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Todas as formas diferentes de se vivenciar o amor.
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Se tem algo que os psicólogos, filósofos e pessoas de espírito livre concordam é que o amor não é um só. Na verdade, existem diversas teorias e paradigmas que o colocam em três categorias diferentes. Aqui, vamos explorar as três teorias mais conhecidas sobre o amor, incluindo a teoria do amor triangular de Robert Sternberg, a teoria dos três amores e as diferentes palavras para “amor” em grego. Descubra quais são as diferentes formas de amar, e onde os seus relacionamentos estariam classificados.

O que você precisa saber

  • Intimidade, paixão e comprometimento são os três aspectos principais do amor, de acordo com a teoria do amor triangular de Robert Sternberg.
  • A teoria dos três amores afirma que as pessoas sentem três grandes amores na vida, e o terceiro será o relacionamento duradouro e comprometido que buscam.
  • Eros, Philia e Ágape são as entidades gregas relacionadas aos três tipos de amor, mas, na verdade, esta cultura considera que há oito tipos de amor. Os outros cinco são: storge, ludus, mania, pragma e philautia.
Método 1
Método 1 de 3:

Teoria triangular do amor

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  1. Em 1986, o psicólogo Robert Sternberg publicou a “teoria do amor triangular”, que afirma que todos os tipos de amor (romântico, familiar, amizade e etc.) podem ser definidos por uma combinação (ou falta de combinação) de três traços: intimidade, paixão e comprometimento. Cada um deles representa uma das vértices do triângulo e os diferentes tipos de relacionamentos recaem em cantos diferentes dele. [1]
    • Intimidade: senso de proximidade emocional, onde se encontra apoio e conforto.
    • Paixão: uma conexão física e sexual com alguém, acompanhada de experiências românticas.
    • Comprometimento: decisão de ficar e cuidar de alguém com o passar do tempo, além de fazer o esforço necessário para que o relacionamento dure.
    • Nas palavras do próprio Sternberg, essa teoria é feita para examinar “a natureza do amor”, já que “ele está presente em diferentes tipos de relacionamento.” [2] A mensagem duradoura e ampla do trabalho dele ainda é relevante e aplicável nos dias de hoje.
  2. Imagine um triângulo equilátero: o topo representa a intimidade, o canto esquerdo, a paixão, e o direito, o comprometimento. No paradigma, cada canto e borda representa um tipo diferente de amor: [3]
    • Amizade: um relacionamento que tem intimidade, sem paixão ou comprometimento, como um amigo com quem você conversa às vezes.
    • Amor companheiro: um relacionamento sólido construído com comprometimento e intimidade, mas sem paixão, como amizades próximas ou melhores amigos.
    • Amor romântico: um relacionamento com muita intimidade e paixão, mas sem comprometimento. A amizade colorida, parceiros casuais ou relacionamentos novos têm este tipo de afeto.
    • Amor estúpido: um relacionamento que tem uma forte combinação de comprometimento e paixão, mas onde falta intimidade, como no caso de pessoas que decidem se casar depois de poucos encontros.
    • Paixão: como o próprio nome diz, é uma relação cheia de paixão, mas sem comprometimento ou intimidade, como um estudante que se apaixona pelo colega de sala. No caso da paixão, os sentimentos mudam muito rapidamente. Você pode ficar muito apaixonado por alguém em um momento e, logo depois, sentir algo negativo.
    • Amor vazio: um relacionamento cheio de comprometimento que não tem paixão ou intimidade real, como um casal casado tentando evitar o divórcio.
    • Amor consumado: um relacionamento excelente cheio de comprometimento, intimidade e paixão, como namorados da época da escola que continuam juntos na faculdade.
    • Não amor: um relacionamento que não tem nenhum tipo de intimidade, paixão ou comprometimento, como o que você sentiria por um estranho que vê na rua. O não amor não existe no triângulo ou em volta dele.
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Método 2
Método 2 de 3:

Teoria dos três amores

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  1. De acordo com uma versão da teoria, nós só temos três experiências românticas arrebatadoras, cada uma em momentos cronológicos diferentes da vida. O primeiro é o amor jovem, o segundo, o mais turbulento e o terceiro, o duradouro. [4] A teoria explora como as pessoas aprendem e crescem durante seus relacionamentos, e convida você a ter um olhar mais crítico com relação às pessoas com quem teve uma relação (e pode ter no futuro).
    • Uma versão alternativa da teoria afirma que o cérebro vivencia três tipos de amor: desejo, atração e apego. [5]
  2. Também conhecido como “o amor que parece o certo”, ele parece ser exatamente o que você quer. O seu parceiro se dá bem com a sua família, as personalidades de vocês combinam e, às vezes, parece que a história de amor de vocês saiu de um filme. Mesmo assim, a sua intuição, lá no fundo, diz que essa não é a pessoa certa, mesmo que ela se enquadre no que a sociedade considera como o parceiro ideal. [6]
    • Exemplo: duas pessoas que começam a namorar na época da escola. Uma delas sente que o relacionamento não está indo de encontro com o que ela busca, mas permanece, porque acha que o amor é assim mesmo.
    • Com o passar do tempo e ao conhecer novas pessoas, você superará seu primeiro amor.
  3. Ele é cheio de paixão, mas também força você a encarar verdades doloridas sobre como o amor pode ser. Conforme você continua procurando a pessoa certa, conhecerá alguém que trará frustrações e dor. O relacionamento pode terminar mal, e você aprenderá que o amor tem muitos altos e baixos. [7]
    • Exemplo: duas pessoas que começam a namorar na faculdade, mas ficam terminando e voltando o tempo todo em meio a brigas.
  4. Ele aparece do nada e reescreve completamente as suas expectativas e presunções sobre como um relacionamento deveria ser. No terceiro amor, tudo fará sentido e a compatibilidade será inigualável. Seja como for, você sabe que encontrou alguém que ama você do jeito que é de verdade. [8]
    • Exemplo: duas pessoas que se conhecem em uma festa e têm uma conexão muito profunda. Ao explorar a conexão, encontram um relacionamento harmonioso e duradouro.
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Método 3
Método 3 de 3:

As variações de amor gregas

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  1. Ao contrário do português, que só tem uma palavra para “amor” para representar o conceito, em grego há diversas palavras que significam amor. Isto dá às pessoas muito mais liberdade para definir e explorar seus relacionamentos e as formas de se conectar com os outros. Muitas pessoas só conhecem três ou quatro destas palavras, mas, acredite ou não, existem oito (mesmo que algumas delas sejam similares). [9]
  2. A palavra vem de Eros, o deus grego do amor que aparece em diversos mitos famosos. [10] Fiel às suas origens, eros é um tipo de amor fundado na paixão, no desejo e na atração. [11]
  3. Philia é um termo genérico que engloba diferentes tipos de amor amigável e apreciação, como o afeto por um amigo ou colega de trabalho. Este tipo de amor, muitas vezes, ocorre entre pessoas que têm objetivos e valores parecidos ou amigos que têm traços de personalidade compatíveis. [12]
  4. Ágape é o tipo de amor bíblico que costuma ser usado para descrever a forma incondicional que o Deus judeu e cristão ama suas criaturas, e como elas, por sua vez, o amam. Este tipo de amor não tem limites ou condições e não requer reciprocidade. [13]
  5. Pense em um amor puro e sem igual, como o que uma mãe tem por seu filho. Essa conexão pura e poderosa define-se melhor usando a palavra “storge”. Mesmo que seja parecida com “philia”, storge tem um viés mais incondicional. Por exemplo, uma mãe tem mais chances de perdoar seu filho pequeno que fez birra do que um amigo adulto que faz algo parecido. [14]
  6. Ludus se refere àquele amor leve, brincalhão e sem comprometimento que as pessoas usam para interagir umas com as outras. Mesmo que seja bem parecido com “eros”, “ludus” é definido pela falta total de comprometimento. [15]
  7. Mania é um tipo obsessivo de amor que sempre é exagerado. Quando alguém fica com ódio por sentir ciúmes de um ex-parceiro, por exemplo, pode estar sentindo esse tipo de amor. [16]
    • Nota: mania também é uma condição clínica oficial que causa níveis de energia extremamente elevados e bom humor exacerbado. Ela costuma ser associada com certos transtornos, como o bipolar tipo 1. [17]
  8. Sabe como as pessoas tinham casamentos arranjados antigamente (e até têm nos dias de hoje) e ficavam presas neles? Pragma descreve o tipo de amor que se forma depois: um sentimento baseado no dever de permanecer, em vez da atração. [18]
  9. Não se esqueça do amor próprio! Philautia é sobre o relacionamento que você tem consigo mesmo, que gera um senso saudável de autoestima. Por outro lado, a philautia extrema pode criar arrogância e orgulho exagerado. [19]
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