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Cruzar seu pitbull pode ser uma experiência recompensadora, desde que você faça tudo com segurança e protocolo. Se decidiu que quer gerar filhotes, pense bem nas suas opções e faça a procriação de forma responsável, evitando assim problemas de saúde e de comportamento. Fique de olho na mamãe cadela durante a gestação e o parto para poder ajudá-la se necessário. Lembre-se também de que você será responsável pelo futuro dos filhotes e de que precisará cuidar deles por algumas semanas antes de apresentá-los para os próximos lares.

Parte 1
Parte 1 de 5:

Escolhendo procriar pitbulls

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  1. Pense muito bem no que motiva você a cruzar seu cachorro. Você quer filhotes? Quer aproveitar que seu animal é de raça pura? Cruzar cachorros pode ser bem caro, e você terá que arcar com os custos veterinários, cuidar da fêmea prenhe e supervisionar os filhotes atentamente nas primeiras semanas de vida. É importante estar mesmo dedicado à ideia antes mesmo de começar.
    • Os pitbulls são uma das raças de cães mais abandonadas. Em algumas regiões do mundo, eles correspondem a 40% da população de cachorros abandonados. Adotar um pitbull pode ser uma opção com melhor custo x benefício, além de permitir que você salve um animal da vida em um abrigo ou nas ruas. [1]
  2. Mesmo que a raça seja permitida no seu país (como é o caso do Brasil e de Portugal), pode ser preciso passear com o animal sempre com focinheira. Esteja sempre de acordo com as legislações da região. [2]
  3. Existem diversas raças que se enquadram no que é conhecido como pitbull. Se quer uma raça específica, é importante que os dois animais pertençam a ela. Caso contrário, você terá uma ninhada mista. As raças mais comuns são:
    • American Pit Bull Terriers.
    • American Staffordshire Terriers.
    • Staffordshire Bull Terriers.
    • Verifique se os dois pais estão registrados no Kenel Clube de sua cidade. Assim, você garante o pedigree e a pureza da raça dos animais, aumentando também o valor dos filhotes caso planeje vendê-los.
  4. Mesmo que o seu cão não tenha nenhum problema visível ou perceptível, saiba que transtornos genéticos recessivos podem surgir na procriação. É de extrema importância que o macho e a fêmea passem por exames genéticos para descartar possíveis doenças na ninhada. Por mais que os pitbulls não sejam conhecidos por terem muitos problemas do tipo, eles podem sofrer com:
    • Displasia de quadril.
    • Displasia de cotovelo.
    • Tireoidite autoimune.
    • Ataxia cerebelar.
    • Problemas oculares.
    • Problemas cardíacos. [3]
  5. Antes de sequer começar o processo de cruza, é importante encontrar famílias interessadas na ninhada, já que a criação provavelmente renderá de sete a dez filhotes. Se começar a procurar por compradores ou adotantes com antecedência, você poderá também ter possíveis substitutos caso um deles desista do filhote. [4]
    • Procure por lares através de anúncios na internet, do kenel clube local ou de seu veterinário.
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Parte 2
Parte 2 de 5:

Cruzando os cães

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  1. Caso tenha apenas uma fêmea, você pode "contratar" um macho de outro criador, pagando os valores cobrados e negociando um contrato com antecedência. Então, você pode cruzar os animais fisicamente ou fazer uma inseminação artificial.
    • Procure o Kenel Clube de sua cidade para entrar em contato com criadores de boa reputação. É importante sempre usar machos de criadores éticos e responsáveis.
    • Antes de mais nada, encontre-se com o cão e analise o comportamento dele. É importante que o animal não demonstre agressividade ou problemas comportamentais.
    • Se a ideia é criar filhotes de raça pura, peça a certificação de pedigree do macho com antecedência.
    • Crie um contrato por escrito com o outro criador antes de cruzar os animais.
    • É possível que o dono do macho peça para checar os exames da sua fêmea. [5]
  2. Antes de tentar cruzar os cachorros, é importante que eles sejam examinador por um veterinário. Converse com o profissional sobre seus planos para que ele analise os bichos em busca de problemas comuns e confirme que eles estão prontos para a cruza.
    • Se você contratou um macho, peça para o dono dele levá-lo ao veterinário e solicite documentos que comprovem a saúde do animal. Não confie simplesmente na palavra do tutor.
    • O veterinário também pode oferecer conselhos e recomendações personalizadas de acordo com a saúde, a alimentação e a prática de exercícios da fêmea durante a gestação.
  3. As cadelas da raça normalmente entram no cio duas vezes ao ano, e o período costuma durar cerca de três semanas. [6] A vulva dela vai inchar e liberar corrimento, e o macho não pode cruzar com ela nas primeiras duas semanas do ciclo. Nesse ponto, você notará que:
    • O corrimento dela está passando de vermelho para transparente ou amarronzado.
    • Ela está demonstrando mais interesse na cruza.
    • Ela está liberando um odor que atrai os machos.
    • A cauda dela vai para o lado, permitindo a entrada do macho. [7]
  4. O macho deve montar nela e fazer movimentos de estocada, permanecendo preso a ela por 10 a 30 minutos. Não tente separar os cães nesse momento, pois isso faz parte do processo de cruza natural. [8]
    • Se você contratou um macho, pode ser mais prático levar a fêmea até ele, pois o dog pode ficar intimidado pelo novo ambiente, deixando de montar na fêmea.
  5. Se está com dificuldade para procriar os animais, é uma boa ideia checar os níveis de progesterona dela. Esse hormônio é liberado quando a cadela está pronta para cruzar, e o exame pode ajudar você a identificar o melhor momento para juntar os cães ou a diagnosticar problemas. Procure um veterinário para fazer o teste.
  6. Pois é, cachorros também podem ser artificialmente inseminados utilizando o sêmen disponibilizado por um macho. Converse com seu veterinário e veja se ele oferece esse serviço ou pode indicar uma clínica especializada.
    • Caso a clínica de inseminação ofereça sêmen congelado de outros cães, peça para verificar se o DNA é certificado por um Kenel Clube.
    • O processo de inseminação artificial, incluindo o congelamento e armazenamento de sêmen, costuma ser bem caro.
  7. A cadela provavelmente vai ter mais fome, vai estar com os mamilos inchados e ganhar peso, mas esses não são sinais certeiros de gestação. A única forma de se ter certeza de que ela está prenhe é com um exame veterinário, de sangue ou de ultrassom, e o teste pode ser feito de 28 a 32 dias após a cruza dos animais. [9]
    • Uma gravidez psicológica ocorre quando a fêmea exibe comportamentos de prenhez, mas não está prenhe. Se suspeita disso, leve-a a um veterinário e faça um teste, pois talvez haja algum problema com a cadela.
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Parte 3
Parte 3 de 5:

Cuidando da cadela prenhe

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  1. Você não precisa aumentar muito as refeições dela, mas é importante que ela esteja comendo bem e com quantidades adequadas de fósforo e cálcio.
    • Aumente gradualmente a ingestão de comida da cadela nas últimas semanas de gestação. O ideal é aumentar a quantidade que ela come em 15% a 20%. [10]
    • Tudo bem continuar dando ração ou comida pronta, mas é importante que o alimento tenha pelo menos 29% de proteína e 17% de gordura.
    • Confira se a alimentação dela contém cálcio e fósforo, pois esses nutrientes promovem a lactação. A concentração de cálcio deve variar de 1% a 1,8%; a de fósforo deve ir de 0,8% a 1,6%. [11]
  2. A ideia é criar um espacinho para a cadela entrar em trabalho de parto, e você pode comprar uma caixa para isso ou construir a sua própria. O importante é colocá-la em um cantinho aquecido e seco no qual a mamãe possa descansar após o parto.
    • Forre a caixa com jornal enquanto ela se prepara para o parto. O bom do papel é que você pode trocá-lo com facilidade quando ele ficar sujo. Depois do nascimento, forre a caixa com toalhas ou mantas. [12]
    • Quando a caixa estiver pronta, leve a cachorra até ela. Faça isso no começo da gestação, de modo que a mamãe fique confortável e se acostume com o espaço. Assim, ela vai naturalmente recorrer à caixa na hora de parir.
  3. Existem algumas formas diferentes de se estimar a quantidade de filhotes durante a gestação. Apesar das técnicas não serem 100% precisas, elas podem ajudar você a se preparar para receber os pequenos. Converse com o veterinário para que ele ajude você a prever a quantidade de filhotes das seguintes maneiras:
    • Exame físico abdominal: a partir do 28º dia da gestação, o veterinário pode sentir a barriga da cadela para ver quantos sacos de placenta existem no útero dela. Essa técnica costuma ser mais eficaz no começo da gestação.
    • Radiografia: o veterinário pode usar raios-x para contar o número de esqueletos fetais dentro do útero da mamãe. Esta é a técnica mais eficaz para se determinar o tamanho da ninhada e pode ser feita a partir do 45º dia da gestação.
    • Ultrassonografia: o veterinário usará ondas sonoras para confirmar a gestação da cadela, mas é pouco provável que o ultrassom ajude a estimar com precisão o tamanho da ninhada. Isso pode ser feito a partir do 30º dia da gestação.
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Parte 4
Parte 4 de 5:

Cuidando do parto

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  1. A cadela começará a construir um ninho na caixa alguns dias antes do parto. Nesse momento, comece a medir a temperatura dela diariamente, até notar uma queda para abaixo de 38 °C. O cérvix dela deve dilatar dentro de 24 horas após a queda de temperatura, indicando que ela está pronta para parir.
    • Na maioria dos casos, o parto vai correr normalmente sem sua interferência. Ainda assim, é preciso ficar por perto para agir em caso de problemas.
  2. Os cães nascem dentro das placentas, e a mãe deve começar a lambê-los logo após o parto, ajudando-os a respirar e removendo-os das placentas. Verifique se há uma placenta para cada cão; se não houver, pode haver alguma placenta presa na mãe e é preciso chamar o veterinário. [13]
    • Caso a mãe não remova a placenta, você deve fazer isso. Rompa a membrana cuidadosamente usando suas mãos. Abra-a próxima da cabeça do filhote e puxe para trás, limpando também os fluidos próximos da boca e do focinho do cão. Se necessário, esfregue de leve o cão com uma toalhinha para ajudá-lo a respirar.
  3. Fique atento durante todo o parto e tenha o número de um veterinário de confiança em mãos para caso algo dê errado. Se possível, peça também um contato de emergência, caso os filhotes nasçam fora do horário de expediente. Chame o profissional caso:
    • As contrações ocorram por 30 minutos sem o nascimento de um filhote.
    • A cadela não entre em trabalho de parto dentro de 24 horas da queda de temperatura.
    • A cadela está grávida há mais de 70 dias.
    • A cadela parece estar com muita dor.
    • Horas passaram sem que todos os filhotes tenham nascido.
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Parte 5
Parte 5 de 5:

Criando os filhotes

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  1. É normal que ela não queira comer muito nos dois primeiros dias após o parto, mas o apetite deve retornar em seguida. O esperado é que, após três semanas, a mãe coma de três a quatro vezes o que costumava comer. É importante que ela seja alimentada constantemente, portanto, divida as porções dela em quatro refeições espaçadas durante o dia. [14]
  2. Entre as seis e oito semanas de vida, é hora de iniciar a vacinação dos cães, e é uma boa ideia fazer isso antes de mandá-los para os novos lares. Obviamente, avise os novos tutores de que é preciso vacinar os bichinhos mais uma vez na décima semana de vida. As primeiras vacinas protegem os cães contra:
  3. Eles já podem gradualmente parar de mamar na mãe após três ou quatro semanas. Prepare um substituto de leite com partes iguais de água e umedeça as bocas dos filhotes com a mistura, passando com o dedo mesmo. Após alguns dias, você pode adicionar ração para filhotes triturada na mistura. Os pequenos só vão conseguir comer alimentos sólidos lá para as seis semanas de vida. [16]
  4. É importante iniciar a socialização dos pitbulls ainda jovens, pois isso pode prevenir a agressividade no futuro deles. A raça leva a fama de ser agressiva, mas isso não precisa ser uma realidade com os seus pequenos. Para prevenir o problema no futuro, treine e interaja com os filhotes.
    • Manuseie, brinque e interaja com os filhotes com frequência.
    • Separe os pequenos sempre que eles estiverem brigando, montando ou mordendo um ao outro.
    • Apresente os filhotes a estranhos e outros cachorros com frequência. [17]
  5. Depois de desmamados, o que deve acontecer na oitava semana de vida, eles já podem ir para os novos tutores. Entre em contato com os compradores ou adotantes e confirme a ida dos filhotes. Se a pessoa desistir, comece a busca por um novo lar.
    • Não abandone os filhotes que não tiverem lares. Os abrigos já estão sobrecarregados e as chances deles conseguirem um lar são baixas.
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Dicas

  • Sempre converse com um veterinário sobre seus planos de cruzar seu cão. Tenha o contato do profissional em mãos por precaução.
  • É importante que os filhotes sejam amamentados nas primeiras 12 horas de vida. Fique de olho neles e veja se todos conseguem mamar na mamãe.
  • Caso esteja planejando em cruzar cães de raça pura, é bom registrá-los no Kenel Clube de sua cidade o quanto antes.
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Avisos

  • Não cruze a fêmea no primeiro cio após o parto. Dê um tempo para ela se recuperar da gestação.
  • Sempre encontre lares para os filhotes. Jamais os abandone na rua ou em abrigos, pois esses estabelecimentos normalmente estão constantemente sobrecarregados.
  • Retirar os filhotes da mãe cedo demais pode causar problemas comportamentais ou de saúde.
  • Socialize os pequenos desde cedo para evitar problemas de comportamento ou de agressividade no futuro.
  • Sempre ouça o veterinário quanto à opinião dele sobre o cachorro estar pronto ou não para ser cruzado.
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