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Está frustrado por seus filhos adultos e capazes de serem autossuficientes ainda morarem com você? Está sentindo que sua casa está se parecendo cada dia mais com um hotel gratuito? Se decidiu que é hora de que os filhos saiam do ninho, mas eles se recusam a seguir por conta própria, siga nossas dicas.

Parte 1
Parte 1 de 3:

Avaliando se o seu filho está tirando vantagem de você

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  1. Como pai, é normal não ter certeza se quer encorajar seus filhos a sair de casa. Por um lado, você provavelmente gosta da companhia deles ou não quer que eles sofram para pagar as contas. Você definitivamente não quer sentir como se estivesse expulsando ninguém de casa. Por outro lado, é normal sentir sentindo que seu filho não se mexe e que, se não tomar uma atitude agora, ele pode nunca se tornar autossuficiente. [1] É importante navegar por todos esses sentimentos mistos antes de ter um papo sério com o jovem. [2]
  2. Seja bem sincero e pense em todas formas nas quais a presença do jovem em casa o deixam desconfortável, sem deixar se abalar pela culpa. Alguns motivos podem ser óbvios, como o caso de desrespeito por privacidade ou pertences, enquanto outros são mais sutis e pessoais, como ouvir os jovens fazendo sexo no quarto ao lado ou o fato de você ser o responsável por todas as obrigações da casa. [3]
    • Avalie se há um motivo real pelo qual o seu filho seja incapaz de viver por conta própria. Muitos pais relutam em encorajar a saída dos filhos de casa por acreditarem que os jovens não têm os recursos necessários para uma vida independente. Na maioria das vezes, entretanto, isso não é verdade. Seu filho provavelmente é capaz de viver por conta própria, mesmo que isso implique em reduzir os padrões de vida, como sair de uma casa completa para um apartamento pouco equipado e compartilhado com outras pessoas. Se essa for o caso, entenda que você não o está preparando para a vida real, mas que o está mimando com conforto.
  3. Muitos pais cometem o erro de não confiarem nos filhos. Nada de invadir a privacidade do jovem e vasculhar os pertences dele. Vocês são todos adultos, portanto, se tiver alguma dúvida, pergunte. É comum que os filhos não se sintam capazes de viver por conta própria pelo fato dos pais tomarem conta de tudo que envolve a vida deles. [4]
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Parte 2
Parte 2 de 3:

Analisando a necessidade da saída do seu filho

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  1. É bastante normal que apenas um dos pais queira que o filho saia de casa, acredite se quiser. [5] Antes de dar um empurrãozinho no jovem para que ele se torne independente, é importante que você e sua parceira estejam de acordo com a situação.
  2. Trata-se de uma pergunta relativamente simples, mas que vai revelar um pouco sobre os motivos do jovem continuar morando com vocês. Normalmente, a resposta vai começar com "Sim, quero, mas...", seguida de uma lista de motivos pelos quais ele não o fez ainda. Avalie as justificativas dele de forma objetiva, sabendo que podem existir outros motivos mais profundos por trás dessa história que ele não consegue verbalizar, como o fato de gostar que você cuida das roupas sujas ou de ele poder usar o carro de vocês sem arcar com as despesas, entre outros. O seu objetivo deve ser, entretanto, lidar com os motivos verbalizados — que normalmente são desculpas — com fatos:
    • "Estou procurando emprego." Isso é verdade? Com que frequência você vê seu filho conferindo anúncios e se candidatando para vagas? Ele anda fazendo voluntário para montar uma rede de contatos e para explicar os "buracos" no currículo? Ele está procurando por um emprego ou pelo emprego perfeito ? Ele está disposto a trabalhar por menos até encontrar algo melhor?
    • "Não consigo bancar uma casa." Ele não consegue arcar com as despesas de uma casa, ou não consegue bancar um lugar que seja tão confortável quanto a sua casa? Talvez ele não consiga alugar uma casa na sua vizinhança, e há um motivo para isso: viver em uma região boa é uma das recompensas por uma carreira profissional bem-sucedida. Olhe ao redor e pense: onde os outros jovens moram? Seu filho acha que é "bom demais" para viver em regiões ocupadas por outros jovens como ele? Você concorda com isso?
    • "Quero guardar dinheiro para comprar uma casa/um carro/pagar a faculdade." Essa é provavelmente a melhor razão para se morar com os pais, mas ela só é válida se o seu filho estiver realmente colocando um plano em prática. Quanto ele já guardou? Qual o objetivo final dele? Ele continua guardando dinheiro de forma consistente, ou os valores que ele poupa dependem da quantidade de bons filmes ou jogos de videogame que foram lançados recentemente? Se ele puder provar que economizar é uma prioridade, tudo bem, mas não aceite apenas a palavra dele. Se esse é o único motivo para ele continuar morando com os pais, você tem todo o direito de acompanhar as finanças dele para confirmar a situação. Juntem-se e montem uma estratégia para formar um novo relacionamento, de adulto para adulto.
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Parte 3
Parte 3 de 3:

Definindo um prazo

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  1. Informe-o de que ele precisa sair de casa até esse prazo, ou que deverá pagar aluguem e contas para continuar morando com você. Ser forçado a contribuir financeiramente com a casa dos pais pode tornar a vida independente mais viável e atrativa para ele. [6]
    • Peça que ele organize um plano de ação. Por exemplo: conseguir um emprego, [7] guardar dinheiro, procurar por uma casa para alugar, e assim por diante.
    • Pegue caixas e monte um calendário. Comece a marcar a passagem dos dias de forma explícita, para mostrar que está falando sério.
  2. Conforme a data limite se aproximar, converse com seu filho e vejam o que ele vai levar embora e o que ficará na casa, incluindo móveis, roupas de cama, decorações, etc.
  3. Se o seu filho não se mudar dentro do limite estipulado por você, comece a cobrar aluguel e participação nas contas de casa. Caso ele não faça os pagamentos, prive-o das facilidades da casa, como uso de TV e internet.
  4. [8] É bem provável que ele não se sinta confortável pagando aluguel pelo próprio quarto. Talvez esse seja o empurrãozinho que faltava para ele se mudar!
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Dicas

  • Uma medida um pouco mais extrema seria você se mudar também. Alguns pais se aposentam e mudam para uma cidade mais remota e tranquila onde os filhos mais jovens não têm opções de diversão. Você também pode mudar para uma casa menor, explicando para seu filho que precisa poupar para a aposentadoria e que não há espaço para ele na nova residência.
  • Assim que o jovem se formar na faculdade, dê como "presente de formatura" uma ajuda para ele ir para a própria casa. Junte-o com um colega e se comprometa a ajudá-lo com os primeiros meses de aluguel. Assim, ele se sentirá mais responsável e procurará ganhar mais para se manter por conta própria, e você o ajudará a lidar com a transição de forma mais gradual e tranquila.
  • Se puder arcar com isso, você pode receber aluguel de seus filhos adultos e usá-lo para lidar com as despesas da casa, mas guardar uma parte em uma poupança. Assim, quando eles estiverem mais velhos e se dispuserem a mudar de casa, você pode devolver a parte do dinheiro para ajudá-los a arcar com as despesas de mudança, como seguro-fiança ou impostos. Obviamente, essa opção é ideal para ser mantida em segredo, já que é melhor que seus filhos não saibam do presente e vejam o aluguel como uma obrigação para viver na sua casa. Caso contrário, eles podem se recusar a pagar o aluguel.
  • Se mora em uma região com alugueis caros, como São Paulo ou Rio de Janeiro, você provavelmente ouvirá seus filhos dizerem que não conseguem bancar uma casa ou um apartamento. Por mais que seja realmente difícil arcar com as despesas, seus filhos provavelmente dão conta, mesmo que isso signifique que se mudem para a periferia ou compartilhem uma casa com amigos. Independentemente da situação, seu filho entenderá que precisa ser independente.
  • Antes de decidir expulsar seu filho de casa, ouça o que ele tem a dizer e explique os seus motivos para pensar nesse assunto. Adultos de verdade estão sempre dispostos a conversar e ouvir o outro na hora de resolver problemas. Talvez vocês consigam conversar e chegar a um consenso que agrade a ambos.
    • Por outro lado, lembre-se de que sua casa foi comprada através de seus esforços e do seu dinheiro. Você não tem obrigação nenhuma de "chegar a um consenso" com seu filho adulto. Se quer curtir a paz do seu lar sem a presença constante de suas crias, esse é um direito seu. Sugerimos apenas que todos tenham compaixão pelos outros envolvidos para a manutenção de um bom relacionamento familiar.
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Avisos

  • Antes de recorrer a extremos como trocar a fechadura e colocar as coisas dele para fora de casa, informe-se quanto às leis de despejo de sua cidade. Mesmo que seu filho não esteja pagando aluguel, ele pode estar protegido pela lei.
  • Fique atento, pois seu filho pode sofrer com algum transtorno mental como a depressão. [9] Essas doenças podem ser debilitantes e, talvez seu filho precise de ajuda. Apesar de você não ter nenhuma obrigação para com um filho adulto, negar assistência e ajuda é irresponsável e potencialmente perigoso para o jovem.
  • Lembre-se de que, em momentos de crise, trabalhos são escassos e os salários podem ser baixos, mesmo que isso não se reflita no mercado imobiliário. Tenha expectativas realistas.
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