PDF download Baixe em PDF PDF download Baixe em PDF

Se você tem um exame toxicológico admissional próximo ou trabalha em uma empresa conhecida por conduzir testes aleatórios, pode ser necessário limpar seu sistema e deixá-lo pronto para qualquer eventualidade. É claro, pra início de conversa, a única maneira de ter um sistema livre de maconha é não fumar ou ingerir a erva. Porém, se for muito tarde para isso, você pode querer aprender sobre o processo de detecção de drogas no organismo e escolher uma estratégia para melhorar suas chances. Veja o Passo 1 abaixo para começar!

Parte 1
Parte 1 de 3:

Compreendendo o THC e os exames toxicológicos

PDF download Baixe em PDF
  1. Após usar maconha, o THC – ingrediente psicoativo primário da droga – permanece no corpo. O período de permanência do THC (ou seus metabólitos – compostos químicos produzidos para eliminar a droga do organismo) no sistema varia de acordo com a pessoa e depende de inúmeros fatores de saúde e de estilo de vida (veja abaixo).
    • Metabolismo. O metabolismo tem papel importante na determinação da velocidade de metabolização e expulsão do THC do sistema. Todos têm uma diferente taxa de metabolismo, que é determinada pela altura, pelo peso, pelo sexo, pelo nível de atividade física e pela genética.
    • Gordura corporal. O THC é armazenado nas células de gordura. Isso significa que, após o uso, ele fica mais densamente concentrado em órgãos gordurosos – como cérebro, ovários e testículos. [1] Porém, os metabólitos de THC também podem ser detectados na gordura corporal por até um mês após a ingestão. [2]
    • Frequência de uso. A frequência com a qual você usa a maconha ajuda a determinar a extensão de seu período detectável. Pelo fato de o THC e os metabólitos permanecerem no corpo mesmo após os efeitos notáveis terem se passado, o uso frequente fará com que os níveis desses compostos químicos se acumulem, eventualmente permanecendo em uma taxa elevada. [3] Assim, usuários viciados geralmente obterão exames com resultados positivos por mais tempo que quem fuma ocasionalmente se ambos pararem de usar a maconha ao mesmo tempo.
    • Potência. A potência da maconha também afeta a permanência da droga no corpo. A maconha forte – ou seja, a marijuana com alto nível de THC – permanecerá no corpo por mais tempo que o baseadinho de baixa qualidade.
    • Exercícios e estilo de vida. Os exercícios que uma pessoa faz reconhecidamente afetam o nível de THC da mesma – pouco se sabe precisamente “como” tais exercícios afetam esse nível. Ao contrário do que afirma a lenda popular que diz que o exercício pode “liberar” o THC do corpo através da queima de células de gordura, alguns estudos científicos descobriram exatamente o contrário no curto-prazo – em outras palavras, o exercício no dia após o consumo de maconha pode elevar ligeiramente os níveis de THC no sangue. [4]
  2. Se o seu empregador prospectivo tem cerca de 100 empregados ou possui suporte governamental ou privado, você provavelmente será examinado – seja antes de ser contratado ou em algum ponto aleatório durante seu expediente. No exército e na Polícia, há alguns exames aleatórios que podem pegar você. Em certas indústrias – como restaurantes e setores de saúde –, os exames são mais raros, mas não inexistentes. .
    • Observe que, ainda que exames de urina possam ser utilizados para detectar gravidezes e certos outros problemas médicos, o empregador não tem base legal para fazê-los. No Brasil, a lei não é um pouco contraditória nesse sentido, pois o contratante pode fazer exames para garantir que o estado de saúde de seu trabalhador seja estável, ainda que não possa demiti-lo por questões de vida privada (no caso, o uso de drogas recreativas).
  3. Há inúmeros jeitos diferentes de se detectar o THC. Os exames variam em termos de custo, conveniência e precisão. Isso significa que a maioria dos empregadores (mas, certamente, nem todos) usará os métodos mais baratos, enquanto que contratantes oferecendo posições que exigem uma maior responsabilidade podem exigir testes mais caros. Abaixo estão algumas das formas mais comuns de exame:
    • Exame de Saliva : uma amostra é removida de sua boca através de um cotonete; trata-se de um exame barato e com uma janela de detecção muito curta. Teoricamente, ele pode detectar o THC apenas se a maconha tiver sido usada há poucos dias. Alguns empregadores gostam do exame de saliva pelos mesmos terem uma administração conveniente, facilitando a checagem aleatória e dificultando trapaças. Porém, exames de saliva são pouco confiáveis e pouquíssimo utilizados em países, como os EUA – porém, eles são normais em outros locais, como a Austrália. [5]
    • Exame de Urina : não detectam exatamente o THC no corpo. Em vez disso, eles buscam o metabólito THC-COOH, produzido após a ingestão da cannabis e que pode ficar por muito tempo no organismo, mesmo após o sumiço do THC. Há dois tipos de exames de urina que um empregador pode exigir:
      • No primeiro, o mais comum, você precisa ir até um consultório externo. Lá, sua urina será coletada em um copo especialmente desenhado, lacrado com uma fita resistente e enviado ao laboratório para análise.
      • O segundo, um tanto mais caro que está ganhando popularidade, é um exame instantâneo e no próprio local de trabalho que regularmente se utiliza em empresas e em clínicas de reabilitação.
    • Exame de Sangue : analisam o sangue em si, buscando a presença de THC. Visto que o THC permanece na corrente sanguínea por um curto período de tempo (normalmente entre 12 e 24 horas) [6] , essa é uma opção incomum dentre os testes pré-empregatícios. Em vez disso, exames de sangue normalmente são utilizados para detectar se alguém foi “prejudicado” em situações onde essa informação é pertinente (por exemplo, após um acidente de trabalho).
    • Exame de folículo capilar : um tanto caros, sendo comumente feitos com pessoas com empregos altamente sensíveis ou trabalhos que exijam que o trabalhador esteja limpo. Dependendo da extensão dos cabelos, os exames capilares podem denunciar pessoas que usaram drogas dentro de um período de até três meses. [7] Exames capilares são amplamente utilizados na indústria dos cassinos. [8]
    Publicidade
Parte 2
Parte 2 de 3:

Ficando Limpo

PDF download Baixe em PDF
  1. A internet está cheia de informações erradas e meias-verdades no que tange o assunto “enganar exames toxicológicos”. Muitos dos truques e remédios caseiros amplamente citados não tem suporte de evidências científicas. Assim, é importante ser muito cético antes de experimentar um desses métodos – assim, você evita desperdiçar tempo e dinheiro para tentar enganar um exame.
    • Os métodos nessa seção podem ser úteis, mas não há garantia de que funcionem. Aplicados inapropriadamente, alguns desses métodos podem até “aumentar” as chances de falha no exame – portanto, proceda com cautela.
  2. O método de diluição para enganar o exame de urina funciona tendo em mente o princípio em que, visto que um resultado positivo ou negativo surge de acordo com a concentração de metabólitos de THC em sua urina, criar um xixi extremamente diluído pode fazer com que a substância quase que passe despercebida pelo exame, permitindo que você passe no teste. Infelizmente, muitos exames de urina agora levam em conta essa estratégia, [9] exigindo o uso de diversas contramedidas. Veja abaixo um breve guia para a diluição.
    • Começando três dias antes do exame, aumente seus níveis de creatinina. Para fazer isso, coma muita carne vermelha ou tome suplementos de creatina (disponíveis em lojas de produtos alimentares e de suplementos/vitaminas). O primeiro passo é importante pelo fato de muitos examinadores procurarem essa substância (um metabólito da creatina) para garantir que sua urina não tenha sido diluída. Falhar em seguir esse passo pode fazê-lo não passar no teste sob suspeita de diluir a urina.
    • Uma hora ou duas antes do exame, tome de 50 a 100 mg de vitamina B2, B12 ou complexo-B para dar cor à urina. Em seguida, beba um copo de água a cada 15 minutos. Você deve beber cerca de um litro de água. Não exagere na ingestão ao ponto de sofrer uma intoxicação hídrica – um problema verdadeiro e letal. Você deve urinar pelo menos uma vez durante esse momento, pois não deseja enviar sua primeira amostra para análise.
    • Quando for hora de ceder a amostra, só entregue “metade do jato de urina”. Ou seja, primeiro urine no vaso sanitário, terminando o processo no copinho. Isso lhe dará uma grande chance de ceder urina com pouca concentração de metabólito, pois remove o mijo antigo (e mais concentrado) da uretra.
      • Se sua urina sair diluída demais, e você obtiver uma segunda oportunidade de fazer o exame, marque-o para a data mais posterior possível. Isso lhe dará tempo para sair da janela de detecção ou para experimentar o método de diluição novamente, fazendo os ajustes para não ser pego novamente.
      • Beber água não removerá o THC do seu sistema – isso simplesmente serve para diluir a urina.
  3. Testes capilares exigem que a pessoa administrando o exame corte um curto fragmento de sua cabeleira – sem cabelos, sem teste. Nesse caso, o examinador pode pedir uma amostra de cabelo corporal. Para evitar isso, você poderia remover todos os pelos do corpo antes do exame e afirmar que tem o halterofilismo ou a natação como hobby. Porém, se você aparecer em sua entrevista inicial com uma cabeça cheia de cabelos e pelos corporais notáveis, seu empregador provavelmente suspeitará de suas ações. Assim, a melhor dica é se depilar antes da entrevista em si, de maneira que sua história seja consistente.
  4. Todo tipo de exame de maconha possui uma diferente “janela” de detecção de THC ou seus metabólitos. Assim, se você agendar seu exame (e/ou seu uso de maconha) de maneira a fazer com que os resultados fiquem fora desse espaço de tempo coberto pelo teste, será possível aumentar as chances de passar (sem garanti-las totalmente). Notavelmente, a maioria dos exames capilares é incapaz de detectar a maconha usada há poucos dias, pois a extensão de cabelo impregnada pelo THC ainda não emergiu do escalpo. Abaixo estão as janelas de detecção dos métodos comuns de análise – assumindo um uso único de maconha : [10]
    • Exame de saliva – 12-24 horas após o uso
    • Exame de urina – 1-3 dias após o uso
    • Exame de sangue – 1-3 dias após o uso
    • Exame capilar – 3-5 dias após o uso ou 90 dias após o uso.
    • Observação: para os viciados, essas janelas serão substancialmente mais imperdoáveis.
  5. Quando tudo o mais falhar, tente adiar ou reagendar o exame. Cada dia extra sem maconha aumenta suas chances de ficar limpo no exame. Até mesmo um ou dois dias podem fazer uma grande diferença. Por exemplo, um estudo (admitidamente informal) descobriu que, sob as circunstâncias corretas, certos tipos de exame de urina podem gerar resultados “limpos” mesmo após 24-48 horas após o uso de maconha. [11]
    Publicidade
Parte 3
Parte 3 de 3:

Desbancando mitos dos exames toxicológicos

PDF download Baixe em PDF
  1. Como mencionado acima, um remédio caseiro muito recomendado para “livrar” o corpo do THC é o suor – normalmente através do exercício, mas ocasionalmente obtido através da entrada numa sauna. A explicação por trás desse método estaria no fato de o THC ser armazenado nas células de gordura corporais – portanto, atividades que causem o suor e que queimem gordura fariam a maconha ser eliminada pelo suor. Na verdade, não há evidências que apoiem essa afirmação. Ainda que o exercício possa acelerar o metabolismo do corpo e diminuir logicamente a estadia do THC no corpo no longo prazo, alguns estudos comprovam que a atividade física pode elevar os níveis da substância da maconha, sendo uma péssima escolha de última hora. [12]
  2. Como o método acima, essa ideia sugere que a eliminação de alimentos gordurosos da dieta pode reduzir o nível de gordura corporal, removendo, assim, a quantidade de tecido onde o THC pode se impregnar. Por muitos dos motivos acima, pode-se dizer que esse método “também não é apoiado pela ciência”.
  3. Visto que não há poucas pessoas buscando maneiras rápidas de passar em exames toxicológicos, certas empresas oportunistas vendendo supostos “kits de desintoxicação” continuam ganhando muito dinheiro nesse mercado cativo. Normalmente, esses kits contêm um regime de pílulas ou suplementos designados para “limpar” o THC e seus metabólitos do organismo antes dos exames. Não há evidência científica que apoie as empresas que dizem que vitaminas ou suplementos podem remover o THC do organismo . Qualquer testemunho de gente que obteve resultados negativos após a ingestão de tais suplementos deve ser visto como coincidência .
  4. Um rumor amplamente divulgado relativo aos exames capilares é que lavar os cabelos com um shampoo especialmente formulado (e normalmente bastante caro) pode eliminar o THC da cabeleira. De fato, nenhum shampoo comprovadamente pode eliminar o THC. Além disso, algumas versões caseiras desse método recomendam a criação de uma solução a partir de compostos químicos, como a água sanitária, que potencialmente irritam o escalpo. No que tange exames toxicológicos, use uma quantidade saudável de discrição sempre que for passar compostos químicos nos cabelos.
    Publicidade

Dicas

  • Tente adiar o exame o máximo possível para garantir resultados positivos.
  • Não consuma maconha em forma alguma (comestível, fumável, etc.). Isso fará com que você fique 100% sujo.
  • O THC está presente nos cabelos. Se seus cabelos forem examinados, não há shampoos que removam virtualmente o THC dos folículos capilares.
Publicidade

Sobre este guia wikiHow

Esta página foi acessada 688 090 vezes.

Este artigo foi útil?

Publicidade