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A principal dica dos autores profissionais é: "Escreva sobre o que você sabe". Se veio até este artigo por desejar documentar suas experiências de vida e emoções, então já começou bem, certo? Ao fazer algumas pesquisas, você certamente encontrará o núcleo emocional da história que deseja contar e poderá colocar a mão na massa. Está interessado? Continue lendo!

Parte 1
Parte 1 de 3:

Começando a pesquisa

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  1. Quem deseja escrever uma autobiografia precisa se acostumar a escrever um diário e guardar vídeos, fotografias e lembranças do passado, pois isso o ajudará muito mais tarde. Muitas vezes, nos lembramos de coisas incorretamente ou sem detalhes; para evitar isso, precisamos de evidências físicas, afinal, fotos não mentem e diários são sempre sinceros.
    • Se ainda não tem o hábito de registrar tudo o que acontece, comece a fazê-lo agora. O jeito mais fácil de se começar é escrever em um diário todos os dias, antes de dormir. Assim, você terá um registro preciso do que se passa no seu cotidiano e na sua cabeça.
    • Tire muitas fotos. Imagine que não tem uma foto sequer da sua mãe, e também não se lembra da aparência dela. O que faria? As imagens ajudam a trazer memórias à tona, além de servirem como um registro de lugares e eventos. Elas são essenciais para uma autobiografia.
    • Os vídeos também são registros poderosos que podem trazer muitas lembranças e esclarecer dúvidas. Ver como você envelheceu com o tempo ou assistir uma filmagem de um parente que já não está mais vivo certamente o ajudará a colocar as emoções no papel. Grave vídeos em todas as oportunidades que tiver.
  2. É sempre uma boa ideia conversar com outras pessoas e coletar anotações antes de começar a escrever uma autobiografia. Por mais que sinta que conhece a sua "história", as pessoas próximas podem ter uma visão diferente das coisas. Entreviste-as individualmente e grave tudo para ter um bom material na hora de escrever. Se preferir, prepare uma folha com perguntas e respostas e entregue a todos para que respondam de modo anônimo. Faça algumas perguntas específicas, como por exemplo:
    • Qual a memória mais forte que você tem de mim?
    • Qual o momento ou conquista mais significativo da minha vida?
    • Você tem alguma memória difícil ou emotiva de mim?
    • Eu sou um bom amigo? Sou uma boa pessoa?
    • Qual objeto ou local você costuma associar a mim?
    • O que gostaria de dizer no meu velório?
  3. O passado é muito útil na hora de se encontrar o sentido na sua vida e de procurar uma motivação para começar a escrever. Procure parentes distantes que não vê há muito tempo e visite-os; procure os locais importantes para o seu passado, como a sua casa de infância, a primeira escola onde estudou ou o cemitério onde seu tataravô foi enterrado. Mergulhe de cabeça no passado! [1]
    • Se é filho de imigrantes e for possível visitar a cidade natal de seus pais, faça-o. Organize uma viagem para o local onde eles nasceram e tente se identificar com o local de um modo novo, mesmo que já o tenha visitado.
    • Aproveite o momento para ter uma ideia mais geral da história da sua família. De onde vocês vieram? Quem eram seus ancestrais? Eles eram camponeses ou sempre moraram em uma cidade grande? Participaram de algum conflito ou revolução importante? Se sim, de que lado do conflito ficaram? Algum parente seu já foi preso? As respostas dessas perguntas podem render excelentes descobertas para seu livro.
  4. Não adianta ler apenas os seus próprios diários e ter fotos de 10 ou 20 anos atrás: confira as coisas deixadas por seus ancestrais. Leia as cartas deixadas por eles, procure por diários antigos, etc. Faça cópias de tudo para arquivar e não correr o risco de danificar objetos antigos.
    • Se não tem acesso aos objetos de gerações muito antigas, tente pelo menos encontrar objetos deixados por seus avós, como fotos de eventos importantes e fotos da infância de seus pais. Tais imagens podem ser poderosas e emocionantes, dando um impulso na escrita.
    • Toda família precisa de alguém responsável para arquivar e manter os registros e documentos familiares. Se gosta de observar o passado, assuma essa responsabilidade e aprenda o que puder sobre sua família e a história de vocês.
  5. Muitos livros de não ficção são planejados com antecedência, permitindo que os autores se preparem para alguma mudança ou um evento para documentar na obra. Caso tenha medo de não ter coisas importantes o suficiente para mencionar no livro, experimente fazer uma grande mudança e escreva uma proposta para conseguir financiamento.
    • Experimente uma mudança drástica. Se sempre morou na cidade, que tal se mudar para o campo por um ano, vivendo apenas das comidas cultivadas por você? Prepare-se pesquisando melhor sobre os métodos de cultivo de fazenda e tentando encontrar um financiador para o projeto. Se preferir, experimente viajar para uma região turbulenta ou morar em um outro país com o qual você não tenha relação alguma. Escreva então sobre as experiências que encontrar.
    • Outra opção seria abrir mão de algo por um bom período de tempo, como parar de comer açúcar ou de usar a internet. Documente suas experiências!
    • Caso tenha uma proposta interessante e experiência de escrita, você certamente encontrará editores dispostos a financiar o projeto e publicar o seu livro.
  6. Antes de botar a mão na massa, é uma boa ideia conferir como outros autores encararam o desafio de escrever sobre a própria vida. Algumas obras clássicas que merecem a leitura:
    • Caminhos e Escolas , de Abílio Diniz;
    • Minha Vida , de Charles Chaplin;
    • A Origem dos Meus Sonhos , de Barack Obama;
    • Persépolis , de Marjane Satrapi;
    • Uma Lição de Vida , de Nelson Mandela;
    • Vida", de Keith Richards;
    • Pequenas Memórias , de José Saramago;
    • Confesso que Vivi , de Pablo Neruda.
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Parte 2
Parte 2 de 3:

Encontrando um ponto de partida

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  1. A parte mais difícil de se escrever uma autobiografia é descobrir qual é o ponto central da narrativa. Como autor, é seu papel se esforçar para não escrever uma simples série de detalhes enfadonhos, pulando anos de cada vez por falta de detalhes ou histórias interessantes. A ideia é elevar detalhes mundanos, fazendo com que pareçam mais importantes e profundos do que aparentam. Como conseguir isso? Você precisa encontrar uma conexão emocional com a história e mantê-la como ponto central da narrativa do livro. Qual a sua história? Qual a parte mais importante da sua vida, que precisa ser contada?
    • Visualize a sua vida inteira como uma cadeia de montanhas distante. Se quer agir como um guia turístico das montanhas, você tem duas opções: alugar um helicóptero e sobrevoar a área, mostrando pontos específicos à distância, ou levar os turistas em uma caminhada pelas montanhas, mostrando-as em detalhes e envolvendo todos na experiência. Se essas duas opções fossem dois livros diferentes, qual deles você gostaria de ler?
  2. Caso esteja com dificuldade para encontrar um ponto de identificação e conexão da sua história com os possíveis leitores, pense nas mudanças que ocorreram no passado. Qual a maior diferença entre o seu eu de agora e de 20 anos atrás? De que modo você cresceu? Quais os obstáculos superou?
    • Como exercício, pegue algumas folhas e descreva-se em uma página há cinco anos, há 30 anos ou há poucos meses. Que roupas você estaria vestindo em tais épocas? Qual seria o seu principal objetivo na vida? O que você fazia nos finais de semana? Compare as descrições e tente identificar as principais mudanças.
    • Em Townie , a autobiografia do romancista americano André Dubus III, ele descreveu como foi crescer em uma cidade universitária, na qual seu pai distante trabalhava como professor e autor. Ele, por outro lado, cresceu com a mãe, usando drogas, se metendo em encrencas e sem conseguir encontrar a própria identidade. A transformação dele, de um adolescente fora de controle para um autor de sucesso (como o pai era) é o centro da narrativa do livro.
  3. Toda trama precisa de personagens secundários bem escritos, não é mesmo? Por mais que a sua vida seja a história principal da autobiografia, ninguém quer ler um livro com um único personagem. Quais as outras pessoas importantes da sua vida?
    • Como exercício rápido, escreva um esboço de personagem de uma página para cada membro da sua família, focando nas mesmas perguntas que fez sobre si próprio nas entrevistas de pesquisa. Qual a maior conquista da vida do seu irmão? Sua mãe é uma pessoa feliz? Seu pai é um bom amigo? Caso acredite que seus amigos tenham um papel mais importante na sua autobiografia, foque neles em vez da família.
    • Mantenha uma lista enxuta de personagens, "combinando" pessoas se necessário. Por mais que todas as pessoas com quem saía na adolescência sejam importantes e marcantes, citar dez nomes diferentes a toda hora pode tornar o livro maçante e acabar alienando os leitores. Juntar mais de uma pessoa em um personagem é uma técnica bastante comum para se evitar uma enxurrada de nomes. Escolha um personagem importante para cada ambiente significativo para a história.
  4. Pense em quais foram os locais nos quais as principais mudanças da sua vida ocorreram. Há algum lugar que marcou você e a sua história? Pense tanto no espectro mais amplo quanto no mais aprofundado: talvez seu país seja tão importante quanto a rua da sua casa de infância.
    • Escreva tudo o que associa à sua cidade natal. Você se identifica como nordestino ou como baiano? Quando as pessoas perguntam de onde veio, você responde com orgulho ou um pouco de vergonha?
    • Caso tenha vivido em muitos lugares diferentes, foque nos mais memoráveis ou importantes para a história que está tentando contar. O livro Shot in the Heart , que conta a história do jornalista americano Mikal Gilmore e o relacionamento tumultuoso dele com o irmão, o assassino condenado Gary Gilmore, envolve dezenas de casas e cidades, mas o autor opta por resumir as mudanças físicas de espaço, sem dramatizá-las.
  5. Nas autobiografias de sucesso, é possível limitar o escopo da obra em uma única ideia; nas obras não tão bem escritas, a quantidade de detalhes diferentes e sem conexão acaba sobrecarregando o leitor. Não é possível incluir a sua vida inteira no livro, portanto, aceite que algumas coisas precisam ser deixadas de lado. Decidir quais coisas precisam ser cortadas é tão importante quanto decidir o que pertence ao livro.
    • As autobiografias funcionam como um registro da vida inteira do autor, enquanto as memórias documentam histórias, períodos de tempo ou aspectos bastante específicos da vida dele. As memórias são opções versáteis, principalmente para quem ainda é jovem. [2]
    • Caso queira escrever uma autobiografia, é importante escolher um tema que una toda a história. Por exemplo, talvez o seu relacionamento com seu pai seja a parte mais importante da sua vida. Talvez, o ponto-chave seja o seu combate ao vício em drogas ou sua fé.
  6. Assim que tiver uma ideia geral do que deseja incluir na autobiografia, é uma boa ideia começar a bolar um esboço de onde quer chegar. Diferentemente da escrita de ficção, na qual é possível inventar a trama, ao escrever uma autobiografia, você já tem uma ideia de onde a história terminará e de qual é a ordem dos eventos. Ainda assim, o esboço pode ajudá-lo a analisar os principais pontos da trama e decidir quais enfatizar e quais resumir. [3]
    • As autobiografias cronológicas trabalham do nascimento à vida adulta, seguindo a ordem dos eventos conforme se desenrolaram, enquanto as autobiografias temáticas e anedóticas saltam pelos eventos, narrando histórias de acordo com um tema. Alguns autores preferem deixar a trama seguir o próprio rumo em vez de seguir um esboço bem definido.
    • A autobiografia de Johnny Cash, Cash , navega pela história dele saltando no tempo algumas vezes, como uma conversa se desenrolaria com seu avô contando histórias. Trata-se de um jeito familiar de se estruturar uma autobiografia, mas que é impossível de se planejar e esboçar.
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Parte 3
Parte 3 de 3:

Montando um rascunho da obra

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  1. Os autores de maior sucesso do mundo não têm segredo: é necessário sentar e botar a mão na massa, tentando escrever um pouco mais a cada dia. Trate o livro como uma mina de material bruto saído da terra, e tente extrair o máximo que conseguir. Não se julgue e não se preocupe com a qualidade: surpreenda-se antes de terminar o trabalho.
    • É muito importante focar completamente no trabalho. Por mais tentador que seja levantar da mesa para passar um café forte ou passear com seu cachorro quando o bloqueio criativo chega, resista e continue escrevendo! Seja forte!
  2. É muito difícil sentar em uma mesa diariamente e escrever, mas o processo é mais fácil quando há um cronograma a se seguir. Defina uma produção diária para si próprio e tente segui-la à risca. 400 palavras por dia? Dez páginas por dia? Depende só de você!
    • Se não quiser definir uma produção em palavras ou páginas, comprometa-se a escrever por um período específico de tempo. Caso tenha uma hora livre à noite, antes de dormir, separe esse tempo para trabalhar no livro e foque-se o máximo possível.
  3. Caso queira contar sua história, mas não esteja muito a fim de escrever, ou tenha dificuldade com a escrita formal, talvez seja uma boa ideia gravar-se contando a história e transcrevê-la depois. Prepare um drinque, vá para um cômodo tranquilo e use um gravador digital para registrar sua vida.
    • Pode ser útil pedir a ajuda de uma pessoa para isso. Sente-se com ela e trate a gravação como uma entrevista caso tenha dificuldade de falar sozinho para o microfone. Peça que a outra pessoa faça perguntas interessantes e aproveite a oportunidade para contar suas histórias!
    • A maioria das biografias e memórias escritas por pessoas que não são autores profissionais é "escrita assim". Elas gravam entrevistas, contando histórias, que são transcritas junto de um escritor fantasma, pessoa responsável por realmente colocar as palavras no papel. Por mais que pareça trapaça, o processo funciona!
  4. As memórias não são completamente confiáveis, e a maioria das histórias reais não se encaixa no campo da ficção, mas os autores costumam alterá-las de leve para adequá-las à história que querem contar. Não se preocupe tanto com o fato da história ser 100% fiel aos acontecimentos reais, o importante é que o lado emocional da trama pareça real para o leitor!
    • Digamos que se lembre de duas conversas importantes que teve com seu amigo Carlos enquanto comia pizza. Talvez elas tenham ocorrido em datas bem distantes, mas para direcionar melhor a narrativa, seria mais fácil escrevê-las como um único evento. Há algum problema nisso? Claro que não!
    • Obviamente, você não deve sair inventando pessoas, lugares ou situações. Uma coisa é alinhar a narrativa real, outra é escrever uma ficção.
  5. Todo mundo tem aquela vozinha na cabeça que fica criticando tudo o que fazemos. Deixe ela falar: não dê ouvidos, principalmente quando estiver começando a escrever. Não se preocupe se o que está colocando no papel está perfeitamente escrito ou se é interessante, só escreva! Deixe a revisão para depois.
    • Ao fim de cada sessão de escrita, cheque o que produziu e faça as mudanças que julgar necessárias. Se possível, leia, mas espere um tempinho para fazer as mudanças de fato. Deixe as ideias decantarem na cabeça.
  6. Durante a redação, é bem possível que você acabe ficando preso, sem saber para onde seguir. Use a criatividade e aproveite todos os documentos que coletou na fase de pesquisa para voltar a escrever. Imagine que o livro é uma colagem e vá dispondo os elementos nas páginas.
    • Pegue uma foto da época sobre a qual está escrevendo e descreva o que imagina que cada pessoa na imagem estava pensando no momento. Esse é um ótimo exercício!
    • Passe a fala para outra pessoa. Se entrevistou familiares e amigos, transcreva as conversas que teve com eles e coloque as ideias no papel.
    • Imagine como seria a vida de um objeto muito importante. Sabe aquele relógio da sua avó, que ela ganhou de presente na adolescência? Coloque-se no lugar dele e use o ponto de vista do objeto para narrar uma discussão de sua avó com o pai dela na juventude. Se o seu pai deixou uma coleção de selos, coloque-se no lugar dele e imagine como ele se sentia observando o álbum de selos.
  7. Ao se escrever uma prosa narrativa, é necessário separar cenas de resumos. A escrita de qualidade é ditada pela capacidade do autor de resumir períodos de tempo em uma narração rápida quando necessário, e pela habilidade de saber quando tomar o tempo necessário para pontuar e explicar momentos importantes em cenas. O resumo é como uma sequência de montagem em um filme, ao passo que as cenas são trocas de diálogos e o desenvolvimento de personagens.
    • Exemplo de resumo: "Viajamos muito naquelas férias. Vivíamos com joelhos ralados e marcas de sol nos ombros, um pouco desconfortáveis por conta dos bancos de couro no Chevette do meu pai. Pescamos muito e ficamos cheios de picadas de inseto quando visitamos minha avó materna em Campinas. Meu pai ficou bêbado no quintal conversando com meu avô e acabou dormindo no sol, só para acordar todo queimado durante a noite".
    • Exemplo de cena: "Ouvimos o choro do cão vindo do lado de fora e minha avó abriu a porta lentamente para ver o que estava acontecendo, mas sem nunca tirar o pé da porta, como se estivesse pronta para fechá-la em caso de problemas. Ela parecia assustada, e as mãos cheias de massa de biscoito e o avental sujo acabavam criando uma cena que lembrava um filme de terror. Quando ela disse "Carlos, se você encostar nesse cachorro de novo, vou chamar a polícia", nós paramos de comer e nos concentramos, esperando para ver o que ia acontecer".
  8. A boa escrita é repleta de detalhes específicos que esclarecem a história, não de distrações. Quanto mais a sua história for voltada para os detalhes, melhor será sua autobiografia. As cenas importantes devem ser tão longas quanto possível, para que você extraia o máximo delas. Se acabar escrevendo demais, tudo bem, revise depois!
    • Se a linha narrativa do livro gira em torno do seu relacionamento com seu pai, você poderia descrever a visão de mundo dele por 50 páginas, discutindo a mente pequena ou a misoginia dele, mas você provavelmente alienaria parte do seu público logo de cara. Em vez disso, foque nas coisas que o leitor conseguirá ver. Descreva a rotina dele quando chegava em casa, ou o jeito que ele falava com a sua mãe. Dê detalhes!
  9. Os autores de primeira viagem costumam pesar a mão nos diálogos, brindando os leitores com páginas e mais páginas de conversas, mas escrever bons diálogos é muito difícil , principalmente em uma autobiografia. Recorra a esse recurso apenas quando absolutamente necessário; o restante, resuma e parafraseie.
    • Durante uma cena, o diálogo deve ser utilizado para avançar a história e demonstrar o que os personagens em questão estão sentindo. Talvez seja importante para a história que sua vó tenha ido até a porta e visto o cachorro chorando, pois essa pode ser uma virada necessária para a história.
  10. Não existem mocinhos e vilões na vida real, e eles também não devem existir em uma autobiografia. Por mais que a nossa memória tente pregar peças, resista à tentação de apagar as boas qualidades de uma ex-namorada ou de se lembrar apenas dos bons momentos com seus amigos. Tente criar uma imagem real das pessoas, como elas eram.
    • Não deve haver nenhum personagem realmente ruim no livro, pois todos precisam ter motivações e atribuições próprias. Caso o Carlos costumasse bater em cachorros, deve haver um bom motivo para isso na cabeça dele. Não adianta dizer que ele simplesmente era a reencarnação do capeta.
    • Deixe que os personagens bonzinhos também demonstrem falhas de caráter. Assim, o sucesso deles será ainda mais valorizado, pois eles se tornarão mais reais.
  11. É bem provável que você não queira escrever em alguns dias, mas se esforce e continue. Pense na próxima cena e na próxima história que deseja contar. Avance para outra parte do livro, se necessário, ou volte para as pesquisas.
    • Se tiver que deixar o livro de lado por um tempo, tudo bem. Aproveite a vida, conheça novos pontos de vista e retome a escrita com novos olhos. A sua autobiografia pode ser uma obra em constante evolução: continue escrevendo novos capítulos!
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Dicas

  • É importante que a sua autobiografia seja real. Não invente histórias só para parecer levar uma vida mais animada.
  • Use palavras que chamem a atenção dos leitores!
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Materiais Necessários

  • Computador (ou papel e caneta);
  • Site próprio para a publicação (opcional);
  • Fotos antigas (opcional).

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