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Lagostins e lavagantes são crustáceos de água doce que podem ser criados com facilidade num aquário doméstico. Basta proporcionar a eles um aquário espaçoso, o tipo certo de comida e um pouco de tempo e atenção. Lagostins são excelentes bichos de estimação — adoram construir montinhos, esconder-se nas sombras de rochas e plantas, e enterrar-se no cascalho do aquário.

Parte 1
Parte 1 de 3:

Montando o aquário do lagostim

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  1. Ele pode ser adquirido em lojas náuticas que vendam peixes tropicais ou em pet shops. Antes de ir às compras, pesquise as diferenças entre as várias espécies do crustáceo e quais são as necessidades de cada uma. Convém começar a sua criação com um único lagostim até que você tenha uma boa noção de como cuidar deles. [1]
    • O lagostim vermelho, que é o mais comum, pode custar entre R$ 3,00 e R$ 9,00, ao passo que as variedades mais raras, como as de carapaça azul, talvez ultrapassem a faixa dos R$ 60,00.
    • Em certas partes do mundo, é possível apanhá-los em riachos e corpos d'água rasos. Basta providenciar uma rede pequena e revirar as pedras do fundo da àgua até encontrar um espécime que pareça um bom bicho de estimação. [2]
  2. Monte um aquário adequado. O volume de água deve ser tal que haja entre 20 e 40 L por lagostim, mas o ideal é que haja entre 55 e 80 L por espécime, principalmente se se trata de uma raça de grandes proporções. Também é necessário instalar uma bomba ou uma cortina de ar, uma vez que ele poderá sufocar se passar muito tempo submerso sem uma fonte de oxigênio. [3]
    • O lagostim prospera em pântanos e leitos de rio frescos. Portanto, não use aquecimento no aquário.
    • Procure um modelo que conte com um sistema embutido de filtragem e arejamento para manter a limpeza e circulação adequadas da água.
  3. O lagostim prefere viver em águas com pH neutro (em torno de 7) e temperaturas de 21 a 24 °C. Você não terá problemas para estabilizar a temperatura da água se mantiver o aquário em um ambiente fechado. [4]
    • Compre um kit de aferição de pH, à venda em pet shops e lojas de aquarismo ou de artigos para piscinas, para saber se a água está mais ácida ou básica que o necessário.
    • Evite decorar o aquário com conchas e outros objetos ricos em minerais, que podem desequilibrar o pH da água. [5]
  4. pelo menos uma vez por semana. Lagostins produzem excretas em um ritmo que um sistema de filtragem comum talvez não consiga acompanhar. Ou seja, a água tem de ser trocada regularmente para que o aquário seja um ambiente saudável. Nas trocas de água, drene ¼~½ do volume total do aquário e reponha-o com água fresca e limpa. [6]
    • Se o seu tanque não tem um filtro, talvez seja necessário aumentar a frequência das trocas de água para duas vezes por semana.
    • Use apenas filtros de tubo ou espuma. O lagostim gosta de cavar, o que pode entupir o filtro de fundo de aquário.
  5. Pedras, plantas aquáticas e alguns segmentos de tubos de PVC são bons elementos decorativos, pois podem ser usados pelo crustáceo como brinquedo, abrigo ou esconderijo temporário. Grandes estruturas como pedras ocas, túneis para hamsters e recipientes plásticos ajudam-no a se sentir mais seguro, principalmente durante o período da troca de carapaça.
    • Cubra quaisquer fontes de luz próximas ou revista um dos lados do aquário para diminuir a luminosidade — lagostins gostam de viver no escuro. [7]
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Parte 2
Parte 2 de 3:

Alimentando o lagostim

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  1. Ração à base de camarão ou lagosta deve compor a maior parte da dieta dele, pois é rica em proteínas e contém todos os nutrientes de que ele precisa para crescer e desenvolver uma carapaça saudável. Salpique a ração em torno dos esconderijos preferidos do bichinho, a fim de que ele possa encontrá-los com facilidade. [8]
    • Ocasionalmente, você também pode alimentá-lo com presas congeladas (como pulgas d'água, quironomídeos ou artêmias) para animais de aquário.
    • Não inclua na dieta camarões crus, que talvez transmitam doenças fatais ao lagostim. [9]
  2. Vez ou outra, você pode cortar folhas de alface, repolho, abobrinha ou pepino em tirinhas finas e depositá-las no fundo do aquário. Ervilha, cenoura e batata-doce também são boas opções. Lagostins adoram mordiscar vegetais — então, não se assuste se eles desaparecerem de repente! [10]
    • Lagostins podem comer vegetais podres ou em processo de decomposição sem problemas. Por sinal, muitos criadores de lagostins costumam oferecer vegetais podres a eles — matando dois coelhos com uma única cajadada.
    DICA DE ESPECIALISTA

    Doug Ludemann

    Aquarofilista
    Doug Ludemann é dono e gerente da Fish Geeks, LLC, uma empresa profissional de serviços para aquário em Minneapolis. Trabalha na indústria de aquários e de criação de peixes há mais de 20 anos e é formado em Ecologia, Evolução e Comportamento pela University of Minnesota. Doug já trabalhou no Zoólogico de Minnesota e no Shedd Aquarium em Chicago.
    Doug Ludemann
    Aquarofilista

    Alimente seu lagostim diariamente ou várias vezes ao dia. Não deixe sobrar muita comida no aquário e tente variar a alimentação do animal. Uma combinação de ração e substanciosos para nutrir adequadamente o lagostim.

  3. Um ou dois punhadinhos de ração ou uma porção de vegetais são mais que suficientes para um animal desse porte. Pouco tempo depois de servir a refeição, descarte o alimento rejeitado. Qualquer comida deixada no fundo do aquário vai decompor-se rapidamente, gerando a necessidade de trocas mais frequentes de água. [11]
    • Havendo mais de um espécime no viveiro (o que é desaconselhável), multiplique as porções oferecidas. Da mesma maneira, lembre-se de remover a comida rejeitada ao fim da refeição.
    • Ser alimentado em excesso é prejudicial, pois amolece e fragiliza a carapaça do lagostim.
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Parte 3
Parte 3 de 3:

Garantindo a segurança do lagostim

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  1. Lagostins prosperam em aquários grandes, onde podem nadar livremente. No entanto, podem viver em harmonia com peixes pequenos, como peixinhos-dourados, barbos, molinésias, espadas e tetras-néon. Embora o lagostim manifeste tendências agressivas vez ou outra, ele é lento demais para apanhar e devorar peixes, que são muito mais rápidos. [12]
    • Em geral, o lagostim ataca apenas peixes adoentados que ficam parados no fundo do aquário. Portanto, se você o vir devorar algum colega de cativeiro, é bem provável que ele já estivesse perto da morte, de qualquer modo.
    • E apesar de o lagostim não representar um grande perigo para os peixes, a recíproca nem sempre é verdadeira: ciclídeos, bagres e outros peixes de grande porte podem atacá-lo, causando ferimentos, e porventura a morte, em um ou ambos os envolvidos na altercação. [13]
    • Não é aconselhável manter mais de um lagostim no mesmo aquário. Se você o fizer, deve proporcionar bastante espaço para cada um, e todos devem ser da mesma espécie, pois lagostins de espécies diferentes tendem a matar uns aos outros.
  2. Uma vez a cada poucos meses, o crustáceo vai se despir da carapaça atual para formar outra, mais espaçosa, para que possa continuar crescendo. Você talvez ache que deve descartar a antiga carapaça, mas não faça isso: o lagostim alimenta-se dela por vários dias com vistas a extrair os minerais que formarão a nova carapaça. [14]
    • Não é necessário alimentar o lagostim nos primeiros três a cinco dias após a ecdise, período durante o qual ele se alimentará exclusivamente do antigo exoesqueleto. [15]
    • Pingue algumas gotas de iodeto de potássio quando ele começar a se livrar da antiga carapaça, já que a deficiência de iodo é uma causa de morte muito comum durante a ecdise. O iodeto de potássio pode ser encontrado em qualquer pet shop que forneça produtos para animais aquáticos. [16]
    • Com as partes macias do corpo expostas assim, o lagostim fica muito vulnerável à desnutrição e a ataques de predadores.
    DICA DE ESPECIALISTA

    Doug Ludemann

    Aquarofilista
    Doug Ludemann é dono e gerente da Fish Geeks, LLC, uma empresa profissional de serviços para aquário em Minneapolis. Trabalha na indústria de aquários e de criação de peixes há mais de 20 anos e é formado em Ecologia, Evolução e Comportamento pela University of Minnesota. Doug já trabalhou no Zoólogico de Minnesota e no Shedd Aquarium em Chicago.
    Doug Ludemann
    Aquarofilista

    Coloque areia no fundo do tanque para ajudar o lagostim a trocar de carapaça. Quando lagostins trocam de carapaça, há um pequeno espaço nas suas costas onde eles colocam um pouco de areia para se orientar melhor espacialmente. Sem a areia, eles podem ficar de cabeça para baixo.

  3. Como o explorador natural que é, ele tende a pôr em uso suas notáveis habilidades de escapista quando não há ninguém a vigiá-lo. Para evitar isso, use um aquário com tampa removível. Na falta dessa opção, cubra quaisquer aberturas do aquário, principalmente as que fiquem em torno do filtro, com filme plástico ou papel-alumínio. [17]
    • É essencial bloquear todas as rotas possíveis de fuga. Caso encontre um meio de sair do aquário, o crustáceo pode morrer de desidratação em questão de horas.
    • Jamais devolva um lagostim fujão ao aquário logo após recapturá-lo. Em vez disso, deixe-o por um tempo em um recipiente apenas com água suficiente para cobri-lo. Suas brânquias precisam de tempo para se reaclimatar à água — de outro modo, ele corre o risco de se afogar. [18]
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Dicas

  • Se possível, despeje uma grossa camada de areia ou cascalho no fundo do aquário. Os lagostins gostam de cavar para se esconder, procurar alimento e brincar.
  • Apanhe o lagostim por baixo e por trás das patas para não levar um beliscão.
  • A maioria das espécies de lagostim vive de dois a três anos em cativeiro, mas, podem chegar até os sete ou oito anos de vida com as condições, a dieta e o tratamento adequados.
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Avisos

  • O lagostim tem uma cor e um tamanho que tornam muito fácil de perdê-lo de vista. Evite tirá-lo do aquário, a não ser durante as limpezas e trocas de água.
  • Não solte na natureza um lagostim criado em cativeiro, o que pode trazer sérias consequências à população nativa de lagostins e de outras espécies.
  • Devido ao seu comportamento territorialista, não é aconselhável manter mais de um lagostim no mesmo viveiro.
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