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Com um pouco de paciência e carinho, porcos-espinhos podem ser excelentes mascotes. O ouriço pigmeu africano, uma espécie domesticada e híbrida de duas espécies selvagens da África, é famoso por sua inteligência e amabilidade e costuma ser uma ótima companhia para donos dedicados. Assim como faria antes de adquirir qualquer bicho de estimação, pesquise os cuidados que o porco-espinho requer para saber se ele é o animal indicado para você. Entenda em que tipo de ambiente esse animal precisa viver e qual é a sua dieta para dar ao seu amigo espinhoso o tratamento que ele merece!

Parte 1
Parte 1 de 4:

Para escolher seu porco-espinho e trazê-lo para casa

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  1. Por se tratar de um animal exótico, mantê-lo em cativeiro pode ser crime, dependendo do país ou do estado em que você morar. Em alguns lugares, sua criação pode ser ilegal; em outros, legal, desde que com permissão do governo. Procure entender como funcionam as leis municipais, estaduais e federais a respeito desse assunto.
    • Se você precisa de ajuda para encontrar e interpretar tais leis ou se precisa encontrar abrigo para um porco-espinho que a lei o impede de criar, entre em contato com o órgão de proteção a animais silvestres (ou a porcos-espinhos) local. [1]
  2. Se o animal é de boa procedência, é mais provável que ele seja acostumado à presença de humanos e — uma vez que o criador conhece a linhagem do porco-espinho — saudável. Daí a importância de se encontrar um bom criador. A última coisa que você quer é um porco-espinho temperamental ou doente.
    • Certifique-se de que o criador fornece animais com pedigree e que toma as devidas precauções contra a WHS ( Wobbly Hedgehog Syndrome ; em português, algo como "síndrome do ouriço trêmulo") e o câncer.
    • Pergunte ao criador ou ao profissional da pet shop se eles são licenciados pelo IBAMA [2] (se você mora no Brasil; nos Estados Unidos, quem emite licenças é a USDA). Se a legislação local exige documentação ou retirada de licença, peça a eles informações de como proceder.
    • Desconfie de vendedores que anunciam animais em classificados e sites de leilão, como o Mercado Livre.
    • Pergunte as garantias a que você tem direito. A política de devolução ou auxílio veterinário em caso de doença pode variar de criador para criador, mas você fará uma compra mais segura se essa questão for discutida antecipadamente. Pergunte ao profissional que medidas ele toma para prevenir males e defeitos genéticos — os criadores mais responsáveis têm consciência destes problemas e tentam evitá-los. [3]
  3. Antes de levar o animal para casa, algumas coisas que indicam se ele está com a saúde em dia:
    • Olhos brilhantes e saudáveis: o porco-espinho deve ter uma expressão alerta; seus olhos não devem ter cascas nem estar ressecados, afundados ou inchados.
    • Espinho e pelos limpos: embora um certo grau de oleosidade seja normal (leia mais abaixo), restos de excrementos acumulados em volta do ânus indicam diarreia ou outros problemas de saúde.
    • Pele saudável: descamação em torno dos espinhos indica pele ressecada ou presença de ácaros — no último caso, o animal precisará de tratamento. E examine bem o animal à procura de pulgas (pontos marrons do tamanho de cabeças de alfinete e que saltam muito rapidamente), o que também requer tratamento.
    • Ausência de feridas e cicatrizes: caso haja algum ferimento, peça ao criador um esclarecimento a respeito do que houve e de como o animal está se curando. Alguns porcos-espinhos podem sobreviver a acidentes graves ocorridos na infância (perda da visão ou de um membro etc.) e ainda levar uma vida saudável e feliz, mas tenha em mente que um bichinho assim precisa de cuidados especiais — antes de se tornar dono dele, pense bem se você tem condições de fornecê-los.
    • O grau de atenção: um porco-espinho saudável está alerta e ciente do que acontece à sua volta. Nunca adquira um animal letárgico ou que não responda a estímulos.
    • O peso ideal: quando está obeso, o porco-espinho desenvolve "bolsas" de gordura na base das patas dianteiras e não consegue se encolher numa bolinha. Quando está magro demais, tem barriga côncava e depressões nas laterais do corpo, logo abaixo das costelas. Ambas condições podem ser sinais de um problema de saúde mais grave.
    • Fezes: verifique a gaiola e veja se não há sinais de diarreias ou cor anormal das fezes. Ambos são indicativos que algo pode estar errado com o animal.
    • Patas saudáveis: as unhas devem ter sido aparadas para não se curvarem para baixo. Se elas estiverem compridas, pergunte ao criador como apará-las. [4]
  4. Providencie tudo aquilo de que você precisa para cuidar dele antes da compra. O primeiro mês será um período de transição para o animal: ele precisa se adaptar aos novos cheiros e ao novo ambiente que agora o cercam. Essa é uma mudança muito significativa!
    • Para acostumar o animal à sua presença, apanhe-o por uns instantes todos os dias. Você pode fazer algo simples: colocá-lo no seu colo e conversar um pouco. Estimule a confiança dele deixando-o comer petiscos das suas mãos. Sempre que for passar um tempo com o porquinho, vista uma camiseta velha ou que você tenha usado o dia todo para que ele reconheça e se acostume ao seu cheiro. [5]
  5. Este é um dos aspectos mais exóticos desse animal: sempre que diante de um novo alimento, de um novo cheiro ou na presença de sal, sua boca produz saliva em excesso. O ouriço joga a cabeça para trás, curvando o corpo em S, e besunta os espinhos com a substância. Embora especialistas não saibam o objetivo de tal comportamento, especula-se que a saliva, por ter propriedades irritantes, transforma os espinhos em armas ainda mais eficazes. Por esse motivo é que alguns donos de porcos-espinhos manifestam leves irritações na pele ao manuseá-los pela primeira vez.
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Parte 2
Parte 2 de 4:

Para abrigar seu porco-espinho

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  1. Para ficar confortável, um porco-espinho precisa de muito espaço: eles possuem um instinto para investigar e explorar, e o espaço de que dispõem na natureza costuma ter 200~300 m de diâmetro. Alguns fatores precisam ser levados em conta ao escolher uma gaiola para o seu bichinho:
    • Ela tem de ser grande o suficiente: o tamanho mínimo deve ser de 45 x 61 cm. Se você mora numa casa espaçosa, tanto melhor: uma gaiola de 61 x 76 cm é ainda mais adequada do que a sugestão anterior; ou uma de 76 x 76 cm, se você for muito generoso. [6]
    • As laterais devem ter 40 cm de altura ou mais. Alguns especialistas recomendam que elas sejam feitas de materiais lisos (plástico ou acrílico), [7] outros alegam que paredes sólidas dificultam a circulação do ar. [8] Mas lembre-se de que grades podem ser um problema se seu animalzinho tiver um gosto pela escalada! Porcos-espinhos são escapistas notáveis. A cobertura deve ser firmemente afixada — se não houver uma, certifique-se de que o animal não pode escalar as paredes e escapar por cima.
    • O fundo deve ser sólido. Com um fundo de grade, o porco-espinho poderia prender a pata no entre as grades e sofrer ferimentos. [9]
    • Não compre gaiolas com mais de um andar. Porcos-espinhos não possuem boa visão e uma queda pequena poderia facilmente quebrar seus membros. Grades também podem representar um grande perigo se seu bichinho gosta de bancar o alpinista! Antes de decidir as dimensões do seu viveiro, leve em conta quanto espaço de seu interior será ocupado por brinquedos, pela tigela de comida, pela bandeja para areia etc.
    • Boa ventilação é essencial. O ar deve estar livre para circular o tempo todo — exceto se houver uma queda brusca de temperatura (durante um blecaute, por exemplo). Nesse caso, cubra a gaiola com um cobertor.
  2. Porcos-espinhos gostam de dormir em camas de serragem, mas lembre-se de que ela deve ser composta de madeira álamo; nunca de cedro, cujos fenóis (óleos aromáticos) são cancerígenos e, com certo tempo, adoecerão o animal. Se preferir, forre a gaiola com tecidos resistentes (sarja, veludo ou lã) cortados de acordo com as dimensões da gaiola. [10]
    • Outra opção é o Carefresh, um forro sintético que remete a papelão triturado. Alguns criadores o recomendam, mas há uma probabilidade de que os flocos de que esse material é feito se alojem nos órgãos genitais dos machos e no espaço entre os espinhos de animais de ambos os sexos. [11]
  3. Não vá alojar o animal sem que ele tenha alguns itens essenciais:
    • Um esconderijo: na vida selvagem, o ouriço tem hábitos noturnos e não ocupa uma posição muito elevada na cadeia alimentar. Daí vem a necessidade de um abrigo em que possa se sentir protegido dos predadores, da luz e de outros estímulos. Um iglu de brinquedo ou uma bolsa de transporte para cachorros cumprem bem essa função.
    • Roda de exercícios. Porcos-espinhos precisam de muito exercício, e a roda é a forma perfeita de garantir ao bichinho sua sessão noturna de cooper . Neste item também, o material tem de ser sólido — rodas feitas de grade ou de barras podem prender as patas dos porquinhos, o que poderia resultar numa unha arrancada ou num membro quebrado.
    • A bandeja de areia deve ter uma borda de não mais do que 1,25 cm, para que o animal entre e saia facilmente sem risco de quebrar as patas. Se você usar areia sanitária para gatos, compre apenas aquelas que não se aglutinam; ou, se preferir, pode ser usar papel toalha. A área da bandeja deve ser um pouco maior do que a do corpo do seu animal e a areia deve ser trocada diariamente. O "banheiro" pode ser uma bandeja específica para areia sanitária ou uma bandeja rasa para cookies. Muitos donos de porcos-espinhos costumam deixar a bandeja sob a roda de exercícios, já que é ali que eles fazem suas necessidades na maior parte das vezes.
  4. Porcos-espinhos precisam ficar em ambientes levemente mais quentes do que as casas que têm sistema de aquecimento interno: algo entre 22 °C e 26 °C. Temperaturas pouco mais frias do que essas podem estimular o porco-espinho a hibernar, o que pode ser fatal (já que tal condição é propícia para o surgimento da pneumonia). O calor excessivo, por sua vez, causa nervosismo ao animal — tente tornar o viveiro um pouco mais fresco se você o vir "esparramado" na gaiola, parecendo apático por causa do calor. Se ele estiver numa espécie de torpor ou se sua temperatura corporal parecer mais baixa do que o de costume, faça algo para aquecê-lo (um bom método é abrigá-lo entre a barriga e a camiseta para que ele absorva um pouco do calor do seu corpo).
    • Se a baixa temperatura persistir, leve o porco-espinho ao veterinário imediatamente.
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Parte 3
Parte 3 de 4:

Para alimentar seu porco-espinho

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  1. O porco-espinho é um animal insetívoro, mas ele pode provar outras coisas: frutas, vegetais, ovos, carne. Como ele tem uma tendência natural a acumular peso, dê prioridade aos alimentos que não o levem a engordar. O porco-espinho obeso não pode se encolher e pode desenvolver "bolsas" de gordura que prejudicam sua capacidade de andar.
  2. Apesar de as necessidades nutricionais do porco-espinho ainda serem um mistério, muitos donos fazem da ração seca de gato a base da dieta e a complementam com outros alimentos, discutidos abaixo. A taxa de gordura da ração precisa ser menor do que 15% e a de proteína, entre 32% e 25%. Procure produtos orgânicos ou holísticos e evite os que usam subprodutos (milho e outros) em sua composição. Dê ao animal de uma a duas colheres de sopa da ração por dia.
    • Evite as rações de baixa qualidade específicas para porcos-espinhos, cujos ingredientes são duvidosos. As marcas mais recomendadas são as americanas L'Avian, Old Mill e 8-in-1. [12]
  3. Alguns criadores, quando vão sair de casa, deixam na gaiola uma porção um pouco maior do que a que seu bichinho ingere em cada refeição. Quando ele acabar de comer, ainda sobrará uma parte para o caso de ele voltar a sentir fome.
  4. Complemente a ração para gatos com uma porção pequena (1 colher de sopa) de algum alimento nutritivo. Algumas sugestões:
    • Frango, peru ou salmão cozidos, sem pele e picados em pedaços pequenos (não adicione temperos).
    • Cubinhos bem pequenos de frutas e vegetais como melancia e batata doce, ervilhas amassadas, ou purê de maçã. [13]
    • Ovos mexidos ou cozidos e picados.
    • Grilos e larvas de bicho-da-farinha ou de mariposa: esse é um item crucial. Como insetívoro, o porco-espinho precisa ter seu instinto de caçador estimulado às vezes. Além do quê, essa é uma fonte importante de nutrientes. Inclua insetos na alimentação entre uma e quatro vezes na semana. Jamais use insetos encontrados na natureza (isso serve para aqueles que você encontra no jardim), que podem estar contaminados por agrotóxicos ou parasitas que vão ser transmitidos ao seu bichinho.
  5. Porcos-espinhos são grandes apreciadores de comida, portanto há uma lista de coisas que você não deve lhes oferecer: nozes e sementes; frutas secas; carne crua; vegetais duros não cozidos; comidas grudentas, rígidas ou fibrosas; abacate, uvas e uvas-passas; leite e derivados; álcool; pão; aipo; cebola (natural ou desidratada); cenouras cruas; tomates; junk food (chips, doces, qualquer alimento preparado com açúcar ou sal etc.); alimentos ácidos; mel.
  6. Além do controle da dieta, outra medida eficaz é estimulá-lo a fazer exercícios físicos.
  7. Por causa de sua natureza notívaga, o crepúsculo é o momento do dia em que os porcos-espinhos estão mais ativos. Alimente o seu uma vez ao dia, sempre nesse horário. [14]
  8. Ela deve ser larga, para que o animalzinho não tenha problemas para usá-la; e ter fundo pesado, para que ele não a tombe e nem tente brincar com ela.
  9. Troque a água do viveiro regularmente.
    • Se usar uma tigela, procure um modelo similar ao da usada para a comida: pesada e rasa o suficiente para não tombar. Lave-a bem e troque a água todos os dias.
    • Se usar um dispensador de água, observe se seu porco-espinho sabe usá-lo! É provável que ele já o tenha aprendido com a mãe, mas pode ser necessário ajudá-lo no início. A água no interior do frasco deve ser substituída todos os dias para evitar o acúmulo de bactérias. [15]
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Parte 4
Parte 4 de 4:

Para manter o porco-espinho saudável e feliz

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  1. Jamais deixe-o perto da TV ou do aparelho de som. Por ter de se proteger de predadores na natureza, boa parte do senso de localização do porco-espinho vem da audição; por isso, o excesso de estímulos sonoros irá perturbá-lo. Os níveis de barulho, iluminação e movimento perto da gaiola devem ser os menores possíveis; se eles aumentarem, troque a gaiola de lugar temporariamente. No entanto, os porcos-espinhos podem se familiarizar com barulho desde que sejam expostos a ele pouco a pouco.
  2. A tendência natural a engordar torna a atividade física uma das necessidades básicas desses animais. Isso significa que você terá de comprar muitos brinquedos e uma roda de exercícios. Os brinquedos devem ser de materiais que eles possam mastigar, apertar, investigar e até derrubar, desde que não haja nenhuma peça que possa ser arrancada e ingerida. Procure pequenos orifícios ou linhas soltas no brinquedo, que podem enroscar nas unhas e nas patas do porco-espinho.
    • Sugestões de brinquedos: bolas de borracha, brinquedos usados, bonecos de borracha, mordedores de bebê, núcleos dos rolos de papel higiênico cortados ao meio em sentido longitudinal, bolas para pássaros ou gatos com sininhos no interior etc. [16]
    • De vez em quando, deixe seu bichinho brincar num lugar maior. Você pode comprar uma bacia grande de plástico ou soltá-lo na banheira de casa (desde que vazia, obviamente).
  3. Porcos-espinhos adoram esconder comida, portanto redobre sua atenção. Diante de qualquer mudança significativa, ligue para o veterinário, explique para ele a situação e pergunte se há a necessidade de um exame mais detalhado.
    • Se o ouriço não comer por um ou dois dias, algo está errado e ele precisa de atendimento médico. Sem comer, esses animais se expõem a um risco de acumular gordura no fígado, que pode ser fatal. [17]
    • Procure descamações e ressecamentos ao redor dos espinhos: esse é um sintoma de infestação por ácaros, que, sem tratamento, pode debilitar seu bicho de estimação.
    • Respiração ofegante ou descontínua e a presença de muco no rosto e nas patas dianteiras são sintomas de infecção pulmonar, uma doença grave e comum entre porcos-espinhos.
    • Se o animal produzir fezes moles por mais de um dia, ou se tiver diarreia acompanhada de apatia e falta de apetite, ele pode estar contaminado por parasitas ou ter desenvolvido uma doença.
    • A hibernação, embora seja normal nos porcos-espinhos selvagens, oferece riscos quando acontece em cativeiro. Conforme mencionado acima, se notar que a barriga do seu bichinho está mais fria do que o normal, tente aquecê-lo colocando-o sob sua camiseta, em contato direto com sua pele. Se sua temperatura não subir na próxima hora, leve-o ao veterinário com urgência. [18]
  4. Essa é a única forma de seu animalzinho se acostumar a ser apanhado. E não há razão para ter medo: ele não é frágil como parece. Tente manuseá-lo pelo menos 30 minutos por dia.
    • Aproxime-se do animal calma e silenciosamente. Apanhe-o pela parte de baixo do corpo, fazendo uma cuia com ambas as mãos para erguê-lo. [19]
    • Encontre oportunidades para brincar com seu porco-espinho. Além de apanhá-lo, se divirta com ele: quanto mais você o fizer, mais ele será receptivo.
  5. Todos os dias, lave com água quente a tigela de comida e o dispensador (ou tigela) de água; retire manchas, sujeira, excrementos etc. do fundo da gaiola; e limpe a roda de exercícios. Troque o forro uma vez por semana ou quando for necessário.
  6. Alguns bichinhos vão ser naturalmente mais asseados, outros precisam de banhos mais frequentes.
    • Preencha uma pia com água morna (nunca quente) até o nível da barriga do porco-espinho. Não permita que a água encoste em seu nariz ou orelhas.
    • Coloque na água um pouco de mistura de banho de aveia para bebês (Aveeno é um dos fabricantes mais indicados) ou um pouco de sabonete para filhotes de cães. Use uma escova de dentes para limpar os espinhos e as patas.
    • Faça o enxague com água morna limpa. Para enxugá-lo, aninhe-o numa toalha de banho limpa e seca. Se o bichinho não parecer se incomodar, você pode usar secador de cabelo em potência mínima — se você notar que ele não está gostando, entretanto, use apenas a toalha. Jamais devolva o porco-espinho ainda úmido à gaiola. [20]
  7. Se elas crescerem e se curvarem para baixo, podem se enroscar em algum lugar — como na roda de exercícios — e ser arrancadas.
    • Use tesouras pequenas de manicure para aparar apenas as pontas das garras.
    • Se ocorrer algum sangramento, aplique amido de milho no ferimento com o auxílio de uma haste de algodão. Use apenas amido de milho nativo ou orgânico; os vendidos comercialmente podem provocar ardência. [21]
  8. Essa etapa da vida do ouriço — que é equivalente ao que a troca dos dentes é para o bebê ou a ecdise, para a cobra — se inicia entre e a sexta e a oitava semanas de vida do animalzinho e continua por todo o seu primeiro ano. Durante ela, os espinhos com que o porco-espinho nasce caem para dar lugar a outros mais fortes e adequados ao seu porte de adulto. A troca costuma se dar tranquilamente, mas fique atento a qualquer sinal de dor, de desconforto ou de que os espinhos novos não estão surgindo como deveriam. Neste período, o animal pode ficar temperamental e indisposto a ser segurado, mas lembre-se de que é apenas temporário. Para que seu animalzinho passe pelo processo com mais tranquilidade, coloque-o em banhos de aveia.
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Dicas

  • Uma opção de brinquedo fácil e barata para porco-espinho é o núcleo do rolo de papel higiênico. Corte-o ao meio no sentido do comprimento antes de entregá-lo ao animal para que ele não fique entalado.
  • A não ser que você queira filhotinhos, jamais compre um macho e uma fêmea. A porco-espinho fêmea atinge a fertilidade às oito semanas de idade, mas só poderá cruzar com segurança a partir dos seis meses. Se, apesar da advertência, você adquirir porcos-espinhos de sexos diferentes, você deve mantê-los separados: é grande a probabilidade de eles cruzarem entre si e a última coisa que você quer são filhotes indesejados e concebidos por fertilização cruzada. Além dos custos e dos riscos de permitir que esses animais cruzem, a gestação pode matar uma porco-espinho jovem demais. Jamais comece a criar porcos-espinhos sem planejamento, pois, muitas vezes, a fêmea ou seus filhotes (ou ambos) morrem no parto.
  • Examine sempre as patas de seu mascote para saber se elas estão enroladas por linhas ou fios de cabelo. Se um acidente assim passar despercebido, o fluxo sanguíneo do membro pode ser interrompido e talvez surja a necessidade de amputá-lo.
  • Sempre que manusear um porco-espinho, seja delicado ou você pode levar uma mordida.
  • Se sua casa é muito fria, compre um aquecedor de cerâmica ou uma lâmpada de cerâmica. Se isso não for suficiente, instale uma placa aquecedora para répteis sob o fundo da gaiola (embora essa alternativa não seja recomendada, por causa do risco de o animal sofrer queimaduras severas e até fatais). Não use lâmpadas, que podem causar distúrbios no ciclo circadiano do porco-espinho.
  • Nem todos os veterinários têm experiência com porcos-espinhos. Portanto, no momento da aquisição do seu bichinho, peça recomendações de profissionais com essa especialidade ao criador ou à pet shop. Clubes e organizações de donos de porcos-espinhos também podem fornecer tais informações. Uma vez que souber o nome do veterinário, contate-o para confirmar que ele é especialista em porcos-espinhos antes que qualquer emergência aconteça.
  • Converse com o criador se algum indivíduo da linhagem do seu porco-espinho sofreu de WHS ( Wobbly Hedgehog Syndrome ; em português, algo como "síndrome do ouriço trêmulo"). Se for esse o caso, seu animal pode desenvolver a mesma doença com a idade. Jamais adquira um porco-espinho com pressa: pesquise até encontrar o criador ideal.
  • Caso queira ser dono de dois ouriços, recomenda-se que você os mantenha separados. Esses animais têm uma natureza solitária, preferem viver apenas acompanhados de si próprios. Quando mantidos juntos, é grande a probabilidade de que briguem entre si; se forem dois machos, lutarão até a morte.
  • Se não houver criadores na sua região, pode ser necessário comprar seu animalzinho numa pet shop. Sendo assim, observe com atenção redobrada os sinais de que o porco-espinho está saudável (consulte o Passo nº. 3 da Parte 1 deste artigo). [22]
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Avisos

  • Jamais adquira uma roda de exercícios de grade ou de barras. Com esses modelos, os porcos-espinhos correm o risco de perder as garras (ou até os dedos) ou de quebrar as patas. Não use os produtos da marca Silent Spinners, que, embora sejam de plástico, possuem junções nas quais as unhas do porco-espinho podem se prender. Procure rodas de exercícios de superfície sólida (Comfort Wheel, Flying Saucer Wheel, Bucket Wheel etc.).
  • Não maltrate seu porco-espinho derrubando-o, fazendo-o rolar quando ele estiver encolhido, jogando-o para o alto etc. Esse tipo de trauma fará com que o animal se torne irritável e anti-social.
  • Não permita que a "semi-hibernação" ocorra — ela é letal para o ouriço pigmeu. Os sintomas mais comuns dessa condição são letargia aguda e temperatura menor do que o normal na região da barriga. Na presença de algum desses sintomas, abrigue o animal entre sua pele e a camiseta para que ele recupere o calor do corpo. Se necessário, aqueça-o com o auxílio de outros objetos — encoste no animal garrafas de plástico com água morna, toalhas aquecidas ou uma placa aquecedora enrolada em tecido e ajustada para a mínima capacidade. Não coloque o porco-espinho em água morna nesta situação. Se o animal não se recuperar ou não voltar a ficar alerta dentro de uma hora, leve-o imediatamente a um veterinário.
  • Atenção: não use serragem de cedro para forrar a gaiola. Ao interagir com a urina do porco-espinho, essa madeira irá liberar gases tóxicos. O mesmo fenômeno pode ocorrer com madeira de pinho tratada de modo inapropriado — se sua serragem for desse material, sinta o cheiro dela antes de colocá-la na gaiola: o aroma característico de pinho indicará que ela não foi tratada adequadamente; o de madeira comum, que ela pode ser usada com segurança.
  • Manuseie o porco-espinho com a devida cautela ou você levará uma mordida. Todo animal que tem dentes pode morder, é verdade, mas é mais comum que essa espécie se defenda usando sua couraça. Se o porco-espinho morder, não reaja ou ele irá cerrar os dentes ainda mais. No caso de ele não soltar, tente forçá-lo suavemente . E nunca o devolva à gaiola logo depois de uma mordida: ele entenderá isso como um sinal de que deve morder quando quiser voltar para o viveiro.
  • Não confunda a troca de espinhos com a perda deles (que pode ser causada por ácaros, infecções ou por uma dieta pobre). Se notar que alguma região do corpo do seu bichinho está "careca", leve-o ao veterinário.
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Sobre este guia wikiHow

Resumo do Artigo X

Para cuidar de um porco-espinho, você precisará de uma gaiola que tenha pelo menos 120 cm de comprimento e 60 cm de profundidade. Quanto maior a gaiola, melhor. Forre o fundo dela com papel, como folhas de jornal recicladas, e coloque uma casinha fechada para que o porco-espinho tenha um local para se esconder e dormir tranquilo. Você também precisará colocar uma caixa de areia, um bebedouro e vasilhas de comida na gaiola. Para manter o bichinho entretido, dê brinquedos para ele, como bolas, túneis e rampas para escalar. Coloque uma roda de exercícios na gaiola para que o porco-espinho se mantenha ativo. Ofereça ração para ele todos os dias e complemente a alimentação com insetos, frutas e vegetais. Lembre-se de recolher as fezes e os alimentos velhos da gaiola todos os dias, além de trocar a água. É importante também limpar a gaiola com água morna e sabão e trocar o forro dela semanalmente. Para aprender quais alimentos jamais dar ao seu porco-espinho, continue lendo!

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