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Um relatório estatístico informa os leitores sobre um assunto ou projeto específico. Para que o documento fique certinho, é importante seguir algumas convenções de formatação e incluir todas as informações necessárias para os leitores. Vamos lá?

Parte 1
Parte 1 de 3:

Formatando o relatório

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  1. Se nunca escreveu um documento do tipo antes, é bom dar uma olhada em outros para usá-los como guia de formatação para o seu. Assim, você terá uma ideia melhor de como o seu relatório ficará.
    • Caso esteja escrevendo para uma aula, converse com o professor ou instrutor para pedir que ele mostre alguns exemplos de trabalhos passados.
    • As bibliotecas universitárias costumam ter cópias de relatórios feitos por alunos e docentes no passado. Converse com o bibliotecário e peça ajuda para encontrar um documento no seu campo de estudo.
    • Também é possível encontrar relatórios criados para pesquisas de mercado e agências governamentais na internet.
    • Tome cuidado para não copiar os documentos exatamente, principalmente se eles foram feitos por pesquisas em outro campo. Cada área tem suas próprias convenções quanto ao visual e ao conteúdo. Por exemplo, um relatório estatístico criado por um matemático provavelmente será bem diferente de um feito por um pesquisador de marketing.
  2. Esses documentos normalmente são formatados com espaçamento único e uma fonte como Arial ou Times New Roman em tamanho 12. Caso tenha recebido instruções de formatação, siga-as à risca. [1]
    • O ideal é que as margens da folha sejam de 2,5 cm em todos os lados. Tome cuidado na hora de adicionar tabelas e gráficos, evitando que ultrapassem as margens para evitar problemas na hora da impressão.
    • Caso vá colocar o relatório em uma pasta ou fichário, é melhor que a margem esquerda seja de 3,5 cm. Assim, a leitura não ficará prejudicada pela encadernação.
    • Não use espaçamento duplo, a menos que esteja escrevendo para um projeto estudantil e o professor solicite isso.
    • Adicione a numeração das páginas no cabeçalho, junto do seu sobrenome ou do título da pesquisa.
  3. Cada campo usa um método diferente para fazer referência a artigos, livros e outros materiais utilizados na pesquisa. Mesmo que se sinta confortável com um estilo específico, é importante seguir o recomendado para o campo da sua pesquisa. [2]
    • Os métodos de citação normalmente são incluídos nos manuais de estilo, que não apenas discorrem sobre as referências, mas também sobre pontuações, abreviações, cabeçalhos e formatação no geral.
    • Por exemplo, se vai escrever um relatório estatístico com base em um estudo psicológico, normalmente é preciso usar o manual de estilo APA, publicado pela Associação Americana e Psicologia.
    • O método de citação é ainda mais importante caso o relatório vá ser publicado em um diário profissional específico.
  4. A primeira página do relatório deve incluir o título da pesquisa, o seu nome e os nomes daqueles que contribuíram para a criação do documento. Essa é a apresentação do trabalho. [3]
    • Caso esteja escrevendo um relatório para uma aula, a capa provavelmente será obrigatória. Converse com o seu professor ou procure pelo enunciado do projeto para descobrir o que incluir na capa.
    • No caso de relatórios mais extensos, é bom incluir também um sumário. Ele só poderá ser formatado ao fim do trabalho, mas a ideia é listar todas as seções do relatório e incluir a página na qual cada uma delas começa.
  5. Dependendo do uso do relatório e de quem vai lê-lo, os cabeçalhos podem facilitar a organização. Eles são ainda mais importantes se a pessoa responsável pela leitura for fazer leitura dinâmica ou pular de uma seção para a outra.
    • Caso opte por criar cabeçalhos, use fonte negritada e justifique-os de modo que se destaquem do restante do texto. Por exemplo, você pode centralizar os títulos e usar uma fonte um pouco maior do que o restante do documento.
    • Tome cuidado para que um cabeçalho não fique no fim da página. Deve haver pelo menos algumas linhas de texto, ou um parágrafo inteiro, antes da quebra da página.
  6. Ao escrever o relatório em um programa de processamento de textos, a impressão provavelmente ficará bem parecida com o que está vendo na tela. Ainda assim, os elementos visuais podem ficar um pouco desalinhados e é melhor conferir isso.
    • Confira as margens ao redor dos elementos visuais e confira se o texto está alinhado e com espaçamento adequado. É importante separar bem o texto e as palavras associadas às imagens, como a legenda de um gráfico.
    • Os elementos visuais podem acabar desalinhando o texto, portanto confira todos os cabeçalhos ao terminar o relatório só para ver se nenhum deles acabou deslocado.
    • Quando possível, mude as quebras de página para evitar situações nas quais a última linha de uma página é a primeira linha de um parágrafo — o mesmo vale para a primeira linha da página que também é a última linha do parágrafo.
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Parte 2
Parte 2 de 3:

Criando o conteúdo

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  1. Trata-se de uma breve descrição, resumindo todos os elementos do projeto e incluindo os métodos de pesquisa, os resultados e a sua análise. [4]
    • Evite um linguajar muito científico ou estatístico no resumo. O ideal é que ele seja compreendido por um público mais abrangente do que aquele que lerá todo o relatório.
    • Pense no resumo como uma venda. Imagine que está em um elevador com uma pessoa e ela pergunte sobre o que é o seu projeto. Você tem alguns segundos para "vender" o seu projeto, descrevendo-o do melhor modo possível.
    • Por mais que o resumo seja a primeira página do relatório, é mais fácil escrevê-lo ao terminar o projeto.
  2. Essa é a parte do relatório que identifica qual o seu propósito com esse estudo. Explique porque escolheu esse projeto específico e cite as perguntas que gostaria de responder. [5]
    • Procure usar uma linguagem clara e concisa para definir o tom do relatório. Descreva o projeto em termos leigos, sem exagerar na linguagem específica do público-alvo do trabalho.
    • Caso o relatório seja baseado em uma série de experimentos científicos ou dados de pesquisas demográficas, inclua as suas expectativas e teorias.
    • Caso já existam trabalhos acerca do mesmo assunto, é uma boa ideia incluir uma análise breve deles logo após a introdução. Explique a diferença do seu projeto e o que espera contribuir com essa pesquisa.
  3. Use essa parte do relatório para criar um detalhamento sobre como procedeu em todo o projeto, incluindo a natureza dos experimentos conduzidos e os métodos utilizados para coletar os dados.
    • Inclua uma descrição dos métodos utilizados para monitorar resultados, principalmente se os experimentos eram de longo prazo ou de natureza observacional.
    • Caso tenha feito ajustes durante o desenvolvimento do projeto, identifique-os e explique seus motivos.
    • Liste softwares, recursos e outros materiais que usou nas pesquisas. Se usou algum livro didático, uma referência é suficiente. Não é preciso resumir todo o material no relatório.
  4. Essa parte do relatório deve ser composta apenas por fatos, sem análises ou discussões dos significados dos resultados.
    • Comece com os resultados principais e complemente-os com resultados subsidiários ou fatos interessantes que descobriu.
    • No geral, evite reportar resultados que não tenham a ver com suas expectativas ou teorias iniciais. Obviamente, se encontrar algo inesperado ou surpreendente, é bom mencionar.
    • Essa normalmente é a parte mais longa do relatório, com os dados estatísticos mais detalhados. Ela também costuma ser a parte mais difícil de ler, principalmente para o público leigo.
    • Gráficos e tabelas normalmente exibem os resultados com mais clareza do que o texto.
  5. No final do relatório, é hora de analisar e definir os resultados dentro do contexto do seu campo de estudos. Indique ao leitor se as suas descobertas estão de acordo com as hipóteses iniciais. [6]
    • Ao chegar na conclusão, é hora de abandonar a linguagem pesada e estatística, pois esse trecho deve ser compreendido por todo mundo que o ler. Deve ser possível entender a conclusões mesmo sem ler a seção de resultados.
    • Caso pesquisas adicionais sejam necessárias para responder as perguntas que surgiram no projeto, descreva-as também.
  6. Caso as descobertas se relacionem ou contradigam estudos prévios, discuta tudo isso no fim do relatório. Agora também é hora de explorar os problemas pelos quais passou durante o trabalho. [7]
    • É possível que você encontre coisas que teriam facilitado a organização dos dados antes. Agora é hora de discutir esses pontos. Como o método científico foi criado para que outros possam repetir seu estudo, passe as descobertas adiante.
    • Inclua também as especulações e as perguntas adicionais que vieram à mente no decorrer do estudo. O importante é não discorrer muito sobre isso, para não correr o risco de opiniões pessoais e especulações se sobressaiam ao projeto em si.
  7. Ao fim do relatório, inclua uma tabela ou uma lista com os livros e artigos usados nas suas pesquisas. Tudo que for citado no relatório deve ser identificado. [8]
    • Por exemplo, se comparou um dois estudos realizados antes do seu, é uma boa ideia incluir uma citação ao relatório em questão nas referências.
    • Utilize a formatação específica para o seu campo de estudo.
    • Evite incluir referências que não foram mencionadas no relatório. Por exemplo, se você fez uma leitura preliminar antes de escrever o documento, mas não a citou diretamente no texto, não é preciso colocá-la nas referências finais.
  8. O relatório provavelmente terá pouco valor caso não seja compreendido e ninguém entenda o que você conquistou. Mesmo que esteja escrevendo para uma aula, é uma boa ideia redigir o texto voltado para um público geral.
    • Evite os jargões específicos da sua indústria caso o relatório vá ser lido por pessoas de fora.
    • Use corretamente os jargões e os termos estatísticos. Por exemplo, não se deve usar o termo "em média" em um relatório estatístico, pois ele é muito utilizado para se referir a diferentes medidas. Dê preferência para "mediana" ou "moda", dependendo do que for correto para o seu caso.
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Parte 3
Parte 3 de 3:

Apresentando os dados

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  1. Usar rótulos específicos para cada elemento visual facilita a referenciação deles no texto. Usar referências espaciais apenas pode causar problemas, principalmente por conta de diferenças na impressão.
    • Caso vá enviar o relatório para alguma publicação acadêmica, a identificação dos elementos é ainda mais importantes. Caso as páginas sejam diferentes da sua configuração no processador de palavras, é possível que os elementos fiquem desalinhados. Nesse caso, se não houver uma identificação textual, o leitor pode ficar perdido.
    • Isso também pode ser um fator caso o relatório vá ser publicado na internet, pois cada tamanho de tela vai afetar a exibição.
    • O jeito mais fácil de identificar os elementos visuais é usar o termo "Figura" seguido por um número. Depois, basta numerar cada um na ordem em que aparecem no relatório.
    • O título descreve as informações apresentadas pelo elemento visual. Por exemplo, se criou um gráfico de barra para ilustrar as pontuações de alunos em uma prova de química, ele pode ser intitulado "Pontuações Finais de Química, Quarto Semestre de 2018".
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    Organize bem os elementos visuais. Caso eles fiquem jogados na página, a leitura ficará bem difícil. O ideal é que eles complementem a leitura do relatório, não que a atrapalhem.
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    • Todos os elementos devem ser grandes o suficiente para que os leitores consigam enxergar tudo sem forçar a vista. Caso tenha que encolher um gráfico a ponto de tornar os títulos ilegíveis, ele ficará inútil.
    • Crie os elementos com um formato que possa ser facilmente importado para o seu processador de textos. Alguns formatos gráficos acabam ficando com baixa resolução ao serem importados.
  2. Na hora de criar gráficos e tabelas, cuide para que eles fiquem legíveis. O excesso de informações ou de espaço pode acabar atrapalhando a leitura. De nada adianta um gráfico bonito que não ajuda em nada na compreensão do seu trabalho. [9]
    • Por exemplo, em um gráfico com centenas de amostras em barras individuais, o eixo "x" pode acabar bagunçado. Nesse caso, experimente inverter os dois eixos para facilitar a leitura.
    • Quando os dados envolvem porcentagens, só utilize números quebrados se for estritamente necessários. Se a menor diferença entre os pontos for de dois números, não é necessário quebrá-los. Se, por outro lado, a diferença for menor, é melhor usar as casas decimais para evitar problemas de compreensão.
    • Por exemplo, se o relatório inclui um gráfico de barra da distribuição de notas de uma prova de química, e as pontuações forem 97,56, 97,52, 97,46 e 97,61, o eixo "x" estaria cheio de alunos e o eixo "y" começaria em 97 e terminaria em 98. Assim, você conseguiria destacar melhor as diferenças entre as pontuações.
  3. No caso de projetos muito extensos, é normal que o apêndice seja a parte mais longa do documento. É importante incluir todos os dados, incluindo cópias de perguntas das entrevistas, resultados estatísticos e outras coisas do tipo.
    • Tome cuidado para que o apêndice não "engula" o relatório. Não é preciso incluir todos os dados ou documentos criados para o projeto.
    • O ideal é incluir apenas documentos que expandam o relatório e auxiliem na compreensão dele.
    • Por exemplo, digamos que ao descrever seus métodos, você diga que uma pesquisa foi realizada com alunos de uma turma de química para descobrir como eles estudavam para a prova final. Você pode incluir uma cópia das perguntas feitas para os alunos no apêndice. Ainda assim, não é preciso incluir cópias de todas as respostas dadas por eles.
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