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Desenhar quadrinhos representando ações é essencial para o ritmo e a progressão da sua história. A ação não envolve apenas o que está acontecendo na história, mas também o design e a diagramação da página. Com um layout cuidadoso, é possível criar um ritmo interessante para a trama, com personagens expressivos e um bom posicionamento dos balões de fala. Com as dicas abaixo, as suas ilustrações vão praticamente saltar das páginas!

Método 1
Método 1 de 3:

Criando as páginas

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  1. Os tamanhos e os formatos dos quadros ajudarão a dar ritmo para a história. Se quer algo cheio de ação, você precisará de quadros grandes o suficiente para acomodar os movimentos. É bom criar também um fluxo que facilite a leitura de um quadro para o outro. [1]
    • Não é bom incluir muitos quadros enfileirados horizontalmente. Use no máximo quatro por fileira.
    • Separe os quadros. Para diferenciá-los com facilidade, inclua espaços em branco entre os quadros.
  2. Os layouts mais clássicos incluem grades de seis ou nove quadros, o que é ótimo para quem deseja apresentar muita informação por página. Não é preciso criar fileiras com números iguais de quadros, faça como achar melhor! Para uma imagem com mais movimento, use quadros retangulares. [2]
    • A grade de seis ou nove quadros é excelente para representar ação continua ou simular um movimento de câmera.
    • Você também pode usar uma grade inclinada para representar uma grande quantidade de ação na mesma página. Em vez de quadrados ou retângulos, desenhe paralelogramas.
  3. Antes de começar a desenhar os personagens e os cenários, escolha qual será o foco de cada quadro. A ideia é direcionar o olhar do leitor para um ponto específico e evitar a confusão conforme ele observa a página como um todo. Assim como na fotografia, pense na regra dos terços, dividindo os quadros em três partes iguais e posicionando o ponto de foco em uma delas. [3]
    • Planeje os pontos de foco de modo que os olhos do leitor sigam em um formato de zigue-zague por toda a página.
    • No caso de quadros horizontais, coloque o ponto focal na esquerda, no centro ou na direita.
    • No caso de quadros verticais, coloque o ponto em cima, no meio ou embaixo.
    • No caso de um quadro quadrado, coloque o ponto em qualquer lugar, desde que ele guie o leitor para o próximo painel.
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Método 2
Método 2 de 3:

Compondo ação com os personagens

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  1. Trata-se de uma linha imaginária que simboliza o movimento de um personagem. Ela deve ser um caminho dramático e intenso que dita a movimentação do personagem no quadro. [4]
    • Para praticar, desenhe uma flecha apontando na direção desejada para o movimento do personagem. Faça a linha à lápis e apague-a quando terminar de desenhar o quadro.
    • Faça uma linha fluída para que seja possível identificar as intenções da movimentação do personagem.
    • Exagere! Se o personagem está apontando para algo, crie uma linha que comece nos pés dele e se estenda pelo braço!
  2. Essa deve ser a primeira parte do esboço de qualquer figura, atuando também como linha de ação. Assim que tiver uma linha central exagerada representando o movimento da cena, comece a desenhar o seu personagem ao redor dela. [5]
    • As poses têm ritmos próprios representados pelas linhas centrais. Por exemplo, se o personagem está correndo, a linha central não deve ser vertical e reta; pense na inclinação do corpo e faça uma linha com curvas, representando a ação.
  3. Mesmo que os personagens estejam parados, é importante fazer poses dramáticas, seja abrindo um pouco as pernas deles ou inclinando a cabeça para a frente. Transmita o movimento!
    • Use expressões para indicar um evento ou uma ação que está prestes a acontecer. Mesmo que esteja desenhando um rosto em um quadro antes da ação, crie o personagem de modo que haja um reconhecimento da ação que virá no futuro.
    • Por exemplo, se o personagem está observando o início de uma explosão, abra bem os olhos e a boca dele. Use a linha de ação para fazer com que o personagem pareça estar se protegendo e preparando para a explosão.
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Método 3
Método 3 de 3:

Desenhando a ação ao redor

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  1. A diagramação dos balões normalmente é deixada por último pelos artistas novatos, mas ela é capaz de dar o impacto necessário para um quadrinho ou simplesmente estragar tudo quando feita incorretamente. Os balões de fala e os efeitos sonoros merecem a devida atenção! Pense nos pontos focais de cada quadro e use-os para posicionar as falas e onomatopeias.
    • As falar avançam a história e devem seguir o método do ziguezague para facilitar a leitura.
  2. Em vez de balões de fala e pontos de exclamação, que tal usar letras pretas em um balão estourado? Esse tipo de forma costuma ter bordas pontudas, criando uma sensação de urgência.
    • Pense nas onomatopeias. Se vai escrever "BANG" para representar um som de tiro, analise como as letras deveriam se parecer. Uma fonte grande, vermelha e chamativa ajuda a transmitir a ideia de um som alto e estridente, por exemplo, ao passo que letras finas e sem contorno costumam representar sons mais rápidos e fracos.
    • Posicione os efeitos de som em locais que chamem atenção para o próximo quadrinho.
  3. Selecione um ponto de foco no fundo do quadrinho para demonstrar uma ideia de profundidade. As linhas de ação e velocidade costumam criar bastante movimento nas cenas. Em vez de um cenário detalhado, experimente usar linhas para chamar atenção para um único ponto no fundo. [6]
    • Se um personagem está correndo na direção do leitor, desenhe linhas como a íris de um olho ao redor dele, como se ele estivesse indo para a frente.
    • Se um personagem está indo para a esquerda ou a direita, desenhe linhas atrás dele.
    • Outra opção seria desenhar detritos voando. Se alguém estiver sendo socado, desenhe o rastro de cuspe saindo da boca dele.
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Dicas

  • Comece com um lápis, para apagar os erros com mais facilidade.
  • Vá com calma. É tentador correr para que o desenho fique o mais bonito possível, mas a paciência permitirá que você faça ilustrações mais precisas.
  • Não tenha medo de experimentar e brincar com as linhas. Você provavelmente não vai criar uma obra prima da noite para o dia, mas a prática vai ajudá-lo a desenvolver suas próprias técnicas.
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