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Do Super-Homem ao Wolverine, os super-heróis dos quadrinhos são o símbolo máximo da literatura popular do século 20. Para criar o seu próprio personagem com superpoderes, aprenda quais os atributos e os traços de personalidade consagrados que o farão arrebatar legiões de fãs e seguidores. Depois disso, basta criar a mocinha e os vilões e a aventura estará pronta para começar.

Parte 1
Parte 1 de 3:

Escolhendo os superpoderes

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  1. Existem alguns personagens que ganharam poderes atômicos sobre-humanos devido à exposição acidental a raios gama. Isso se deve ao fato de que a era dourada dos gibis coincidiu com o início da corrida nuclear, nos anos 1940.
    • Exemplos de super-heróis com poderes nucleares incluem nada menos do que o Homem Aranha, o Hulk, o Flash, o Demolidor e o Dr. Manhattan (do Watchmen). [1]
  2. Há personagens que possuem poderes alienígenas. Sim, nesse caso, eles receberam suas armas, amuletos ou poderes de outros planetas. Os heróis dessa categoria tendem a ser monumentais e possuem poderes que desafiam toda as limitações do ser humano. Como as aventuras deles tendem a extrapolar a atmosfera terrestre e adentrar outras galáxias, eles, normalmente, podem voar e, muitas vezes, não possuem feições humanas.
    • Esse é o caso do Super-Homem, Lanterna Verde e Surfista Prateado.
  3. Os super-heróis mutantes não recebem seus poderes de forma grandiosa, eles apenas se tornam super-humanos devido a manifestações raras que ocorrem na própria natureza. Mas não se restringe apenas a isso, enquanto muitos são meras vítimas da evolução e do acaso, outros sofrem manipulação genética e, até, algum tipo de feitiço mutagênico.
    • Os X-Men, o Capitão América, o John Constantine (da HQ Hellblazer) e o Aquaman são exemplos de super-heróis que ganharam ou aprenderam seus poderes da forma mais natural possível.
  4. Existem personagens – como o Batman, o Homem de Ferro e o Gavião Arqueiro – cujos superpoderes são a dedicação, a persistência e o treinamento duro. Todos eles precisam projetar e aprimorar suas próprias técnicas e equipamentos, o que faz deles super-heróis completamente humanos.
  5. Parece que todos os superpoderes já foram atribuídos a algum herói. Entretanto, não é bem assim. Comece a pensar em novos universos, onde características únicas possam ser consideradas superpoderes. Lembre-se do Hellboy, por exemplo, cuja mão de pedra, além de ser usada para dar socos esmagadores, também é a chave que abre a porta para o fim do mundo. Portanto, nem todo super-herói precisa ter uma capa, voar e soltar raios laser pelos olhos.
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Parte 2
Parte 2 de 3:

Criando o herói

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  1. Todo super-herói tem uma história pregressa que ajuda o leitor a entender as motivações e as frustrações do personagem. Não fosse a destruição do planeta Krypton, o Super-Homem jamais teria chegado a Smallville. O Batman, por sua vez, teria se tornado mais um dos executivos da Wayne Enterprises se seus pais não tivessem sido assassinados naquele beco escuro. Por essa razão, defina:
    • De onde veio o personagem;
    • Quem eram os pais dele;
    • Como ele ganha dinheiro;
    • Como ele ganhou superpoderes;
    • Quem são os amigos dele;
    • O que o motiva;
    • Quais os traumas de infância dele.
  2. Essa parte é divertida e, também, essencial. A aparência, incluindo o uniforme, é o que diferenciará logo de cara o seu personagem de todos os demais. Geralmente, os super-heróis são descolados e estão sempre prontos para lutar contra o mal. Pense, então, em cores e roupas específicas que ele encontraria ao abrir o guarda-roupas antes de sair para mais um dia de combate ao mal.
    • É importante que o uniforme tenha a ver com as habilidades do herói. Por exemplo, o Super-Homem não precisa de armaduras nem equipamentos tecnológicos.
    • Lembre-se de que um super-herói não usa a máscara para ficar bonito – o objetivo é proteger a identidade secreta dele. As capas servem para passar uma impressão de superioridade, como se o personagem fosse um rei ou algo do gênero. Se você achar que isso é necessário nos dias de hoje, vá em frente e encape o seu herói.
    • Crie um símbolo. Um brasão ou um símbolo são usados para tornar o personagem facilmente reconhecível. Em quem você pensa quando vê um sinal luminoso em forma de morcego no céu noturno de Gotham City?
    • Alguns heróis não precisam sequer de um uniforme completo para serem reconhecidos – o cabelo espetado e as costeletas enormes do Wolverine que o digam.
  3. Um bom super-herói sempre tem o seu alter ego, ou seja, o seu outro eu, também conhecido como a identidade secreta. É legal ver o herói em ação, mas também é interessante vê-lo no dia a dia, quando ele não está distribuindo socos e salvando donzelas em perigo. O que ele faz quando é apenas um ser humano comum? Essa é oportunidade que o bom escritor tem para brilhar. [2]
    • Os grandes super-heróis sofrem quando estão na pele de seus alter egos, veja o exemplo do Clark Kent, que não consegue dar uma bola dentro com as garotas. E a situação só tende a piorar se você parar um pouco para pensar na vida do pobre Peter Parker (o Homem-Aranha).
    • Em alguns casos, a identidade secreta do personagem surge durante a criação das origens dele. Por exemplo, imagine um lixeiro que, acidentalmente, contamina-se com lixo radioativo e desenvolve superpoderes. Nesse caso, ele seria um herói à noite e continuaria a correr atrás do caminhão de lixo durante o dia. [3]
  4. Os super-heróis não são totalmente intocáveis. Se não houver conflito, não existirá história. Por isso, eles precisam passar por algum tipo de sofrimento. As fraquezas são fundamentais para qualquer personagem, incluindo aqueles com superpoderes. Portanto, defina:
    • O que o personagem busca;
    • O que o tem impedido de alcançar os objetivos;
    • Quais são os medos dele;
    • O que o tira do sério;
    • Quais são as fraquezas dele.
  5. Depois de criar as principais características, habilidades e fraquezas do personagem, está na hora de partir para a escolha de um bom nome. Os super-heróis precisam ter nomes fáceis de lembrar e que, ao mesmo tempo, fiquem bem nas capas das revistinhas. Pense em algo que tenha a ver com os superpoderes e as origens dele. [4]
    • Não se preocupe em criar um nome que termine necessariamente com “-Homem”. Lembre-se de que existem personagens com nomes comuns, como o John Constantine e, também, aqueles com nomes estranhos, como o Monstro do Pântano, e os que possuem nomes animalescos, como o Wolverine.
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Parte 3
Parte 3 de 3:

Criando as histórias

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  1. Metrópolis está para o Super-Homem como Gotham está para o Batman. Onde o seu super-herói viverá? Quais são os perigos e as ameaças que ele enfrentará ao lado da população? As boas histórias surgem no local onde o herói vive.
    • Quais os problemas do mundo fictício que está criando? O super-herói lixeiro, mencionado há pouco, poderia muito bem viver nos arredores da Central Nuclear de Angra dos Reis. Contudo, não seria muito mais desafiador e interessante se ele vivesse em uma colônia espacial em Marte, onde os recursos básicos, como água e comida, estão escassos e, por essa razão, o índice de criminalidade tem subido assustadoramente todos os dias?
  2. Contra quem o seu super-herói lutará? Seria contra um grupo completo de vilões ou apenas contra um nêmesis supremo que toca o terror na galáxia? Os bons vilões são tão importantes para uma história em quadrinhos quanto o super-herói em si. O maior exemplo disso é o Coringa, que é capaz de, muitas vezes, despertar mais interesse no leitor do que o próprio Vigilante Mascarado.
    • Será que os opostos se atraem? No mundo dos quadrinhos, só se for para se digladiarem até a morte. No caso do super-herói lixeiro, por exemplo, só uma pessoa no mundo poderia ser seu maior inimigo: o terrível Magnata Poluidor. Um sujeito tão asqueroso que seria capaz de jogar detritos nucleares na lixeira da cozinha.
    • Esteja consciente de que nem todo super-herói precisa ter um inimigo específico. Em outras palavras, nem todo Super-Homem precisa de um Lex Luthor. O inimigo não precisa, sequer, ser humano. Pode ser uma causa ideológica, forças sobrenaturais, problemas psicológicos, etc.
  3. É preciso mais do que um herói e um vilão para criar uma boa história. As pessoas comuns trazem um pouco mais de profundidade, humanidade e veracidade ao universo do herói. Muitos personagens secundários sensacionais – como o mordomo Alfred, o senhor e a senhora Kent, a April O'Neil e o tio Ben – são a ligação do super-herói com a realidade. Eles, ao mesmo tempo, expõem as fragilidades e as dúvidas dos personagens principais e os aproximam ainda mais do leitor.
    • Dê alguém para o seu personagem se apaixonar. Depois, crie expectativas do tipo: ele contará a identidade secreta para a pessoa amada? O amor o atrapalhará a cumprir as responsabilidades de herói? Use a criatividade! Aliás, os vilões adoram sequestrar as mocinhas.
  4. O que causou a rivalidade entre o herói e o vilão? O que mantém o drama e a tensão vivos no universo fictício que você criou? Para ter uma boa ideia de como ir adiante, responda às questões:
    • O que o herói precisa fazer, especificamente, para combater o mal? O que ele precisa fazer em definitivo para não permitir que o vilão tome o controle do universo?
    • O que o vilão almeja? O que o torna mau? O que guia Lex Luthor, por exemplo, é a ganância, pois ele faz o que for necessário para obter lucro. Não muito distante, o Coringa é um caso clássico de patologia mental, afinal, ele encontra prazer e, acima e tudo, diversão na prática do crime.
  5. Uma das maiores vantagens dos quadrinhos é não ter a obrigação de criar um fim tão cedo para a história. Portanto, deixe-a rolar indefinidamente. O Batman está prestes a comemorar oitenta anos e continua no auge, como sempre.
    • Dê profundidade para o seu universo. Desenrole histórias paralelas. Mostre diferentes pontos de vista. Alterne períodos de drama extremo e recomeço. Lembre-se, todo personagem tem duas vidas: a pessoal e a profissional (vá a fundo em ambas).
  6. Os super-heróis são, de fato, personagens capazes de prender a atenção de milhões de pessoas, seja no cinema, nos quadrinhos e até em fanfics. Agora, chegou a hora do mundo se apaixonar pelo seu super-herói. Confira alguns artigos que o ajudarão a dar os próximos passos:
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Dicas

  • Não faça plágio. Além de crime, não é bom para os negócios. Ninguém gosta de ver um personagem querido ser descaradamente copiado nem ver duas vezes a mesma coisa.
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