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A ficção científica após 1818, quando Mary Shelley publicou Frankenstein , e desde então assumiu a forma de livros, filmes e diversos outros materiais. Por mais que pareça difícil de escrever, todo mundo que tem uma boa história na cabeça é capaz de passá-la para o papel. Se é o seu caso e você já tem uma noção da ambientação e dos personagens, coloque a mão na massa!

Parte 1
Parte 1 de 4:

Buscando inspiração para uma história

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  1. Vá à livraria ou biblioteca local e explore a seção de ficção científica. Leia as sinopses de algumas obras para ficar a par do que elas exploram — e mergulhe no texto se ele chamar a sua atenção. Assim, vai ficar mais fácil entender como se escreve nesse gênero. [1]
    • Leia autores como Isaac Asimov, Philip K. Dick, Júlio Verne e George Orwell.
    • Peça sugestões de livros e autores aos seus professores e conhecidos.
    • Leia autores do formato que você quer explorar, como roteiristas de cinema ou contistas.
  2. Busque filmes com premissas interessantes e dedique algumas horas a eles. Faça anotações sobre os cenários e as ideias que podem servir de inspiração na sua obra. Ouça os diálogos com atenção para ver como os personagens falariam nessas circunstâncias. [2]
    • Veja filmes mais antigos, como Parque dos Dinossauros , Blade Runner — o Caçador de Androides , e Alien — o Oitavo Passageiro , assim como obras mais recentes, como Perdido em Marte , Ex Machina: Instinto Artificial , Interestelar e A Chegada .
  3. A maioria das descobertas científicas é publicada em revistas e periódicos especializados. Procure obras interessantes na internet, leia-as e faça anotações sobre esses avanços que sejam interessantes na sua trama. [3]
    • Leia periódicos que falem de áreas variadas, como natureza e ciência.
    • Assine uma versão digital ou um acervo on-line do periódico para ter aceso mais fácil a ele.
  4. Se você pretende escrever uma história de ficção científica que acontece no futuro, use eventos atuais para dar forma ao universo. Acompanhe as notícias de várias regiões para se inspirar e desenvolver uma trama realista, que poderia acontecer de verdade. [4]
    • Por exemplo: se sair uma notícia sobre a descoberta de um supervírus, você pode escrever sobre os últimos sobreviventes da epidemia ou de algo que deu errado na busca pela cura.
  5. para gerar uma boa premissa. Imagine “E se x acontecesse?” ou “E se x fosse possível?”. Em seguida, faça um brainstorming de ideias baseado na sua pesquisa para ter algo mais concreto. Depois, marque os itens que são interessantes e tente detalhá-los mais. [5]
    • Por exemplo: a hipótese “E se...?” para Parque dos Dinossauros seria “E se os dinossauros fossem recriados para entreter o ser humano?”.
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Parte 2
Parte 2 de 4:

Construindo uma ambientação de ficção científica

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  1. Embora a maioria das histórias de ficção científica aconteça no futuro, é possível usar qualquer época. Por exemplo: você pode pensar em uma trama na qual uma raça alienígena invade uma cidadezinha de interior na década de 1950 ou pensar em um enredo no qual os personagens viajam para o passado. Pense no que é mais adequado para a sua história. [6]
    • Você vai ter mais liberdade para explorar ideias se usar o futuro do que se usar o passado.
    • Se você usar o passado, pesquise bastante sobre a época em questão para saber mais sobre as tecnologias, os eventos e a forma de as pessoas falarem. Estude as roupas típicas e os costumes da época.
  2. Mesmo que o enredo aconteça em um planeta distante, busque inspiração em culturas e eventos da Terra para deixar a história um pouco mais pé no chão. [7]
    • Por exemplo: O Conto da Aia acontece no futuro próximo, mas os temas de tratamento às mulheres e escravidão são pertinentes à nossa cultura.
    • Incorpore práticas culturais diferentes ao criar uma raça alienígena. Por exemplo: você pode misturar uma cultura nômade e o estilo de vestimenta dos vikings.
  3. Mesmo que você queira personagens que voem, explique por que e como eles conseguem. Baseie-se na realidade para que os leitores se familiarizem um pouco com a história e não se percam no seu universo. [8]
    • Se você for apresentar uma tecnologia totalmente nova aos leitores, descreva-a em detalhes para que eles entendam tudo.
    • Por exemplo: Perdido em Marte usa a ciência real para enviar um homem a Marte e explicar como ele consegue sobreviver no planeta.
  4. Imagine como os personagens da história usariam a visão, a audição, o tato, o paladar e o olfato. Assim, você vai criar uma ambientação mais vívida e que facilite a imersão dos leitores. [9]
    • Descreva as experiências dos personagens quando eles chegarem ao ambiente onde a história acontece. O que eles veriam? Quem estaria ali?
    • Por exemplo: se a história acontece em um mundo em que os oceanos secaram, você pode descrever o calor, o sabor e o cheiro do sal no ar e os grandes depósitos salinos que restaram no lugar dos mares.
  5. Escreva alguns parágrafos breves sobre o cenário, as pessoas, a cultura e os animais de cada local da história. Pense nesses cenários e em como os personagens interagem com eles. Se você precisar de algo mais detalhado ou específico, faça uma pesquisa mais aprofundada. [10]
    • Por exemplo: se você fosse descrever Pandora, do filme Avatar , seria legal imaginar algo como “Pandora é um planeta coberto por florestas e habitados pelos Na’vi, uma raça de humanoides azuis que vivem em sociedades tribais, com chefes e líderes espirituais como guias. Eles têm um laço especial com a fauna e a flora à sua volta”.
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Parte 3
Parte 3 de 4:

Criando personagens memoráveis

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  1. Embora os protagonistas sejam “quase perfeitos”, isso é ruim para a caracterização e a identificação dos leitores. Pode ser que o personagem principal faça tudo para salvar a própria vida, mesmo que tenha que matar alguém ou pareça egoísta. Pense em defeitos comuns e escolha alguns para ele. [11]
    • Por exemplo: o defeito do Super-Homem é que ele faz tudo para salvar o mundo, menos matar. Quando ele se encontra em situações em que é forçado a fazer algo dramático do tipo, o leitor fica roendo as unhas de ansiedade e curiosidade.
  2. Assim como o herói não pode ser de todo bom, o vilão não deve ser totalmente mau. Esse tipo de antagonista não é interessante e nem chama a atenção. Dê uma qualidade a ele, como fazer o necessário para salvar o próprio filho, para que o leitor tenha empatia e se identifique com o que está acontecendo. [12]
    • Por exemplo: HAL, de 2001: Uma Odisseia no Espaço , acredita que a tripulação humana está colocando a missão em risco e decide matar todos.
    • Lembre-se de que o vilão geralmente é o herói da própria história.
    • Se o vilão é um monstro, ele não precisa de uma qualidade; contudo, ainda seria interessante pensar em uma. Por exemplo: imagine que ele quer cuidar dos filhos, em vez de caçar as presas por diversão.
  3. Esses trejeitos são ações que os personagens realizam que parecem estranhas de início, mas que têm um propósito que facilita a compreensão do leitor. Por exemplo: talvez o protagonista fique mexendo na sua arma o tempo todo porque está apreensivo ou porque está perdido no passado. Mesmo que você não explique isso com toda as letras, essas ações deixam o universo mais verossímil. [13]
    • Se o personagem tem um trejeito muito peculiar, como ter que despejar água na própria cabeça para ficar hidratado, você pode explicar tudo ao leitor para ele não ficar perplexo.
  4. As motivações dos personagens são a força motriz por trás da história e aproximam o leitor da trama. Pense nos objetivos deles e no que eles fazem para alcançá-los. Imagine também como eles agiriam em determinada situação de forma realista. [14]
    • Por exemplo: um personagem pode ser motivado a viajar pelo universo para encontrar a cura para uma doença rara no seu planeta.
  5. Você não precisa incluir essas histórias em todo texto, mas elas ajudam a dar mais profundidade aos personagens. Anote o nome, a idade, de onde eles vêm, como foi a infância deles e o que eles viveram de importante em alguns parágrafos. [15]
    • Pense na aparência física dos personagens, ainda mais se eles são alienígenas ou estranhos para o público geral.
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Parte 4
Parte 4 de 4:

Escrevendo a história

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  1. A jornada do herói é uma ferramenta muito comum na literatura e nos roteiros. Nela, o personagem principal passa por um turbilhão emocional na trama: ele começa com a vida normal e confortável, mas algo ou alguém o tira da zona de conforto. Ao longo do enredo, ele chega ao fundo do poço, mas acaba se redimindo e salvando o dia. Passe pelas 12 etapas da jornada com o protagonista. [16]
    • Leia mais sobre os 12 passos da jornada do herói aqui: https://migreseunegocio.com.br/jornada-do-heroi/ .
    • A jornada do herói não é tão fechada e rígida, mas ajuda a guiar a escrita de autores inexperientes.
    • A jornada também ajuda na escrita de obras mais longas, como romances ou roteiros.
  2. para saber o que escrever. Comece com um resumo da história em um parágrafo, usando cada frase para explicar as partes mais importantes da trama. Depois, detalhe cada uma dessas frases para pensar em mais informações relevantes para a obra. [17]
  3. Determine se você quer escrever do ponto de vida do personagem ou que o leitor tenha várias perspectivas diferentes. Se escolher a primeira pessoa (frases que comecem com “Eu”), lembre-se de que vai ficar restrito à forma de o personagem principal pensar e ver as coisas. Na terceira (“Eles”), há um narrador que conta a história. [18]
    • O ponto de vista na terceira pessoa permite ao autor usar um narrador, mas o leitor só tem acesso aos pensamentos e sentimentos do protagonista.
    • O ponto de vista na terceira pessoa onisciente também usa um narrador, mas o autor pode alternar entre os personagens da história.
    • Embora seja possível usar a segunda pessoa (“Tu” ou “Você”), na qual o leitor é o protagonista, essa estratégia não é tão comum.
  4. A voz do autor é que torna o texto único e o diferencia de tantos outros parecidos. Use as suas experiências e linguagem próprias para dar forma à história e tornar a leitura mais interessante. Isso tudo depende do ponto de vista usado. [19]
    • Veja alguns exemplos de tons: sarcástico, entusiasmado, indiferente, misterioso, amargo, sombrio, áspero, arrogante, pessimista etc.
    • O tom também pode ser formal ou informal. Dá para adaptar esse tom de acordo com o ponto de vista do texto. Por exemplo: você pode usar mais gírias e expressões informais se escrever na primeira pessoa.
  5. Escreva diálogos convincentes . Leve em consideração a criação, os estudos, a idade e a profissão dos personagens quando eles falarem. Não use os diálogos de forma inverossímil. [20]
    • Torne cada personagem diferente na hora de falar, ou o leitor não vai conseguir distingui-lo.
    • Evite os clichês, como “Você está pensando o mesmo que eu?” ou “Eu estou com um mau pressentimento”.
    • Preste atenção à forma de as pessoas falarem na vida real para ter uma ideia. Se necessário, peça permissão e grave algumas conversas para ter uma base de estudos mais concreta.
  6. Divida a trama em três atos: no primeiro, o protagonista embarca na aventura; no segundo, surge o conflito; no terceiro, vem a resolução. Você pode acelerar ou retardar esse ritmo com capítulos mais longos ou curtos, detalhes e subtramas. [21]
    • Use expressões detalhadas, mas não exagere nas explicações (para não entediar o leitor).
    • Varie no comprimento das frases dos diálogos. É mais fácil ler frases curtas. As mais longas, como esta, só deixam a leitura mais lenta e afetam a assimilação do enredo.
  7. Os livros de ficção científica costumam ter cerca de 100 mil palavras, mas isso não é uma regra. Determine se você tratou de todos os pontos importantes e de forma detalhada. Se sim, pronto! [22]
    • Peça para as pessoas lerem o seu texto e darem opiniões sobre a sua escrita. Elas podem notar algumas coisas que passaram despercebidas por você.
  8. depois de lê-la com atenção. Dê um tempo de algumas semanas ou até um mês do texto para espairecer. Depois, crie um novo documento no processador de textos e anote o que você ou as outras pessoas pensaram durante a leitura — e que precisa ser alterado. [23]
    • Faça várias revisões até sentir que terminou a história.
    • Buque um editor ou copywriter que possa editar e revisar o seu texto.
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Dicas

  • Depois de terminar, você pode publicar a história independentemente ou enviá-la a editoras profissionais.
  • Não tenha medo de escrever coisas que podem nunca acontecer. A ciência é a base do texto, mas a ficção também é importante.
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Avisos

  • Não copie as ideias de outros autores diretamente. Sempre faça algumas alterações e adaptações.
  • Não desista de escrever a história só por causa de um bloqueio criativo. Tenha paciência.
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