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O câncer colorretal, também chamado de câncer de cólon e reto, é a segunda principal causa de mortes por câncer no Brasil, de acordo com o Instituto Nacional de Câncer (INCA). Esse tipo de câncer afeta homens e mulheres de todos os grupos raciais e étnicos, sendo que mais de 90% dos casos ocorrem em pessoas com mais de 50 anos. Infelizmente, o câncer colorretal apresenta poucos ou nenhum sintoma no início, por isso, é sempre bom procurar um médico se você tiver quaisquer sintomas relativos a essa condição, mas não se desespere, pois pode ser que você esteja com outro problema gastrointestinal, não câncer. Portanto, aprenda aqui a reconhecer os sintomas de câncer colorretal para procurar um médico o quanto antes e fazer o tratamento mais adequado para a sua condição. [1]

Método 1
Método 1 de 2:

Identificando os sintomas do câncer de cólon e reto

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  1. Se você tiver um sangramento retal contínuo que não parece ser resultado de hemorroidas ou cortes na região, vá a um proctologista ou gastroenterologista para dar uma olhada. Mesmo que seja apenas uma pequena quantidade de sangue que saia no papel higiênico, é melhor prevenir do que remediar, [2] já que o sangue nas fezes é um sintoma comum do câncer de cólon e reto.
    • O sangue pode fazer com que as fezes pareçam mais vermelhas ou mais escuras do que o normal. Um sangramento no alto do trato digestivo, por exemplo, pode fazer com que as fezes pareçam pretas. Portanto, se não tiver certeza se há sangue ou não nas suas fezes, vá ao médico para que ele possa pedir alguns exames para você.
    • O sangue nas fezes também pode causar um odor desagradável. Então, se notar uma mudança drástica no cheiro das suas fezes, procure um proctologista o mais rápido possível.
  2. Atente-se a mudanças nos movimentos intestinais, como diarreia ou constipação, que já estejam durando três ou quatro dias. Se estiver, há três ou quatro dias, tendo diarreia ou constipação com frequência, notando que as suas fezes estão mais longas e finas, ou sentindo que ainda precisa ir ao banheiro mesmo depois de já ter evacuado, procure um proctologista imediatamente. [3]
    • Preste atenção ao padrão dos seus movimentos intestinais. Se as coisas parecerem diferentes ou você notar algo que o preocupa, seja uma alteração na frequência com que vai ao banheiro ou uma diferença na consistência das fezes, marque uma consulta com o médico para tirar a dúvida.
    • Esses sintomas não indicam necessariamente que você tem um câncer colorretal, já que sintomas semelhantes também são comuns na síndrome do intestino irritável (SII) e em uma série de outros problemas relativos ao trato gastrointestinal.
  3. Esses sintomas acompanham as mudanças desconfortáveis que você pode sentir nos movimentos intestinais. Então, se tiver dor na região abdominal e inchaço que parecem não ter outra causa, procure um proctologista ou um gastroenterologista. [4]
    • Você também pode sentir dor pélvica.
    • Mais uma vez, esses sintomas também são comuns a diversas outras doenças, portanto, tê-los não indica necessariamente que você esteja com câncer de cólon e reto. Ainda assim, é melhor sempre procurar um médico para tirar a dúvida.
  4. Pessoas com câncer colorretal podem perder o apetite ou emagrecer de uma hora para outra sem qualquer explicação. Então, se estiver perdendo o apetite, notando mudanças no seu gosto alimentar ou estiver emagrecendo sem fazer esforço, procure um gastroenterologista ou um proctologista para avaliar melhor a sua situação. [5]
    • É normal emagrecer um pouco de tempos em tempos. No entanto, se você perder 5 kg ou mais em menos de seis meses sem fazer qualquer esforço para isso, marque uma consulta médica. [6]
  5. Esse é um sintoma comum a muitos tipos de câncer, incluindo o colorretal. Então, se estiver se sentindo muito cansado e com fraqueza sem motivo aparente e ainda estiver com algum outro sintoma relativo ao câncer de cólon e reto, procure um proctologista imediatamente. [7]
    • Fique atento principalmente ao cansaço ou à fadiga que não melhora mesmo quando você descansa. [8]
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Método 2
Método 2 de 2:

Fazendo um diagnóstico adequado

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  1. Se acredita que pode estar com algum sintoma dessa condição, marque uma consulta com um proctologista ou com um oncologista o mais rápido possível. Assim, o médico poderá solicitar alguns exames para procurar sinais de câncer ou excluir outras condições que podem causar sintomas semelhantes. [9]
    • Outras condições que podem imitar os sintomas do câncer colorretal são infecções gastrointestinais, síndrome do intestino irritável e hemorroidas.
  2. Contar ao médico sobre essas questões o ajudará a determinar se você pode ou não ter um câncer colorretal. A idade é o principal fator de risco, já que a maioria das pessoas com esse tipo de câncer tem mais de 50 anos, mas existem vários outros fatores que também podem contribuir para o surgimento e desenvolvimento do câncer de cólon e reto, [10] como, por exemplo:
    • Ser afro-americano;
    • Ter histórico de câncer de cólon ou de pólipos no intestino;
    • Ter uma síndrome herdada que pode levar ao câncer colorretal, como a polipose adenomatosa familiar ou o câncer colorretal hereditário não poliposo (síndrome de Lynch);
    • Ser sedentário;
    • Ter uma dieta pobre em fibras e rica em gorduras;
    • Ser diabético ou obeso;
    • Fumar e beber.
  3. A melhor maneira de prevenir o câncer de cólon e reto ou detectá-lo mais precocemente é fazendo exames preventivos regulares após os 50 anos de idade. Esses exames ajudarão a determinar se os pólipos ou tumores são cancerígenos ou pré-cancerígenos. Os exames normalmente solicitados pelo médico são: [11]
    • Sangue oculto nas fezes, para ver se há sangue escondido nas suas fezes;
    • Teste de DNA fecal para verificar se há marcadores genéticos de câncer nas fezes e detectar crescimentos pré-cancerígenos no cólon; [12]
    • Sigmoidoscopia, um exame minimamente invasivo que procura pólipos e crescimentos anormais no reto e no cólon inferior;
    • Colonoscopia, exame invasivo que examina todo o cólon em busca de tumores cancerígenos ou pré-cancerosos, que são removidos e enviados para a biopsia para diagnóstico;
    • Colonoscopia virtual (CV) ou enema de bário com duplo contraste (EBDC), diferentes tipos de raios-x que mostram pólipos e crescimentos anormais no cólon.
  4. Receber um diagnóstico de câncer é sempre assustador. No entanto, apesar dessa infelicidade, existem várias opções de tratamento que podem funcionar para combater o câncer e controlar os seus sintomas. Por isso, tente não se desesperar e converse com o oncologista para definirem juntos as melhores opções de tratamento para o seu caso. [13]
    • O tratamento mais indicado para você dependerá do seu quadro de saúde de modo geral e do grau de avanço ou disseminação do câncer. Por exemplo, se você tiver um câncer de cólon e reto pequeno e em estágio inicial, o oncologista poderá simplesmente removê-lo cirurgicamente durante uma colonoscopia. [14]
    • Para casos de câncer colorretal mais avançados, você provavelmente precisará de tratamentos adicionais, como quimioterapia, radioterapia ou remoção cirúrgica de parte do cólon.
    • Se estiver com dificuldade de lidar com esse diagnóstico, o médico poderá encaminhá-lo para um psicólogo. Além disso, saiba que você não está sozinho. Conte sempre com o apoio dos seus entes queridos, que, com certeza, estarão lá para ajudar.
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Dicas

  • Existem comprovações científicas de que os exames preventivos para o câncer colorretal (a partir dos 50 anos) ajudam a diminuir as mortes por esse tipo de câncer. Então, procure um proctologista ou um oncologista para fazer os exames preventivos assim que ele julgar necessário.
  • A maioria dos cânceres colorretais começa como pólipos (crescimentos ou tumores anormais) no cólon ou no reto. Esses crescimentos anormais, por sua vez, podem se transformar em câncer anos mais tarde.
  • Se você estiver no grupo de risco para desenvolver um câncer de cólon e reto, procure um proctologista ou um oncologista para saber o que você pode fazer para diminuir esse risco, como mudanças no estilo de vida e na alimentação, praticar exercício, parar de beber e de fumar e, é claro, continuar fazendo os exames regularmente. [15]
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