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A “Helicobacter pylori” ou “H. pylori” é uma bactéria comum, que é natural no estômago de muitas pessoas. Milhões de indivíduos vivem com elas e não têm qualquer sintoma; o problema é quando crescem descontroladamente, levando ao surgimento de úlceras. Por sorte, é possível tratar esse problema ao combater a “H. pylori”, na maioria das vezes com antibióticos, mas você poderá experimentar métodos naturais. Não há problema em testar as técnicas por conta própria, mas a chance de sucesso varia muito de acordo com o indivíduo e elas podem não curar a úlcera por completo. Após duas semanas de tratamento natural e persistência do desconforto, consulte um médico para que a terapia convencional seja feita.

Método 1
Método 1 de 3:

Combatendo a bactéria

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Há algumas ervas e suplementos que podem ser benéficas contra a “H. pylori” ou evitar que ela se reproduza, reduzindo a infecção. Há a opção de experimentar ambos por conta própria, mas não se esqueça de que será indispensável o uso de medicamentos se não conseguir acabar com a contaminação por completo. Consulte um médico antes tomar suplementos de dieta para confirmar que são adequados para seu caso.

  1. Os probióticos, em especial os lactobacilos, proliferam bacilos benéficos no sistema digestivo. Ainda que não exterminem as “H. pylori”, eles evitam desequilíbrios e o crescimento descontrolado dos micro-organismos nocivos, às vezes impedindo que a infecção se torne uma úlcera. [1]
    • A dose geral dos probióticos é de 1 a 10 bilhões de unidades por dia, o que parece muito, mas são apenas um ou dois comprimidos. Siga as instruções de dosagem na bula do produto. [2]
    • Peça uma recomendação de marca de probiótico para seu médico ou a um farmacêutico.
  2. Os brócolis funcionam como um tratamento “tradicional” para vários problemas de saúde, contando inclusive com indícios de que evita que a “H. pylori” colonize o estômago da pessoa. Ingira ½ xícara de brotos de brócolis todos os dias durante oito semanas e veja se há alguma melhora nos sintomas. [3]
    • Outros estudos sinalizaram que os níveis de “H. pylori” voltaram a subir após o fim do tratamento com brócolis, logo, é bem provável que ele não as extermine por completo.
    • Os brotos são diferentes dos vegetais maduros, tendo mais o aspecto de pequenas plantas de alfafa.
  3. Os antioxidantes e nutrientes do chá verde, aparentemente, interrompem o desenvolvimento da “H. pylori”; ainda que não acabe com a infecção, é possível que a bebida não deixe que haja formação de uma úlcera. [4]
    • O chá verde não possui grandes restrições, desde que não seja bebido em excesso. Recomenda-se no geral, duas a três xícaras por dia, e no máximo cinco. [5]
    • Não o consuma perto da hora de dormir ou tome um chá verde descafeinado.
  4. Ele é um bactericida natural e evita o crescimento da “H. pylori” no sistema digestivo. [6] Misture 2 colheres de chá com mel em 1 copo d’água de água todos os dias e beba. Mantenha por duas a quatro semanas. [7]
  5. O gel de babosa também será benéfico, em algumas situações, exterminando a bactéria e diminuindo dores estomacais. Consuma 100 mg do extrato de babosa em gel e veja os resultados. [8]
    • A aloe vera é mais eficaz em conjunção com um antibiótico, logo, pode não ter grande efeito sozinha.
  6. Ela é muito usada para desconfortos estomacais e é benéfica contra a “H. pylori”. Tome 250 mg do extrato de raiz de alcaçuz três vezes diárias e analise se há melhora. [9]
    • A raiz de alcaçuz também pode ser encontrada em forma de chá de ervas, mas é possível que não seja potente o suficiente para tratar uma úlcera.
  7. O alho constitui um tratamento natural para diversas condições médicas, e dependendo do caso pode ter efeito positivo contra a “H. pylori”. No entanto, os resultados são muito inconsistentes; ademais, o alho pode piorar a azia e agravar a dor se já houver úlcera. Considere esse um último recurso se nada mais der certo. [10]
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Método 2
Método 2 de 3:

Acalmando o estômago

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Caso tenha uma úlcera, você sentirá bastante desconforto. É importante evitar essa dor até que a úlcera melhore, independentemente de tratar com medicamentos ou técnicas naturais. Os passos abaixo não vão curar a úlcera, mas diminuirão a cólica durante a sua recuperação.

  1. Comer em excesso aumenta a quantidade de ácido estomacal, piorando o incômodo durante o combate à úlcera. Ao ingerir porções menores, a lesão não ficará irritada e os sintomas não surgirão. [11]
    • Até que a úlcera cicatrize por completo, recomenda-se fazer refeições menores ao longo do dia em vez de três maiores (café da manhã, almoço e jantar). É uma maneira de não ter a sensação de ter se alimentado em excesso.
    • Uma boa dica é comer com calma, mais lentamente do que o normal. Isso aumenta as chances de se sentir satisfeito e evita que fique com o estômago pesado.
  2. Elas melhoram a digestão e podem diminuir as dores oriundas da úlcera. Dê preferência a frutas, legumes, grãos integrais, castanhas e leguminosas para incentivar a movimentação do alimento pelo sistema digestivo. Continue com a dieta rica em fibras mesmo após se recuperar, já que elas também previnem o retorno das úlceras. [12]
    • No geral, mulheres devem consumir 21 a 25 g de fibras por dia, e os homens, de 30 a 38 g. [13]
    • Elas também podem ser obtidas de suplementos, mas a recomendação dos médicos é que a maior parte venha da alimentação.
  3. Ao contrário do que muitos acreditam, elas não causam úlceras, mas podem inflamar essa lesão se ela já estiver presente, piorando a agonia. É melhor consumir algo mais leve ou sem tempero ao constatar que sofre dores estomacais com as iguarias apimentadas, ao menos até que se recupere da úlcera. [14]
    • Caso não consiga viver sem uma comidinha apimentada, adicione apenas um pouco do condimento. Aumente aos poucos e em caso de dor, diminua e mantenha a quantidade que não causar incômodos.
    • Alimentos apimentados não pioram as úlceras, ou seja, desde que não haja dores abdominais, eles podem ser consumidos de forma normal.
  4. Considerado um “remédio caseiro” para cólicas estomacais, o leite melhora a dor de início, mas pode levar ao aumento na produção de ácidos estomacais posteriormente, agravando o desconforto. É uma boa ideia não o tomar até que a úlcera melhore. [15]
  5. Muitas pessoas julgam que o estresse causa úlceras, o que não é verdade; por outro lado, ele pode aumentar a secreção de suco gástrico no estômago. Faça o possível para manter a tranquilidade e o estresse sob controle, evitando maiores desconfortos. [16]
    • Experimente realizar atividades de relaxamento, como respiração profunda, yoga e meditação, que podem acalmá-lo. Todos os dias, passe 15 a 20 minutos praticando uma delas.
    • Fazer algo que o agrada, como assistir um filme, jantar fora ou dar uma volta no shopping será ótimo para combater o estresse. Deixe um espacinho para essas atividades todos os dias.
  6. É importante que ele esteja em boas condições para eliminar a contaminação por “H. pylori” e promover uma recuperação mais rápida da úlcera. Repouse ao menos sete a oito horas por noite para fortalecer o organismo. [17]
    • Quem possui dificuldade em dormir pode tentar técnicas de relaxamento uma hora antes de ir deitar. Desligue computador, celular e televisão e pratique algo tranquilo, como leitura, ou até tome um banho morno para se aprontar para dormir.
  7. O álcool irrita o estômago e piora as cólicas da úlcera; faça o possível para não consumir mais do que duas taças ou um copo diariamente, ao menos até que a lesão esteja melhor. [18]
    • Além disso, é possível que o álcool interaja com remédios que poderão vir a ser prescritos por um médico no tratamento da úlcera, ou seja, é ainda mais importante deixar as bebidas de lado até que a lesão melhore.
  8. O revestimento estomacal pode ficar afinado pelos componentes químicos do cigarro, agravando ou levando ao surgimento das úlceras. É melhor interromper o hábito o quanto antes, se já for fumante, ou nem pensar em começar se considerou a possibilidade. [19]
    • Mesmo após a melhora da úlcera, a chance de ter outra é maior se você continuar fumando.
    • Cuidado para não ser fumante passivo, já que isso também pode trazer problemas de saúde. Não deixe que fumem na casa ou distancie-se dessas pessoas.
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Método 3
Método 3 de 3:

Utilizando tratamentos convencionais

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Remédios naturais nem sempre serão eficazes no combate à “H. pylori” e há alto risco de reincidência de infecção. Para evitar uma nova contaminação, o melhor recurso é ir ao médico e usar medicamentos voltados para o tratamento antibacteriano. O especialista fará um exame e prescreverá algum dos seguintes fármacos para curá-lo.

  1. pylori”. O micro-organismo é uma bactéria, portanto, as drogas antibióticas são as melhores opções para o tratamento; a amoxicilina é a mais comum e possui bastante eficácia no combate à “H. pylori”. Ministre o remédio exatamente como orientado pelo médico. [20]
    • Não pare de tomar o medicamento ao se sentir melhor. É importante usá-lo pelo período indicado pelo médico para garantir que os micro-organismos sejam eliminados por completo do corpo.
  2. Também conhecidas com IBPs, essas drogas não agem contra a “H. pylori”, mas evitam que o estômago continue produzindo suco gástrico, de modo que o desconforto seja menor e, mais importante, a úlcera não se inflame tanto durante a recuperação. [21]
    • Alguns dos mais conhecidos IBPs são: omeprazol, esomeprazol (Nexium), lansoprazol (Prazol) e pantoprazol (Pantozol). Ministre o que foi orientado pelo médico.
  3. Ele não ataca as bactérias e nem reduz a produção de suco gástrico, mas fortalece a camada mucosa que protege o estômago, ou seja, o órgão se torna mais resistente contra ácidos, evitando azia e desconfortos abdominais. Ministrar tais remédios até a melhora da infecção por “H. pylori” vai deixá-lo muito mais tranquilo com a ausência da dor. [22]
    • No Brasil, os medicamentos com salicilato de bismuto não são tão comuns, mas é possível encontrar o Kaopectate e o Peptozil, além de antidiarreicos com o mesmo efeito. Não é necessário apresentação de receita médica. [23]
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Conselhos médicos

Alguns tratamentos naturais apresentam bons resultados no extermínio e na inibição das “H. pylori” no estômago. No entanto, ainda não existe grande precisão e é pouco provável que essas terapias, sem conjunção com o uso de fármacos, curarão a infecção. Após duas semanas de combate aos sintomas apenas usando técnicas naturais, analise se houve alguma evolução; em caso negativo, consulte um médico. Ao ministrar medicamentos voltados para matar os micro-organismos, a recuperação se iniciará pela diminuição da infecção e melhora da úlcera.

Avisos

  • As úlceras oferecem riscos à saúde se não forem tratadas. Não ignore dores estomacais e azia constantes, buscando cuidado médico especializado para evitar complicações.
  • Antes de tomar qualquer suplemento à base de ervas, vá ao médico para confirmar que não é prejudicial à saúde.
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