A kundalini é uma energia primitiva que é ativada por meio das práticas de meditação e yoga. Ela é, digamos, uma fonte de outras energias, e seu despertar libera um poder transformativo. A ativação abre um portal para estados meditativos mais profundos ou poderosamente disruptivos. Desbloquear a kundalini dá acesso ao canal central e deve ser feito com o acompanhamento de um guru experiente (de preferência). Porém, você pode tentar trilhar a jornada sozinho.
O poder liberado no processo é inimaginável e difícil de controlar. Antes de prosseguir, veja se está preparado de verdade! Caso contrário, procure um guru para guiá-lo na jornada.
Leia os avisos no final do artigo antes de proceder.
Passos
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Relaxe primeiro e respire suavemente. O objetivo inicial é encontrar a camada de proteção antes de encontrar o portal.
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Adote uma respiração abdominal suave. Esta é a forma mais fácil de procurar por um portal escondido.
- Quando você puxa o ar, a camada de proteção em volta dos pulmões é empurrada contra a camada que protege seu abdômen e pélvis. Há gás dentro dos vários arcos do seu intestino.
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Deixe a camada protetora dos pulmões entrar em equilíbrio com a do abdômen.
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Encontre os rins. Entre as duas camadas protetoras e um pouco abaixo da membrana inferior, chamada peritônio, estão os rins.
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Contate os rins com inalação e então libere as duas camadas protetoras ao mesmo tempo. Isto massageia os rins. Mantenha os olhos fechados.
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Coloque as glândulas suprarrenais nos rins como se fosse a cela em um cavalo.
- Cante suavemente "Nãm Mãm Yãm Pa'Hãm".
- Ao puxar o ar, deixe as duas camadas protetoras entrarem em contato.
- Ao soltar o ar e cantar, sinta a vibração da glândula suprarrenal direita, o rim direito, o esquerdo e a glândula suprarrenal esquerda.
- As glândulas suprarrenais são órgãos importantes da parte frontal do chakra Manipura. O nome "cidade das joias" se refere ao grande poder de cortisol, que dá a cinco mil genes regulatórios acesso à parte interna do corpo e ao mundo ao nosso redor. Entre no corpo e no momento presente.
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Esfregue sua lombar e as costelas inferiores com a parte de trás das palmas das mãos caso seus rins ainda estejam doendo ou pareçam presos.
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Fique em uma posição confortável. Tire qualquer coisa que cause desconforto e resista à vontade de sentar-se com rigidez.
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Erga os dois braços acima da cabeça, estique os polegares e gire os braços para trás e para fora. Você deve sentir seus pulmões reagindo aos polegares.
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Erga o dedo indicador na direção do céu e deixe o intestino grosso ficar pendurado pela lateral da caixa torácica.
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Erga as clavículas para suspender os rins e então pressione e gire as bolas dos pés.
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Traga o foco de volta para as duas camadas protetoras e a junção dos rins com as glândulas suprarrenais. Sinta a sensação.
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Comece a soltar o diafragma, mas não exale tudo de uma vez. Prefira abaixar o queixo um pouco para encontrar a jalandhara bandha, uma posição suave na garganta que ajuda a guiar uma exalação mais lenta.
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Inale, toque as duas camadas protetoras e descanse o queixo, a língua, o palato e os sínus sobre a terceira camada: a que fica em volta do cérebro e da espinha dorsal.
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Solte o ar devagar, sentindo o topo dos pulmões se encher e boiar para cima. Imagine que você está criando asas a cada exalação e que as asas estão erguendo o topo dos pulmões. Continue assim.
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Inale, toque a camada protetora pleural do peito na camada peritoneal do abdômen e pélvis.
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Exale e deixe a terceira camada se erguer acima do topo do nariz. Para isso, é preciso entender que a terceira camada é a dural, protegendo o cérebro e a espinha dorsal.
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Respire novamente, deixando a camada dural se expandir sob a cúpula da parte interior do topo da cabeça.
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Deixe a camada protetora da espinha dorsal se erguer dos ossos da espinha e voltar à posição normal.Publicidade
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Comece a procurar a entrada oculta para o canal central.
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Encontre a vibração na ponta do cóccix.
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Feche os olhos e cante "Vãm Vãm Vãm Vãm". Isto dá acesso à parte frontal da Muladhara, que "Doa mobilidade e a habilidade de tornar os outros doces e puros como a água."
- Sua âncora, o cóccix, se sentirá móvel, flutuando nas sombras, mal tocando a areia.
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Sinta a vibração se mover ossos acima na espinha enquanto você canta "Vãm".
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Imagine que você é um instrumento musical que espalha doçura e está cercado por gentilezas de todos.
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Cante "Shãm Shãm Shãm Shãm". Você deve encontrar a vibração em todo o osso sacro.
- Sinta a onda craniossacral começar a se erguer pela espinha dorsal e balançar o occipício.
- Sinta a terceira camada protetora, a craniossacral, cheia de fluidos, crescer para cima e descansar abaixo novamente.
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Deixe o cérebro mergulhar na água e flutuar.
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Imagine um balão grande, do tamanho da camada do abdômen e da pélvis.
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Deixe o ar sair devagar, segurando a boca do balão e o esticando um pouco. Isto permite que você aponte o jato pequeno na direção que preferir.
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Erga sua pélvis um pouco e aperte os esfíncteres anais para conseguir sentir ou visualizar um anel. São os músculos que controlam o bico e o fluxo de ar conforme você exala.
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Deixe as duas camadas protetoras se tocarem com uma inalação suave.
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Sinta os rins entre elas e deixe o queixo descansar no ar.
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Traga a terceira camada, do cérebro e espinha, um pouco para frente e erga a medula espinhal só um pouco.
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Erga o assoalho pélvico, engaje os anéis do esfíncter e comece a exalar devagar. A boca do balão da camada da barriga estará apontada para trás, e o jato pequeno irá para as colunas na frente da espinha.
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Direcione o jato do balão abdominal para trás, da cavidade da frente do sacro superior seguindo pela convexidade da espinha lombar.
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Procure o portal oculto para o canal central. Vá procurando até a parte interna do umbigo e voltando para baixo.
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Coloque as suas palmas sobre sua barriga e sinta um formigamento.
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Empurre para dentro e exale completamente depois que achar que encontrou uma trava escondida. Na dúvida, olhe para cima com os olhos fechados.
- Se vir uma parede, empurre-a.
- Se vir uma estrada principal, dirija por ela.
- Olhe para cima (com os olhos fechados).
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Inale e descanse as três camadas protetoras.
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Engaje os músculos pélvicos e, desta vez, exale da esquerda para o meio, logo abaixo do umbigo.
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Repita.
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Cante "Bãm Ba'Hãm Mãm... Yãm Rãm Lãm". Estes são os sons das seis pétalas de lótus do chakra Svadhisthana. Do ovário direito à apêndice e ao rim direito. Do rim esquerdo ao cólon esquerdo e ao ovário esquerdo.
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Ore "Lãm Lãm Lãm Lãm" pela graça de Deus, o salvador do universo.
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Inale e exale do lado esquerdo na direção do meio.
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Puxe o ar e deixe as três camadas protetoras descansarem.
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Desça sua consciência pela espinha dorsal. Imagine o som de um "H" silencioso.
- Quando você solta o ar, deixe o abdômen inferior se mover para trás rapidamente. Imagine que está virando uma omelete.
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Solte o ar para frente, para cima e volte para a frente da parede abdominal, passando por ela e voltando para a frente da coluna espinhal.
- Se sentir uma coceira, solte o ar de novo bem na direção dela, milímetro por milímetro, até atingir o ponto certo.
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Dicas
- Pratique a respiração abdominal suave em posição deitada ou sentada com os olhos fechados.
- O melhor momento do dia para a prática é logo antes do nascer do sol, e a melhor posição é virada para o leste, esperando a aurora.
Avisos
- O poder da Kundalini não deve ser levado na brincadeira e pode, facilmente, sair de controle. Proceda com muito cuidado.
- A kundalini é uma fonte de energia considerada perigosa (em diversas culturas e religiões) para pessoas despreparadas ou que estão sozinhas.
- Alguns estudiosos citam o processo como o motivo pelo qual Adão e Eva foram exilados do Éden no livro Gênesis: o terceiro olho.
- Outros a chamam de fonte do poder satânico.
- Já outros dizem que ela é uma representação do poder divino da mãe natureza.
- Independentemente dos detalhes citados por investigadores sérios na literatura, o aviso é o mesmo: todos advertem sobre os perigos de ativar a Kundalini e de acessar sua energia para quem não a conhece. Sem preparação, um bom guia e uma força de vontade verdadeira, a Kundalini corromperá e consumirá você.