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A parvovirose se apresenta em duas formas: intestinal e cardíaca. Trata-se de uma infecção viral e bastante difícil de tratar; na verdade, trata-se apenas os sintomas, não a doença em si. [1] Internar o cão normalmente é a melhor opção, principalmente no caso da variação intestinal da infecção, pois os profissionais saberão tratar o cão corretamente e administrar os fluidos e medicamentos necessários. Caso não consiga arcar com uma internação, trate o bichinho em casa disponibilizando fluidos subcutâneos e orais, seguindo certos protocolos e medicando-o quando necessário.

Parte 1
Parte 1 de 4:

Administrando fluidos de forma subcutânea

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  1. O parvovírus costuma ser fatal sem o devido tratamento, além de se tratar de uma doença bastante infecciosa. Se o veterinário recomendar a administração de fluidos intravenosos, siga o conselho dele, pois isso pode ser a diferença entre a vida e a morte do cão. Os animais com parvo produzem grandes volumes de diarreia com sangue, e nem sempre é possível mantê-lo hidratado e saudável. Além disso, se você tem mais de um bicho em casa, fazer o tratamento caseiro do infectado pode ser bastante complicado, pois há o risco de transmitir o vírus para os outros animais. As clínicas veterinárias normalmente têm instalações isoladas e protocolos para impedir infecções. [2]
    • Se o cão for internado, os profissionais provavelmente vão administrar fluidos para reidratá-lo e tratar os sintomas da doença. Além disso, o veterinário vai continuar analisando os níveis de eletrólitos e proteínas do bichinho, tratando o que for necessário. [3] O isolamento vai ser feito com todo o cuidado necessário, impedindo que ele infecte outros animais.
    • O parvo é uma infecção viral que se espalha com facilidade e é difícil de tratar, sendo mais frequente em filhotes de até seis meses de idade. A versão gastrointestinal afeta o trato digestivo do bicho, causando desidratação e desnutrição. O outro tipo afeta o coração e nunca deve ser tratado em casa. [4]
  2. O ideal seria tratar o bicho com fluidos intravenosos, direto na veia, mas esse tipo de aplicação normalmente não pode ser feito em casa. O cão precisa de tratamento para a desidratação causada pela diarreia e pelos vômitos, e talvez seja difícil fazer com que ele coma ou beba oralmente. Os fluidos subcutâneos ajudam com a desidratação, mas não são ideais para animais com casos graves, pois a circulação deles normalmente não é tão boa.
    • Você provavelmente conseguirá comprar os fluidos direto com o veterinário.
    • O profissional também pode indicar quais os melhores tipos e as quantidades necessárias.
  3. Você provavelmente precisará de uma seringa 20G, mas faça as adaptações necessárias para o seu cão (22G para raças menores e 18G para raças maiores). Peça a recomendação do veterinário e compre agulhas diferentes para extrair os fluidos; assim, você não os injeta com a mesma agulha que usou no cão. Lembre-se de sempre usar um agulha esterilizada para cada injeção.
  4. O produto, normalmente a solução de lactato de sódio, vem em um saco plástico dentro de uma bolsa maior. Esterilize a saída de injeção com um algodão umedecido em antisséptico e remova a tampa. Insira a injeção na saída e puxe o êmbolo. A quantidade de líquido necessária depende da situação do animal e da recomendação do veterinário.
    • Descarte a agulha ao terminar. Não a use novamente para recolher mais fluidos.
    • Converse com o veterinário para descobrir se é uma boa ideia continuar usando o saco aberto ou se é melhor descartá-lo.
  5. A primeira coisa a se fazer é pesar o cachorro para saber qual a quantidade a ser dada. Por exemplo, filhotes que pesem 2,5 kg ou menos precisam de 50 a 75 cm³ a cada 12 horas; como o pequeno precisa de fluidos no decorrer do dia, divida a quantidade recomendada em algumas injeções separadas. Converse com o veterinário para descobrir qual a quantidade recomendada por dia; normalmente, é necessário administrar o líquido uma vez a cada hora.
    • Os cachorros que pesam cerca de 5 kg precisam de 100 a 150 cm³ a cada 12 horas, ao passo que cães com cerca de 10 kg precisam de 150 a 300 cm³ e aqueles com cerca de 20 kg precisam de 200 a 400 cm³.
    • Para animais com 25 kg, administre de 300 a 500 cm³ a cada 12 horas.
    • Lembre-se de que esses números são apenas estimativas, pois o animal que perde fluidos pode precisar de um pouco mais. Saiba, entretanto, que administrar grandes quantidades de líquidos sob a pele do bicho pode causar danos sérios com o tempo. Se possível, peça que um veterinário faça a administração intravenosa.
  6. Acalme o bicho fazendo carinho e conversando com ele. Deite-o e, se possível, peça que alguém o segure para que ele não fuja. Levante a pele solta nas costas dele e insira a agulha dela; nunca insira a agulha no músculo do bicho.
    • É possível administrar os fluidos em qualquer parte das costas do animal, desde que haja pele solta suficiente. Pressione o êmbolo com firmeza para liberar o líquido.
    • Os fluidos formarão um calombo debaixo da pele do cão, mas serão absorvidos pela corrente sanguínea, desde que o cão não esteja em choque e tenha um bom sistema circulatório.
  7. Ao mesmo tempo, use os dedos para massagear a região ao redor do furo para evitar a saída dos fluidos.
  8. Se exagerar na quantidade, eles vão se aglomerar debaixo da pele, causando inchaço nas laterais do peito e nas patas. Se isso ocorrer, fique de olho no bicho até notar o desaparecimento do acúmulo e recomece a administração de líquidos; dessa vez, administre menos.
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Parte 2
Parte 2 de 4:

Medicando o animal

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  1. Como só é possível tratar os sintomas da parvovirose, o veterinário provavelmente receitará alguns medicamentos para desacelerar os vômitos; esse é o primeiro passo para manter o bicho mais confortável. Em alguns casos, é preciso administrar também medicamentos para diarreia. [5]
    • Segure o cão contra o seu corpo ou uma parede, contendo-o com um braço. [6]
    • Encha a seringa com a quantidade recomendada pelo profissional ou pela bula e insira-a entre a bochecha e os dentes do cachorro. [7]
    • Pressione o êmbolo lentamente, liberando o medicamento na boca do animal. [8]
  2. Por mais que não eliminem a doença, esses medicamentos podem impedir outras infecções e devem ser receitados por um veterinário. Siga as instruções do profissional e da bula, sempre, e administre de acordo com o passo anterior. [9]
  3. Se o caso de parvovirose for grave, o veterinário pode receitar também analgésicos e medicamentos para a dor. A administração é igual à anterior. [10]
  4. Um estudo recente descobriu que um regime de medicamentos aumenta consideravelmente as chances de sobrevivência do animal. A primeira parte do tratamento inclui a administração de um medicamento para náusea forte, o Maropitant, uma vez ao dia. A outra parte inclui a administração de uma dose única e forte de antibiótico assim que o animal é diagnosticado. Finalize com fluidos subcutâneos três vezes ao dia. Converse com um veterinário antes de experimentar esse tratamento. [11]
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Parte 3
Parte 3 de 4:

Administrando fluidos orais

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  1. As administrações subcutâneas só são feitas enquanto se tenta reduzir os vômitos do cachorro. Assim que conseguir manter a perda de fluidos sob controle, você pode manter o animal hidratado com um líquido de eletrólitos, como o Pedialyte.
  2. A ponta mais larga e forte facilitará a administração dos fluidos, pois não é preciso usar uma agulha nesse caso.
  3. Coloque o bico dela dentro da garrafa e puxe o êmbolo até a marcação recomendada. [12] Você deve administrar de 2 a 4 cm³ por hora para cada 0,5 kg de peso corporal do cão.
  4. É possível que o cão esteja fraco por conta da doença, mas ainda é uma boa ideia contê-lo ou pedir que alguém o segure enquanto você administra os fluidos orais. [13]
    • Pressione o corpo do animal contra o seu para que ele não se debata muito. [14]
    • Segure-o com um braço enquanto administra os fluidos com a mão oposta. [15]
  5. Comece inserindo um dedo na boca do bicho, entre a bochecha e os dentes. Pressione levemente a seringa e pressione o êmbolo para liberar o líquido; não é preciso abrir o maxilar do cachorro, pois os fluidos passarão por entre os dentes dele. [16]
  6. incline a cabeça do cachorro para trás. É tentador levantar a cabeça dele para facilitar o engolir, mas o animal pode acabar aspirando o líquido, o que não é uma boa ideia. [17]
  7. Observe o cão após a administração dos líquidos e, se ele vomitar, espere um tempo antes de repetir o tratamento.
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Parte 4
Parte 4 de 4:

Seguindo protocolos

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  1. A parvovirose é muito contagiosa, o que o torna uma doença muito difícil. O cão pode continuar contagioso por até dois meses, portanto, isole-o dos outros cães da casa e mantenha-o longe de espaços públicos no meio tempo. Até animais vacinados podem ser contaminados, e é melhor prevenir do que remediar. [18]
    • O parvo normalmente é transmitido pelas fezes e fluidos. O vírus também pode ser adquirido quando um cão cheira o outro. [19]
    • Caso tenha outros bichos em casa, faça com que o infectado fique longe deles e se alivie em um local diferente. É possível que os cães adquiram o vírus através das fezes do cão recuperado, mesmo que já tenham se passado dois meses do fim dos sintomas. [20]
  2. Normalmente, a temperatura dos cachorros varia de 38,3 ° e 39,1 °C.
    • Lubrifique a ponta do termômetro com vaselina ou óleo infantil. Em seguida, insira-o no ânus do bichinho, bem devagar e com cuidado. O ideal é inserir cerca de 2,5 cm do termômetro. A temperatura provavelmente será indicada em um minuto ou menos.
    • Se o animal estiver com temperaturas baixas, aqueça levemente os fluidos antes de administrá-los ou use um tapete aquecido. Obviamente, proteja a pele do cão ao usar o tapete, pois ele pode se queimar. Cubra a superfície com uma manta ou uma toalha grossa.
  3. Assim que o bicho parar de vomitar e re6tomar o interesse na comida, comece a administrar carne moída cozida com arroz (lembre-se de não usar óleo e remover a gordura) ou queijo tipo cottage. O iogurte também é uma opção excelente. Converse com o veterinário e peça algumas sugestões, deixando a ração para mais tarde.
  4. Misture 30 partes de água com 1 parte de alvejante para higienizar as superfícies dos locais que tiveram contato com o animal e matar o vírus. [21]
    • No caso de superfícies macias, como carpetes e sofás, faça uma limpeza profissional com vapor para a higienização completa. É uma boa ideia também usar amônia quaternária, um desinfetante.
    • Para áreas externas, a melhor opção é recolher as fezes do cão e lavar o quintal com frequência. A diluição e a luz solar são capazes de reduzir a quantidade do vírus no local com o tempo. [22]
  5. Assim que os sintomas desaparecerem, limpe o bicho com um shampoo antibacteriano. Repita após uma semana.
    • Deixe o shampoo assentar por cinco minutos antes de enxaguá-lo.
    • Mantenha o cão aquecido banhando-o com água morna e secando-o com toalhas aquecidas.
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Dicas

  • Vacine o cão seguindo as orientações do veterinário para evitar as doenças.
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