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As conversas com amigos e familiares costumam ser informais, recheadas de gírias e vícios de linguagem. Nesses ambientes, falar dessa maneira não é um problema, pois são situações de descontração. Entretanto, para a vida profissional e acadêmica isso é péssimo e esse costume deve ser corrigido. Saber quais são os vícios de linguagem e como costumamos usá-los é o primeiro passo para abandoná-los. Se fiscalizar para não repeti-los pode ser um pouco trabalhoso, mas não é nada impossível.
Passos
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Entenda por que esses termos são utilizados em conversas informais. Em conversas com amigos é normal apelarmos para as gírias, seja por preguiça de elaborar melhor o que será dito ou por vergonha de parecermos “caretas”; é claro que em uma mesa de bar ninguém falará como se estivesse defendendo uma tese. No entanto, o uso recorrente dessas expressões desenvolve o hábito e é aí que começa o problema.
- Não tenha medo de parecer “quadrado” por falar corretamente. Embora não seja necessário falar como um erudito em um papo sem compromisso, é uma boa ideia controlar o uso do “tá ligado?” e do “Meu”, por exemplo. Quando estiver conversando com amigos, fiscalize-se para falar corretamente. Assim, você estará acostumado com esse estilo de discurso em situações formais, como entrevistas de emprego e apresentações acadêmicas.
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Entenda por que esses termos são usados em situações formais. Como dito anteriormente, o uso recorrente dessas expressões no dia a dia faz com que o indivíduo esqueça como é se comunicar sem essas muletas. Dessa maneira, é muito mais difícil se portar em uma palestra se a sua linguagem é outra diariamente, é quase como falar um outro idioma. Além disso, as emoções em situações como essa também desempenham um papel importante, principalmente o nervosismo.Publicidade
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Leia mais. Procure livros, jornais, blogs e artigos que o interessem e leia diariamente. Sem saber como é a língua culta, é impossível se livrar dos erros gramaticais e gírias.
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Escreva mais. A prática leva à perfeição. Uma pessoa que sabe escrever bem tem mais chances de se comunicar com sucesso. Discursos costumam ser escritos antes da apresentação, isso é parte da oratória.
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Estude o conteúdo do que será falado. Seja para uma entrevista de emprego ou seminário na faculdade, você deve estar preparado para falar. Isso quer dizer estudar a matéria que será apresentada, se informar sobre o cargo pretendido e sobre a empresa que o entrevistará, analisar o conteúdo da reunião, etc. Ter confiança no que será dito é de grande ajuda na hora H e isso só acontece quando dominamos o assunto. Quem apresenta o que não sabe fatalmente acaba recorrendo aos vícios de linguagem.
- Quando estiver estudando, prepare-se para as eventuais perguntas. Reflita sobre a apresentação, descubra quais pontos podem gerar dúvidas e elabore boas explicações para as dúvidas que surgirem. Ser pego de surpresa o deixará mais nervoso.
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Não fique nervoso. A dica anterior deve ajudar com isso, mas é necessário ter também autocontrole. Ocasiões formais são um prato cheio para o nervosismo, por mais preparada que a pessoa esteja. Adotar técnicas de relaxamento e se cuidar são as melhores formas de controlar a impulsividade causada pela ansiedade.
- Caso você tenha problemas sérios de ansiedade e ela interfira em sua vida frequentemente, considere fazer terapia. Um psicólogo pode fornecer as ferramentas para controlar sua mente e até encaminhá-lo a um psiquiatra se o seu caso exigir o uso de medicamentos.
- Durma bem na noite anterior à apresentação. A privação de sono atrapalha a concentração e também propicia o nervosismo.
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Respire corretamente. Quando estiver falando para uma audiência, não esqueça de respirar. Pode parecer bobagem, mas muitas pessoas perdem o controle da respiração quando estão sob pressão e isso pode ocasionar o uso dos vícios de linguagem; o palestrante acaba recorrendo a eles em momentos em que poderia tranquilamente fazer uma pausa para respirar, sem perder a atenção dos ouvintes.
- Entre um trecho e outro, inspire lentamente pelo nariz, usando a barriga; solte o ar lentamente e continue falando. Além de evitar os vícios de linguagem, isso trará uma sensação de relaxamento proveitosa para a situação e você acabará a apresentação se sentindo bem disposto.
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Olhe para todos os lados da plateia. Embora focar um ou outro espectador seja uma boa técnica para prender a atenção da audiência, não se esqueça de visualizar todos os presentes, para que saibam que você está falando com eles também.
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Não se distraia. Observar que a menina da segunda fileira está no celular pode interferir na linha de raciocínio e causar um “branco”. Concentre-se no que está falando, não no que está vendo.Publicidade
Dicas
- Quando tiver mais intimidade com textos e artigos, você terá mais facilidade para escrever de maneira clara e coesa. Portanto, tente ler e escrever diariamente. Isso ajudará com a oratória e com sua redação também, fundamental para todos os aspectos da vida.
- Para saber mais sobre a empresa que fará a entrevista, pesquise-a na internet. Saber a história dela certamente deixará o entrevistador impressionado e esse é um ponto positivo para você.
- Caso você esteja escrevendo uma obra literária, não tenha medo de usar os recursos de linguagem. Existem momentos em que os vícios de linguagem podem funcionar em seu favor, como na composição de uma personagem, por exemplo. Tenha bom senso.
- Não use a língua culta quando estiver falando com amigos e assistindo um jogo de futebol, mas não use somente gírias. Exercite sua flexibilidade linguística.
- Tanto o ENEM quanto a maioria dos vestibulares descontam pontos das redações que contêm vícios de linguagem. Fique sempre atento ao escrever!
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Referências
Sobre este guia wikiHow
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