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Cheio de exceções às regras sintáticas e gramaticais, o inglês é uma língua bem complicada. Devido às variações dialetais e de fala de região para região, o inglês americano pode ser ainda mais difícil de aprender. Para falar que nem um americano, comece escolhendo uma região para imitar o vocabulário e a prosódia. Carregar um bloquinho no bolso para anotar frases e expressões idiomáticas únicas da região escolhida também pode ser uma ótima ideia. Com um pouco de prática, você logo, logo, vai estar falando inglês que nem um nativo.

Método 1
Método 1 de 3:

Usando o vocabulário americano

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  1. Os artigos da língua inglesa são “the”, “a” e “an”. No entanto, muito embora não haja nenhuma regra estrita, a forma como os americanos usam esses artigos é completamente diferente de outros povos anglófonos. No geral, o artigo só é deixado de lado antes de palavras como “church” (igreja), “college” (faculdade) e “class” (aula), entre outras. Experimente repetir várias vezes uma frase que lhe pareça estranha com o novo artigo até se acostumar. [1]
    • Os americanos dizem “go to college” (ir para a faculdade), mas também dizem “go to the university” (ir para a universidade).
    • Um britânico ou um irlandês diria “went to hospital” (foi ao hospital), mas os americanos sempre dizem “to the hospital”.
    • A diferença entre “a” e “an” não está na letra que vem imediatamente depois do artigo. A questão, na verdade, é se o substantivo começa com um som de vogal ou de consoante. O “an” deve ser usado antes de sons de vogais, ao passo que o “a” precede consoantes. Como, no inglês americano, o h de “honor” (honra) é mudo, por exemplo, o certo é dizer “it’s an honor to meet you” (é uma honra conhecê-lo), pelo menos nos Estados Unidos.
    • O uso dos artigos é uma das coisas que torna o inglês uma língua difícil de aprender. Com um pouquinho de esforço, porém, você vai se acostumar rapidinho.
  2. Assim como no inglês australiano, no britânico e no irlandês, existem várias palavras que só existem no inglês americano. Usar termos como “motorway” (rodovia) ou “ice lolly” (picolé) vai fazer com que todo mundo saiba logo de cara que você não é americano. Para se misturar, tente se acostumar com o palavreado local, usando-o diariamente para memorizá-lo. [2]
    • Para quem não está familiarizado, se acostumar com o vocabulário americano pode ser difícil. Dê tempo ao tempo. Quando mais você usar as palavras e ouvir os americanos falando, mais rápido você vai se adaptar.
    • Assista a filmes e programas de TV americanos para aprender frases comuns no dia a dia de quem vive nos Estados Unidos. Caso não consiga entender uma palavra apenas com base no contexto, anote-a para procurar o significado depois.

    Termos americanos comuns

    Use "restroom/bathroom" em vez de "toilet/lavatory/loo" (banheiro).

    Use "elevator" em vez de "lift" (elevador).

    Use "trunk" em vez de "boot" (porta-malas).

    Use "freeway" em vez de "motorway".

    Use "sweater" em vez de "jumper" (suéter).

    Use “pants” em vez de “trousers” (calça).

    Use "vest" em vez de "waistcoat" (colete). A camiseta usada por baixo de algumas roupas costuma ser chamada de “undershirt”.

    Use "sneakers" ou “tennis shoes” em vez de "trainers" (tênis).

    Use "diaper" em vez de "nappy" (fralda).

    Use "vacation" em vez de "holiday" (férias). A palavra “holiday” é usada para descrever apenas feriados bancários. No plural, ela costuma indicar as festas de fim de ano.

    Use "bag of chips" em vez de "packet of crisps" (pacote de batata fritas).

    Use "gasoline" em vez de "petrol" (gasolina), assim como "gas station" em vez de "filling station" ou "petrol station" (posto de gasolina).

    Use "truck" em vez de "lorry" (caminhão).

  3. Os americanos usam diversas expressões que só são compreensíveis no sentido figurado. Quando um americano diz, por exemplo, “it’s raining cats and dogs” (está chovendo cães e gatos, literalmente), ele quer dizer que está chovendo muito, não que tem animais caindo do céu. Sempre que ouvir alguém usando uma expressão, pergunte o que ela quer dizer e tente usá-la no seu dia a dia para se acostumar. Experimente usar as expressões que ouvir em diferentes contextos para pegar o jeito. [3]
    • “I could care less” (eu poderia ligar menos, literalmente) é a mesma coisa que “I couldn’t care less” (eu não poderia ligar menos, literalmente) no inglês americano. Embora não seja tecnicamente uma expressão, é uma frase estranha, que significa algo totalmente diferente do sentido literal.

    Expressões americanas comuns

    “Cat nap” é uma sonequinha rápida.

    “Hancock” é a assinatura de uma pessoa.

    “Barking up the wrong tree” significa procurar algo no lugar errado ou acusar a pessoa errada.

    “Far cry” significa que há uma grande diferença entre duas coisas que estão sendo comparadas.

    “To give someone the benefit of the doubt” quer dizer confiar em alguém sem precisar de provas.

    “See eye to eye with someone" quer dizer concordar plenamente com alguém.

    “To kill two birds with one stone” significa resolver dois problemas de uma vez só.

    “Last straw” é um problema novo que faz com que alguma coisa finalmente aconteça.

    “To have the best of both worlds” quer dizer se beneficiar de todas as vantagens de duas opções.

    “Hang out” quer dizer relaxar.

    “What’s up?” é um jeito de dizer “Como estão as coisas?” ou “Do que você precisa?”.

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Método 2
Método 2 de 3:

Acertando a pronúncia dos dialetos americanos

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  1. Embora cada região dos Estados Unidos tenha um falar próprio, existe um inglês americano estereotípico que serve de base para quem quer aprender os dialetos locais. No geral, o inglês americano tem vogais e Rs mais fortes e pronunciados. Enquanto outras variedades da língua inglesa, como a britânia, a irlandesa e a australiana, misturam as vogais e os Rs, o inglês americano costuma dar bastante ênfase a esses elementos. [4]
    • Um R mais duro faz com que palavras como “card” (carta ou cartão) soem mais como “kaard” em vez de “cawd”. Outro bom exemplo é “other” (outro), que, no inglês britânico, tem som de “oth-a”, mas, no americano, tem som de “uh-ther”.
    • Já optar por vogais duras em vez de brandas faz com que palavras como “cut” (cortar) tenham som de “khut” nos Estados Unidos, em vez de “khat”, como acontece na Inglaterra.

    Dica: Assista a telejornais americanos para ver como é o inglês americano geral. Essa forma de falar é muitas vezes chamada de “newscaster accent” (sotaque de repórter televisivo) ou “television English” (inglês da televisão). [5]

  2. Embora existam várias versões do sotaque sulista, é possível imitar o falar básico da região trocando os sons de algumas vogais. Transforme os Os em Is e os Is em Os. Também é comum os sons de I serem arrastados até se parecerem com o som de dois Es. Isso acontece em palavras como “bill” (conta), que os sulistas pronunciam como se fosse “bee-hill”. O contrário também é verdadeiro: “pen” (caneta), por exemplo, é pronunciado como “pin”. [6]
    • Outros exemplos são “feel” (sentir), que se parece com “fill”, e “think” (pensar), que tem som de “thenk”. Em ambos os exemplos, o E e o I são trocados de lugar.
    • Trocar o O e o I de lugar faz com que palavras como “hot” (quente) e “like” (gostar ou como) soem como “hight” e “lok”.
  3. Embora Nova York, Boston e Filadélfia tenham sotaques próprios, as três cidades tendem a trocar sons de A e O por “aw” ou “uh”. Usando bastante o céu da boca, troque As e Os mais brandos por “aw” para imitar o sotaque do nordeste americano. [7]
    • Nessa região, palavras como “call” (chamar ou ligar) e “talk” (falar ou conversar” soam como “kawl” e “tawk”, ao passo que “off” (desligado) e “love” (amor ou amar) soam como “awf” e “lawve”.
  4. O meio-oeste é o lar de uma ampla gama de sotaques, mas quase todos trocam os Os mais curtos por A. Brinque com os sons de O para deixá-los mais longos ou mais curtos e parecer um verdadeiro cidadão do meio-oeste americano. [8]
    • Essa mudança faz com que palavras como “hot” soem como “hat”. No entanto, em alguns casos, os Os mais longos costumam se estendidos, de forma que “whose” (de quem), por exemplo, soe mais como “hooz” do que como “whues”.
  5. A costa oeste também tem a sua variedade de sotaques, mas quem é da Califórnia costuma abrir bem a boca para enfatizar os sons de K e eliminar completamente os Ts. Além disso, os californianos também forçam bastante o R quando ele vem no final de uma palavra. [9]
    • No sotaque californiano, uma frase como “I like that here” (gosto disso aqui) soa como “I lyke tha hear”.
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Método 3
Método 3 de 3:

Usando gírias e acertando no tom

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  1. A gíria sulista mais fácil de incorporar ao vocabulário do dia a dia é “y’all”, que deve ser usada no lugar de “you all” ou “everyone”. Quem é do sul também costuma dizer “git” em vez de “get” (pegar). Outras gírias comuns na região são “yonder” (lá) e “fixin’” (prestes a fazer alguma coisa). [10]
    • O sul é cheio de expressões e frases feitas, como “bless your heart”, que significa “você é um amor”, e “pretty as peach”, usada para descrever algo ou alguém fofo ou agradável.
    • O sul dos Estados Unidos é uma região muito religiosa. Logo, os sulistas usam bastante a palavra “bless” (abençoar) em frases como “bless your heart” e “God bless you” (Deus o abençoe).
  2. Os falantes da costa leste costumam dizer “ey” ou “ah” para ocupar espaço nos intervalos da fala. Em Boston, “wicked” pode ser usado tanto no sentido de “awesome” (muito bom) quanto de “really” (realmente). “Very” (muito) costuma ser substituído por “hella”. Uma pessoa “hella wicked smaht” é alguém “really very smart” (realmente muito inteligente), por exemplo. Já os nova-iorquinos são conhecidos por dizer “fuggetaboutit”, uma versão truncada de “forget about it” (esquece isso), expressão que significa que tudo está bem. [11]
    • Na costa leste, levantar a voz nem sempre é considerado falta de educação.
    • Na Filadélfia, a palavra “jawn” pode ser usada no lugar de qualquer substantivo. O significado é determinado pelo contexto. “That jawn” pode querer dizer “that girl” (aquela garota), “that food” (aquela comida) ou até mesmo “that politician” (aquele político). Só depende de qual é o assunto.
    • Caso alguém da costa leste diga “the City” (a Cidade), ele está falando de Nova York. O estado de Nova York costuma ser chamado de “New York State”.
  3. Use sempre “you guys” em vez de “y’all”, “you all” ou “everyone” se quiser parecer um nativo do meio-oeste americano. Também é essencial que você chame bebidas gaseificadas de “pop” em vez de “soda”. [12]
    • No meio-oeste, as pessoas usam e abusam de palavras como “thanks” (obrigado) e “sorry” (desculpa). Às vezes, elas são substituídas por “ope”, uma combinação de “oh” e “whoops” usada para expressar arrependimento diante de um errinho.
    • Quem é de Chicago costuma usar “goes” (vai) no lugar de “went” (foi) ou “go” (ir). Também é comum o uso de “dip” no sentido de “leave” (sair) ou “vacate” (vagar).
  4. Os californianos costumam falar de um jeito mais animadinho, como se estivessem sempre de bom humor. Outro elemento-chave do falar californiano é o uso frequente da palavra “dude”, um termo regional para se referir a uma pessoa (geralmente do sexo masculino) de quem você é próximo. [13]
    • “Radical” e “sick” são comumente usados no mesmo sentido que “awesome”. Na California, dizer que alguém é um “sick dude” é um elogio. Ninguém está chamando você de doente.
    • Assim como os nativos de Boston, os californianos também adoram a palavra “hella”. Porém, eles a pronunciam como “helluva” e costumam transformá-la em superlativo para descrever uma pessoa ou uma situação. Caso alguém descreva uma festa como “a helluva good time”, por exemplo, isso quer dizer que a festa foi muito boa.

    Dica: Junte ou abrevie palavras para soar como um nativo modernoso da costa oeste. É comum, por exemplo, as pessoas dizerem “guac” em vez de “guacamole” ou “Cali” em vez de “California”.

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Dicas

  • Peça ajuda para entender frases e expressões locais. A maioria dos americanos é solícita e adora ajudar quem está aprendendo a falar inglês.
  • Os americanos costumam “engolir” Ts duplos no meio das palavras, transformando-os em Ds. “Bottle” (garrafa), por exemplo, tem som de “boddle”, ao passo que “little” (pequeno) se parece com “liddle”.
  • ”Southern drawl” é como os americanos chamam a forma de misturar e trocar as vogais dos dialetos sulistas.
  • Caso já tenha ouvido um francês falando inglês, misture esse sotaque com a vocalização sulista para imitar o sotaque cajun do sul da Louisiana.
  • Os moradores de Boston e Nova York costumam trocar os Rs por “ah” e outros sons de A. Isso faz com que palavras como “water” (água) e “car” (carro) fiquem parecidas com “wat-ah” e “cah”.
  • Para imitar o sotaque de Chicago, troque o “th” por “d”. Palavras como “there” (ali) e “they” (eles) têm quase o mesmo som que “dare” (desafio) e “day” (dia). Já para recriar o sotaque genérico do meio-oeste, fale o A de palavras como “catcher” (apanhador) que nem o do dicionário, de forma que ela soe mais como “caytch-her” do que “ketcher”.
  • O sotaque Valley Girl possui uma inflexão para cima no final das frases que faz com que afirmações pareçam perguntas.
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