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Praticamente todo mundo fica na defensiva de vez em quando. As pessoas têm quase um instinto de se defender, o que acontece até nos momentos mais inesperados. Se é o seu caso, talvez você tenha notado o quanto isso afeta sua relação com familiares, amigos e colegas de trabalho. No entanto, não se preocupe! Este artigo, que criamos com base em conversas com psicólogos profissionais, traz dicas interessantes para entender a origem de comportamentos defensivos — e algumas formas de mudar para melhor. Leia abaixo e entenda mais do assunto! [1]

1

Sensação de ser criticado ou atacado

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  1. Isto acontece de várias formas possíveis: talvez você sinta que foi constrangido e humilhado injustamente, talvez discorde do que a pessoa disse etc. De modo geral, é comum interpretar até declarações neutras como críticas quando se é sensível. [2]
    • Por exemplo: imagine que você rebata um feedback negativo que recebeu da sua supervisora, chegando a tentar explicar por que ela está enganada.
    • Para não ficar na defensiva em situações assim, ouça o que a pessoa está dizendo antes de pensar na resposta. Quando ela terminar, pare e reflita. [3]
    • Na dúvida sobre o que responder à pessoa, diga algo como "Entendi." ou "Obrigado pelo feedback". Mesmo que você não saiba o que sente com a situação, reações desse tipo pelo menos reduzem a tensão e evitam comportamentos defensivos.
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2

Insegurança

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  1. Se você já estiver vulnerável e para baixo, é normal ficar sensível a possíveis ameaças ou críticas (até quando elas não passam de impressão). Nesses casos, pode ser que o comportamento defensivo seja uma tentativa de se resguardar de mágoas e julgamentos. [4]
    • Imagine que você sofreu muito bullying quando era mais jovem. Agora, na idade adulta, talvez use o comportamento defensivo para se sentir mais imponente.
    • Para controlar esse tipo de atitude e não levar os comentários das pessoas tão a sério, tente formular uma visão mais específica de si mesmo. Dá até para pensar em um mantra ou palavras de afirmação, como "Eu sou forte e confiante." e "Eu me amo".
3

Ansiedade

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  1. Muitas pessoas também ficam na defensiva quando não conseguem ser assertivas em certas situações sociais. Elas podem desprezar os comentários dos outros, interpretar certas palavras de forma negativa ou ficar "esperando" ameaças em seus relacionamentos. [5]
    • É mais que possível superar a ansiedade social. Quando você sentir o nervosismo acumulando, tente respirar fundo e trocar esse tipo de pensamento por ideias mais positivas.
    • Por exemplo: caso você esteja em uma festa e veja um grupo de pessoas rindo, não presuma automaticamente que elas estão tirando sarro da sua cara. Faz mais sentido pensar "Elas provavelmente estão rindo de uma piada interna".
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4

Um comportamento adquirido de outra pessoa

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  1. Pense: será que seus pais viviam na defensiva quando você era mais jovem? Talvez isso tenha influenciado sua forma de encarar o mundo e enxergar ameaças em todos os lados. [6] Isso só quer dizer que eles têm problemas pessoais com insegurança, ansiedade e outros quadros.
    • Felizmente, dá para "desaprender" a ficar na defensiva. Sempre que você sentir o comportamento surgindo, pare, respire fundo e reflita sobre o que aconteceu.
    • Reflita se a pessoa realmente fez uma crítica ou se você está tirando suas próprias conclusões negativas sozinho. [7]
5

Uma reação a pensamentos extremistas ou "8 ou 80"

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  1. Isto faz qualquer um se sentir definido e limitado, o que traz à tona o pior dos mecanismos de defesa. Embora a situação seja compreensível, tente controlar sua reação ao que os outros dizem a você — para que as coisas não fiquem tensas e desconfortáveis. [8]
    • Por exemplo: imagine que sua irmã disse que você nunca se lembra de lavar a louça, mas você a lavou há dois dias. Antes de perder as estribeiras, reflita sobre as palavras dela e elabore uma resposta mais ponderada.
    • Você pode dizer "Sinto muito que você está frustrada comigo. Eu lavei a louça anteontem, mas confesso que posso melhorar. Vou ajudar mais aqui em casa".
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6

Sensação de ser manipulado

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  1. Você pode, por exemplo, criar barreiras em relação a certos conhecidos e passar a desconfiar de tudo que eles dizem. Caso alguém apresente sinais de que não é confiável, é direito seu se sentir assim. Imponha certos limites claros a essa pessoa para não ficar na defensiva e acabar apresentando um comportamento passivo-agressivo na tentativa de se resguardar. [9]
    • Por exemplo: imagine que você notou que um amigo sempre pede dinheiro emprestado, mas nunca paga suas dívidas. Em vez de explodir ou ser passivo-agressivo com ele (como revirar os olhos, mas ainda emprestar o dinheiro), imponha um limite na sua relação.
    • Diga "Eu queria muito ajudar, mas ficaria mais tranquilo para te emprestar dinheiro se antes você me pagasse o que pegou antes. Espero que você entenda".
  1. Todo mundo erra! É bem possível que você se sinta mal por causa de um equívoco e, agora, fique na defensiva sempre que alguém cita o caso — ou até algum ocorrido parecido. Apesar de isso ser compreensível, tente compreender seus sentimentos reais sobre o que houve para pedir desculpas, se perdoar e fazer algumas mudanças positivas a partir de agora.
    • Por exemplo: imagine que você encostou o carro sem querer em outro na última vez que foi fazer uma baliza. Se uma amiga disser algo como "Eu posso dirigir.", talvez o primeiro pensamento que venha à sua cabeça seja que ela está insinuando que você não consegue.
    • Para evitar esse tipo de reação, reflita sobre o que aconteceu e tente mudar para melhor. Por exemplo: treine a baliza em lugares tranquilos, lembre-se de que todo mundo erra e, claro, perdoe a si mesmo.
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8

Dificuldade para assumir responsabilidades

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  1. Nunca é fácil admitir um erro, mas lembre-se de que todo mundo comete seus deslizes. Nessas horas, é normal colocar a culpa em outra pessoa e justificar certas atitudes. Comportamentos assim podem até afastar os outros do seu entorno, uma vez que assumir as próprias responsabilidades é uma das partes mais importantes de qualquer relacionamento saudável. [10]
    • Por exemplo: imagine que você se esqueceu de um detalhe importante em um projeto no trabalho. Quando seu chefe perguntar algo, pode ser que seu instinto seja dizer "Bom, a Luísa não me contou que eu tinha que fazer essa parte.".
    • Em vez disso, reflita por um momento e pense em uma resposta mais madura — na qual você assuma seu erro: "O senhor está certo. Vou incluir o que esqueci quando o projeto voltar para mim."
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Encobrir uma mentira

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  1. Talvez você pareça mais reservado quando a situação surgir ou até fique irritado ou desdenhoso caso algo remeta (ou pareça remeter) ao seu segredo. Não importa o caso, a honestidade sempre é a melhor política. Rebata seu comportamento defensivo refletindo sobre seu motivo para mentir e, a partir de então, tente ser um pouco mais honesto. [11]
    • Por exemplo: imagine que você disse ao seu namorado que iria almoçar, mas não revelou que seria com um ex. Quando ele perguntar, pode ser que sua resposta venha na forma de "Por que você quer saber?" ou "Não entendi sua curiosidade".
    • Em vez de mentir, seja honesto: "Eu encontrei meu ex-namorado, o Tomaz. A gente continuou sendo amigo, mas fiquei com medo de te contar porque não sabia como seria sua reação."
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Situações de abuso na infância

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  1. Qualquer pessoa fica traumatizada quando é alvo de críticas constantes vindas dos pais ou responsáveis durante a infância e a adolescência. Se for o seu caso, talvez você sinta que sempre precisa se defender de possíveis ataques — até quando está são e salvo. [12]
    • Se você realmente viveu situações de abuso verbal quando era mais jovem, talvez valha a pena consultar um profissional de saúde mental para refletir sobre suas experiências e buscar formas de superar o passado.
    • Faça uma pesquisa na internet ou peça indicações a amigos e familiares quando você for buscar um terapeuta profissional.
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Problemas de saúde mental

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  1. É o caso do transtorno de personalidade paranoide e do transtorno de personalidade esquiva, por exemplo, que fazem as pessoas acharem que estão sob ataque o tempo todo. Pode ser que elas se sintam inseguras por terem que ficar "de olhos abertos" em situações sociais. O transtorno de personalidade narcisista tem um efeito parecido, no qual as pessoas têm dificuldade de admitir suas próprias falhas. [13]
    • Os sintomas do transtorno de personalidade paranoide incluem a sensação de que ninguém é confiável, um forte medo de se abrir com os outros, guardar rancor e interpretar declarações neutras como ataques.
    • Os atributos mais comuns do transtorno de personalidade esquiva são baixa autoestima, medo constante de ser julgado ou maltratado e evitar interações sociais na tentativa de se resguardar.
    • Uma pessoa com o transtorno de personalidade narcisista pode se sentir superior, não conseguir admitir os próprios erros e ficar com a autoestima muito baixa quando dá qualquer passo em falso. [14]
    • Se você acha que pode ter um desses transtornos, consulte um profissional da saúde mental o quanto antes. Ele vai oferecer os recursos necessários para lidar com a situação e combater seu comportamento defensivo.
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