A queilite esfoliativa é uma condição médica rara, mas benigna, que leva ao surgimento de pele grossa, ressecada e descamada nos lábios. Ela pode acometer a parte superior, inferior ou ambas. [1] X Fonte Confiável PubMed Central Ir à fonte Com a queilite esfoliativa, a pele continua descascando e expondo a parte sensível e mais “viva” subjacente. Como pode fazer com que a região dos lábios fique sensível e dolorida, o transtorno impacta de forma negativa a vida de pacientes que a possuem, às vezes até levando à incapacidade de comer ou falar sem sentir dor. A causa exata da condição é desconhecida, mas há alguns métodos que podem ser adotados para controlar os sintomas. Leia as informações abaixo para aprender a tratar a queilite esfoliativa ao cuidar bem dos lábios e da saúde.
Passos
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Reconheça os sintomas. Algumas pessoas com os lábios bastante ressecados e rachados podem achar que possuem esse problema; no entanto, a queilite esfoliativa é bastante incomum, e poucos realmente têm a doença. [2] X Fonte de pesquisa Ela é caracterizada pelos sintomas a seguir:
- Lábios rachados, descamados, que coçam ou queimam.
- Descoloração, principalmente em volta da borda mais vermelha dos lábios (a parte externa). [3] X Fonte de pesquisa
- Descamação repetida de uma camada de queratina excessiva que se forma na superfície dos lábios. [4] X Fonte de pesquisa
- Inchaço dos lábios.
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Compreenda as causas. O que leva ao surgimento desse problema, exatamente, é desconhecido, mas pesquisadores desconfiam que diversos fatores podem causá-lo, incluindo reações a implantes dentários, desequilíbrio hormonal ou na dieta, mau funcionamento do fígado, toxinas internas ou externas, infecções fúngicas ou bacterianas, alimentação inadequada e má higiene bucal. [5] X Fonte Confiável PubMed Central Ir à fonte Muitos profissionais da saúde também consideram que essa forma da queilite pode se desenvolver a partir de outras menos graves. A esfoliativa possivelmente é consequência de uma infecção fúngica bucal, o “sapinho”. [6] X Fonte Confiável Centers for Disease Control and Prevention Ir à fonte
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Verifique se você possui “sapinho” examinando a saliva. Em farmácias, é possível comprar um kit de teste de pH da saliva, mas se preferir, você poderá analisar sinais que indicam a presença da condição. O melhor momento de realizar o teste de pH é logo ao acordar e antes de escovar os dentes ou de beber algo. Deposite um pouco de saliva em um copo cheio de água destilada ou de garrafa. Depois de 15 minutos, a saliva, se normal, deverá estar flutuando na parte superior do copo; os sinais abaixo indicam que você possui “sapinho”, portanto, entre em contato com um médico para tratamento:
- A saliva forma “fios”, que ficam pendurados na água.
- Há porções turvas que lentamente afundam ou ficam suspensos sob a superfície.
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Não passe a língua, cutuque ou toque os lábios. Alguns médicos acreditam que o transtorno é, na verdade, causado por lamber em excesso os lábios, algo que muitos fazem de forma inconsciente. [7] X Fonte de pesquisa Passar a língua para umedecê-los faz com que saliva seja depositada nos lábios, ressecando-os ainda mais. Isso pode exigir muito autocontrole de sua parte, mas a melhor maneira de incentivar a melhora é não encostar neles de forma alguma, deixando que o corpo, naturalmente, realize a recuperação.
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Aplique remédios diretamente aos lábios. Os sintomas da queilite esfoliativa podem melhorar, temporariamente, ao passar um bálsamo ou creme nos lábios. No entanto, é sempre necessário ter cautela ao utilizá-los, interrompendo o uso e consultando um dermatologista se as dores piorarem ou o local ficar irritado. Alguns dos medicamentos que podem ser experimentados são:
- Bálsamos labiais naturais.
- Compressas frias com água e vinagre (aplique por 30 minutos).
- Creme de hidrocortisona.
- Loção de ácido lático.
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Adote uma alimentação saudável. Muitos pesquisadores da saúde já declararam que o transtorno pode ser causado por desequilíbrios no que o paciente consome, portanto, diminua a ingestão de comidas processadas e que possuam conservantes.
- Ingira frutas orgânicas e legumes sempre que possível. Lave-os para que quaisquer componentes que possam irritar o corpo sejam retirados.
- Tome probióticos e enzimas digestivas. Há discordância em relação à eficácia na digestão das enzimas de venda livre, mas muitas pessoas insistem que elas auxiliaram no processo e na absorção de nutrientes fundamentais, que são essenciais à saúde no geral. [8] X Fonte de pesquisa
- Aumente a ingestão de vitamina B, zinco e ferro.
- Adicione ácidos graxos ômega-3 à alimentação (seja através de comidas ou suplementos). Eles podem ser encontrados em peixes e em certos legumes verdes, como espinafre e couve. [9] X Fonte de pesquisa
- Beba muita água e evite refrigerantes e bebidas adocicadas.
- Evite alimentos salgados, que podem piorar a situação dos lábios.
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Elimine as toxinas existentes no corpo. Há métodos completamente naturais que poderão ajudá-lo a se livrar das toxinas presentes nos rins e no fígado; eles não servem para todos os pacientes com queilite esfoliativa, já que podem ser processos extremos, que consistem, basicamente, em jejuar. Saiba dos riscos associados às dietas de eliminação e a longos períodos em jejum; é sempre prudente consultar um médico antes de buscar métodos tão radicais.Publicidade
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Quando os sintomas persistirem, consulte um médico. A queilite esfoliativa pode estar ligada a problemas de saúde mais graves, como imunossupressão, deficiência de vitaminas ou a incapacidade do corpo em processar toxinas com eficiência. Dessa forma, se minimizar a exposição às toxinas e manter uma alimentação saudável não melhorar os sintomas, consulte um médico para descartar outras causas.
- Há várias formas de tratamento para a condição. Lembre-se de que a razão pelo aparecimento da queilite esfoliativa é desconhecida, logo, os tratamentos médicos podem variar dependendo do profissional. Um estudo comprovou que o uso da pomada de calêndula officinalis (10%) foi bastante eficaz. [10] X Fonte Confiável PubMed Central Ir à fonte
- Outros tratamentos, como os de esteroides tópicos, antibióticos, agentes ceratolíticos, protetores solares e antifúngicos podem não ter um efeito tão grande. Discuta-os com o médico.
- O médico poderá indicar o uso de bálsamos labiais e outros emolientes para aliviar os sintomas. Saiba, no entanto, que a condição é resistente a emolientes, que podem não surtir muito efeito.
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Consulte um dermatologista. Especialista em condições de pele, esse profissional poderá aplicar medidas mais precisas para controlar o problema do que as adotadas pelo clínico-geral.
- Ao notar que não há grande melhora ao submeter-se ao tratamento de um médico, procure outro.
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Busque terapias da medicina alternativa. Como a queilite esfoliativa ainda é desconhecida pela medicina ocidental, os tratamentos alternativos, como os da medicina chinesa e da acupuntura, podem ser eficazes. Sempre informe ao médico, no entanto, as medidas que os outros profissionais realizaram para tentar solucionar o transtorno, evitando que os tratamentos entrem em conflito.
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Faça terapia fonoaudiológica. Ela pode auxiliá-lo a se desprender do hábito de morder, passar a língua ou “chupar” os lábios; o seu médico poderá recomendar um bom profissional do ramo. É uma boa ideia realizar esse tratamento ao notar que possui tais “manias”.Publicidade
Dicas
- Lembre-se de que a queilite esfoliativa é uma condição crônica, que pode demorar um pouco para responder a tratamentos ou alterações no estilo de vida. Comprometa-se com cada tratamento por um bom tempo antes de chegar à conclusão que ele é totalmente ineficaz.
Avisos
- A maior parte dos “profissionais” que dizem realizar programas para limpeza de toxinas não são confiáveis. Os benefícios de tais tratamentos são duvidosos e não têm qualquer base em pesquisas médicas modernas.
- Sempre consulte um médico antes de tomar novas medicações ou de tentar se autodiagnosticar.
Referências
- ↑ http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/7540205
- ↑ http://www.exfoliativecheilitis.com/cheilitis-peeling-lips.html
- ↑ http://www.cda-adc.ca/jcda/vol-73/issue-7/629.pdf
- ↑ http://www.cda-adc.ca/jcda/vol-73/issue-7/629.pdf
- ↑ http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pmc/articles/PMC3241953/
- ↑ http://www.cdc.gov/fungal/diseases/candidiasis/
- ↑ http://www.casesjournal.com/content/2/1/9077
- ↑ http://health.usnews.com/health-news/blogs/eat-run/2013/04/23/digestive-enzymes-help-or-hype
- ↑ http://www.hsph.harvard.edu/nutritionsource/omega-3/