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Não há como negar que um professor experiente poderia ajudá-lo muito, contudo é possível aprender a tocar contrabaixo sozinho. Para isso, comece reservando um tempo para se familiarizar com o instrumento, mesmo que já toque violão ou guitarra. Seja paciente, e entenda que aprender um novo instrumento exige muito tempo e prática. Portanto, pratique diariamente e logo você estará mandando bem nos solos. [1]

Método 1
Método 1 de 3:

Familiarizando-se com o contrabaixo

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  1. O processo é semelhante ao de ligar um amplificador de guitarra. Ou seja, coloque-o na tomada e abaixe o volume e o ganho antes de conectar o contrabaixo. [2]
    • O ideal para a maioria dos contrabaixos é ajustar o ganho do amplificador entre as posições 10h e 13h — visualize mentalmente um relógio de ponteiro e você saberá do que estamos falando!. Vá testando até encontrar a posição que mais o agrade. O ganho é parecido com o volume, mas serve para controlar o volume do som do instrumento que entra no pré-amplificador. Ou seja, ao ajustá-lo, você altera a tonalidade do contrabaixo.
    • Regule o equalizador entre 500 e 800Hz para conseguir um melhor controle de tons.
  2. Afinar um contrabaixo não é muito diferente de afinar uma guitarra, um violão ou qualquer outro instrumento de cordas. A sequência das cordas (da mais grossa para a mais fina) é E, A, D e G (Mi, Lá, Ré e Sol). A corda E é a mais grave e a Sol, a mais aguda. O instrumento deve ser afinado uma oitava abaixo da guitarra. [3]
    • Fazer a afinação de ouvido, usando uma nota como referência, o ajudará a se acostumar com as tonalidades do instrumento. Entretanto, se estiver começando agora, um afinador digital o ajudará a ter certeza de que afinou corretamente.
  3. Segurar o contrabaixo do jeito certo e manter uma boa postura são fundamentais para evitar futuras lesões. Dores no antebraço e síndrome do túnel do carpo são duas consequências de hábitos errados durante a prática do instrumento. [4]
    • Sempre utilize a correia quando estiver tocando em pé. Quanto mais folgada ela estiver, melhor será a distribuição do peso pelo corpo. Mantenha as costas retas, não acorcunde-se sobre o contrabaixo.
    • É importante manter o corpo do instrumento à altura da cintura, com o braço dele inclinado para cima, de modo que a cabeça (do contrabaixo) fique alinhada aos seus ombros.
    • Quando for tocar sentado, não deite o braço do instrumento na perna. Segure-o em ângulo ascendente e tire a perna do caminho. Sente-se com as costas retas e os ombros para trás. Prefira sempre sentar-se em um banco a uma cadeira ou poltrona confortáveis.
  4. No contrabaixo, o polegar não é numerado. Sendo assim, o número 1 corresponde ao dedo indicador, o 2 ao médio, o 3 ao anelar e o 4 ao mínimo. Por questões de velocidade e eficiência, a maioria dos baixistas toca as cordas alternando apenas entre os dedos 1 e 2. [5]
    • Ao dedilhar, deixe o pulso e a mão relaxados. Para não machucar as unhas nas cordas, corte-as rente aos dedos.
    • Se preferir tocar com palheta, escolha uma especial para contrabaixo ou uma para guitarra que seja suficientemente dura. Segure-a entre o indicador e o polegar e palhete de cima para baixo e depois de baixo para cima, puxando a corda com o último movimento.
  5. Tocar contrabaixo por um longo período é o mesmo que ir à academia e malhar os braços. Portanto, é preciso ter antebraços e pulsos fortes e flexíveis para evitar lesões e dores crônicas tais qual a síndrome do túnel do carpo. [6]
    • Para começar a se exercitar, estique os braços com as palmas para cima e à frente do corpo. Em seguida, use uma das mãos para abaixar a outra até senti-la se alongar. Segure a posição por um período entre 10 e 15 segundos e repita o exercício com a outra mão. Repita três vezes com cada mão.
    • Depois de empurrar para baixo, é preciso puxar para cima. Então, estique novamente o braço à frente do corpo, mas com as palmas viradas para baixo. Use uma das mãos para puxar a outra para cima, em direção ao seu corpo. Segure a posição por um período entre 10 e 15 segundos e repita o exercício com a outra mão. Repita três vezes com cada mão.
    • Também é importante fortalecer os dedos usados no braço. Para isso, procure na internet por exercícios para a “mão esquerda”. [7]
    DICA DE ESPECIALISTA

    Nicolas Adams

    Guitarrista Profissional
    Nicolas Adams é um músico profissional, músico Gypsy de quarta geração e o guitarrista solo da banda Gypsy Tribe, em California. Tem como especialidades o Rumba Flamenco e o Gypsy Jazz.
    Nicolas Adams
    Guitarrista Profissional

    Você também precisa exercitar as pontas dos dedos. O contrabaixo exige muito mais de suas mãos que o violão comum. Alguns calos podem aparecer no início, mas se você hidratar suas mãos e praticar, a tendência é que eles desapareçam.

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Método 2
Método 2 de 3:

Praticando o contrabaixo

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  1. Não é possível aprender a tocar sozinho sem reservar esse tempo para praticar. Se você não estiver envolvido diariamente com algo relacionado ao instrumento, acabará esquecendo o que aprendeu e, consequentemente, ficará estagnado. [8]
    • O tempo não precisa ser devotado exclusivamente à prática. Parte dele pode ser destinada à leitura de livros de música, à apreciação musical e a assistir videoaulas.
    • Quando estiver assistindo a vídeos de seus contrabaixistas favoritos em ação, preste bem atenção à postura e ao posicionamento dos dedos. Em seguida, pegue o seu instrumento e tente reproduzir o que aprendeu.
  2. Depois de alongar os antebraços e os pulsos, toque alguns arpejos ou execute algumas frases (solos curtos) que já conheça. Comece devagar para ir se acostumando aos movimentos. [9]
    • Quando for tocar por horas seguidas, faça um aquecimento maior. Caso sinta dores nos antebraços ou nos pulsos, é sinal de que você precisa se aquecer mais da próxima vez.
    • Também é possível usar parte do período de aquecimento para afinar o contrabaixo e fazer uma vistoria nele.
    DICA DE ESPECIALISTA

    Nicolas Adams

    Guitarrista Profissional
    Nicolas Adams é um músico profissional, músico Gypsy de quarta geração e o guitarrista solo da banda Gypsy Tribe, em California. Tem como especialidades o Rumba Flamenco e o Gypsy Jazz.
    Nicolas Adams
    Guitarrista Profissional

    Lembre-se de que o contrabaixo usa um jogo de cordas diferente do jogo de violões comuns. Em um contrabaixo, a corda baixa é Si. No início, você terá que focar bastante para não se perder. Você também precisará praticar diferentes padrões estruturais enquanto toca as notas.O contrabaixo não serve apenas como instrumento de acompanhamento: se você dominá-lo, ele pode ser um instrumento solo.

  3. A maioria das frases do contrabaixo são construídas em cima de acordes. Sendo assim, escolha um acorde por semana e pratique (arpeje) a sequência de notas que o compõem. Depois de decorar as notas individuais de determinado acorde, tente encaixá-las em uma escala e pratique a composição de frases de contrabaixo. [10]
    • Arpejar é uma excelente maneira de começar a praticar o instrumento e aprender os fundamentos de um bom acompanhamento de contrabaixo. Portanto, comece devagar e vá incrementando o ritmo.
  4. O contrabaixo deve ser tocado de modo que cada nota soe individualmente e clara. Se a nota anterior continuar vibrando, atrapalhará a próxima a ser tocada. Por isso, use a mão de dedilhar para abafar as cordas abaixo da corda que está sendo tocada e a outra mão para abafar as cordas acima. [11]
    • Para cada nota tocada, apenas uma corda deve vibrar, as outras três permanecerão abafadas.
    • Aprender a coordenar as mãos para abafar as cordas que não estejam sendo tocadas requer muita prática. Por essa razão, vá devagar e com paciência. A frustração certamente virá, mas continue treinando até conseguir.
  5. O objetivo do contrabaixo em uma banda é fazer a ponte entre a bateria e a guitarra. Por fazer parte da seção rítmica da banda, o contrabaixista jamais pode perder o ritmo. Nesse quesito, o metrônomo é a melhor ferramenta para ajudá-lo a se educar ritmicamente. [12]
    • Embora seja útil como um recurso de aprendizado, você terá que abandonar o metrônomo um dia, principalmente porque não dá para usá-lo em uma apresentação ao vivo. Treine os ouvidos para reconhecer diferentes ritmos. Quando estiver tocando com um baterista, sincronize o seu ritmo com o dele.
  6. Para fazer um hammer-on, por exemplo, toque uma nota com o dedo 1 e, sem dedilhar nem palhetar novamente, use outro dedo para tocar uma nota mais aguda na mesma corda. Toque a segunda nota como se estivesse martelando a corda (hammer-on significa martelar em inglês). O pull-off é o contrário: coloque o dedo 1 em qualquer casa, sem tocar a nota; toque uma nota mais aguda com um dos outros dedos e tire-o rapidamente (pull-off) da corda logo em seguida. Quando dominar as técnicas com o dedo 1, comece a treinar com outros dedos. [13]
    • Geralmente, os pull-offs são um pouco mais difíceis de entender do que os hammer-ons. Quando ainda estiver aprendendo, toque a corda bem de leve novamente, só para escutar a segunda nota.
    • Com o tempo, vá empregando as duas técnicas para criar linhas de contrabaixo cada vez mais rápidas e complexas.
  7. A tablatura do contrabaixo possui quatro linhas horizontais, uma para cada corda. A linha inferior sempre corresponderá à corda mais grossa (E) e a superior à mais fina (D). As notas são indicadas na tablatura pelo número correspondente à casa onde se encontram no braço do instrumento. [14]
    • As tablaturas são o meio mais rápido – quase imediato – para começar a aprender novas músicas quando não se sabe notação musical (ler partituras). Portanto, parta daí enquanto ganha mais habilidade no instrumento e solidifica a sua autoconfiança musical.
    • É possível encontrar na internet tablaturas para praticamente qualquer música popular. Aliás, tente encontrar a versão simplificada – para iniciantes – de cada tablatura.
  8. Mesmo que você tenha aprendido a ler partituras para guitarra, a notação para o contrabaixo é um pouco diferente. As notas do instrumento, por exemplo, são escritas na clave de Fá, onde as linhas e espaços da pauta representam notas diferentes. [15]
    • As notas na clave de Fá são lidas de baixo para cima. Existe uma frase simples para ajudar a lembrar mais facilmente das notas representadas pelas linhas da pauta: “Só Si o Ré FaLar”; e outra para os espaços: “Lá DorMi o Sol”. Fique à vontade para criar as suas próprias frases, se achar que ficarão mais fáceis de decorar do que essas.
    • Caso não queira se aprofundar no contrabaixo, apenas usá-lo como um meio de entretenimento entre amigos e familiares, não há razão para dedicar-se aos estudos musicais teóricos. Por outro lado, se você pretende se tornar um músico profissional, trata-se de um investimento básico.
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Método 3
Método 3 de 3:

Escolhendo o contrabaixo

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  1. Aprenda de fato o que são e como funcionam todas as partes de um contrabaixo antes de sair às compras. Só assim você será capaz de identificar o que procura no instrumento e o quanto está disposto a pagar por ele. [16]
    • A maioria dos contrabaixistas, por exemplo, escolhe um instrumento com trastes. Apenas músicos experientes, que podem contar com a memória muscular na localização das notas, optam pelo contrabaixo sem trastes (fretless).
    • Quanto ao braço, os contrabaixos podem ser classificados em: aparafusados, colados e inteiriços, sendo mais comum e barato o primeiro, o que o torna ideal para quem está começando.
    • Há contrabaixos de quatro, cinco e seis cordas. Para não complicar muito logo de cara, comece com um instrumento de quatro cordas. Quando estiver um pouco mais avançado e quiser experimentar mais cordas, vá em frente.
  2. O ideal é encontrar o melhor instrumento dentro do seu limite de preço. Não há nenhuma necessidade de gastar muito dinheiro no seu primeiro contrabaixo. Tente encontrar um kit que venha com instrumento, amplificador, cabo e capa. [17]
    • Se achar viável, compre um usado. Embora haja quem venda o kit completo, na maior parte das vezes, ao comprar um contrabaixo usado, você terá que adquirir o amplificador à parte.
  3. Escala é a distância (em polegadas) da pestana até a ponte. A maioria dos contrabaixos possuem escala de 34 polegadas. Para quem ainda é muito jovem ou não se sente confortável segurando um baixo de escala normal, vale a pena dar uma olhada nos modelos de 30”. [18]
    • Embora sejam um pouco mais difíceis de encontrar, principalmente em lojas físicas, os contrabaixos de escala curta não são raros nem novidade – muitos músicos profissionais o adotam, mesmo tendo estaturas normais.
  4. Há instrumentos das mais variadas formas e cores. No entanto, nada disso influenciará diretamente no som produzido. Portanto, escolha o que o fizer se sentir melhor. [19]
    • Se você acabar comprando um instrumento que ache bonito, sentirá mais vontade de tocá-lo.
    • Para se inspirar, dê uma olhada nos formatos e nas cores dos contrabaixos tocados pelos seus instrumentistas favoritos.
    • Apesar de cor e formato não influenciarem no som emitido pelo instrumento, essas duas características podem elevar o preço dele consideravelmente, principalmente quando se trata de uma combinação personalizada ou rara.
  5. Para ouvir o som do contrabaixo é necessário conectá-lo a um amplificador. Embora o alto-falante e o amplificador sejam dois equipamentos separados, eles costumam ser vendidos montados juntos em uma caixa de madeira cujo nome é simplificado para “amplificador”, “cubo” ou “caixa”. [20]
    • Há a opção de comprar os dois equipamentos separadamente, mas isso não o beneficiaria em nada e ainda dificultaria o transporte.
    • A melhor dica é comprar um cubo. Quando for procurar o contrabaixo, tente encontrar um kit que já venha com instrumento, cabo, capa e cubo.
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