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Os caracóis são ótimos bichos de estimação para criadores de primeira viagem. Embora se movam devagar, observá-los é divertido, e é mais fácil cuidar deles do que de quase qualquer outro animal.

Método 1
Método 1 de 4:

Escolhendo o caracol

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  1. É raro encontrá-los à venda em pet shops. O mais comum entre criadores é apanhar um caracol no jardim. Devido a ele ser considerado mais uma praga do que um bicho de estimação, as regulações para o comércio de caramujos são bem severas. Nos Estados Unidos, por exemplo, é ilegal não apenas importá-los de outros países, como por vezes transportá-los de um estado a outro.
    • Espécimes nativos podem ser facilmente encontrados em jardins e áreas verdes, e são provavelmente a opção mais aconselhável a donos inexperientes.
    • O comércio das espécies mais populares — o caramujo-gigante-africano, o caracol-degolado, o caramujo-tigre-gigante e o caracol-terrestre-gigante — é ilegal em vários países. [1]
    • Caracóis podem viver de três a 15 anos em cativeiro. Em outras palavras, criá-lo é uma responsabilidade duradoura — se não puder mantê-lo por tanto tempo, crie uma espécie nativa que possa ser solta na natureza, se necessário. [2]
    • Os caracóis são pragas em jardins e plantações. Soltar uma espécie não nativa na natureza pode causar danos significativos ao ecossistema local. [3]
    • Observe-se que o caracol não é só uma lesma com uma concha no dorso. Quem quer ser criador de lesmas deve pesquisar a respeito das necessidades específicas delas, não dos caracóis.
  2. Tendo um companheiro da mesma espécie, o seu gastrópode viverá mais entretido e feliz. Além do quê, é mais divertido observá-los assim. [4]
    • A diferença entre cuidar de um ou de dois indivíduos é mínima. O custo para se criar um animal adicional é insignificante.
    • Tente criar um par de animais da mesma espécie, já que um indivíduo de uma espécie pode hospedar parasitas fatais a outras. [5]
    • Grupos de caracóis tendem a dormir juntos, o que indica que eles sentem falta de companhia. [6]
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Método 2
Método 2 de 4:

Montando o viveiro

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  1. Um caracol pode viver em muitos tipos de viveiro. É importante que ele seja transparente, bem ventilado e tenha bastante espaço para o caracol explorar. A tampa deve ter ótimo encaixe, ou o caracol, criatura capaz de levantar 10~50 vezes o próprio peso, poderá escapar. [7]
    • Se não tem certeza quanto ao tamanho do viveiro, use esta calculadora (em inglês), que leva em conta a espécie e o número de caracóis.
    • Uma caixa plástica para transporte de répteis e anfíbios seria um ótimo viveiro, pois tem paredes transparentes e boa ventilação. [8]
    • Os aquários de vidro também são adequados, embora o material pesado dificulte a limpeza e o transporte. [9]
    • Um recipiente de plástico transparente para alimentos é também uma opção viável. Lembre-se apenas de fazer furos de ventilação na tampa ou na parte superior dele. [10]
    • Antes de instalar os componentes internos, faça a lavagem no viveiro usando água fervente e um sabão brando. Depois, enxágue-o cuidadosamente. O enxágue deve ser completo , ou o caracol poderá intoxicar-se. [11]
    • Não use como viveiro uma caixa de madeira ou papelão, que apodreceriam. Ademais, caracóis podem roer papelão. [12]
  2. Turfa, fibra de coco, terra para vasos e húmus são os substratos mais comuns. Independentemente da opção que se escolha, ela deve ser livre de pesticidas ou fertilizante, que são tóxicos ao molusco. [13]
    • Não use areia, cascalho, pedras, seixo, conchas ou qualquer material áspero e no qual o caramujo não possa embrenhar-se. [14]
    • Turfa, fibra de coco e terra para vasos, ótimos para o caracol escavar, são vendidos em pet shops e lojas de jardinagem. [15]
    • Mantenha o substrato úmido borrifando-o toda manhã. Use apenas água suficiente para o substrato ficar grudento ao toque — não deve haver poças em parte alguma. [16]
    • Acrescente esfagno ao substrato para melhorar a sua capacidade de reter umidade. [17]
    • Terra tirada do jardim ou do quintal pode conter pragas e pesticidas prejudiciais a um caracol. [18]
  3. Não use nenhum material duro, como pedras, tijolos, cacos de cerâmica. Se o caramujo cair da lateral do viveiro contra uma superfície dura, pode rachar a concha e ferir-se gravemente. [19]
    • Encontre um vasinho de plástico ou polietileno. Coloque-o deitado no aquário ou corte-o ao meio para que ele se pareça mais com uma caverna. Também é possível fazer uma abertura lateral e deixá-lo de ponta-cabeça. [20]
    • Procure por materiais orgânicos que não apodreçam rapidamente: cortiça e cascas ou raízes desidratadas de árvores. As decorações para répteis vendidas em pet shops costumam ser boas opções para um viveiro de caracóis. [21]
    • Inclua uma vasilha rasa de água para que o caracol tenha onde beber e brincar, bem como para aumentar a umidade do viveiro. Providencie uma vasilha de bordas baixas e não a preencha demais, ou o animal poderá se afogar. Tigelas de resina para répteis são uma ótima opção. [22]
  4. A temperatura deve ficar entre 17 °C e 28 °C — ou seja, a temperatura ambiente de muitos países. Verifique a umidade do solo diariamente para que ele não se resseque. [23]
    • Se faz muito frio no inverno, será preciso providenciar uma placa aquecedora para conservar o calor e a umidade do viveiro. Encoste a placa numa das laterais do viveiro de sorte que ela cubra ⅓ da sua superfície. Assim, se o caracol se aquecer demais, poderá ir até a porção mais fria. [24]
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Método 3
Método 3 de 4:

Alimentando o caracol

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  1. O caracol alimenta-se de um amplo leque de alimentos: maçã, cogumelos, tomate, banana, morango, cenoura, hortaliças etc. Experimente dar a ele alimentos variados e veja de qual ele mais gosta. [25]
    • Alguns caracóis se alimentam de ração úmida para cães ou gatos, ou de ração para tartarugas. [26]
    • Disponha a comida numa vasilha para facilitar o descarte de alimentos rejeitados. [27]
    • Não o deixe ingerir sal nem alimentos salgados, que podem matá-lo. [28]
  2. O nutriente é essencial para a saúde a robustez da concha. Osso de choco, abundante em cálcio, é barato e fácil de encontrar em pet shops. Deve haver um osso de choco lavado no viveiro o tempo todo. [29]
    • Cascas de ovos e suplementos de cálcio são outras maneiras de proporcionar o nutriente ao molusco. [30]
    • O caracol pode absorver o cálcio pela pele. É comum que ele fique em cima do osso de choco para decompô-lo com o pé. [31]
  3. Vestígios de agrotóxicos podem intoxicar e até mesmo matar um caracol. Essa precaução jamais deve ser ignorada, ainda que se trate de frutas e vegetais orgânicos, [32] que são comumente anunciados como livres de agrotóxicos, mas não é sempre assim. [33] Ademais, nunca se sabe que outras substâncias tóxicas terão entrado em contato com o alimento, sendo necessário lavá-lo inclusive quando se tem a certeza de que ele não recebeu agrotóxicos.
    • Do mesmo modo, lave a fonte de cálcio do caracol.
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Método 4
Método 4 de 4:

Cuidando do caracol

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  1. Espere-o subir na lateral do viveiro, e então borrife água no caracol e na sua mão. Deslize o dedo por debaixo dele, entre a cabeça e a parede do viveiro. Com a outra mão, ampare o corpo dele e puxe-o delicadamente à medida que ele sobe no seu dedo. Posicione-o na palma da sua mão. [34]
    • Sempre umedeça as mãos antes de manusear o caracol. [35]
    • Se não conseguir colocar o dedo por debaixo da cabeça do caracol, instigue-o com um um pouco de comida: ele levantará a cabeça, permitindo que você o apanhe com o dedo. [36]
    • Lave as mãos antes e depois de manuseá-lo para evitar que haja intercâmbio de parasitas. [37]
    • Não o force a se mover. Se você não conseguir tirá-lo da lateral do viveiro, tente de novo mais tarde. [38]
    • No caso de o animal ser muito pequeno, faça-o subir num pedaço de comida ou numa folha e, depois disso, transfira-o para a sua mão. Tentar apanhar um pequeno caracol com as mãos pode feri-lo. [39]
    • Não o apanhe pela concha — se ela for arrancada por acidente, ele morrerá. [40]
  2. Quem não quer criar dezenas, quiçá centenas de filhotes de caracol deve remover os ovinhos dele antes da eclosão. Os ovos, sempre redondos, são brancos ou transparentes, e podem ser encontrados avulsos ou em aglomerados de centenas. A eclosão ocorre cerca de duas semanas após a postura, sendo necessário esquadrinhar o substrato à procura de ovos semanalmente. [41]
    • Para destruir os ovos, coloque-os num saco plástico, e este no congelador. Descarte-os uma vez que estejam completamente congelados.
    • Não coloque ovos indesejados na natureza, especialmente se se tratar de uma espécie não nativa.
    • Se os ovos têm sido motivo de preocupação, use uma camada mais fina de substrato a fim de que seja mais fácil encontrá-los e administrá-los.
  3. Coloque o caracol num recipiente temporário e remova tudo o que houver no principal. Lave o viveiro com água fervente e um pouco de detergente brando, e enxágue-o minuciosamente — qualquer resíduo de sabão pode ser fatal. [42]
    • Limpe as laterais do tanque com água uma vez por semana para que ele não se suje tanto entre uma lavagem e outra. [43]
    • Descarte lixo e os restos de comida que encontrar. [44]
    • Limpe o substrato ou substitua-o por um novo após a lavagem. [45]
    • Havendo qualquer dificuldade para remover os rastros do caracol das laterais do recipiente, limpe-os com um pouco de vinagre. [46]
  4. Lavá-lo com um pouco d'água (uma vez por mês, aproximadamente) o protege de doenças. Coloque-o numa tigela rasa e despeje ou espirre nele água em temperatura ambiente. Não o deixe submergir por completo, ou ele se afogará. [47]
    • Limpe a concha com o dedo, um pano macio ou uma escova de dentes velha de cerdas macias. Não use na concha nenhum material abrasivo. [48]
    • Nunca use sabão ou detergente para lavá-lo; apenas água. [49]
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Dicas

  • Se as fezes do caracol tiverem uma cor similar à do alimento oferecido a ele (laranja quando ele come cenoura ou verde quando come alface, por exemplo), não se preocupe. Isso é normal.
  • Deixe o viveiro fora do alcance de cães, gatos ou quaisquer bichos de estimação grandes.
  • Não exponha o caracol à água da torneira, nem lave as mãos com ela antes de manuseá-lo. Água encanada contém substâncias extremamente danosas, talvez fatais, a um animal dessa espécie. Use água mineral ou purificada.
  • Peça instruções ou um panfleto educativo a respeito da criação de caracóis na pet shop mais próxima.
  • É essencial lavar as mãos antes de manusear o caracol, pois o sal do suor, que é fatal a ele, acumula-se na pele.
  • Crie-o num viveiro grande, onde ele tenha espaço para brincar, comer e explorar. Deixe o ambiente mais confortável decorando-o com gravetos, terra e plantas.
  • Não crie caracóis grandes e pequenos no mesmo viveiro.
  • A formação de uma crosta branca em torno da abertura da concha é provavelmente secreção seca. Para remover a crosta, desprenda-a delicadamente com a unha e coloque-o sob água corrente.
  • Evite incluir pepino na dieta do caracol, que tem uma propensão a se viciar nele e rejeitar qualquer outro alimento.
  • Ofereça frutas e vegetais variados para contemplar as necessidades nutricionais do caracol.
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Avisos

  • Não aperte a concha o caracol, ou ela pode se partir.
  • Não permita que ele entre em contato com sal ou qualquer tipo de solução salina, o que poderia matá-lo.
  • Não cutuque a parte macia do caracol para não estressá-lo.
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