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Você lembra daquele caderno de caligrafia que a professora do primário passava de lição de casa? Pois é. A maioria de nós já passou por algum tipo de curso para aprimorar a letra. O problema é que, à medida que o tempo passa, acabamos esquecendo dessas lições e quem sofre são as pessoas que precisam entender o que escrevemos à mão. Para deixar a situação mais complicada, vivemos em uma época em que a regra para a comunicação e anotações é a digitação, através de computadores e celulares. Hoje, mais do que antigamente, o número de pessoas que têm a letra ilegível é bem maior. Mas, com a prática, dá para melhorar bastante mesmo que você não esteja enfrentando problemas sérios para fazer-se entender através da escrita manual.

Método 1
Método 1 de 3:

Preparando-se para a prática

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  1. Bastam um pedaço de papel e uma caneta ou um lápis - parece bastante simples, certo? No entanto, artigos de baixa qualidade podem ter um impacto significativo na legibilidade da sua escrita.
    • A qualidade do papel é decisiva. Ele não pode ser nem muito áspero (a ponto de criar atrito com a ponta de sua caneta e criar dificuldades na hora de fazer o seu traçado) e nem muito liso (senão a caneta pode ficar deslizando sem muito controle sobre o papel).
    • Use papel pautado com linhas que acompanhem o tamanho da sua letra. Ou seja, o espaçamento entre as linhas deve ser suficiente para acomodar seus caracteres: Linhas mais largas para letras maiores e linhas mais estreitas para letras mais miúdas.
    • Vale lembrar que as linhas mais adequadas para adultos e ambientes de trabalho são as padronizadas. Mas, caso você ainda esteja na escola, sinta-se à vontade para escolher linhas mais largas.
    • Experimente praticar com tipos diferentes de canetas para ver qual deles é melhor para você. Existem vários estilos, cada um com suas próprias vantagens e desvantagens. [1]
    • As canetas-tinteiro usam tinta líquida e têm uma ponta flexível que permite uma caligrafia mais elaborada. Apesar de permitir um traçado mais bonito, o preço costuma ser salgado. Além disso, é preciso uma boa dose de prática para aperfeiçoar a técnica para escrever com esse tipo de caneta.
    • Canetas esferográficas usam uma tinta mais viscosa, a qual desagrada aos fãs da versão líquida. Mas, em compensação, são incomparavelmente mais baratas. Apesar do preço camarada, lembre-se de que, às vezes, o barato sai caro. Isso quer dizer que é muito difícil fazer uma letra bonita com uma caneta de baixa qualidade. Por isso, pode valer a pena gastar um pouco mais para investir em um artigo melhor.
    • Já as canetas tipo rollerball liberam a tinta por meio de uma esfera, de forma bem parecida com a de uma caneta esferográfica. Mas há muita gente que prefere as rollerballs devido à tinta de melhor qualidade. O problema é que elas não duram tanto quanto as esferográficas.
    • A tinta usada em canetas tipo gel é mais espessa do que a versão líquida, o que dá a impressão de que a escrita é mais macia e o traçado, mais nítido. Além disso, a variedade de cores é bastante ampla. A desvantagem é que esse tipo de caneta fica seca rapidamente comparada com as outras.
    • Há também as canetas com pontas de feltro. Muitos gostam da escrita macia mas que oferece certo atrito ao mesmo tempo. É uma ótima opção para canhotos, pois a tinta seca rápido, evitando que a mão esquerda fique borrada.
  2. O primeiro passo para o desenvolvimento de uma boa postura ao escrever é usar uma superfície na altura adequada. Ou seja, se a mesa for baixa demais, você vai acabar se curvando, o que pode resultar em dor crônica e lesões na coluna. Se for muito alta, a tendência é levantar os ombros além do limite, o que pode causar dores nessa parte do corpo e no pescoço. O ideal é uma mesa que lhe permita dobrar os cotovelos em um ângulo de aproximadamente 90 graus quando você for escrever.
  3. Depois de encontrar uma mesa apropriada que estimule uma postura correta (ou seja, nada de ficar corcunda ou com os ombros levantados), é preciso manter o corpo em uma posição que evite dores nas costas, pescoço e ombros.
    • Sente-se em uma cadeira com os pés apoiados no chão.
    • Sente-se com a coluna reta, mantendo as costas e o pescoço o mais alinhados que puder. Você pode fazer pausas de vez em quando para descansar. Mas saiba que, com a prática constante, o corpo acostuma, os músculos ficam mais fortes e você conseguirá ficar com o tronco ereto por períodos de tempo mais longos.
    • Em vez de abaixar a cabeça para olhar a página enquanto você está escrevendo, vire apenas os olhos para baixo. Imagine que a professora te perguntou algo que você não sabe e você resolveu dar uma “coladinha” espiando um livro que está na mesa.
  4. [2] Use uma mesa de altura adequada e gire um pouco a folha de papel até que ela forme um ângulo de cerca de 30 a 45 graus com você. Se você é canhoto, a borda superior da página deve apontar para a direita; se você é destro, ela deve apontar para a sua esquerda.
    • Conforme você for praticando, vá fazendo pequenos ajustes para encontrar o ângulo que te deixa mais à vontade e que permita escrever de forma mais legível.
  5. [3] Sim, isso mesmo. Assim como qualquer outro exercício físico, é preciso preparar os músculos das mãos primeiro, para evitar cãibras (cada vez mais frequentes em um mundo dominado por computadores e celulares, e onde é raro escrever manualmente). Outro sintoma negativo da ascensão dos meios digitais na comunicação sobre a caligrafia pode ser mostrado por um estudo, o qual revelou que 33% das pessoas têm dificuldade para entender sua própria letra. [4]
    • Feche a mão com a qual você vai escrever. Evite apertar demais. Procure manter essa posição por trinta segundos. Em seguida, abra e estique os dedos por trinta segundos. Repita esse alongamento de 4 a 5 vezes.
    • Dobre os dedos para baixo para que a ponta de cada um toque a sua base (a parte onde o dedo e a palma se juntam). Mantenha a posição por 30 segundos e, em seguida, solte. Repita de 4 a 5 vezes.
    • Coloque a mão com a palma virada para baixo sobre a mesa. Levante e alongue cada dedo para cima, um de cada vez. Em seguida, abaixe o mesmo. Repita de oito a dez vezes.
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Método 2
Método 2 de 3:

Fazendo letras de forma bonitas

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  1. Muita gente segura a caneta com força demais em uma tentativa de controlar melhor o traçado. Mas o resultado é uma letra desleixada e dores nas mãos. Não caia nessa mesma armadilha. Deixe a caneta “repousar” em sua mão.
    • Coloque o dedo indicador na parte de cima da caneta a cerca de 2,5 cm de distância da ponta.
    • Use o polegar para apoiar a lateral da caneta.
    • A parte de baixo da caneta deve apoiar-se sobre a lateral do seu dedo médio.
    • Deixe seus dedos anular e mínimo em uma posição em que possam ficar naturalmente relaxados.
  2. Grande parte da caligrafia ruim resulta da prática de se escrever usando somente os dedos. Na verdade, o jeito certo de escrever à mão envolve os músculos dos dedos, passando pelos braços e indo até os ombros. Dessa forma evita-se a técnica errada do “vai-e-para” dos que usam apenas os dedos para fazer os traços. Os dedos devem funcionar mais como guias do movimento, e não como a força bruta (a qual deve fluir dos ombros e braços, passando pelos dedos em direção ao papel). Concentre-se nos seguintes pontos: [5]
    • Não escreva usando só os dedos isoladamente. É preciso fazer os movimentos da escrita envolvendo o braço e os ombros também.
    • Evite tirar a mão do papel depois de cada palavra ou cada par delas. Procure fazer com que o seu braço leve a mão cruzando a página conforme você escreve. Os movimentos devem ser suaves.
    • Mantenha o pulso o mais firme possível. Os antebraços devem se mover, os dedos devem orientar a caneta ao realizar diferentes traçados e o pulso não pode dobrar demais.
  3. Depois de ficar na posição correta, faça linhas na vertical em uma folha pautada. Assim, você poderá isolar cada caractere em um “quadrado” formado pelas linhas que já estavam na folha e as que você acabou de fazer. Procure deixar as linhas que estão em pé um pouco inclinadas para a direita. Na próxima linha da página, faça uma fileira de círculos, tentando mantê-los mais ou menos iguais e o mais redondos que puder. Pratique esse exercício por 5 a 10 minutos todos os dias até que você consiga ter um bom controle sobre a caneta.
    • Concentre-se em manter suas linhas com o mesmo comprimento e a mesma inclinação. Já os círculos devem ter um arredondamento uniforme em toda a linha, serem do mesmo tamanho e terminarem nitidamente.
    • No começo, é comum notar que as linhas e círculos estão um pouco desleixados. As linhas podem ser de diferentes comprimentos, terem inclinações diferentes, etc. Alguns de seus círculos podem sair perfeitamente redondos, enquanto outros ficarão mais ovais. Você verá que uns fecharão perfeitamente, enquanto outros parecerão um anel quebrado com uma das pontas soltas (onde a marca da caneta termina).
    • Mesmo que esta atividade pareça simples, não desanime se suas linhas e círculos estiverem longe da perfeição no começo. Continue praticando por alguns minutos todos os dias. O resultado compensa: as melhoras já serão visíveis graças à prática constante.
    • Este aumento de controle sobre linhas e curvas vai ajudar a moldar as letras de forma mais nítida.
  4. [6] Depois de conquistar uma boa postura, aprender o jeito certo de segurar a caneta e obter um maior controle sobre o traçado graças aos exercícios com linhas e círculos, é hora de começar a praticar com uma letra de cada vez. Em vez de escrever frases inteiras, é melhor fazer uma página inteira dedicada a apenas uma letra. Sim, exatamente como você fez quando era criança.
    • Escreva cada letra pelo menos 10 vezes na versão maiúscula e mais dez vezes para a versão minúscula para cada página pautada.
    • Pratique o alfabeto todo pelo menos três vezes por dia.
    • Procure fazer um traçado uniforme e consistente. Por exemplo, todas as letras "a" devem ser iguais, e todas as letras "t" e “l” precisam apresentar a mesma inclinação.
    • A base de cada letra deve estar tocando a linha de baixo.
  5. Você pode copiar de um dos seus livros preferidos, criar, ou ainda escolher uma parte deste artigo mesmo. Outra opção é experimentar os pangramas (também conhecidos como pantogramas). Eles são frases que incluem todas as letras do alfabeto. Você pode se divertir tentando inventar suas próprias versões ou pesquisando sobre eles na internet. [7] Confira abaixo alguns exemplos:
    • Gazeta publica hoje breve nota de faxina na quermesse.
    • Blitz prende ex-vesgo com cheque fajuto.
    • Juiz faz com que whisky de malte baixe logo preço de venda.
    • Um pequeno jabuti xereta viu dez cegonhas felizes.
  6. Não há como fazer milagre da noite para o dia. Para que a memória muscular do braço e da mão “esqueça” dos vícios praticados por tanto tempo escrevendo letras ilegíveis, leva-se um bom tempo até que a reeducação seja concluída. Mas o esforço vale a pena: o progresso será visível se você continuar sendo persistente na prática.
    • A pressa é inimiga da perfeição. Apesar de algumas situações exigirem uma escrita rápida – por exemplo, durante uma palestra, aula ou reunião de negócios, procure escrever com calma no dia a dia. É importante desacelerar para conseguir fazer um traçado uniforme e consistente em todas as letras.
    • Conforme você for pegando mais prática e se acostumando com os movimentos certos, você poderá ir aumentando a velocidade da escrita. Mas sempre visando manter a mesma legibilidade de quando você escreve mais devagar e caprichosamente.
  7. Se você quer levar a sério seu projeto de melhorar a caligrafia, é essencial assumir esse compromisso. É claro que dá vontade de sacar o celular, o notebook ou o tablet na hora de fazer anotações. Mas faça um esforço e comece a ter sempre à mão uma caneta e um bloco de anotações. Sem exercitar o braço e a mão com a prática constante no dia a dia, mesmo que você conquiste uma letra linda, esse resultado pode se perder e aquela letra que ninguém entende pode voltar com força total.
    • Procure aplicar os exercícios aprendidos na sua rotina. Carregue sempre que possível uma caneta de qualidade e um bloco de papel. Procure apoiar-se em uma superfície que tenha uma altura adequada; mantenha uma boa postura e segure a caneta corretamente, prestando atenção no ângulo que a folha de papel forma com o seu corpo. Finalmente, deixe seus dedos guiarem a caneta enquanto os braços se encarregam do trabalho de fazer com que você cruze a página enquanto escreve.
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Método 3
Método 3 de 3:

Fazendo letras cursivas bonitas

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  1. use materiais de boa qualidade e procure manter uma boa postura. A diferença entre os dois tipos de letra está na forma das mesmas. Lembre-se de todos os conselhos mencionados acima: materiais de boa qualidade, uma mesa de altura adequada, uma boa postura e o jeito certo de segurar a caneta.
  2. Aprendemos a fazer tanto as maiúsculas como as minúsculas da versão cursiva. Porém, conforme nos tornamos adultos, a prática desse tipo de letra torna-se cada vez mais rara. É essencial voltar às raízes e retomar a escrita das letras “emendadas”. Embora muitas delas tenham a versão maiúscula parecida com a minúscula, há exceções. Por exemplo, o "f" é bem diferente nas duas variações.
    • Experimente comprar um livro de caligrafia cursiva da seção "educativos" nas livrarias ou adquirir uma apostila. Outra alternativa é pedir o material pela internet.
    • Para quem quer economizar, dá para encontrar vários materiais disponíveis gratuitamente na internet. [8] Um site que oferece exercícios práticos variados para impressão é o Amo Educar.
  3. Confira se você está conseguindo manter o traçado uniforme para cada uma delas. [9]
    • Para começar, pratique cada letra isoladamente. Preencha uma linha com dez As maiúsculos. Em seguida, outra linha com dez As minúsculos. Continue com a letra B, C, D, etc. Nesse ponto, procure deixar cada letra isolada, sem emendar uma na outra.
    • Mas lembre-se de que, na escrita cursiva, as letras se juntam em uma mesma palavra. Ou seja, depois de pegar o jeitinho praticando uma por uma, procure começar a emendá-las.
    • Repare que não há nenhuma regra que ordene que as maiúsculas na cursiva sejam unidas na mesma linha. O que normalmente se faz na hora de praticar é começar uma linha com a versão maiúscula da letra e preencher o resto com a versão minúscula, uma letra emendada na outra.
  4. A maior diferença entre a escrita cursiva e a de forma é que, na primeira, todas a letras de uma mesma palavra estão ligadas pelo traçado da caneta. Logo, é importante ser capaz de ligar quaisquer dois caracteres naturalmente, sem ter que se preocupar muito com o resultado final. Para praticar, siga padrões variados do alfabeto e alterne-os todos os dias para evitar a mesmice. Dessa forma você espanta o tédio e tem a chance de praticar vários tipos de junções.
    • De frente para trás, em direção ao centro: a-z-b-y-c-x-d-w-e-v-f-u-g-t-h-s-i-r-j-q-k-p-l-o-m-n.
    • De trás para a frente, em direção ao centro: z-a-y-b-x-c-w-d-v-e-u-f-t-g-s-h-r-i-q-j-p-k-o-l-n-m.
    • De frente para trás pulando uma letra: a-c-e-g-i-k-m-o-q-s-u-w-y; b-d-f-h-j-l-n-p-r-t-v-x-z.
    • De trás para a frente pulando duas letras e sempre deixando um espaço no final: z-w-t-q-m-k-h-e-b; y-v-s-p-m-j-g-d-a; x-u-r-o-l-i-f-c.
    • E assim por diante. Crie o maior número de padrões diferentes que puder imaginar. O objetivo é concentrar-se nas junções entre as letras.
    • A vantagem deste exercício é que, como você não está trabalhando com palavras, é muito mais difícil cair na tentação de escrever com pressa. Ao ser obrigado a fazer letra por letra, você tem que dedicar certo cuidado e capricho para cada uma delas.
  5. Assim como você fez com a escrita de forma, é preciso avançar na dificuldade dos exercícios. Depois de dominar o traçado para letras individuais, parta para a prática de grupos de palavras. Use os mesmos pangramas (frases que incluem todo o alfabeto) que vimos nos passos anteriores.
  6. Ao fazer letras de forma, é necessário erguer a caneta depois de terminar cada uma delas, dependendo do seu estilo pessoal. Mas é preciso terminar uma palavra inteira antes de poder fazer o mesmo na escrita cursiva. Isso pode causar problemas em termos de fluência da caligrafia.
    • Por mais tentador que seja, evite descansar a mão depois de cada letra ou duas. Além de interromper o fluxo da palavra, isso pode resultar em borrões de tinta caso você esteja usando uma caneta tinteiro ou outra que contenha tinta líquida.
    • Escreva o mais devagar que puder, tomando o máximo de cuidado para evitar descansar a mão durante a execução de uma palavra. A escrita cursiva deve fluir suave e naturalmente.
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Dicas

  • Não se incline enquanto estiver escrevendo. Por exemplo, se você ficar mais para a esquerda, notará uma inclinação excessiva na caligrafia. Para evitar esse problema, sente-se com a coluna reta e use um lápis com a ponta bem afiada.
  • Não tenha pressa. Evite ficar se comparando com o amigo que já terminou. Continue praticando até dominar a técnica necessária.
  • Em vez de ficar se criticando, concentre-se no progresso conquistado dia após dia.
  • Depois de escrever um parágrafo, pare para avaliar o seu trabalho. Se ele estiver legível, organizado e fácil de ler, continue escrevendo assim. Caso contrário, procure pensar sobre o que você pode fazer para melhorar.
  • Se você não sentir vontade de escrever o alfabeto inteiro, pratique palavras aleatórias, tais como o seu nome, seus pratos preferidos, etc.
  • Comece praticando com um papel que contenha pautas mais espaçadas. Desta forma, fica mais fácil observar detalhes das letras e manter o tamanho das mesmas uniforme. Você pode passar a usar pautas menores conforme for progredindo.
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Avisos

  • Prepare-se: dores nas mãos são parte da prática.
  • Não se estresse demais! Normalmente, nossa letra melhora conforme vamos amadurecendo.
  • Se você notar que alguém já acabou o exercício, em vez de cair na tentação de se apressar para não ficar para trás, diga a si mesmo que essa pessoa não caprichou o suficiente e não terá resultados tão bons quanto poderia.
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