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Um bom mistério terá personagens fascinantes, um suspense emocionante e um quebra-cabeça que manterá você virando as páginas. Mas pode ser difícil escrever uma história de mistério cativante, especialmente se você nunca tiver tentado antes. Com a preparação, o brainstorming, o planejamento, a edição e o desenvolvimento certo das personagens, você pode criar seu próprio mistério envolvente.

Parte 1
Parte 1 de 3:

Preparando-se para escrever

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  1. Os mistérios quase sempre começam com um assassinato. A grande questão é quem cometeu o crime. Os suspenses costumam começar com uma situação que leva a uma grande catástrofe, como um assassinato, um assalto a banco, uma explosão nuclear etc. A grande pergunta em um texto desse gênero é se o herói pode ou não evitar que a catástrofe aconteça.
    • Nas histórias de mistério, o leitor não sabe quem cometeu o assassinato até o fim do romance. Elas são centradas no exercício intelectual de tentar descobrir as motivações por trás do crime ou a resposta para o quebra-cabeça.
    • Os mistérios tendem a ser escritos em primeira pessoa enquanto os suspenses, são muitas vezes escritos na terceira pessoa e a partir de vários pontos de vista. As narrativas de mistério costumam ter um ritmo mais lento, conforme o herói, detetive ou protagonista tenta resolver o crime. Há também menos cenas de ação nelas do que nos suspenses.
    • Como os mistérios costumam ser mais lentos, as personagens geralmente têm mais profundidade e melhor acabamento neles do que em um suspense.
  2. Há muitas grandes histórias desse gênero que você pode ler para ter uma noção do que é um mistério bem escrito e bem desenvolvido. [1]
    • "A Mulher de Branco", de Wilkie Collins: esse romance de mistério do século XIX foi escrito originalmente no formato de série, por isso a história avança em passos medidos. Muito do que se tornou norma em ficção policial foi feito por Collins neste livro, por isso trata-se de uma introdução envolvente e instrutiva ao gênero.
    • "O Sono Eterno", de Raymond Chandler: Chandler é um dos maiores escritores do gênero, criando histórias envolventes sobre os desafios e as atribulações do detetive particular Philip Marlowe. Este é um investigador durão, cínico, mas honesto que se envolve em uma trama com um general, sua filha e um fotógrafo chantageador. O trabalho de Chandler é conhecido por seu diálogo afiado, bom ritmo e herói interessante. [2]
    • "As Aventuras de Sherlock Holmes", de Sir Arthur Conan Doyle: um dos detetives mais famosos do gênero, junto com seu igualmente famoso parceiro de investigação Watson, resolve uma série de mistérios e crimes nesta compilação de histórias. Holmes e Watson injetam seus traços de personalidade únicos ao longo das narrativas. [3]
    • "Nancy Drew", de Carolyn Keene: toda a série se passa nos Estados Unidos. Nancy Drew é uma detetive. Os amigos próximos dela, Helen Corning, Bess Marvin e George Fayne aparecem em alguns mistérios. Nancy é filha de Carson Drew, o advogado mais famoso de River Heights, onde vivem.
    • "Hardy Boys", de Franklin W. Dixon: esse romance é semelhante a Nancy Drew e fala sobre dois irmãos: Frank e Joe Hardy, detetives talentosos. Eles são filhos de um investigador muito famoso e às vezes ajudam nos casos dele.
    • "A Crime in the Neighborhood", de Suzanne Berne (sem tradução para o português): esse romance de mistério recente se passa na Washington suburbana dos anos 1970. Ele se concentra em um crime que ocorre no bairro, o assassinato de um jovem. Berne intercala uma história de amadurecimento com o mistério da morte do jovem em um subúrbio chato e sem graça, mas consegue tornar a história bastante interessante. [4]
  3. Pense em como o autor apresenta o protagonista e em como o descreve.
    • Por exemplo, em "O Sono Eterno", o narrador em primeira pessoa de Chandler se descreve por suas roupas na primeira página: "Eu estava usando meu terno azul-claro acinzentado com camisa azul-escura, gravata, lenço dobrado no bolso, sapatos pretos, meias de lã pretas com bordados azuis. Estava limpo, impecável, barbeado e sóbrio, e não estava ligando se alguém percebia. Eu era tudo o que um detetive particular de boa aparência deve ser". [5]
    • Com essas frases iniciais, Chandler torna o narrador distinto pela maneira dele descrever a si mesmo, a sua roupa e a seu trabalho como detetive particular.
  4. Pense em como o autor situa a história no local ou no período de tempo.
    • Por exemplo, no segundo parágrafo da primeira página de "O Sono Eterno", Marlowe coloca o leitor no tempo e no cenário: "O saguão principal da mansão Sternwood tinha dois andares."
    • O leitor agora sabe que Marlowe está na frente da casa dos Sternwoods e que essa é uma casa grande, possivelmente de pessoas ricas.
  5. Qual é o crime que o protagonista tem de solucionar ou com o qual ele deve lidar de alguma forma? Poderia ser um assassinato, uma pessoa desaparecida ou um suicídio suspeito.
    • Em "O Sono Eterno", Marlowe é contratado pelo General Sternwood para "cuidar" de um fotógrafo que tem chantageado o general com fotos vergonhosas da filha dele.
  6. Um bom mistério manterá os leitores envolvidos complicando a missão do protagonista com obstáculos ou problemas.
    • Em "O Sono Eterno", Chandler complica a busca pelo fotógrafo fazendo com que este seja morto nos primeiros capítulos, seguido pelo suicídio suspeito do motorista do general. Assim, o autor coloca dois crimes para Marlowe resolver.
  7. Pense em como ele será resolvido no final da história. A solução não deve parecer muito óbvia ou forçada, mas também não deve ser muito estranha ou inacreditável.
    • A resolução deverá parecer surpreendente para o leitor, sem confundi-lo. Uma das vantagens é que você pode regular o ritmo da história para que o desfecho se revele aos poucos, em vez de apressadamente.
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Parte 2
Parte 2 de 3:

Desenvolvendo sua personagem principal e esboçando a história

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  1. Sua personagem principal também pode ser um cidadão comum ou o espectador inocente de um crime que se envolve na solução do mistério. Faça um brainstorm de detalhes específicos do seu protagonista, incluindo: [6]
    • O tamanho e o formato do corpo, a cor do cabelo e dos olhos e quaisquer outras características físicas. Por exemplo, você poderá ter uma personagem principal feminina baixinha e com cabelo escuro, óculos e olhos verdes, ou pode querer um detetive mais típico: alto, com o cabelo penteado para trás e a barba por fazer.
    • Roupas: o vestuário da sua personagem não vai só criar uma imagem mais detalhada para o leitor, mas também pode indicar em que período de tempo sua história se passa. Por exemplo, se a personagem principal usa uma armadura pesada e um elmo com um timbre, o leitor perceberá que a narrativa se passa na época medieval. Caso o protagonista use uma blusa com capuz, calça jeans e uma mochila, seus leitores saberão que a história provavelmente se passa na era contemporânea.
    • O que torna a personagem principal única: é importante criar um protagonista que se destaque para o leitor e que pareça ser cativante o suficiente para sustentar várias páginas em uma história ou romance. Pense sobre o que a personagem gosta ou não gosta. Talvez sua detetive feminina seja tímida e desajeitada em festas, e tenha uma paixão secreta por répteis. Ou talvez o investigador seja um completo tolo e não se considere esperto ou forte. Concentre-se em detalhes que ajudarão a criar uma personagem principal única e não tenha medo de usar aspectos da sua vida pessoal ou das suas próprias preferências e gostos. [7]
  2. Coloque a história em um cenário que você conheça bem, como sua cidade natal ou sua escola, ou faça uma pesquisa sobre um local com o qual não esteja familiarizado, como a Califórnia dos anos 1970 ou a Inglaterra dos anos 1940. Se for usar um espaço que não conhece em primeira mão, concentre-se em contextos específicos, como uma casa de subúrbio na Califórnia dos anos 1970 ou uma pensão na Inglaterra dos anos 1940.
    • Caso você decida situar a sua história em um período de tempo ou localização com os quais não esteja familiarizado, faça uma pesquisa sobre eles em sua biblioteca local, fontes online ou entrevistas com especialistas em um determinado período de tempo ou espaço. Seja específico em suas pesquisas e durante suas entrevistas para garantir que você obtenha todos os detalhes.
  3. Nem todos os mistérios precisam ter um assassinato ou crime grave, mas quanto maior o crime, geralmente maiores os riscos na história. Os riscos altos são importantes porque envolvem o leitor e dão a ele uma razão para continuar a ler. As possíveis origens do mistério poderiam ser: [8]
    • Um item é roubado da sua personagem principal ou de alguém próximo a ela.
    • Uma pessoa próxima ao protagonista desaparece.
    • A personagem principal recebe bilhetes ameaçadores ou perturbadores.
    • O protagonista testemunha um crime.
    • A personagem principal é convidada para ajudar a resolver um crime.
    • O protagonista se depara com um mistério.
    • Você também pode combinar vários destes cenários para criar um mistério com mais camadas. Por exemplo, um item pode ser roubado da sua personagem principal, uma pessoa próxima a ela pode desaparecer, e a personagem pode testemunhar um crime e depois ser convidada para ajudar a resolvê-lo.
  4. Crie tensão na história tornando difícil para o protagonista resolver o quebra-cabeça. Você pode usar obstáculos como outras pessoas ou suspeitos, pistas falsas e enganosas ou outros crimes. [9]
    • Crie uma lista de possíveis suspeitos que a personagem principal pode encontrar ao longo da história. Você pode usar vários para colocar o detetive ou o leitor na direção errada, criando suspense e surpresa. [10]
    • Escreva uma lista de pistas. As manobras de diversão são pistas falsas ou enganosas. Sua história será mais forte se você incluir várias manobras desse tipo na história. Por exemplo, a personagem principal poderá encontrar uma pista que aponta para um suspeito, porém mais tarde descobrir que ela na verdade está ligada a outro. Ou o detetive poderá encontrar uma pista sem perceber que ela é crucial para desvendar todo o mistério. [11]
  5. O gancho é um momento, geralmente no final de uma cena, em que o protagonista fica em uma situação que o prende ou o coloca em perigo. Ele é importante em um mistério porque mantém o leitor envolvido e impulsiona a história para frente. Possíveis ganchos poderiam ser: [12]
    • A personagem principal está investigando uma pista sozinha e encontra o assassino.
    • O protagonista começa a duvidar de suas habilidades e abaixa a guarda, permitindo que o assassino mate novamente.
    • Ninguém acredita na personagem principal. Ela tenta solucionar o crime sozinha e acaba sendo sequestrada.
    • O protagonista é ferido e preso em um lugar perigoso.
    • A personagem principal perderá uma pista importante se não puder sair de um determinado local ou situação.
  6. Encerre a história com a solução para o enigma. No final da maior parte dos mistérios, a personagem principal tem uma mudança positiva na perspectiva dela. As possíveis resoluções incluem: [13]
    • O protagonista salva alguém próximo a ele ou uma pessoa inocente envolvida no mistério.
    • A personagem principal se salva e muda por causa de sua coragem ou inteligência.
    • O protagonista expõe um mau caráter ou uma organização criminosa.
    • A personagem principal expõe o assassino ou a pessoa responsável pelo crime.
  7. Agora que você já considerou todos os aspectos, crie um contorno claro da trama. É importante mapear como exatamente o mistério vai se desdobrar antes de sentar para escrever a narrativa, pois assim será possível garantir que não haja pontas soltas. Seu esboço deverá seguir a ordem em que os eventos ou pontos do enredo acontecerão. Ele deve incluir: [14]
    • A apresentação da personagem principal e do cenário.
    • O incidente ou crime desencadeador da ação.
    • A chamada para a ação: o protagonista se empenha na solução do crime.
    • Testes e tribulações: a personagem principal encontra pistas e potenciais suspeitos e tenta se manter viva enquanto busca a verdade. As pessoas próximas podem ser sequestradas como ameaça.
    • A provação: o protagonista acredita que encontrou uma pista ou suspeito chave e que resolveu o crime. Esta é uma falsa resolução e uma boa maneira de surpreender o leitor quando ficar provado que a personagem principal entendeu errado.
    • O grande revés: tudo parece perdido para o protagonista. Ele encontrou o suspeito ou a pista errados, outra pessoa foi morta ou ferida e todos os seus aliados já o abandonaram. Um grande revés vai aumentar a tensão na história e manter o leitor interessado.
    • A revelação: a personagem principal reúne todas as partes interessadas, expõe as evidências, explica as pistas falsas e revela quem é o assassino ou culpado.
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Parte 3
Parte 3 de 3:

Escrevendo a história

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  1. Uma das melhores maneiras de criar um ambiente ou atmosfera é focando nos cinco sentidos: visão, audição, olfato, tato e paladar. As descrições de detalhes sensoriais também podem criar bastidores para a personagem. Por exemplo, em vez de dizer ao leitor que o protagonista comeu cereal no café da manhã, você fazer com que ele sinta o gosto dos restos de cereal na boca ou o cheiro do cereal que derramou sobre as mãos. [15]
    • Pense no que a personagem principal pode ver em um determinado cenário. Por exemplo, se ela morar em uma casa bem parecida com a sua em uma cidade pequena, você pode descrever o quarto dela ou a caminhada até a escola. Se você estiver usando um cenário histórico específico, como a Califórnia dos anos 1970, pode descrever o protagonista em uma esquina qualquer olhando para a arquitetura única ou para os carros que passam.
    • Considere o que a personagem principal pode ouvir em um determinado cenário. Seu detetive poderá escutar o cantar dos pássaros e os irrigadores sobre os gramados no caminho para a escola ou o ronco dos carros e a quebra das ondas na praia.
    • Descreva os odores que o protagonista pode sentir em certos locais. Ele pode acordar com o cheiro do café sendo feito na cozinha pelos pais ou ser atingido pelo cheiro da cidade: lixo em decomposição e odor corporal.
    • Descreva o que sua personagem pode sentir. Pode ser uma brisa leve, uma dor aguda, um choque repentino ou um arrepio pela espinha abaixo. Concentre-se em como o corpo dela pode reagir a um sentimento.
    • Pense no que o protagonista pode provar. Ele poderá ainda sentir o sabor do cereal que comeu no café ou da bebida da noite anterior.
  2. Pule os longos parágrafos de descrição de cenário ou da personagem, especialmente nas primeiras páginas. É importante prender o leitor começando no meio da ação, enquanto seu protagonista se move e pensa. [16]
    • Seja conciso com a linguagem e a descrição. A maioria dos leitores continua lendo um bom mistério porque se envolve com a personagem principal e quer ver o sucesso dela. Seja breve, porém específico ao descrever o protagonista e a perspectiva que ele tem do mundo.
    • Por exemplo, "O Sono Eterno" de Chandler começa situando o leitor em um cenário e dando a ele uma noção da perspectiva de Marlowe sobre o mundo: "Eram cerca de onze horas da manhã, em meados de outubro, o sol não brilhava, e uma massa de chuva pesada se aproximava, vindo das montanhas. Eu estava usando meu terno azul-claro acinzentado com camisa azul-escura, gravata, lenço dobrado no bolso, sapatos pretos, meias de lã pretas com bordados azuis. Estava limpo, impecável, barbeado e sóbrio, e não estava ligando se alguém percebia. Eu era tudo o que um detetive particular de boa aparência deve ser. Eu estava batendo à porta de quatro milhões de dólares." [17]
    • Com esse começo, a história se inicia em ação, com hora, data e cenário específicos. Ela então apresenta a descrição física da personagem principal e de seu cargo. A seção termina com a motivação do protagonista: quatro milhões de dólares. Em três linhas, Chandler cobriu muitos pormenores essenciais da personagem, do cenário e da história.
  3. Se você disser: "O detetive era descolado", o leitor terá de acreditar na sua palavra. Mas se você mostrar como o detetive era descolado descrevendo a roupa que ele usa e a maneira como ele entra em um cômodo, o leitor poderá ver o quanto isso é verdade. O impacto de mostrar ao leitor certos detalhes é muito mais poderoso do que apenas dizer a ele o que pensar. [18]
    • Pense em como você reagiria em uma situação se estivesse com raiva ou medo e faça a personagem reagir de maneiras que comuniquem os sentimentos dela sem dizer quais são eles. Por exemplo, em vez de: "Stephanie estava com raiva", você poderia escrever: "Stephanie bateu com o copo d'água na mesa tão forte que seu prato se agitou. Ela o encarou e começou a rasgar o fino guardanapo branco em pedaços com os dedos."
    • Mostrar, em vez de contar, também funciona bem para a descrição de cenário. Por exemplo, em "O Sono Eterno", em vez de dizer ao leitor que os Sternwoods eram ricos, Chandler descreve os detalhes luxuosos da propriedade: "Havia portas envidraçadas no fundo do salão, e para além delas se via uma larga extensão de grama cor de esmeralda que ia até uma garagem branca, diante da qual um chofer magro, jovem, em uniforme reluzente, estava polindo um Packard marrom conversível. Depois da garagem viam-se árvores decorativas tão bem tosadas quanto cachorrinhos poodle. Mais adiante, uma enorme estufa com teto em redoma. Então mais árvores e, depois de tudo, a linha sólida, desigual e agradável dos contrafortes das montanhas."
  4. Ao criar um mistério, é importante que a resolução não pareça abrupta ou barata. Tente sempre jogar limpo e surpreender, em vez de confundir o leitor. As pistas apresentadas na história devem levar à solução de maneira lógica e clara apesar das pistas falsas. O leitor vai gostar do final se você o fizer pensar: "Era tão óbvio, eu deveria ter percebido!". [19]
  5. Depois de criar um primeiro esboço do seu mistério, passe pelas páginas e procure por aspectos essenciais, incluindo: [20]
    • O enredo: garanta que sua história se atenha ao esboço e tenha começo, meio e fim claros. Você também deve confirmar as mudanças sofridas pelo protagonista até o fim da narrativa.
    • Personagens: todas, incluindo a principal, são únicas e distintas? Elas falam e agem da mesma forma ou são diferentes umas das outras? Parecem originais e cativantes?
    • Ritmo: trata-se da velocidade com que a ação se move na história. Um bom ritmo parecerá invisível para o leitor. Se a história estiver se movendo muito rápido, deixe as cenas mais longas para explorar as emoções das personagens. Caso a narrativa pareça travada ou confusa, encurte as cenas para incluir apenas informações essenciais. Uma boa regra geral é sempre terminar uma cena mais cedo do que você gostaria. Assim, a tensão não cairá de um momento para o outro, e o ritmo da história será mantido.
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Materiais Necessários

  • Papel e caneta ou um computador com um processador de texto como o Word
  • Livros e histórias de mistério
  • Uma ideia ou enredo para a história
  • Dicionário de sinônimos

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