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A não ser que seu nome seja Daniel LaRusso e você more ao lado de um mestre de caratê chamado Senhor Miyagi como em "Karate Kid" [1] , você terá que fazer uma pesquisa detalhada para escolher uma arte marcial; será necessário entender quais são seus objetivos, encontrar uma arte que os atenda e escolher um instrutor ou escola. Tenha em mente que não há uma arte marcial melhor, mas artistas marciais sim; todas elas têm seus pontos positivos e negativos. Escolha uma que tenha a ver com você.

Parte 1
Parte 1 de 2:

Escolha uma arte marcial

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  1. Na maioria das vezes as pessoas buscam fazer artes marciais para aprender autodefesa. É o caso do Daniel LaRusso. Ele estava sofrendo bullying. Você está passando por isso? Ou tem medo porque pode ser atacado algum dia? Todas as artes marciais ensinarão você a se proteger e seu objetivo deve ser encontrar uma que dê ênfase às técnicas de defesa e em se desvencilhar do adversário. [2] Por essas e outras é que o Jiu-Jitsu é a mais indicada, pois usa a força e a investida do ataque inimigo contra ele mesmo, o que é ótimo para dominar oponentes maiores e mais fortes.
    • Em uma situação de autodefesa, o Jiu-Jitsu ensinará a desviar de ataques frontais, escapar de imobilizações e conseguir vantagem rapidamente. Tenha em mente que cada tipo de arte marcial o ensinará a se proteger, ainda que algumas sejam mais combativas que outras. O Jiu-Jitsu é um ótimo meio-termo.
  2. A segunda razão mais frequente para se praticar artes marciais é fazer exercício, transformar gordura em músculo e aprimorar a coordenação motora. Novamente, todas as artes marciais fazem isso, mas dependendo de seus objetivos para ficar em forma, pode preferir outras lutas. [3] . Kung Fu é ótimo porque malha o corpo todo, já que usa posturas rebaixadas e bloqueios sólidos. Além disso, ele também está entre os estilos mais disciplinados de arte marcial. [4]
    • Enquanto o Kung Fu trabalha todos os músculos, há artes marciais que focam em dar flexibilidade e força para a parte superior ou inferior. Você pode escolher o boxe ocidental, ou o caratê Shotokan, do Japão [5] . Mas, se sua intenção é fortalecer as pernas, pode escolher um estilo com foco na agilidade e força de tais membros, como Taekwondo. [6]
  3. Crie autoconfiança com a Naguinata [7] . Atualmente a Naguinata é uma arte marcial que ensina etiqueta, respeito e segurança, construindo confiança por despertar o potencial, desenvolver a musculatura e ensinar novas habilidades. Muitas pessoas que iniciam nessa arte sofrem de baixa autoestima ou simplesmente não confiam em si mesmas. Talvez seja essa a razão de você ter decidido começar a fazer artes marciais – se for o caso, você deverá encontrar um curso e professor que o ponham para cima, em vez de destruir você primeiro. Os instrutores de Naguinata buscam incentivar sentimentos e experiências positivas. [8] Tais incentivos devem ter um papel fundamental na hora da sua escolha. [9]
  4. Taekwondo é a arte marcial mais popular do mundo, provavelmente por ter entrado para as Olimpíadas em 1988. Muitos o consideram como expressão artística, por isso o autocontrole é fundamental. É necessário ter disciplina rígida para conquistar movimentos fluídos, graciosos e intencionais. Por sua ênfase em movimentação e forma é que o Taekwondo é considerado uma ótima maneira de ensinar disciplina, (para crianças ou qualquer um, na verdade). [10]
    • Para um bom desempenho em artes marciais é fundamental ter concentração e autocontrole, já que praticá-las é uma experiência regrada e hierárquica. Você pode se deparar com algum ensinamento que vai contra o que você aprendeu em outra situação da vida; quando o Sr. Miyagi disse “Esfrega com a direita, depois com a esquerda”, Daniel ficou confuso e não entendeu de imediato qual era a ligação entre artes marciais e encerar carros, mas acabou descobrindo que seu mestre sabia do que estava falando. Obedeça seu instrutor o máximo que puder. Pratique consistentemente: a disciplina terá impacto em seu treino e em sua vida diária também. [11]
  5. Na década de 70, os caratecas estavam frustrados com as regras rígidas impostas nas competições, pois queriam ter lutas de contato completo. Essa turma se separou dos demais e criou o kickboxing, em que os lutadores fazem sparring e praticam chutes, socos, bloqueios e técnicas de sombra para se preparar antes das competições. Por ter esse foco em combate e competição, é uma excelente opção para quem tem interesse em participar de torneios. [12]
    • Algumas artes marciais não têm tanta ênfase em combate. Os estilos tradicionais do Kung Fu, como o Wing Chun ou o Hung Gar, não foram desenvolvidos para lutar no ringue. Você aprenderá algumas habilidades fantásticas de autodefesa, mas levará um bom tempo até que suas habilidades básicas estejam sólidas o suficiente para aplicá-las em uma situação combativa.
  6. Caso você tenha muito respeito ou interesse por uma determinada cultura, aprender sobre a arte marcial daquele país é uma ótima iniciativa. Estude Krav Maga para aprender sobre Israel, Taekwondo para saber mais sobre a Coreia, Sumô para entender mais do Japão ou Sambo para saber mais sobre a Rússia.
    • Escolha uma escola com um instrutor nativo do país que o interessa, ou alguém que tenha sido treinado lá ou por alguém de lá. As aulas serão mais autênticas e você descobrirá mais aspectos da cultura em questão - como a linguagem, os maneirismos e hábitos, sua história e filosofia. [13]
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Parte 2
Parte 2 de 2:

Escolha a escola e o instrutor

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  1. Provavelmente você acabará escolhendo o estilo de arte marcial mais próximo e acessível, já que a dificuldade em chegar ao treino é um grande fator para a desistência. Procure na internet e na lista telefônica.
  2. Não é comum as escolas e institutos de artes marciais divulgarem seus preços fora da escola. Tais valores podem ser para pacotes mensais, trimestrais ou planos pessoais caso você contrate um instrutor particular. Em alguns casos, o preço é negociável dependendo de quantas pessoas farão a aula também (pacotes familiares, por exemplo). Há instrutores que cobram de R$ 50,00 por semana a R$ 300,00 por aula com uma hora de duração - depende de você e do que acha justo e possível de pagar. Depois de pesquisar um pouco, você saberá quem está pedindo demais.
    • Outro método inteligente de economizar é não ir somente às escolas com grandes fachadas. Existem muitas escolas e instrutores bons que trabalham em lugares não comerciais, como centros comunitários, espaços cedidos por templos religiosos, associações, etc. Só porque uma escola não tem fachada, isso não quer dizer que seja um ensino de qualidade inferior. [14] Ligue e pergunte sobre uma possível aula inicial gratuita, uniforme necessário, taxa de matrícula e mensalidade, etc. Preste atenção ao ler contratos e pagar mensalidades, há lugares que aumentam o valor conforme o tempo passa, mas isso fica nas letras miúdas. [15]
  3. Um bom jeito de sentir se um estilo é mais legal, ou se um instrutor ou escola é bacana, é visitar o dojô e assistir um ou dois treinos antes de decidir. Você poderá ver o espaço, outros alunos e falar com o instrutor pessoalmente.
    • Converse com outros alunos. Veja o que eles têm a dizer sobre o curso e o que eles gostam e não gostam. Alguns dos veteranos podem até saber mais sobre outros estilos, o que poderá ajudá-lo a decidir.
  4. Caso esteja procurando aulas práticas, observe se o curso incentiva os alunos iniciantes a engajarem em sparring e combate livre, ou se só os veteranos podem (porque já têm mais tempo de dojô ou porque já investiram algum dinheiro). Você quer um instrutor, alguém que encoraje e melhore sua autoestima? Prefere aulas particulares ou em turma? O estilo do instrutor será diferente de acordo com seus objetivos e condições. [16]
    • Saiba que sparring entre iniciantes, mesmo que seja incentivado, deve ser supervisionado com mais atenção, pois novatos não têm controle o suficiente sobre os golpes para não se machucarem.
  5. Observe como são os alunos da escola, como eles interagem entre si e com os professores; eles são receptivos e amigáveis? Demonstram respeito? Você acha que eles dariam bons amigos? Vocês possivelmente passarão uma boa parte do tempo juntos, é importante entender as personalidades deles também; além do mais, você colocará sua segurança nas mãos delas; se não estiver à vontade com isso, continue procurando. [17]
  6. Não se preocupe tanto com certificados e diplomas, não existe um padrão com nota, nem um sistema de governo universal de artes marciais. O que conta é:
    • Quem foi o instrutor dele?
    • Quanto tempo ele estudou com esse instrutor?
    • Há quanto tempo ele pratica esta arte marcial?
    • Ele tem experiência como instrutor, ou é só um artista marcial competente? Assim como um jogador de futebol pode ser um péssimo técnico (e vice-versa), um ótimo artista marcial pode não ser bom em ensinar.
    • Observe se os instrutores das escolas locais ficam falando que o estilo deles é melhor do que todos os outros. Há muitos artistas que são tão leais ao próprio estilo que não admitem que se fale bem dos outros sem expressar negativismo; cuidado com eles, pois provavelmente não são bons professores se desrespeitam os outros deste jeito. [18]
  7. Você precisará reservar um bom tempo para se dedicar ao treino semanal. A maior parte das artes marciais tem exercícios ou formas de praticar em casa, para reter o que foi aprendido - se você se limitar a praticar no dojô, seu progresso ficará estagnado. [19]
    • Dedique tempo suficiente para ir às aulas e praticar em casa. Lembre-se, as artes marciais envolvem disciplina. Não entre em um curso sem internalizar isso, senão acabará por desistir.
  8. Agora é melhor do que depois. Entre de cabeça e vamos lá! Você já fez a lição de casa. Já escolheu um estilo, sabe o que esperar. Divirta-se!!
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