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Se acontecer de vermos um passarinho caído no chão, nosso primeiro instinto é ajudá-lo. No entanto, a maioria das pessoas bem intencionadas acaba atrapalhando mais do que ajudando ao tentar resgatar os passarinhos. É preciso saber o que você está fazendo e dedicar algum tempo para avaliar completamente a situação. Você pode seguir alguns passos simples para garantir que tudo ao seu alcance seja feito para reunir o filhote aos pais dele antes de retirá-lo da natureza. [1]

Parte 1
Parte 1 de 3:

Ajudando um pássaro machucado ou doente

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  1. Se ele estiver machucado ou doente, vai precisar de atendimento imediato. Há vários sinais que indicam ferimentos ou doenças em aves. Veja se há indícios de incapacidade de se mover ou bater as asas, feridas visíveis, sangramento, tremor e asas caídas de modo irregular.
    • Caso ele apresente alguns ou todos estes sinais, é porque precisa de ajuda.
  2. Se a ave em questão tiver um bico grande e pontudo, ou se você reconhecer uma coruja, águia, gavião, garça ou uma ave de rapina, não mexa nela . Elas podem machucá-lo. Anote a localização do pássaro e, em seguida, chame ajuda.
    • Nestes casos, é preciso chamar um especialista em vida selvagem, o órgão local responsável ou o IBAMA. Procure na internet as informações de contato destas organizações na região. [2]
  3. Se o pássaro estiver machucado e não for uma ave de rapina, é preciso transportá-lo em segurança. Pegue uma caixa de sapato ou outro recipiente pequeno e limpo e faça furos para ventilação. Forre a caixa com um pano limpo ou com papel toalha. Lave as mãos e coloque luvas, se tiver. Erga com cuidado o passarinho ferido e coloque-o na caixa.
    • Quando ele estiver em segurança lá dentro, leve-o a um instituto de proteção à vida selvagem. [3] .
  4. Caso ele pareça gelado ao toque, você pode aquecê-lo colocando uma das extremidades da caixa sobre uma almofada térmica na temperatura mais baixa. Não coloque a caixa inteira sobre a almofada. Deste modo, se apenas uma parte do recipiente estiver morna, o passarinho pode ir para a outra caso comece a ficar com calor.
    • Caso não tenha uma almofada térmica ou queira aquecê-lo no transporte, é possível encher uma garrafa pequena ou saco plástico com fecho hermético com água quente e envolver a garrafa improvisada em um pano ou toalha. Coloque-a perto do animal, mas não se esqueça de conferir se ela está vazando.
    • Se a garrafa vazar, a ave vai ser prejudicada, pois ela vai ficar molhada e com mais frio ainda.
  5. Depois de colocá-lo em um lugar seguro e aquecê-lo, é melhor deixá-lo em paz. Enquanto estiver tomando conta dele, é essencial que não o alimente e não o manuseie sem necessidade. Quando um pássaro está em choque, principalmente se estiver com frio e desidratado, ele não consegue fazer a digestão corretamente. [4] Não tente reidratá-lo ou cuidar dele por conta própria, a não ser que tenha instruções para fazer isso de um veterinário ou especialista.
    • Para pássaros silvestres, seres humanos são predadores, então o seu cuidado bem intencionado vai assustá-lo, além do que é fácil machucar um passarinho doente ao tentar alimentá-lo ou lhe dar água.
Parte 2
Parte 2 de 3:

Ajudando um pássaro sem ferimentos

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  1. Se a ave encontrada não estiver machucada, é preciso tentar ajudá-la sem retirá-la do habitat. Para fazer isso, é preciso, em primeiro lugar, saber a idade aproximada dele antes de decidir os próximos passos. Os passarinhos mais novos, que ainda ficam no ninho, não devem ficar fora dele. Estes passarinhos têm poucas penas e os mais novinhos ficam com os olhos fechados. Filhotes mais velhos têm penas e geralmente são encontrados saltando no chão.
    • Os mais velhos estão aprendendo a voar, então é normal encontrá-los fora dos ninhos. [5]
  2. Se achar, mas não tiver certeza, que o passarinho é bem novo, ele pode precisar de ajuda. Se parecer ser um filhote de ave cantora ou outro passarinho, aproxime-se com cuidado. Pegue-o com a mão. Com um dedo da outra mão, toque com delicadeza os pés dele. Veja se ele vai agarrar e se empoleirar no dedo, mas tome cuidado para ele não cair. Caso ele faça isso, trata-se de um filhote mais velho e você deve colocá-lo de volta no chão. Caso não faça, trata-se de um bem novinho. [6]
    • Se for uma ave de rapina, chame um especialista e não mexa nele.
  3. Se ele for saudável, faça uma busca visual no local, procurando o ninho. Ao encontrar o ninho, caso ele seja acessível, é preciso colocar a ave de volta no lar. Use luvas e devolva-a com cuidado ao ninho.
    • Se os pais estiverem por perto, eles vão voltar para o filhote. A história de que pássaros adultos rejeitam filhotes que foram manuseados por humanos é um mito. Na verdade, eles têm um olfato relativamente fraco e instintos paternais fortes, então vão continuar a cuidar do filhotinho mesmo depois de humanos o tocarem. [7]
  4. Caso não consiga localizar ou chegar até o ninho, é preciso improvisar um para proteger o passarinho até que ele seja encontrado pelos pais. Use um pote limpo de margarina, uma caixa de morango ou outro recipiente similar. Faça furos no fundo para que tenha uma drenagem correta. Forre-o com papel toalha seco. Com um arame ou corda, pendure-o em uma árvore ou arbusto próximo ao ninho antigo ou à localização que suspeita ser a mais próxima. [8]
    • Tente garantir que o ninho não esteja ao alcance de predadores, inclusive de cães e gatos.
  5. É preciso garantir que os pais o encontrem. Depois de devolver o filhote ao ninho ou arrumar o ninho improvisado, observe-o à distância. Os pais devem chegar rapidamente.
    • Caso eles voltem, o passarinho está salvo e o seu dever cumprido.
    • Se, depois de uma ou duas horas, nenhum dos pais tiver retornado, entre em contato com um biólogo especialista para obter instruções. [9]
  6. Se o pássaro encontrado tiver penas, ficar saltitando e conseguir se empoleirar no seu dedo, é porque não é recém-nascido. É normal que estes filhotes mais velhos passem um tempo no chão quando estão aprendendo a voar. Caso ele esteja em um local relativamente seguro, deixe-o quieto. Porém, caso esteja em perigo iminente, coloque-o em um galho ou arbusto próximo e observe-o a distância.
    • O perigo se apresenta de várias maneiras, como por meio da presença de predadores (gatos e cães, por exemplo), ou a localização do pássaro – no meio da estrada ou em outro local que não seja seguro.
    • Se os pais do filhote voltarem em uma ou duas horas, ele está salvo. Se nenhum dos dois voltar, entre em contato com um biólogo especialista.
Parte 3
Parte 3 de 3:

Encontrando um especialista

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  1. Caso não consiga reunir o filhote e os pais, é preciso encontrar um biólogo especialista para ajudar a cuidar do animal. Também é preciso chamar um caso se trate de uma ave de rapina. A ajuda especializada é melhor para o pássaro, mas, além disso, a posse e criação de pássaros silvestres têm restrições e é ilegal sem a licença do IBAMA. [10]
    • Caso o pássaro volte a ficar em segurança com os pais, não é necessário chamar um especialista.
  2. Há diversas maneiras de encontrar um especialista. É possível entrar em contato com o IBAMA [11] . Ou ainda, com a Polícia Ambiental/CETAS. [12]
    • Nos Estados Unidos, há sites que disponibilizam ajuda. É possível usar a ferramenta de busca do Wildlife Rehabber ou consultar o Wildlife Rehabilitation Information Directory. [13] [14] [15]
  3. Caso não tenha acesso à internet ou se sinta mais confortável em falar pessoalmente com alguém, é possível ligar para os serviços citados acima. Se não der, você pode entrar em contato com uma clínica veterinária da região ou com o Centro de Controle de Zoonoses. [16]

Dicas

  • Caso fique em dúvida, é melhor não manusear o pássaro e esperar. A melhor maneira de um filhote crescer e se tornar um adulto saudável é permanecendo com os seus pais.
  • Não alimente nem dê água a um filhote, a menos que um veterinário ou especialista o oriente a fazer isso. Você pode acabar fazendo mais mal do que bem se alimentar um pássaro com frio ou se der comidas inadequadas. A alimentação apropriada varia conforme a espécie. [17]
  • Lave as mãos meticulosamente depois de manusear o pássaro. Ele pode transmitir vírus prejudiciais para humanos.

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