Baixe em PDF Baixe em PDF

É muito difícil se informar, especialmente na era da comunicação digital. É desafiador identificar o que é verdade e o que é mentira em postagens nas redes sociais e até em certos sites e canais de notícias. Informações falsas, desinformação e ‘’fake news’’ dificultam a tarefa de se manter bem informado. Por isso, é melhor entender a diferença entre essas três coisas para ler notícias e navegar pelas redes sociais de maneira mais crítica (e segura).

Método 1
Método 1 de 2:

Definições

Baixe em PDF
  1. Muitas pessoas compartilham informações falsas acreditando que estão levando conteúdo importante para amigos e familiares. Informações falsas são mais comuns do que você imagina. [1] Por não verificar a informação antes de compartilhá-la, a pessoa que repassa conteúdo falso raramente tem a intenção de prejudicar os outros. [2]
    • Normalmente, quem compartilha informações falsas acredita que elas sejam verdadeiras, replicando-as sem perceber que está difundindo uma mentira.
  2. Muitas informações falsas podem ser bem intencionadas e positivas. A desinformação, porém, é feita para enganar e manipular o leitor ou espectador. Quando uma organização ou indivíduo cria e compartilha informações que sabe ser falsas, trata-se de “desinformação”. [3]
    • Informações falsas têm mais a ver com a ideia de ‘’erro’’, enquanto a desinformação é ‘’deliberadamente falsa’’: há nela a intenção de prejudicar alguém.
    • Quem cria e faz ressoar uma narrativa falsa está participando de uma campanha de desinformação.
  3. ‘’Fake news’’ é um termo guarda-chuva que abarca informações falsas e desinformação. Porém, as ‘’fake news’’ envolvem a criação e circulação de informações falsas em larga escala ou em plataformas que se apresentam como portais de notícias. As ‘’fake news’’ são muito perigosas, pois costumam ter um alcance maior. [4]
    • As ‘’fake news’’ costumam ser criadas por portais específicos: geralmente, são organizações e websites que espalham informações manipuladas constantemente.
  4. Não há consenso em relação ao papel dos artigos satíricos e paródicos no debate sobre informações falsas e desinformação. Normalmente, sátiras são notícias e textos exageradamente falsos criados para ironizar algum assunto e reforçar certas perspectivas. Porém, se alguém compartilhar uma sátira ou paródia achando que é verdade, ela pode ser considerada uma informação falsa. [5]
    • Por exemplo, um artigo satírico poderia ter a seguinte manchete: “COVID-19 Teve Origem em Marte”. Se alguém levar o artigo a sério e compartilhá-lo como conteúdo crível, pode-se classificá-lo como informação falsa.
    • Através da ironia, um artigo satírico poderia demonstrar como certas opiniões sobre a COVID-19 são bizarras.
    Publicidade
Método 2
Método 2 de 2:

Fazendo uma boa checagem de fatos

Baixe em PDF
  1. Descobrir se uma informação é verdadeira ou falsa na internet costuma ser um grande desafio; entretanto, há muitos recursos bem úteis para não ser enganado por todo esse conteúdo malicioso. Descubra se uma informação nova ou diferente é pertinente através de sites voltados à checagem de fatos (fact-checking). [6]
  2. Procure a seção “Sobre nós” ou “Sobre” do website — organizações com alguma credibilidade costumam tê-la. Leia a descrição do site para identificar se ele possui um viés muito claro; se tiver, fique alerta. Olhe as fotos e biografias do pessoal responsável pelo site: alguns portais de ‘’fake news’’ usam fotografias de bancos de imagens para dar vida a autores que, na realidade, não existem. Uma boa olhada na URL do website costuma ser útil: muitos portais de ‘’fake news’’ possuem URLs que imitam a de sites conhecidos. [7]
    • Por exemplo, um site de ‘’fake news’’ pode ter a seguinte URL: “globo.com.co”. Trata-se de uma URL evidentemente falsa, que tenta se passar pela página de notícias da Globo.
    • Se um site não tiver uma seção “Sobre” ou de “Contato”, considere-o um portal de ‘’fake news’’.
    • Você também pode fazer uma busca reversa nas imagens usadas no site. Em geral, sites de ‘’fake news’’ usam fotos de bancos de imagens. [8]
    • Há inúmeras maneiras de incorporar um viés a uma informação. O autor torna uma matéria enviesada acrescentando detalhes desnecessários no texto que reforçam estereótipos ou narrativas políticas. [9]
  3. Alguns grupos de ‘’fake news’’ citarão manchetes antigas e recortes descontextualizados (de vídeos ou de áudios) com o objetivo de remetê-los a uma narrativa sobre algo atual. Compare a data de publicação do artigo às datas dos artigos citados pela publicação falsa. Muitas ‘’fake news’’ surgem desse jeito, aparentando legitimidade através de conteúdo completamente desatualizado! [10]
    • Por exemplo, no caso da COVID-19, alguns grupos podem utilizar falas descontextualizadas do médico Dráuzio Varella de antes da pandemia para defender que não devemos nos preocupar com a doença. O médico retificou sua opinião sobre o Coronavírus, afirmando que o subestimou e que não se pode minimizar a COVID-19. [11]
  4. Pesquisar pode parecer algo muito chato, mas não é um processo demorado. Faça uma busca online pelo nome do autor responsável pelo artigo e veja o que encontra. Além disso, procure consultar quaisquer fontes e citações utilizadas pelo escritor. Um artigo factual e intelectualmente íntegro normalmente será sustentado por fatos e escrito por um indivíduo com boa formação. [12]
    • Idealmente, os melhores autores são aqueles que escrevem sobre determinados assuntos, colaborando com organizações que possuem credibilidade.
    • Se as fontes não parecerem sustentar a argumentação presente no artigo, trata-se de ‘’fake news’’. Ademais, a falta de uma autoria clara é um sinal clássico de boatos e ‘’fake news’’. [13]
  5. Pesquise sobre as informações contidas no artigo em fontes confiáveis e críveis. Veja se o que está sendo dito corrobora a opinião de especialistas. Se o artigo entrar em contradição com a opinião de especialistas no assunto, ele provavelmente é ‘’fake news’’. [14]
    • Por exemplo, se você estiver lendo um artigo sobre COVID-19, verifique os sites da ONU e da Organização Mundial da Saúde para saber se as informações não contradizem o que tais fontes defendem.
  6. Artigos caça-cliques, como o nome sugere, são feitos para atrair cliques dos leitores. Infelizmente, a estratégia caça-cliques é muito comum no universo das ‘’fake news’’. Estudos mostram que até 60% dos usuários de redes sociais compartilham artigos apenas pelo título, sem ler o conteúdo deles. Ignore qualquer texto cuja manchete pareça ser muito exagerada. [15]
    • Artigos com títulos contendo “Você Não Vai Acreditar no que Aconteceu” são bons exemplos de caça-cliques.
  7. Você pode achar essa atitude um pouco negativa, mas ela é útil para tornar a internet um lugar mais seguro e saudável Não dê importância a qualquer informação que seja sem antes verificar quem é o seu autor, onde ela foi publicada e qual seu nível de credibilidade. O processo pode demorar um pouquinho, mas é muito útil e importante. [16]
    • Reforce a amigos e familiares que eles precisam encarar novas informações de maneira crítica, também.
    Publicidade

Dicas

  • Existem muitas extensões que podem ajudar você a identificar informações falsas. Faça uma pesquisa em seu navegador predileto para descobrir boas opções. [17]
Publicidade

Avisos

  • Sempre cheque informações antes de compartilhá-las. Boas intenções não tornam informações falsas mais reais (ou menos prejudiciais).
Publicidade

Sobre este guia wikiHow

Esta página foi acessada 5 378 vezes.

Este artigo foi útil?

Publicidade