devemos filmar muitas exposições de carros clássicos acontecendo em Austin. Se formos criativos, há muitas outras coisas que podemos filmar – uma discussão no centro da cidade ou uma proposta para banir as exibições, por exemplo, poderiam criar uma tensão dramática excitante.
  3. Se você assistiu a documentários anteriormente, certamente deve ter notado que a película não é totalmente composta apenas por entrevistas e filmagens de eventos sem nada entre esses elementos. Por exemplo, existem cenas pré-entrevista que estabelecem um humor ou exibem onde a entrevista acontecerá ao mostrar o exterior do prédio, o céu da cidade, etc. Essas são as cenas determinantes e devem ter uma participação pequena, ainda que importante, em seu documentário.
    • Em nosso documentário sobre carros, queremos filmar cenas determinantes em locais onde nossas entrevistas ocorrerão: nesse caso, museus de carros clássicos, oficinas, etc. Também queremos filmar um pouco do subúrbio de Austin ou os monumentos históricos do local para fazer o público se familiarizar com a cidade.
    • Sempre grave os sons característicos da locação onde está fazendo a filmagem.
  4. Além das cenas estabelecedoras, você também deverá produzir um material secundário conhecido como rolo B – pode ser a filmagem de objetos importantes, processos interessantes ou reunião de imagens de eventos históricos. O rolo-B é importante para manter a fluidez visual de seu documentário, garantindo a ele um ritmo contínuo, e permitindo que a película permaneça visualmente ativa mesmo quando o áudio se concentra na fala de uma pessoa.
    • Em nosso documentário, desejamos coletar o máximo possível de rolo-B relacionado a carros – filmagens glamorosas dos corpos de veículos brilhantes, faróis, etc. Cenas contendo carros em movimento também são boas opções.
    • O rolo-B é especialmente importante se seu documentário for usar muita narração. Visto que não é possível colocar a narração em cima de entrevistas sem impedir o público de escutar o que o sujeito diz, você deverá narrar enquanto passa imagens do rolo-B. Você também pode usar o rolo-B para mascarar as falhas em entrevistas. Por exemplo, se o sujeito tossiu no meio de uma grande entrevista, é possível remover a tosse e colocar o áudio da entrevista em cenas do Rolo-B para mascarar o corte.
  5. Se não houver filmagens reais de um evento discutido pelo documentário, você pode usar atores para recriar o evento e filmá-lo, desde que a recriação seja embasada por fatos e que fique perfeitamente claro para a audiência que a cena nada mais é que uma simulação. Seja razoável na hora de filmar recriações dramáticas – certifique-se de que tudo seja baseado na realidade.
    • Algumas vezes, recriações dramáticas apagarão as faces dos atores. Isso acontece pelo fato de o público não aceitar bem ver um ator representando uma pessoa real num filme que também contém imagens do sujeito em questão.
    • Você pode querer filmar ou editar essas cenas de maneira a fazer com que seu estilo visual difira do resto do filme (por exemplo, ao deixar tudo em preto-e-branco). Dessa maneira, fica fácil para a sua audiência descobrir se a cena é real ou recriação.
  6. Enquanto você filma o documentário, mantenha um diário que indique como foi cada dia de filmagem. Inclua todos os erros cometidos e todas as surpresas inesperadas encontradas. Também considere escrever um breve delineamento para o próximo dia de filmagens. Se o sujeito de uma entrevista disse algo que lhe deu vontade de perseguir um novo ângulo para o filme, anote isso. Ao acompanhar os eventos de cada dia, você terá uma chance melhor de permanecer no caminho certo e trabalhar de acordo com a agenda.
    • Assim que terminar, planeje a montagem do seu filme contando quantos minutos serão atribuídos a tais ou quais cenas e fazendo anotações sobre quais gravações guardar e quais descartar.
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Parte 4
Parte 4 de 5:

Montando e compartilhando seu filme

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  1. Agora que você coletou todas as filmagens para seu documentário, será preciso começar a organizá-lo numa ordem que o torne interessante, coerente e que o faça conquistar a atenção do público. Faça um esboço detalhado cena-a-cena para guiar o processo de edição. Forneça uma narrativa coerente, que prove seu ponto de vista para a audiência. Decida qual cena exibirá no início, qual exibirá no meio e qual exibirá no final – e quais não estarão no filme. Utilize as filmagens mais interessantes e corte qualquer coisa repetitiva, chata ou inútil.
    • Em nosso documentário sobre carros clássicos, podemos querer começar com uma excitante ou incrível exibição de veículos para colocar os espectadores no mundo dos colecionadores. Em seguida, mergulhamos para os créditos de abertura, seguidos de filmagens de entrevistas, clipes, etc.
    • O final do documentário deve ser algo que conecte as informações do filme de maneira interessante, reforçando o tema principal. Poderia ser uma imagem final chocante ou um comentário memorável de um entrevistado. No nosso documentário sobre carros, poderíamos escolher terminar o filme com um veículo sendo desmontado para ter suas peças vendidas – um comentário sobre o fato de que a apreciação por veículos antigos está morrendo.
  2. Muitos documentários usam a narração por áudio para ligar as pontas do filme, conectando entrevistas e filmagens de maneira a produzir uma narrativa coerente. Você pode gravar a narração por conta própria, chamar um amigo para ajudar ou até contratar um dublador profissional. A narração deve ser clara, concisa e compreensível.
    • Geralmente, uma narração deve aparecer onde o áudio não é importante – você não quer que o público perca informações. Coloque a narração em cenas determinantes, em cenas do rolo-B ou em filmagens verdadeiras, onde ele não seja tão necessário para a compreensão do que se passa na tela.
  3. Alguns documentários usam imagens estáticas ou animadas para transmitir fatos, figuras e estatísticas para o espectador na forma de texto. Se seu documentário estiver tentando provar certo argumento, você deve exibir fatos que provem sua tese.
    • No nosso documentário sobre carros, podemos usar textos na tela para exibir estatísticas específicas, como por exemplo a queda do número de membros em clubes de carros clássicos em Austin e no resto do país.
    • Use com cautela. Não bombardeie constantemente seu público com dados numéricos e textuais. O público pode ficar exausto se ficar lendo montanhas de texto; portanto, use esse método direto apenas para passar as informações mais importantes. Uma boa regra geral é, sempre que possível, " exibir, e não contar."
  4. Tente envolver ao seu projeto artistas locais e talentosos. Evite músicas com direitos autorais criando a sua própria trilha. Uma alternativa é procurar músicas em um site de domínio público, ou criadas por um artista disposto a compartilhar seu talento.
  5. Você já tem todas as partes prontas – agora é a hora de reuni-las. Use um programa comercial de edição para montar as filmagens e produzir um filme coerente em seu computador (muitos computadores hoje possuem programas básicos de edição de vídeo). Remova tudo que não se encaixe logicamente no tema de seu filme – por exemplo, você deve remover partes de entrevistas que não abordam diretamente o tópico da película. Aproveite seu tempo durante o processo de edição – dê muito tempo a si para fazer tudo bem feito. Quando achar que terminou, durma e volte a assistir o filme novamente. Faça qualquer outra edição que parecer necessária.
    • Faça com que seu filme seja o mais curto possível, mas seja um editor razoável e ético. Por exemplo, se durante as filmagens você encontrar uma forte evidência que contradiga o ponto de vista de sua película, é um pouco ingênuo fingir que ela não existe. Em vez disso, modifique a mensagem do filme ou, melhor ainda, encontre um novo contra-argumento!
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Parte 5
Parte 5 de 5:

Testando, divulgando e exibindo

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  1. Após editar o filme, você provavelmente desejará compartilhá-lo. Afinal de contas, os filmes foram feitos para serem assistidos! Exiba seu filme para alguém conhecido – pode ser um pai, um amigo ou alguém cuja opinião seja confiável. Em seguida, divulgue seu projeto o máximo possível. Alugue ou peça emprestado um local de exibição para permitir que o público aprecie seu trabalho.
    • Envolva o maior número de pessoas possível. Quanto maior o número de envolvidos em seu projeto, maior será o público que irá assistir e comprar o seu documentário.
    • Envie seu documentário para festivais, mas escolha com cuidado aqueles que lidam com projetos semelhantes ao seu.
    • Esteja preparado para receber opiniões honestas. Peça aos espectadores para que eles critiquem a película. Afirme que eles não precisam se segurar – você quer saber quais os pontos fortes e fracos de sua obra. Dependendo do que eles disserem, você pode precisar voltar à edição e consertar o que precisa ser editado. Isso potencialmente (mas não necessariamente) pode significar filmar novamente algumas coisas ou adicionar novas cenas.
    • Acostume-se a rejeição e se fortaleça. Depois de investir incontáveis horas em seu documentário, você espera que o público reaja e responda de forma positiva a ele. Não fique desapontado se ele não for tão aclamado. Hoje em dia, vivemos em um mundo consumidor de mídia, onde o público tem expectativas elevadas e pouca tolerância.
  2. Quando seu filme estiver exatamente da maneira que você deseja e lhe parecer bastante bom, será hora de exibi-lo. Convide amigos e familiares para que eles assistam a edição final e conversem com o diretor . Se você for corajoso, pode disponibilizar o filme gratuitamente num site de streaming (como o YouTube) e compartilhá-lo através das redes sociais ou de outros meios de distribuição online.
  3. Se você acha que tem um grandioso documentário em mãos, tente lançá-lo nos cinemas. Normalmente, o primeiro lugar onde um filme independente poderá ser exibido é num festival de cinema. Procure por festivais próximos da cidade onde você vive. Eles costumam ocorrer em cidades grandes, mas ocasionalmente tais eventos podem acontecer em municípios menores. Coloque seu filme no festival para obter uma chance de exibi-lo. Normalmente, você terá de fornecer uma cópia de seu filme e pagar uma pequena taxa. Se seu filme for selecionado entre vários outros, ele será exibido no festival. Filmes particularmente bem-recebidos são, ocasionalmente, comprados por empresas de distribuição de películas para receberem um lançamento maior!
    • Os festivais de cinema também oferecem a chance de ganhar visibilidade como diretor. Em festivais de cinema, diretores normalmente precisam falar sobre si mesmos e sobre seus filmes em discussões de painéis e em sessões de Perguntas e Respostas.
  4. Fazer um documentário pode ser uma experiência longa e árdua, mas também pode ser imensamente recompensadora. Filmar um documentário lhe dá a chance de entreter e cativar a audiência enquanto a educa. Além do mais, documentários oferecem aos criadores de filmes uma chance rara de mudar o mundo de maneira realista. Um ótimo documentário pode iluminar um problema social ignorado, mudar a maneira pela qual certas pessoas e eventos são vistos, e até causar mudança no modo de agir da sociedade. Se você estiver encontrando dificuldades para encontrar motivação ou inspiração para a criação de seu próprio documentário, considere assistir e/ou pesquisar qualquer um dos filmes influentes listados abaixo. Alguns deles foram (e ainda são) vistos como divisores de águas altamente controversos. Um bom documentarista recebe bem a controvérsia.
    • Born in Brothels , de Zana Briski & Ross Kauffman;
    • Hoop Dreams , de Steve James;
    • Tupac: Resurrection de Lauren Lazin;
    • Supersize Me de Morgan Spurlock;
    • Thin Blue Line , de Errol Morris;
    • Vernon, Florida , de Errol Morris;
    • American Dream , de Bárbara Kopple;
    • Roger&Me de Michael Moore;
    • Spellbound , de Jeffrey Blitz;
    • Harlan County U.S.A. , de Barbara Kopple;
    • Burden of Dreams , de Les Blank’s;
    • Zetgeist: Moving Forward , de Peter Joseph.
  5. Você aprenderá muito com seus erros, como em toda experiência na área da criatividade.
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Dicas

  • Após criar um DVD com seu filme, tente licenciá-lo para vendê-lo.
  • Para produções mais complexas no Mac, tente o Final Cut Pro ou o Adobe Premiere.
  • Se você apresentar múltiplas perspectivas, criará um filme mais objetivo e justo.
  • Crie um canal no YouTube e poste seu filme online para todo o mundo ver. Não use música com direitos autorais.
  • Aprenda a editar. Isso lhe poupará horas em algo difícil – no caso, editar.
  • Experimente o iMovie se estiver num Mac. Ele é semelhante ao Movie Maker no que tange simplicidade e gera ótimos filmes. Ele possui inúmeros templates para dar polimento ao projeto.
  • O Windows Movie Maker é ótimo! É simples e gera ótimos filmes.
  • Você pode usar o Sony Vegas. É um pouco mais complicado – porém, gera filmes melhores e até vem com um DVD de treinamento. É ótimo para qualquer tipo de filme.
  • Peça para pessoas desconhecidas assistirem seu filme e peça a opinião imparcial delas. Comece por fóruns na internet e grupos de Facebook.
  • Confie em si mesmo, você consegue!


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Avisos

  • Ao incluir música no filme, obtenha a permissão para usá-la.
  • Inclua entrevistas informativas, recriações de eventos (ou imagens reais, se possível) e documentação factual dando suporte a todos os lados da história. Um documentário deve apresentar os fatos e permitir que o espectador se decida. Acima de tudo, evite dar sua própria opinião no documentário. Ao dar sua opinião, o filme deixa de ser documentário e se torna propaganda.
  • Um documentário, como todos os filmes, é uma maneira de contar histórias. A maioria dos documentaristas distorcem regras, reordenam o material para mudar o contexto de entrevistas, etc. Não tenha medo de tornar sua história mais interessante.
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