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Quem não gostaria de ser o criador do próximo Super-Homem, Homem-Aranha ou Batman? Criar um super-herói ajuda a elaborar histórias e personagens interessantes. Mesmo que você só tenha algumas ideias simples agora, com alguma dedicação, poderá transformá-las em algo incrível.

Parte 1
Parte 1 de 3:

Escolhendo os atributos do super-herói

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  1. Como os poderes moldam a identidade do herói, é razoável escolhê-los agora e conceber o personagem de acordo com eles. Inúmeros poderes já foram usados por outros autores, então tente inventar algo original.
    • Você pode criar um personagem com mais de uma habilidade, como a superforça e a capacidade de voar. Combinar vários poderes vai ajudar a diferenciar seu novo super-herói de outros já existentes.
    • Mas também existem heróis sem nenhuma habilidade natural, que dependem apenas de apetrechos e treinamento (como o Batman e a Viúva Negra). Outros se especializam numa única arma ou arte marcial. Essa dedicação impõe respeito, mas os torna suscetíveis a certos tipos de ataque, e portanto mais frágeis, criando possibilidades interessantes que podem ser exploradas pelo autor.
  2. A falha mortal é uma condição que o personagem tem de contornar regularmente. O público se cansa fácil de heróis sem nenhuma vulnerabilidade, mas, quando ele é imperfeito, suas batalhas ficam mais interessantes e o investimento emocional por parte do público aumenta. [1]
    • Por exemplo: a fraqueza do Super-Homem é a kriptonita; a do Batman, uma obsessão por fazer justiça com as próprias mãos, surgida quando ele testemunha o assassinato dos pais. As falhas ou fraquezas podem ter uma natureza emocional, psicológica ou física. [2]
  3. Ele pode ser alguém que vive duas identidades: a do cotidiano e a que usa quando combate o crime. Cada uma das quais pode ter uma personalidade e atributos distintos. Defina as características de cada uma dessas identidades. [3]
    • Clark Kent, o nome usado pelo Super-Homem no dia a dia, é um rapaz que usa óculos, discreto, cuidadoso, introvertido. Mas, como sabemos, ele pode se transformar no Super-Homem, cujos poderes o tornam apto a combater os mais terríveis vilões. Essas duas figuras são muito diversas uma da outra. Quando o herói mantém uma identidade secreta ou tenta se passar por um João Ninguém perante à sociedade, é forçado a conciliar esses dois mundos, o que dá profundidade ao personagem e o deixa mais interessante. [4]
  4. É improvável que você vá conseguir achar algum superpoder inédito, mas faça pequenos ajustes para que ele não pareça copiado de outro personagem.
    • Na hipótese de seu personagem ter poderes similares aos do Super-Homem, dê a ele nomes e história de origem diferentes para torná-lo único.
  5. Se você se interessa pelo assunto a ponto de querer criar seu próprio herói, já deve conhecer bem os estereótipos deste gênero. Em vez de criar um super-herói aos moldes de todos os outros que já existem, quebre as regras e busque a originalidade. Dê ao personagem uma combinação singular de habilidades e características.
    • Um super-herói pode ser original em todos os aspectos. Você pode até criar um personagem cujo "superpoder" é uma desvantagem, e não uma vantagem. Ou talvez ele tenha habilidades convencionais, mas acabe nunca as usando por medo ou nervosismo.
    • Use os super-heróis populares como referência. Quando você tenta pensar num super-herói tradicional, o que lhe vem à cabeça? E como o seu personagem pode se diferenciar desses chavões?
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Parte 2
Parte 2 de 3:

Criando as origens do super-herói

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  1. Neste gênero, os antecedentes do super-herói são chamados de "origem". Eles sugerem como era sua vida antes de se tornar herói e até mesmo como ele veio a ser um, e revelam a dimensão humana do personagem, o que desperta a simpatia e a identificação do público. [5]
    • Muitas vezes, o desejo de fazer justiça dos super-heróis vem de um passado trágico. Bruce Wayne presenciou o assassinato dos pais, Peter Parker perdeu o tio — infortúnios que os motivaram a empregar e desenvolver suas habilidades (sobrenaturais ou não).
    • O dilema e o conflito interno ajudam a moldar o personagem e sua história. Quando elaborar as origens, pense em que conflitos e problemas ele enfrentou e que podem ter feito dele o herói que é agora.
  2. Uma vez escolhido o histórico do personagem, é hora de decidir se ele nasceu com as habilidades que tem ou se as adquiriu ao longo da vida. A maneira como ele as descobriu ou adquiriu desempenha um papel importante em sua identidade.
    • Responda a estas perguntas: qual foi a reação inicial do personagem às habilidades? Quanto tempo ele levou para assumi-las? Sua sobrevivência depende dos poderes? Ele tenta fazer o menor uso possível deles? Ser superpoderoso é motivo de orgulho ou de vergonha para o personagem?
    • Os superpoderes devem ser parte de sua jornada. Não seria interessante se o personagem tivesse uma relação estagnada com as próprias habilidades. Um pouco de tentativa e erro e conflitos internos a respeito do modo de usá-las são meios de deixar a história envolvente.
  3. Alguns super-heróis são odiados, temidos. Até o povo perceber que o Batman e o Homem-Aranha eram úteis, eles eram vistos como uma ameaça. É importante que o público entenda como se dá o relacionamento entre o herói e a sociedade que ele protege.
    • Anti-heróis, como o Deadpool e o Esquadrão Suicida, ainda que odiados em suas cidades fictícias, são amados por leitores de quadrinhos e fanáticos por cinema. Essa abordagem pode render experimentos divertidos na narração e na evolução do personagem.
  4. Todo super-herói precisa combater um ou dois bons vilões. Crie-os da mesma maneira que o fez com o protagonista, mas sem revelar muitos detalhes sobre eles no início. Revelar o histórico, o caráter e as motivações dos vilões aos poucos os torna mais atraentes e misteriosos.
    • O passado do vilão e do super-herói podem estar entrelaçados, ainda que este não saiba. Essas conexões poderiam ser descobertas pelo protagonista à medida que a trama se desenrola, e assim a narrativa e os personagens ganham mais profundidade. A história de Luke Skywalker, por exemplo, teve complicações inesperadas quando ele descobriu que o vilão era seu pai.
    • Seja por poderem culpar alguém por tudo que acontece de mau, seja por terem a oportunidade de entender melhor os motivos de quem pratica a maldade, os leitores costumam ser muito fascinados pelos supervilões. Criar um ótimo vilão é um passo importante na criação de um super-herói. [6]
    • Seu antagonista poderia ser uma versão negativa do herói. O superpoder do primeiro pode ser incompatível com o do segundo, por exemplo, o que dá um bom pretexto para a rivalidade entre eles.
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Parte 3
Parte 3 de 3:

Criando a imagem do super-herói

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  1. Super-heróis vêm em todas as formas, tamanhos e sexos — alguns sequer são humanos. Agora também é o momento de pensar na compleição do herói. Os superpoderes que ele tem influenciam em sua aparência?
    • Leve algumas questões em consideração: ele tem uma força descomunal? Ou um corpo esguio e flexível seria mais apropriado? O superpoder está relacionado ao gênero?
  2. As cores, o estilo e os acessórios devem ser compatíveis com a personalidade e os superpoderes. Decida de que tipo de armas seu personagem dependerá, e se ele terá uma arma emblemática que ele mesmo inventou.
    • Ao desenhar a indumentária, pense nas cores. Cada cor simboliza algo diferente. O branco, por exemplo, pode sugerir inocência ou santidade, e o preto costuma ser mais associado às trevas e aos vilões. [7]
  3. Com um símbolo, seu herói será mais memorável e seu traje parecerá completo. Basta observar como são icônicos o "S" no peito do Super-Homem ou a caveira na camiseta do Justiceiro. Um bordão também pode ser útil, desde que seja cativante, sem ser comprido ou brega.
    • Crie uma pose emblemática para o personagem, se isso combinar com seus poderes. Mas é óbvio que a pose é secundária em relação às armas, aos carros e aos instrumentos usados por ele. Cada um desses itens deve receber um nome e uma participação importante na história.
  4. O nome é o "gancho" que capta o interesse das pessoas. É claro que a trama e as qualidades do personagem serão os grandes responsáveis pelo amor do público, mas é o nome que o torna memorável e instiga o leitor em primeiro lugar.
    • Teste várias técnicas para dar nome ao personagem. Muitos autores agrupam dois substantivos para formar o apelido, como no caso do Homem-Aranha. Outros usam um adjetivo e um substantivo — Super-Homem ou Viúva Negra, por exemplo. [8]
    • O codinome pode ter relação com os superpoderes, com a personalidade ou com a verdadeira identidade do personagem. Como a esta altura do processo você já deve ter elaborado todo o pano de fundo — desde as origens até os superpoderes —, essas informações o ajudarão a inventar um bom nome.
  5. Outra solução possível é formar um time de heróis. Baseie-se em outras equipes de sucesso, como os X-Men, a Liga da Justiça ou os Vingadores, cujos membros também têm trajetórias isoladas do grupo.
    • Desenvolva o parceiro ou a equipe com o mesmo método empregado na criação do super-herói, depois invente as histórias de origem de cada um e de como eles se juntaram. Considere tudo isto: o parceiro ou a equipe são competentes ou atrapalhados? Foram inimigos do herói um dia? Foram afetados pela mesma tragédia que ele? São amigos ou irmãos? Eles se uniram depois que o herói os ressuscitou (ou vice-versa)?
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Dicas

  • É mais fácil escrever histórias e despertar a simpatia do público com um super-herói que vive os mesmos problemas das pessoas comuns.
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Avisos

  • A palavra "super-herói" é uma marca registrada. Se ela for usada no título dos seus quadrinhos, você não poderá lucrar com eles.
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