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Há muitas razões para se querer controlar as pessoas. Algumas delas são saudáveis, e outras, não. De qualquer forma, você pode descobrir uma boa abordagem que o ajude a fazer a coisa certa ao entender as pessoas e a si mesmo um pouco melhor.

Parte 1
Parte 1 de 4:

Entendendo seu alvo

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  1. O controle abusivo sobre as pessoas pode destruir ou causar sérios danos a um relacionamento antes mesmo de você conseguir o que quer. Procure pensar em "controle" como uma forma de convencer as pessoas de que sua perspectiva é a correta. Com os métodos corretos, você pode mudar as atitudes das pessoas sem perder o respeito delas.
  2. A pessoa que você está tentando influenciar deve ser capaz de atingir suas metas. Estabelecer um objetivo impossível de alcançar pode criar muita pressão sobre todos os envolvidos, o que é prejudicial. Em vez disso, procure começar uma amizade, melhorar sua rotina de trabalho ou resolver um problema interpessoal.
    • Jamais tente forçar uma pessoa a amar você, a largar um vício, a se curar de uma doença mental ou a fazer qualquer outra mudança significativa sobre a própria vida contra a vontade dela. O "sucesso" de manipulações emocionais sérias é tenso, frágil e extremamente danoso para você e para todos os envolvidos. Procure uma abordagem mais saudável se quiser atingir algum desses objetivos.
  3. No momento, quem você quer controlar está agindo de uma forma que não lhe agrada. Mas, antes de começar a persuadi-lo a mudar seu comportamento, é preciso entender o que o motiva a escolher o curso de ação atual. O que faz a pessoa pensar que esta é uma boa ideia? Uma vez que souber as motivações atuais dela, poderá manipulá-las para persuadir seu alvo a tentar algo diferente.
    • Normalmente, a maneira mais fácil de descobrir as motivações alheias é perguntar: "Por que acha que isso é uma boa ideia?". É claro que você também pode tentar descobrir ouvindo o que a pessoa tem a dizer e assistindo ao que ela faz.
    • Por exemplo, seu desejo pode ser deixar seu parceiro de laboratório encarregado de mais partes do seu projeto, mas talvez ele já ache que está fazendo metade do trabalho e não veja razão para fazer mais.
  4. Agora que sabe de todas, tente entender a mais importante. Manipulá-la é a forma mais fácil de causar bastante impacto. Pense nas coisas que a pessoa mais valoriza ao tomar uma decisão ao analisar as que ela tomou no passado ou nas brigas que já teve com ela. Se souber o que importa mais para ela, poderá introduzir um item "motivador" para conseguir o resultado que quer.
    • Por exemplo, você quer decidir o voto da sua mãe em uma eleição. Ela quer votar em certa pessoa porque considera sua postura política melhor, mas você sabe que o que mais importa para ela são os gastos destinados à educação, pois sua mãe já foi professora. Você deve usar os fatos que sabe sobre o relacionamento do seu candidato com crianças, famílias e a política dele em relação à educação para motivar sua mãe a mudar de ideia.
  5. Agora que compreende o que a leva a considerar um argumento bom, é uma boa analisar os fatores que a fazem hesitar. Que parte do que você quer exatamente a está deixando com um pé atrás? Quando perceber o que a pessoa está avaliando como risco dentro do que está pedindo a ela, poderá descobrir como fazer tal risco parecer menor. [1]
    • Não há razão alguma para se conter enquanto tenta descobrir por que alguém não gosta de uma ideia. Frequentemente, uma vez que a pessoa diz o motivo em voz alta, ela acha que é algo estúpido ou percebe que não consegue se explicar direito, o que pode lhe dar a abertura perfeita para convencê-la a ficar do seu lado.
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Parte 2
Parte 2 de 4:

Criando confiança e um relacionamento profissional

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  1. Uma das melhores maneiras de convencer alguém a fazer algo é ajudá-lo a enxergá-lo como o herói da história. [2] Os seres humanos sempre desejam que haja continuidade em suas vidas. É isso que faz com que sintam que podem esperar um final feliz. Quando você seguir essa lógica, ajudar a moldar a percepção que alguém tem da própria história e mostrar a ele o quão melhor ela será se você estiver no meio, conseguirá convencê-lo a fazer quase tudo.
    • Por exemplo, digamos que você queira que um investidor o apoie numa empresa iniciante. Fale sobre como, ao apoiar sua empresa, ele estará pavimentando o caminho em direção à inovação. Ele será o herói que trará mudanças positivas para a sua comunidade. Será o novo Andrew Carnegie, deixando as marcas de um bom trabalho gravadas na história.
  2. Outra maneira de tornar suas ideias mais atraentes é fazer com que ela se sinta parte de uma comunidade ou como se tivesse um papel muito específico nela. As pessoas possuem uma necessidade incrivelmente forte de ter um propósito [3] e, quando lhes fornece um, elas ficam mais inclinadas a fazer o que você quer.
    • Por exemplo, digamos que queira que sua irmã troque de quarto com você. Ajude-a a ver que, ao fazer isso, ela ficará em um cômodo em que poderá ouvir tudo que está acontecendo na casa e, assim, poderá se preparar melhor para ajudar todo mundo (neste exemplo, ela é do tipo que age dessa forma).
  3. Quando se é útil para alguém, a pessoa acaba se sentindo em dívida com você, o que aumenta a probabilidade de ela fazer o que você pedir depois. [4] Faça coisas relevantes para ajudá-la (como auxiliá-la numa mudança, encontrar um novo emprego e conseguir que ela seja contratada ou arrumar alguém legal para um encontro), e a pessoa o retribuirá quando você pedir.
    • Uma parte importante desta técnica, no entanto, é não deixar que ela veja que, quando a ajuda, está fazendo isso para conseguir o que quer mais tarde. Ela precisa acreditar que você é prestativo porque se importa, e nada mais. Isso basicamente significa que precisará fazer favores bem antes de pedir à pessoa o que quer.
  4. Outra maneira de fazê-la achar que seu caminho é o certo é ver você controlando a situação. Se a pessoa achar que suas mãos estão tomando as rédeas da vida, não se preocupará com resultados-surpresa. Isso fará com que o favor que você quer pareça seguro.
    • Pareça estar no controle ao ser, em primeiro lugar, entendido nas coisas. Faça sua pesquisa. Saiba do que está falando. Depois disso, projete sua confiança enquanto discute um plano sólido que tem. Esteja pronto para perguntas e tenha vários contra-argumentos preparados.
  5. Há um ditado antigo que diz que você pega mais moscas com mel que com vinagre e, embora nem sempre seja verdade com os insetos, costumar ser no sentido de que ser legal com as pessoas e projetar emoções positivas faz com que elas se sintam mais dispostas a ouvir o que você tem a dizer, a levá-lo a sério e a concordar com o que foi dito. Quando falar com alguém, não julgue, humilhe, nem seja rude, crítico ou agressivo. Seja firme e confiante, mas não babaca.
    • Por exemplo, a ideia é evitar chamar de "estúpidas" as perspectivas ou escolhas dos outros ou explicar seus pontos de vista como se a pessoa fosse uma criança ou tivesse alguma deficiência mental.
    • Ao invés disso, ganhe-a aos poucos, seja positivo em todas as suas interações e faça coisas legais para a pessoa. Quando ela o enxergar como alguém legal que se esforça para ajudar os outros, vai querer que você obtenha sucesso e que consiga o que quer, porque isso reforça a ideia de que o destino recompensa pessoas boas. A necessidade dela de que o mundo seja "justo" requererá que ela faça o que você quer.
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Parte 3
Parte 3 de 4:

Usando uma linguagem convincente

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  1. Algumas pessoas tendem a ser muito emotivas. Têm sentimentos fortes e tendem a pensar em como se sentem em relação a algo. São do tipo que compartilha muitos vídeos de soldados que voltaram da guerra reencontrando seus cachorros no mural do Facebook. Quando falar com alguém assim, use uma linguagem e argumentos que brinquem com esse aspecto para convencê-lo a fazer o que você quer.
    • Por exemplo, faça com que a pessoa sinta pena de você. Se estiver tentando convencer sua mãe a deixá-lo ir a um acampamento de verão, diga algo como, "Sabe, eu não quero chegar aos 40 anos, mandar meu filho para o acampamento e pensar que essa é uma experiência que nunca vou ter. Não quero viver com esse arrependimento".
    • No estudo da retórica, isso é chamado de apelar para a "pathos", as emoções de alguém.
  2. Há outras pessoas (e, às vezes, esses grupos se misturam) que apreciam quando seus argumentos têm fundamentos lógicos. Elas querem que você apresente provas e boas razões para concordarem. São do tipo que fazem posts no Facebook contestando a última decisão da Câmara e apresentando evidências do que poderá acontecer por causa dela e de como isso poderá ser ruim (ou bom). Quando falar com gente assim, use seu lado racional.
    • Por exemplo, diga algo como, "Você deve usar essa cor porque ela destaca seus olhos. Caso se foquem neles, será mais fácil os empresários o levarem a sério e mais provável que você consiga o emprego".
  3. Com quase qualquer uma, dá para usar uma linguagem que a faça se sentir capaz, confiante, esperta, entendida, importante e gentil. Se você for sutil, fará com que ela goste mais de você, mas também distrairá seu alvo. Se ele ficar ocupado demais pensando em como se sente bem por ganhar um elogio de que realmente gostou e que não estava esperando, não pensará que seu argumento não faz muito sentido.
    • Por exemplo, diga algo como, "Sabe, eu queria ser o orador da nossa apresentação, mas acho que falaria tudo errado. Provavelmente, travaria também. Você é muito melhor em falar com as pessoas e em criar argumentos convincentes que eu. Tenho certeza de que deixaria o grupo todo comendo na sua mão".
  4. As mulheres dizem há séculos que essa é a melhor maneira de dissuadir um homem a fazer algo. No entanto, isso funciona com qualquer um. Se a pessoa pensar que o que você quer não só é uma boa, mas também que é ideia dela, resistirá muito menos a agir de acordo.
    • Por exemplo, diga algo como, "O coitado do meu amigo Daniel é um cara tão legal. É uma pena que nunca consegue descansar. Mas também, tem tanta coisa acontecendo na vida dele ao mesmo tempo: ele trabalha duro e é muito esperto. É até charmoso, muito charmoso, quando você passa a conhecê-lo melhor", se quiser que a pessoa passe a desejar contratar/namorar/fazer qualquer coisa com o Daniel. Ela ouvirá essa descrição fantástica e pensará, "Sabe, esse cara não soa tão ruim assim... Talvez eu deva...".
  5. Esta não deve ser sua primeira opção, porém usar essas emoções para convencer alguém a agir de certa forma é uma técnica muito eficaz. [5] [6] Use uma linguagem que brinque e acentue os medos e a raiva da pessoa para fazer com que ela sinta não só que deve fazer o que você quer, mas também que é melhor andar logo.
    • Por exemplo, diga algo como, "Sabe, ouvi dizer que não vão mais fabricar esse item. Se quiser um, é melhor você comprar agora em vez de passar o triplo de tempo depois no eBay para achar outro".
    • Esse tipo de linguagem e de persuasão deve ser seu último recurso, porque, normalmente, só dá para usar uma vez. Logo seu alvo percebe que você só está fomentando medo para conseguir o que quer e passa a não confiar mais nas suas palavras. Uma reputação dessas se espalha rápido também, portanto, tenha cuidado.
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Parte 4
Parte 4 de 4:

Encontrando experiências mais saudáveis

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  1. É importante entender que sentir a necessidade de controlar outra pessoa não costuma ser algo muito saudável. Assim como você não gostaria que alguém o controlasse, é compreensível que os outros também não gostem disso. Essa sensação costuma ser um sintoma de um problema maior. Normalmente, ela ocorre porque você não está no domínio de uma situação na sua vida. Uma vez que os outros aspectos dela estão fora de controle, você quer controlar outra pessoa para se sentir mais seguro. É preciso entender que fazer isso não melhorará sua situação e que encontrar outra maneira de consertar o problema causará um impacto maior na sua vida.
    • Por exemplo, pode ser que queira fazer com que uma garota aleatória que conheceu se apaixone por você. No entanto, sua preocupação real é achar que nunca vai conhecer a pessoa certa, então, está se agarrando à ideia de ter uma garota de que, sob circunstâncias normais, nem iria gostar (ou com quem não tem nada em comum). Uma maneira melhor de lidar com a situação é começar a procurar nos lugares certos, de modo que encontre alguém que realmente combine com você. Mesmo que acabe não achando de imediato, ao menos saberá que esta pessoa está por aí.
  2. Se quiser ter uma experiência satisfatória com a vida e se sentir bem em relação à maioria dos acontecimentos pelos quais passar, precisará entender que muitas coisas não ocorrerão como você espera. Como um homem sábio escreveu uma vez, "O mundo não é uma fábrica de realização de desejos". [7] Se souber de antemão que o resultado pode desagradá-lo, estará mais preparado para lidar com a decepção se ela acontecer. Caso consiga o que quer, no entanto, terá uma surpresa agradável, de modo que sairá ganhando em ambas as situações.
  3. Não podemos dominar cada aspecto das nossas vidas e, principalmente, não podemos controlar outras pessoas. Caso você se sinta assim, cultivará muito estresse e sentimentos negativos. Pode até acabar pior, em longo prazo, do que ficaria se deixasse as coisas se desenrolarem sozinhas. Libertar-se da necessidade de agir assim o ajudará a seguir em frente e a aproveitar mais a vida.
    • Pergunte a si mesmo: por que preciso ter o domínio dessa situação? O que acontece se eu não tiver? É provável que você ache que dará tudo errado nesse caso. No entanto, quem disse que vai ser assim? Mesmo um resultado ruim pode ser um bom disfarçado.
    • Por exemplo, talvez sua ideia seja manipular uma garota para que ela saia com você. Porém, caso consiga, pode acabar descobrindo que ela é má, controladora ou que não serve para você de algum modo. Agora, terá que aguentá-la e as experiências ruins que virão com ela! Isso não é legal.
  4. É muito mais saudável deixar sua vida seguir o próprio curso que controlar cada aspecto dela. Quando perceber que as coisas nem sempre devem ocorrer de acordo com seus planos, ficará mais feliz e se sentirá mais relaxado.
    • Passe a abraçar esse conceito de abandonar coisas pequenas, como deixar que seu garçom sugira algo para você comer quando for a um restaurante.
    • Também é possível desenvolver sua habilidade de aceitar o que está acontecendo ao se expor a mais situações que estejam fora do seu controle, como viajar para um local desconhecido.
  5. Boa parte do tempo, tentamos controlar outras pessoas porque não detemos controle o suficiente sobre nossas próprias vidas. Antes de tentar fazer isso, procure buscar as áreas em que pode mudar seu comportamento de modo a obter mais domínio sobre o que acontece com você. Isso é mais saudável que as interações negativas que costumam vir ao se tentar manipular os outros.
    • Por exemplo, talvez seja legal fazer um horário para si mesmo e esforçar-se para segui-lo, para que você arrume mais tempo para realizar seu trabalho e para fazê-lo direito. Isso funciona melhor que convencer seus colegas a fazerem seu serviço no seu lugar.
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Dicas

  • Identifique suas próprias características negativas e trabalhe para melhorar sua personalidade. Assim, você se torna mais convincente, verdadeiro e simpático.
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Avisos

  • Extorsão e chantagem são ilegais em muitas áreas. Não recorra a tais estratégias.
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