Fraturas do polegar podem ser simples ou complexas, onde ocorrem múltiplas fraturas em articulações, exigindo cirurgia para reparação. Como as lesões no polegar podem causar efeitos que duram o resto da vida, atrapalhando o trabalho e até mesmo a alimentação, elas sempre devem ser levadas a sério. [1] X Fonte de pesquisa Brian Carlson MD and Stephen Moran MD. American Society for Surgery of the Hand, May June 2009 Volume 34 Issue 5 945-952 [2] X Fonte de pesquisa Skinner, H, Current Diagnosis and Treatment of Orthopedics 5th Edition, Chapter 9, Hand Surgery, 2008 Saber quais os sintomas de um polegar quebrado e o prognóstico em relação ao tratamento é essencial para recuperar-se adequadamente da contusão.
Passos
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Verifique se há muita dor no polegar. É normal sentir muita dor após quebrar o polegar, pois existem muitos nervos em volta dos ossos. Quando há uma fratura, ela irrita ou comprime os nervos, causando muito desconforto. Se não houver nenhum tipo de incômodo após a lesão, provavelmente não há fratura. [3] X Fonte de pesquisa Ashkenaze DM, Ruby LK. Metacarpal fractures and dislocations. Orthop Clin North Am 1992; 23:19.
- A dor também será forte se algo tocar o polegar ou ao tentar dobrá-lo.
- Geralmente, quanto mais a dor estiver próxima à articulação do polegar com o resto da mão (no local onde polegar e dedo indicador estão ligados), mais grave será a fratura e maior a chance de complicações.
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Procure por deformidades no local da lesão. Veja também se o polegar está normal e não está dobrado, em um ângulo estranho ou torcido. Verifique se há algum osso saindo da pele; ao notar qualquer uma dessas características, muito provavelmente há uma fratura de polegar. [4] X Fonte de pesquisa
- O polegar também apresentará hematomas, que sinalizam que os capilares do tecido no local da fratura se romperam.
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Tente mover o polegar. Ao quebrar o polegar, movê-lo vai causar dores fortes e graves. Os ligamentos que conectam os ossos muito provavelmente não conseguirão “funcionar” corretamente, dificultando a movimentação do polegar. [5] X Fonte de pesquisa
- Tente mover o polegar para trás. Se conseguir realizar o movimento sem dor, não deverá haver fratura, apenas uma torção.
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Preste atenção à dormência, formigamento ou sensação de frio no polegar. Além de causarem dor, nervos comprimidos também podem deixar o polegar com uma sensação de estar frio, o que acontece devido à fratura ou pelo inchaço excessivo, que bloqueia os vasos que levam o sangue ao polegar e ao tecido que o cerca. [6] X Fonte de pesquisa Stark, C. D., & Bowers, E. S. (2010). Living with sports injuries. New York: Facts On File.
- O polegar também pode adquirir uma coloração azul se a circulação de sangue ao local for insuficiente ou sequer chegar a ele.
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Observe se o inchaço é intenso em volta do polegar. Ao quebrar um osso, o local em volta ficará inchaço devido à inflamação; isso ocorre de cinco a dez minutos após sofrer a contusão. O polegar também pode ficar rígido após inflamar. [7] X Fonte de pesquisa
- O inchaço do polegar também pode afetar os dedos mais próximos dele.
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Marque uma consulta com um ortopedista ou vá ao pronto-socorro. Ao desconfiar que há uma fratura no polegar, é necessário ir ao pronto-socorro para que um profissional analise a lesão; demorar muito poderá dificultar o trabalho de realinhar os ossos (devido ao inchaço), deixando o polegar permanentemente deformado. [8] X Fonte de pesquisa Plancher, K. D. (2006). MasterCases Hand and Wrist Surgery: Hand and Wrist Surgery. New York: Thieme Medical Publishers.
- A fratura de polegar em crianças pode afetar permanentemente o desenvolvimento do local, danificando as placas epifisárias (de crescimento).
- Mesmo ao suspeitar que não houve fratura – apenas uma torção com lesão ligamentar –, é sensato ir ao médico para obter um diagnóstico preciso. Ademais, torções mais graves ainda poderão precisar da intervenção de um cirurgião de mão para reconstituir os ligamentos. Em suma, o diagnóstico final e o tratamento deverão ser realizados por um profissional médico. [9] X Fonte de pesquisa C, Tsiouri et al, Hand, Injury to the Ulnar Collateral Ligament of the Thumb, 2008 March, 4(1) 12-18 [10] X Fonte de pesquisa Brian Carslon MD , Steven Moran MD, Thumb Trauma : Bennetts, Fracure, Rloando’s fractrues, and Ulnar Collateral Ligament Injuries, American Society for Surgery of the Hand, May June 2009 Volume 34 Issue 5 945-952
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Submeta-se a um exame físico. Além de realizar perguntas em relação aos sintomas da primeira parte do artigo, o médico realizará um exame físico no polegar, testando a força e a movimentação do dedo machucado comparado ao polegar saudável da outra mão. Outro exame consiste em tocar na ponta do polegar com o dedo indicador, aplicando pressão sobre o dedo lesionado para verificar se ele está muito fraco. [11] X Fonte de pesquisa C, Tsiouri et al, Hand, Injury to the Ulnar Collateral Ligament of the Thumb, 2008 March, 4(1) 12-18
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Faça um raio-x do polegar. Muito provavelmente, o médico pedirá para que o paciente faça um exame de raio-x do local da lesão a partir de vários ângulos. Isso não apenas confirmará o diagnóstico, mas mostrará exatamente quantas fraturas ocorreram no polegar, auxiliando o médico a determinar a melhor opção de tratamento. Os ângulos do raio-x são: [12] X Fonte de pesquisa Foster RJ, Hastings H. Treatment of Bennett, Rolando, and vertical intra-articular trapezial fractures. Clin Orthop Relat Res 1987; 121.
- Lateral: o ângulo lateral consiste em um raio-x com a mão apoiada lateralmente, com o polegar para cima.
- Oblíquo: o ângulo oblíquo é feito com a mão inclinada, apoiada em um lado de forma que o polegar fique para cima.
- AP (anteroposterior): nesse ângulo, o raio-x é feito de cima, com a mão totalmente aplanada.
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Verifique se há possibilidade de realizar uma tomografia computadorizada. Também conhecido como tomografia computadorizada axial, esse exame se utiliza de raios x e um computador para criar imagens da parte interno do corpo do paciente (nesse caso, o polegar) para que o médico consiga realizar um melhor diagnóstico da fratura ou entorse. [13] X Fonte de pesquisa Lanz, U., Schmitt, R., & Buchberger, W. (2008). Diagnostic imaging of the hand. Stuttgart: Thieme.
- Gestantes devem informar o médico da condição, pois a tomografia pode fazer mal ao feto.
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O médico deverá diagnosticar o tipo de lesão. Assim que profissional realizar os exames necessários, um diagnóstico do tipo de fratura sofrida será feito, o que leva aos tipos de tratamento disponíveis. [14] X Fonte de pesquisa Ashkenaze DM, Ruby LK. Metacarpal fractures and dislocations. Orthop Clin North Am 1992; 23:19.
- Fraturas extra-articulares foram sofridas em articulações ao longo de um dos ossos do polegar. Apesar de ser dolorido e de serem necessárias seis semanas para recuperação, tais lesões geralmente não exigem intervenções cirúrgicas. [15] X Fonte de pesquisa Ashkenaze DM, Ruby LK. Metacarpal fractures and dislocations. Orthop Clin North Am 1992; 23:19.
- As fraturas intra-articulares ocorrem ao longo da articulação e geralmente precisam de cirurgia para que o paciente consiga manter os movimentos locais após a recuperação. [16] X Fonte de pesquisa Ashkenaze DM, Ruby LK. Metacarpal fractures and dislocations. Orthop Clin North Am 1992; 23:19.
- Em relação às fraturas intra-articulares, as mais comuns são as fraturas de Bennett e de Rolando. Em ambas, o polegar quebra (e geralmente é deslocado) ao longo da articulação carpometacárpica (a articulação mais próxima à mão). [17] X Fonte de pesquisa Wheeless, Wheeless Textbook of Orthopaedics, Bennetts Fracture Dislocation, 10, 2012 As grandes diferenças entre os dois tipos de lesão é que a fratura de Rolando envolve três ou mais fragmentos do osso que necessitam de realinhamento; enquanto a de Bennett, poderá não necessitar de cirurgia para ser tratada, a de Rolando quase sempre necessita de uma intervenção cirúrgica. [18] X Fonte de pesquisa Wheeless, Wheeless Textbook of Orthopaedics Rolandos fracture, 10, 2012 [19] X Fonte de pesquisa Brian Carlson MD , Steven Moran MD, Thumb Trauma : Bennetts, Fracure, Rloando’s fractrues, and Ulnar Collateral Ligament Injuries, American Society for Surgery of the Hand, May June 2009 Volume 34 Issue 5 945-952
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Vá a um cirurgião ortopédico. Um ortopedista poderá analisar o raio-x e outros exames para ajudar a determinar a melhor opção de tratamento, levando em conta o tipo de fratura (intra ou extra-articular), bem como a complexidade dela (fratura de Bennett ou Rolando). [20] X Fonte de pesquisa J, Leggit, Acute Finger Injuries Part II, Fractures, Dislocations and Thumb Injuries, American Family Physician, March 1 2006 73 (5) 827-834
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Pergunte se há possibilidade de realizar um tratamento não cirúrgico. Em casos relativamente simples – como em fraturas extra-articulares –, o médico consegue substituir os fragmentos da fratura manualmente, sem necessidade de cirurgia. [21] X Fonte de pesquisa J, Leggit, Acute Finger Injuries Part II, Fractures, Dislocations and Thumb Injuries, American Family Physician, March 1 2006 73 (5) 827-834 Ele aplicará anestesia local antes de tentar fazer o realinhamento.
- Esse método (também chamado de redução fechada) consiste no realinhamento manual da fratura junto ao uso da fluoroscopia (imagens de raio-x continuas e em tempo real) para ver quando os fragmentos são realinhados. [22] X Fonte de pesquisa J, Leggit, Acute Finger Injuries Part II, Fractures, Dislocations and Thumb Injuries, American Family Physician, March 1 2006 73 (5) 827-834
- Note que algumas das fraturas de Rolando – em especial nas que apresentam ossos fragmentados em muitos pedaços para se juntar com pinos ou parafusos – pode ser resolvido com o cirurgião recolocando os fragmentos da melhor maneira possível (chamada de redução aberta). [23] X Fonte de pesquisa C, Wheeless, Wheeless Textbook of Orthopaedics Rolandos fracture, 10, 2012
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Analise a possibilidade de realizar tratamentos cirúrgicos. Para fraturas intra-articulares (como as de Rolando e Bennett), o ortopedista deverá sugerir a realização de cirurgia. O tipo específico depende da complexidade da lesão. As opções mais comuns são: [24] X Fonte de pesquisa C, Wheeless, Wheeless Textbook of Orthopaedics Rolandos fracture, 10, 2012 [25] X Fonte de pesquisa Brian Carlson MD , Steven Moran MD, Thumb Trauma : Bennetts, Fracure, Rloando’s fractrues, and Ulnar Collateral Ligament INjuries, American Society for Surgery of the Hand, May June 2009 Volume 34 Issue 5 945-952
- Fluoroscopia, onde são colocados fios através da pele para realinhar os fragmentos, método geralmente utilizado em fraturas de Bennett, quando os fragmentos continuam próximos após a lesão. É o fixador externo.
- Um cirurgião deverá abrir a mão para colocar pequenos parafusos ou pinos nos ossos, mantendo-os alinhados corretamente. É o uso de um fixador interno.
- As possíveis complicações provindas das cirurgias são: dano em nervos ou ligamentos, rigidez e maior risco de artrite. [26] X Fonte de pesquisa
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Imobilize o polegar. Independentemente de o caso em particular precisar ou não de cirurgia, o médico colocará uma tala para imobilizar e manter os fragmentos no lugar durante o período de recuperação.
- Pode ser necessário usar gesso de duas a seis semanas. Na maioria dos casos, são recomendadas seis semanas. [27] X Fonte de pesquisa
- O médico deverá pedir que o paciente marque vários retornos nesse período.
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Vá a um fisioterapeuta. Dependendo do tempo que passar com a tala e o gesso, bem como a mobilidade após a remoção dela, o médico poderá recomendar um fisioterapeuta. Esse profissional poderá realizar diversos tipos de exercícios para que o paciente recupere a força dos músculos atrofiados durante o período em que o polegar ficou imobilizado. [28] X Fonte de pesquisa J, Leggit, Acute Finger Injuries Part II, Fractures, Dislocations and Thumb Injuries, American Family Physician, March 1 2006 73 (5) 827-834Publicidade
Dicas
- Independentemente de estar quebrado ou torcido, a melhor opção é sempre ir ao hospital para que o polegar seja corretamente tratado.
Avisos
- Apesar deste artigo oferecer informações médicas para tratamento de um polegar quebrado, ele não substitui conselhos de profissionais. Sempre consulte um médico para obter um diagnóstico preciso e as opções de tratamento para lesões mais graves.
- Caso esteja grávida, comunique ao médico antes de submeter-se a exames de raio-x. Fetos em desenvolvimento são mais sensíveis à radiação, fazendo com que este não seja o melhor exame para diagnosticar a lesão no polegar em gestantes.
Referências
- ↑ Brian Carlson MD and Stephen Moran MD. American Society for Surgery of the Hand, May June 2009 Volume 34 Issue 5 945-952
- ↑ Skinner, H, Current Diagnosis and Treatment of Orthopedics 5th Edition, Chapter 9, Hand Surgery, 2008
- ↑ Ashkenaze DM, Ruby LK. Metacarpal fractures and dislocations. Orthop Clin North Am 1992; 23:19.
- ↑ http://orthoinfo.aaos.org/topic.cfm?topic=a00011
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- ↑ Stark, C. D., & Bowers, E. S. (2010). Living with sports injuries. New York: Facts On File.
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- ↑ Wheeless, Wheeless Textbook of Orthopaedics, Bennetts Fracture Dislocation, 10, 2012
- ↑ Wheeless, Wheeless Textbook of Orthopaedics Rolandos fracture, 10, 2012
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- ↑ J, Leggit, Acute Finger Injuries Part II, Fractures, Dislocations and Thumb Injuries, American Family Physician, March 1 2006 73 (5) 827-834
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- ↑ C, Wheeless, Wheeless Textbook of Orthopaedics Rolandos fracture, 10, 2012
- ↑ C, Wheeless, Wheeless Textbook of Orthopaedics Rolandos fracture, 10, 2012
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- ↑ http://www.eatonhand.com/complic/text10.htm
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