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Um bom plano de ensino explica que conteúdo os alunos vão aprender, como vão aprender e como podem colocar à prova o seu desenvolvimento acadêmico e intelectual. Avaliar esse documento é essencial para professores e pedagogos que querem descobrir mais sobre o desempenho dos estudantes. Se é o seu caso, você pode se preparar e fazer uma avaliação gradual da situação. Depois, basta usar os resultados dela no próximo período letivo para tornar todo o ensino e a aprendizagem muito mais eficazes!

Método 1
Método 1 de 3:

Analisando o plano de ensino atual

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  1. Dê uma olhada em versões anteriores do plano de ensino que a escola ou faculdade já tenha usado e veja quais são as diferenças deles com o atual. Preste atenção ao conteúdo, aos processos de aprendizagem e às estratégias de avaliação e tente entender se o documento em vigor é mais ou menos eficaz. [1]
    • Por exemplo: talvez você conclua que o plano de ensino de espanhol está mais amplo, pois inclui habilidades de leitura e escrita, mas que os processos de aprendizagem estão defasados por falta de atualização nas técnicas de ensino. Nesse caso, atualize o documento para incluir o que funciona e eliminar o que está deixando a desejar.
  2. Estude o plano de ensino a fundo e determine se ele está ou não adequado para a idade e os estilos de aprendizagem dos alunos. Preste ainda mais atenção ao conteúdo (as matérias colocadas em prática) e à forma como ele é passado e testado (o processo e a avaliação, respectivamente). [2]
    • Por exemplo: não faz sentido pedir para alunos que estão começando a estudar inglês lerem um livro inteiro no idioma e escreverem uma resenha sobre ele em inglês. É muito melhor pedir para a turma preparar e apresentar cartazes com informações mais específicas e alguns termos no idioma estrangeiro.
  3. Os resultados de aprendizagem estão ligados aos meios que os estudantes têm para mostrar que aprenderam o conteúdo: provas, apresentações, textos escritos etc. Portanto, o plano de ensino precisa incluir componentes rigorosos, relevantes e eficazes. [3]
    • Por exemplo: passar uma prova de consulta com cinco questões sobre o golpe militar de 1964 não é tão rigoroso ou eficaz quanto pedir para os alunos escreverem um relato de cinco páginas sobre os impactos social e político do movimento das Diretas Já.
  4. Passe por cada unidade do plano de ensino e veja se ele inclui formas diferentes de avaliar o conhecimento dos alunos, como tarefa de casa, provas e apresentações em modelos distintos. Assim, os estudantes vão poder mostrar o que aprenderam e como sabem usar esse conteúdo. [4]
    • Formas de avaliação quantitativas são aquelas que podem ser expressadas em números, como notas em provas e trabalhos.
    • Formas de avaliação qualitativas não podem ser expressadas em números, como apresentações, conhecimentos mais abstratos, capacidade de análise e interpretação etc.
  5. As avaliações formativas são aquelas simples que os alunos fazem ao longo do período letivo, como tarefas de casa. As somativas, por sua vez, são mais complexas e servem para determinar o nível de conhecimento da turma após ela aprender parte específica do conteúdo: provas, simulados, apresentações finais, e assim por diante. Você precisa encontrar um ponto de equilíbrio entre as duas opções. Veja exemplos: [5]
    • Peça para os alunos escreverem um resumo de cada aula durante o bimestre ou semestre, mas também passe duas provas (uma no meio, outra no final).
    • Dependendo do tipo de curso (uma matéria na escola ou disciplina na universidade), passe mais avaliações simples entre as provas e apresentações. Isso pode dar uma ideia mais clara do nível de conhecimento da turma.
  6. Veja se o plano de ensino atual faz um bom uso de ferramentas de aprendizagem modernas. Computadores, sites da internet, aplicativos de celular e outros tipos de mídia são ótimos recursos para professores. Além disso, eles deixam todo o processo mais interessante para os alunos! [6]
    • Por exemplo: ver um documentário com depoimentos sobre a Segunda Guerra Mundial vai expandir o conhecimento dos seus alunos sobre os impactos sociais e culturais dos conflitos — de uma forma que a apostila sozinha não conseguiria.
    • Descubra se os alunos têm acesso a essas ferramentas (na escola ou em casa) antes de as incluir no plano de ensino.
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Método 2
Método 2 de 3:

Definindo objetivos para a avaliação

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  1. Antes de você levar o plano de ensino para discussão em um comitê ou com os próprios alunos, analise-o e descubra o que está e não está dando certo nele. Separe três canetinhas de cores diferentes: uma para marcar as partes boas, outra para marcar as partes ruins e uma terceira para destacar o que você acha que merece ser debatido. [7]
    • Caso você tenha reunido um comitê para avaliar o plano de ensino, peça para cada membro fazer o mesmo e dar um feedback depois.
  2. Se o plano de ensino passou por alguma mudança recente, tente entender como e reflita se isso deu certo ou não. Peça opiniões de professores, outros funcionários da escola e pais e responsáveis para ter um panorama completo da situação. Por exemplo: [8]
    • Se os alunos e os pais reclamaram do corte de um curso de artes no plano de ensino da escola, talvez seja melhor reimplementar esse curso na nova versão do documento.
    • Pode ser também que determinadas mudanças (como emprestar tablets para os alunos levarem para casa) estejam funcionando bem e mereçam ficar na nova versão do plano.
  3. Veja se cada seção do plano de ensino atual está de acordo com certos parâmetros de educação em termos como nível de conhecimento passado aos alunos. Pense: será que vocês estão desafiando os estudantes de verdade? As avaliações propostas podem aumentar a média de notas em um contexto regional ou até nacional? [9]
    • Esses parâmetros dão uma boa base, uma vez que são refinados ao longo dos anos — sempre com o bem dos estudantes em mente.
    • Por exemplo: um aluno do oitavo ano deve ter uma boa compreensão de literatura brasileira, bem como ser capaz de interpretar significados e intenções de autores e até entender referências específicas nas obras que lê.
  4. Familiarize-se com as leis e os requisitos educacionais da cidade, do estado ou até do Brasil como um todo em termos de plano de ensino. Para isso, você precisa determinar se o curso em questão (seja uma matéria no ensino fundamental ou disciplina na faculdade) traz todo o conteúdo e os processos esperados desse nível de aprendizagem. Por exemplo: [10]
    • Pode ser que os requisitos legais de ensino do estado do Amazonas sejam diferentes dos requisitos do Espírito Santo, mesmo que ambos respeitem a Base Nacional Comum Curricular (BNCC).
    • Se a escola onde você trabalha tem algum curso para alunos mais avançados, descubra se os estudantes estão recebendo todo o respaldo necessário. [11]
  5. Cada instituição de ensino (escola, faculdade etc.) tem uma abordagem diferente ao ensino e à aprendizagem, embora o objetivo geral seja sempre o mesmo. Descubra se há algum tipo específico de aluno que a escola onde você trabalha busca, assim como quem esse aluno se torna ao se formar. [12]
    • Por exemplo: se o foco da instituição é desenvolver o lado artístico dos alunos, o plano de ensino precisa incluir cursos que tenham a ver com práticas artísticas (escrita, desenho, música, dança, pintura, cinema etc.).
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Método 3
Método 3 de 3:

Buscando feedback e juntando dados

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  1. Peça para os membros desse comitê estudarem o plano de ensino e falarem o que acham que dá certo, o que estimula o intelecto dos alunos e o que precisa mudar. Você também pode envolver representantes da comunidade e dos próprios estudantes. De todo modo, esse comitê deve ser limitado — para ninguém ficar perdido com o volume de feedback. [13]
    • Envie o plano de ensino aos membros do comitê uma ou duas semanas antes da reunião. Assim, todos vão ter tempo de estudar o documento a fundo.
    • Peça para cada membro do comitê levar dúvidas e sugestões à reunião.
    • Crie um comitê com bastante representatividade em termos de membros e que inclua o mesmo número de pais, professores e representantes da comunidade e dos alunos.
    • Designe uma pessoa para conduzir a reunião e outra para escrever a ata (ou seja, documentar tudo o que for discutido).
  2. No fim do período letivo, ouça o que os estudantes têm a dizer (ou melhor, escrever) sobre o plano de ensino. Você pode aplicar uma pesquisa de opinião anônima para evitar que alguns fiquem acanhados por medo de um possível feedback negativo. Essa estratégia é mais recomendada para alunos mais velhos, como no ensino médio ou na faculdade. Elabore perguntas específicas e peça para os respondentes avaliarem cada uma em uma escala de 1 a 5. Veja exemplos: [14]
    • "O conteúdo foi relevante para os seus objetivos educacionais e profissionais?".
    • "Você achou os processos de aprendizagem relevantes, interessantes, intelectualmente complexos e sensatos?".
    • "Os métodos de avaliação (provas, apresentações etc.) ajudaram você a cumprir os seus objetivos de aprendizagem?".
    • "Você recomendaria o curso a outros estudantes? Por quê (ou por que não)?".
  3. Se você dá aula para alunos mais jovens (ensino fundamental I e II, por exemplo), é melhor pensar em uma pesquisa de opinião simples a que eles possam responder no fim do bimestre ou ano letivo. Pense em formas de eles deixarem claro o que pensam. Por exemplo: [15]
    • "Eu consegui aprender a matéria com mais facilidade com a ajuda de ______."
    • "Eu queria que o professor tivesse mudado algumas coisas, como ______."
    • "Eu tive dificuldade para aprender quando ______."
    • "O livro que eu mais gostei de ler para a escola foi ______ porque ______."
  4. Se possível, envie a pesquisa de opinião aos estudantes que já se formaram (mas cujo contato ainda esteja nos registros da escola ou faculdade) e descubra que partes do conhecimento eles aplicaram na sua vida. Dá para usar essas informações para otimizar o plano de ensino dos estudantes que ainda vão ingressar nesse nível de estudo. Por exemplo: [16]
    • "Que curso(s) você acha que mais preparou(aram) você para o mercado de trabalho?".
    • "Você acha que algum dos requisitos do curso não foi relevante para os seus objetivos acadêmicos e profissionais?"
    • "O que você gostaria de ter aprendido durante seus estudos?".
    • "Você acha que estudar na nossa instituição fez diferença na sua vida acadêmica posterior ou na sua profissão? Se sim, como? Se não, por que não?".
  5. Além das notas dos estudantes durante o período letivo na escola ou faculdade, também dá para você avaliar o desempenho deles em provas de nível estadual ou nacional — como o Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) e o Exame Nacional de Desempenho dos Estudantes (Enade). No caso do Enem, cada aluno precisa passar seus resultados nas provas por vontade própria para a sua análise. [17]
    • Essa tática não é 100% eficaz para avaliar um plano de ensino, já que alguns alunos estão mais acostumados a fazer provas que outros. No entanto, ela ainda pode dar uma ideia geral do que está e não está dando certo no documento.
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Dicas

  • Não se esqueça de toda a burocracia necessária no processo de ajustar e atualizar um plano de ensino. [18]
  • Se possível, mostre um exemplo de plano de aula específico aos membros do comitê que vão decidir sobre as mudanças no ensino junto com você. [19]
  • Deixe os pais e responsáveis sempre por dentro das novidades em relação ao plano de ensino e ao desempenho dos alunos. O feedback deles é de suma importância. [20]
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Avisos

  • Você precisa de tempo e paciência para implementar um novo plano de ensino nas suas aulas. Até professores têm que se adaptar de vez em quando! [21]
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