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Quando você machuca alguém, nem sempre é fácil fazer as pazes. Abrir o coração e pedir desculpas é aterrorizante, mas vale a pena quando o relacionamento volta a ser o que era. Você já está dando um passo na direção certa quando escolhe encarar a situação, ao invés de ignorá-la. Agora, basta encontrar a maneira correta de pedir desculpas e consertar tudo. Continue lendo para saber como começar a consertar o seu relacionamento prejudicado agora mesmo.

Parte 1
Parte 1 de 3:

Entenda o que aconteceu

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  1. Você errou e a outra pessoa estava certa? Ou a questão é mais complicada? Fazer as pazes é difícil quando não se sabe exatamente de quem é a culpa. Pense sobre o que aconteceu e decida pelo quê você precisa se desculpar.
    • Se você sabe pelo quê precisa se desculpar, fazer as pazes deve ser bastante simples (embora não necessariamente fácil). Por exemplo, se você pegou emprestado o carro de alguém sem pedir e acabou batendo, é bem claro como se deve consertar a situação.
    • Mas nem sempre é tão simples assim. Por exemplo, talvez você e um amigo estejam há alguns meses sem se falar e ambos disseram ofensas que fizeram com que o relacionamento chegasse a um impasse. Pode ser difícil voltar à questão de como tudo começou e quem é o responsável.
  2. Quando erramos com relação a alguém, às vezes não nos sentimos totalmente apologéticos. As pessoas costumam esconder a vergonha agindo de forma agressiva ou defensiva e criando desculpas para esse comportamento. Pode ser muito difícil evitar machucar a outra pessoa, mas se você pretende fazer as pazes, terá que se concentrar em fazer tudo certo, ao invés de permitir que outros sentimentos atrapalhem ainda mais a situação. Faça estas perguntas a si mesmo, para ajudar a conhecer melhor seus sentimentos:
    • Você está tentando disfarçar sentimentos de vergonha porque está com medo de ser uma pessoa inferior, caso reconheça seus malfeitos? Não se preocupe, pedir desculpas por algo que fez de errado, na verdade, faz de você uma pessoa melhor aos olhos dos outros, não uma pessoa pior.
    • Você está ciente do seu erro, mas se convenceu de que precisa passar por cima disso para preservar a sua reputação? Tudo o que vai conseguir com isso é criar uma nova reputação de alguém raivoso e teimoso.
    • Você se preocupa que isso seja uma batalha entre respeitar a si mesmo e respeitar os outros?
  3. Qual é a perspectiva dela com relação ao que aconteceu entre vocês? Você acha que ela tem os mesmos sentimentos de ressentimento, raiva, irritação que você? Quem sabe ela não está machucada, perplexa, confusa ou frustrada? Esqueça um pouco suas próprias mágoas e a sua percepção do que aconteceu e tente enxergar a situação a partir da perspectiva da outra pessoa.
    • Mude a sua mentalidade. Se você ainda está se sentindo raivoso , injustiçado, rancoroso ou simplesmente farto, saiba que o seu relacionamento com a outra pessoa é mais importante do que estar certo o tempo todo.
  4. Às vezes é bom escrever em um papel tudo o que está se passando na sua cabeça. Isso o ajudará a separar entre suas preocupações, a realidade e suas próprias interpretações sobre a situação, para que consiga descobrir como fazer as pazes.
    • Reconheça o seu erro. Não seja arrogante ou teimoso – em vez disso, seja honesto.
    • Mesmo que você ache que a culpa é compartilhada, procure ser a pessoa mais madura com relação a isso.
    • Leia o que você escreveu no papel. O que se destaca? Você consegue perceber padrões que se repetem? Por exemplo, você pode descobrir um padrão de comportamento, com você se comportando de maneira egoísta com relação às outras pessoas em diversas ocasiões. A sua motivação negativa é mais importante do que a situação em si, então tente ser honesto nesse aspecto, pois você quer que a pessoa para quem você vai se desculpar perceba que você entendeu seu erro.
  5. Se você acha que ainda está com raiva e na defensiva, talvez precise esperar um pouco antes de tentar fazer as pazes. Não há motivo para tentar se desculpar quando você ainda carrega uma bagagem emocional muito pesada. As suas desculpas não soarão sinceras, porque elas não serão sinceras. Encarar seu próprio sentimento de ressentimento é uma maneira prática e construtiva de seguir em frente, pois permite que você chegue à raiz do problema.
    • Caso necessário, dê a si mesmo um tempo para esfriar a cabeça e deixar as feridas sararem. Contudo, não deixe passar tempo demais, pois quanto mais tempo a raiva ficar latente e a outra pessoa desconfiar de você, mais difícil será para se reconciliarem.
    • Aceite que você se comportou mal e agora é hora de limpar a bagunça causada pelas suas ações. A aceitação não se trata de tolerar o que é errado, mas sim de reconhecer as coisas como elas são.
    • Saiba que não tem problema em inicialmente sentir raiva pelo que aconteceu, mas não use esse sentimento como desculpa. Escolha superar a raiva – lembre que isso se trata do seu erro, não da sua reputação supostamente manchada.
  6. Supere o desejo de ocultar a sua vergonha e realmente pense sobre como você poderia consertar o que fez. O caminho para se fazer as pazes é diferente para cada um. Apenas você sabe a maneira correta de se desculpar pelo que fez.
    • Fazer as pazes talvez signifique simplesmente abrir o coração e se desculpar pelo seu comportamento.
    • Às vezes, fazer as pazes requer mais do que um pedido de desculpas. Talvez você precise apoiar as suas palavras com algumas ações. Por exemplo, se você destruiu a propriedade de alguém, pagar por isso é uma boa maneira de remediar o problema.
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Parte 2
Parte 2 de 3:

Faça planos para consertar a situação

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  1. Ensaie as conversas difíceis antes de tê-las, pois isso o ajudará a entrar no piloto automático, caso as suas emoções tomem conta de você na hora. Olhe novamente para a lista que você fez, pense em como poderia ter feito as coisas de maneira diferente e encontre soluções para o seu comportamento no futuro. Depois, prepare algumas anotações mentais ou até mesmo no papel, sobre o que você dirá quando for conversar novamente com a pessoa. Mantenha em mente o seguinte:
    • Esteja preparado para se responsabilizar pelo que fez. Para começar, é uma boa ideia pensar sobre o que você fez de errado e aceitar que você errou. Isso ajusta o tom de remorso para a conversa. Você pode começar simplesmente com um “Sinto muito por ter machucado você, eu errei quando... pensei/disse/fiz etc.” Reconhecer que machucou a outra pessoa é muito bom para diminuir as tensões.
    • Saiba que se essa não é a primeira vez que você machuca alguém e a outra pessoa já ouviu as suas desculpas antes, um mero “ me desculpe” não vai funcionar. É muito fácil pedir desculpas quando não fazemos uma mudança real no nosso comportamento. Pense sobre como você poderia deixar claro que está expressando um remorso sincero e genuíno quando for prometer que nunca mais agirá de tal modo ou repetirá o seu erro. [1]
  2. Embora seja possível fazer as pazes por e-mail ou pelo telefone, é muito melhor encontrar a pessoa para se desculpar. Isso demonstra a sua vontade de se aproximar novamente dela e fazer um contato direto e significativo.
    • Se você quer fazer as pazes com familiares que não vê há um bom tempo, considere encontrá-los em território neutro, ao invés de na casa de um de vocês. Isso removerá as tensões comuns que podem surgir quando estamos no território de alguém.
    • Se não puder se encontrar cara a cara, considere escrever uma carta , ao invés de digitar uma ou enviar um e-mail. É muito mais pessoal usar uma caneta e um papel para expressar os seus sentimentos em sua própria caligrafia .
  3. Comece o seu pedido de desculpas . Diga à outra pessoa que você quer se desculpar pelo seu erro e inicie a conversa, falando sobre o que você já ensaiou e os sentimentos que foram trabalhados. Lembre-se do seguinte:
    • Tente terminar a conversa com um relacionamento mais forte do que o que vocês tinham antes do seu erro. Se você fizer as pazes com esse espírito, realmente se importando em estabelecer uma conexão com a pessoa e querendo que as coisas não sejam apenas como eram antes, mas melhores, então você já está começando muito bem.
    • Cuidado com sua linguagem corporal, seu tom de voz, sua postura e sua atitude. Se você estiver realmente arrependido, todos esses elementos o ajudarão a transmitir seu pedido de desculpas genuíno. O contato visual é um sinal importante de que você realmente acredita no que está dizendo e não está evitando a outra pessoa, a verdade e seus erros.
    • Evite utilizar frases com "você"; sempre utilize construções como “eu sinto”, “eu penso”, “eu acredito”, “eu achei” etc. Não são os erros da outra pessoa que estão em questão.
    • Evite deixar nas entrelinhas que você acha seu comportamento justificável. Isso o coloca novamente em modo de combate.
  4. Um pedido de desculpas longo acaba perdendo o rumo e ficando repetitivo. Seja claro, gentil e eficaz. Nenhum de vocês quer ficar o dia inteiro sofrendo com essa questão desconfortável.
  5. Evite pressupor os sentimentos e a perspectiva da outra pessoa. Embora você tenha tentado ver a situação através dos olhos dela, caso tenha seguido o passo acima sugerido, você fez isso ainda usando seus próprios conhecimentos e entendimentos sobre o mundo. Dê à outra pessoa espaço, tempo e liberdade para dizer as queixas dela e tire algumas deixas a partir daí. Mesmo que você ache que algumas das percepções dela sobre a situação estejam incorretas, dizer à outra pessoa que ela não tem motivo para se sentir como se sente não ajuda em nada.
  6. Expressar um remorso genuíno é muito mais significativo se você prometer mudar o seu comportamento e agir com relação a isso. Comece oferecendo opções de restituição. Por exemplo, se você quebrou algo, ofereça-se para comprar um novo; se você xingou terrivelmente a outra pessoa, dê a ela uma longa lista com os atributos positivos dela e explique que você ficou com inveja das realizações dela; se você arruinou o evento de alguém, ofereça-se para organizar outro. Seja dinheiro, tempo ou atenção que você tirou da outra pessoa, faça o que puder para restituí-la.
    • Explique como você pretende mudar seu comportamento. Se existem maneiras de demonstrar que você vai manter a sua promessa de mudança, faça isso. Por exemplo, você pode dizer à outra pessoa que nunca mais dirigirá um quadriciclo, após o acidente causado por você ter matado a ovelha premiada dela, e mostre à ela o anúncio de venda do veículo.
    • Seja muito honesto ao dizer o que você aprendeu com a experiência. Isso ajuda a outra pessoa a perceber que você realmente aprendeu alguma coisa, que está arrependido e que a lição foi efetiva.
    • Caso necessário, você também pode considerar chegar ao ponto de fornecer uma saída para a outra pessoa, se você não cumprir a sua promessa – essa abordagem deve ser seu último recurso e a eficácia dela depende bastante da gravidade do seu erro. Por exemplo, você poderia dizer: “Se eu quebrar essa promessa, você pode vender a minha coleção de Jornada nas Estrelas”.
  7. Se ela der respostas realistas, esse pode ser um bom caminho para a reconciliação. Essa opção nem sempre é adequada, então leve em consideração o contexto do erro. Tenha ainda mais cuidado com isso, caso você acredite que a outra pessoa poderia enxergar isso como uma chance para se comportar de maneira manipulativa – você quer fazer as pazes, não se tornar escravo da pessoa.
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Parte 3
Parte 3 de 3:

Seguindo em frente

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  1. Machucar alguém da mesma maneira duas vezes com certeza destrói a confiança que a pessoa tinha em você. Se quiser preservar a amizade, certifique-se de nunca machucar intencionalmente a pessoa de novo. Faça o seu melhor para ser um amigo confiável e atencioso. É impossível ser perfeito, mas você deve tentar seu melhor para ser digno de confiança.
  2. seguir em frente. Independente do resultado das suas tentativas de fazer as pazes, é importante não ficar com pena de si mesmo ou jogar a culpa em cima da outra pessoa. Mesmo que não consiga consertar as coisas, pelo menos você fez o seu melhor.
    • Foque no futuro e não fique voltando a esse assunto com a outra pessoa.
    • Mesmo que você não faça as pazes com a outra pessoa porque ela decidiu que tudo está terminado entre vocês, procure nunca mais machucar alguém do mesmo modo. [2]
  3. Use a sua experiência com esse erro para ter compaixão por quem fizer o mesmo. Além de entender melhor a situação, é possível que você tenha experiência suficiente para ajudar os outros a alcançarem um resultado positivo, sem condená-los. [3]
    • Perdoar a si mesmo (o que é importantíssimo para fazer as pazes) permite que você viva no presente e não no passado, então mesmo que tudo não se resolva, fique grato por essa oportunidade. Ao se perdoar, você se cura.
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Dicas

  • As discussões fazem parte da maioria dos relacionamentos. Quando lidamos bem com elas, o resultado de um mal entendido ou de uma discussão pode, na verdade, aproximar ainda mais as pessoas e ajudar ambos a se entenderem melhor e perdoar as limitações do outro. Se você enxergar as interações negativas assim, ficará mais propenso a recebê-las como lições sobre você mesmo e oportunidades para o crescimento do relacionamento, do que como uma interação a ser evitada a todo custo.
  • Fique em paz com seus próprios erros antes de tentar fazer as pazes – isso ajudará as outras pessoas a superarem os erros delas também.
  • Às vezes, também é possível consertar as coisas em nome de outra pessoa, geralmente um parente ou um amigo por quem nos sentimos responsáveis, mas que não parece estar se empenhando em se comportar direito. Contudo, se você pretende fazer isso por outra pessoa, tome cuidado para não acabar afetando sua própria vida com a vergonha e a culpa alheia e ficar com uma visão errada sobre as coisas. Lembre que nós somos responsáveis pelo nosso próprio comportamento.
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Avisos

  • Se viver a vida convencido de que está sempre certo, você estará fadado à miséria. Lembre que todo mundo tem opiniões, sendo que algumas são diferentes das suas. Isso não significa que estejam necessariamente erradas, são apenas distintas. Usar suas opiniões, seus julgamentos e suas perspectivas para machucar as outras pessoas é prejudicial e impede você de perceber que a sua visão é apenas uma entre bilhões, assim você passará o resto da vida entrando em conflitos, caso se recuse a ter a mente aberta. Trabalhe nisso reconhecendo a sua opinião e a da outra pessoa. Basta dizer: “A sua opinião/seu julgamento/ sua perspectiva é diferente da minha”. Não existe certo ou errado, apenas níveis de tolerância menores ou maiores.
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Materiais Necessários

  • Papel e caneta (opcional)

Referências

  1. Stephanie Dowrick, Choosing Happiness: Life and Soul Essentials , p. 293, (2005), ISBN 1-74114-521-X
  2. Stephanie Dowrick, Choosing Happiness: Life and Soul Essentials , p. 294, (2005), ISBN 1-74114-521-X
  3. Stephanie Dowrick, Choosing Happiness: Life and Soul Essentials , p. 294, (2005), ISBN 1-74114-521-X

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