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A constipação em gatos ocorre quando o animal não consegue excretar ou apresenta fezes muito duras e ressecadas. [1] X Fonte de pesquisa Ludwig, Lori: Constipation/Obstipation and Megacolon. In Cote, E. (ed): Clinical Veterinary Advisor: Dogs and Cats Ed 1 St. Louis, Elsevier, 2007, pp 234-236. É uma condição desconfortável para o animal, incomodando também o dono ao ver o felino sofrendo. Caso obtenha a aprovação de um veterinário e o gato geralmente não se afobe com tratamentos, faça uma lavagem intestinal em casa para diminuir o problema.
Passos
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Fique atento aos sinais de constipação. Gatos constipados se agacharão e tentarão defecar na caixinha de areia a todo momento, mas não conseguem excretar nada. Durante as tentativas, o animal poderá gemer (miando, chorando e berrando) e forçar muito o corpo, apresentando outros sintomas, como pouca energia, perda de apetite, vômitos contendo espuma ou alimento não digerido e dor abdominal. Às vezes, é possível até sentir um caroço grande e duro no abdômen do gato: são fezes acumuladas. [2] X Fonte de pesquisa Ludwig, Lori: Constipation/Obstipation and Megacolon. In Cote, E. (ed): Clinical Veterinary Advisor: Dogs and Cats Ed 1 St. Louis, Elsevier, 2007, pp 234-236. 2. Washabau, R; Day, M. J.: Canine and Feline Gastroenterology Ed 1 St. Louis, Elsevier, 2013 p 95
- Indícios de constipação são semelhantes à obstrução urinária, uma emergência que pode ser fatal para o animal se não for rapidamente tratada. Ao suspeitar que ele está com dificuldade de urinar ou não encontrar urina na caixinha de areia por mais de 12 horas, leve o gato ao veterinário para descartar uma obstrução urinária.
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Tente identificar a causa da constipação. Tumores e objetos estranhos – ossos, plantas e pelos – podem obstruir a passagem das fezes. [3] X Fonte de pesquisa Washabau, R; Day, M. J.: Canine and Feline Gastroenterology Ed 1 St. Louis, Elsevier, 2013 p 95 Em certos casos, a dieta pode interferir no problema; caso o animal já tenha um histórico de constipação, adicione ração enlatada para deixar o alimento mais úmido ou para enriquecer a dieta dele através do psilio. [4] X Fonte de pesquisa Freiche V1, Houston D, Weese H, Evason M, Deswarte G, Ettinger G, Soulard Y, Biourge V, German AJ. J Feline Med Surg.Uncontrolled study assessing the impact of a psyllium-enriched extruded dry diet on faecal consistency in cats with constipation. 2011 Dec;13(12):903-11. Epub 2011 Sep 22.
- Transtornos metabólicos ou endócrinos, como desidratação, desequilíbrio de eletrólitos ou obesidade também poderão causar essa condição. Problemas neurológicos – lesões pélvicas, doenças na medula espinha e disfunções em nervos primários – levam à constipação em alguns gatos. Um problema denominado megacólon também poderá surgir quando as fezes se acumulam no cólon e não são excretadas.
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Realize uma lavagem intestinal em casa apenas em casos leves e ocasionais de constipação. Este procedimento poder ser feito em casa apenas se o animal apresentar uma constipação leve (menos do que dois a três dias) ou quando ela não é crônica. Caso desconfie que a situação é grave ou que o gato pode ter um problema mais complicado, leve-o ao veterinário.
- Pode haver uma condição mais grave ao notar mudança nos hábitos dele em beber água, estar sempre desanimado, vomitar muito ou ao apresentar perda total de apetite. Às vezes, gatos constipados podem ficar menos famintos ou se sentirem cheios devido à constipação, mas ainda dispostos a se alimentarem.
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Leve o temperamento do felino em conta. Tente fazer a lavagem intestinal apenas se o gato for dócil e calmo e não apresentar outras condições médicas, como fraturas, artrite, problemas renais ou qualquer outra dor. Uma vantagem em potencial de realizar este procedimento em casa é o ambiente, que é muito mais familiar ao animal, deixando-o mais tranquilo.
- Peça para outra pessoa ajudá-lo segurando o gato cuidadosamente. Ele ainda poderá tentar fugir, arranhar ou mordê-lo. No entanto, não aplique muita força para prendê-lo se estiver “rebelde”.
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Compre um enema adequado para ser usado em gatos. Eles terão sulfosuccinato de sódio de dioctilo em glicerina. O sulfosuccinato de sódio de dioctilo leva água até as fezes, amolecendo-as, enquanto a glicerina auxilia a lubrificar o reto. Procure os produtos em pet shops.
- Outra opção é usar água quente ou óleo mineral. Utilizar água quente e limpa é uma alternativa barata e segura, já que não causa desidratação, assim como o óleo mineral, que lubrifica o reto e ajuda na passagem de fezes duras e pequenas. A segunda opção, no exemplo, pode interferir nos índices de vitaminas solúveis em gorduras, como a vitamina D, e deve ser evitada em felinos com doenças renais. Ao utilizar água ou óleo mineral, poderá ser necessário esperar um bom tempo antes que as fezes amoleçam, já que a água não será retirada dos intestinos, como nas lavagens com sódio, além de não possuírem grande propriedade de lubrificação. Serão precisas várias aplicações no reto até que as fezes amoleçam e saiam lentamente (de alguns minutos a até duas horas).
- Nunca use os enemas “Fleet” ou quaisquer outros com fosfato de sódio. Os gatos podem absorver sódio e moléculas de fosfato dos produtos, que entram no sangue e tecidos, levando a um grande desequilíbrio de eletrólitos e desidratação, colocando a vida deles em risco. [5] X Fonte de pesquisa Washabau, R; Day, M. J.: Canine and Feline Gastroenterology Ed 1 St. Louis, Elsevier, 2013 p 95
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Use a seringa lubrificada correta. Ao comprar um kit de enema pronto, ele já terá a seringa que deve ser utilizada. Ao aplicar água ou óleo mineral, pegue uma seringa de alimentação macia de 10 a 25 ml. [6] X Fonte de pesquisa Ludwig, Lori: Constipation/Obstipation and Megacolon. In Cote, E. (ed): Clinical Veterinary Advisor: Dogs and Cats Ed 1 St. Louis, Elsevier, 2007, pp 234-236. Este tipo de seringa possui um tubinho arredondado e macio, que evita lesões durante a inserção.
- Sempre lubrifique a ponta da seringa ou tubo de alimentação. Coloque uma fina camada de lubrificante (KY ou vaselina) na ponta da seringa ou tubo. [7] X Fonte de pesquisa
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Prepare o ambiente e os materiais. O banheiro é um ótimo lugar para realizar o procedimento, já que é um local conhecido do gato, é fechado e a limpeza será mais fácil. Limpe todas as superfícies e junte os materiais.
- A lavagem intestinal pode causar um pouco de bagunça. Coloque algumas toalhas, absorventes ou jornais no chão do banheiro. Use luvas plásticas limpas; o processo também deve ser higiênico para o dono.
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Enrole o gato na toalha. Coloque uma toalha e limpa em uma superfície e o gato no meio; puxe um dos lados para cima e sobre o lado e as costas, colocando a parte livre sobre as patas dele. O outro lado da toalha deve ser preso da mesma forma, na direção oposta. Neste momento, o animal deve estar “embrulhado”.
- Caso esteja sozinho, coloque o animal perto de seu corpo, com a cabeça dele na direção oposta da sua mão “dominante”. Converse com ele com um tom de voz calmo durante todo o procedimento, auxiliando a acalmá-lo.
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Faça a lavagem intestinal. Erga a cauda do gato e cuidadosamente insira a seringa ou tubo de alimentação em uma seringa de 20cc de 5,1 cm até 7,6 cm no reto. Outra opção é inserir a ponta até sentir que o tubo de borracha tocou nas fezes endurecidas, mas não aplique muita força ou o tubo pode causar lesões ou cortes no reto, levando a problemas graves.
- Se preferir usar óleo mineral, aplique de 15 a 20 ml lentamente no reto. Com água quente, administre de 50 a 75 ml lentamente. Em enemas para gatos, coloque primeiro 6 ml na medida de 1 ml a cada 3 segundos; depois de uma hora, administre mais 6 ml do produto e siga o mesmo procedimento inicial.
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Apalpe a área abdominal. Coloque a palma da mão sob as pernas do animal e lentamente aperte o local até sentir as fezes endurecidas. Massageie o local pressionando-o como uma pinça usando o polegar e os outros dedos. Em alguns casos, as fezes sairão após cinco a dez minutos.
- Alguns gatos sofrerão com fezes muito endurecidas, levando de uma a duas horas para saírem. Repita a lavagem intestinal após uma ou duas horas se não houver excreção; caso ainda não obtenha resultado, entre em contato com um veterinário.
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Observe o gato e verifique se há complicações. Às vezes, alguns pontos e manchas de sangue vivo aparecerão, mas é algo normal. No entanto, muito sangue nas fezes ou sangramento contínuo poderá indicar uma lesão no reto; leve o gato ao veterinário imediatamente.Publicidade
Dicas
- Não esqueça que o veterinário é sempre a pessoa indicada para diagnosticar o melhor tipo de lavagem intestinal e se realmente o procedimento é necessário. Leve o gato ao profissional quando ele apresentar constipação por mais de três dias.
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Avisos
- Nunca use produtos que realizem lavagem intestinal e que são vendidos em farmácias, como os enemas “Fleet”. Eles são voltados a pessoas e podem ser fatais em gatos.
- Se as lavagens intestinais não surtiram efeito, entre em contato com um veterinário.
- Alguns gatos desenvolvem uma condição conhecida como megacólon, caracterizada pelo desenvolvimento anormal do cólon devido ao acúmulo de fezes. É necessário obter atendimento veterinário para o gato, já que maiores tratamentos poderão ser necessários, como cirurgia, em casos mais graves. [8] X Fonte de pesquisa Washabau, R; Day, M. J.: Canine and Feline Gastroenterology Ed 1 St. Louis, Elsevier, 2013 p 95
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Referências
- ↑ Ludwig, Lori: Constipation/Obstipation and Megacolon. In Cote, E. (ed): Clinical Veterinary Advisor: Dogs and Cats Ed 1 St. Louis, Elsevier, 2007, pp 234-236.
- ↑ Ludwig, Lori: Constipation/Obstipation and Megacolon. In Cote, E. (ed): Clinical Veterinary Advisor: Dogs and Cats Ed 1 St. Louis, Elsevier, 2007, pp 234-236. 2. Washabau, R; Day, M. J.: Canine and Feline Gastroenterology Ed 1 St. Louis, Elsevier, 2013 p 95
- ↑ Washabau, R; Day, M. J.: Canine and Feline Gastroenterology Ed 1 St. Louis, Elsevier, 2013 p 95
- ↑ Freiche V1, Houston D, Weese H, Evason M, Deswarte G, Ettinger G, Soulard Y, Biourge V, German AJ. J Feline Med Surg.Uncontrolled study assessing the impact of a psyllium-enriched extruded dry diet on faecal consistency in cats with constipation. 2011 Dec;13(12):903-11. Epub 2011 Sep 22.
- ↑ Washabau, R; Day, M. J.: Canine and Feline Gastroenterology Ed 1 St. Louis, Elsevier, 2013 p 95
- ↑ Ludwig, Lori: Constipation/Obstipation and Megacolon. In Cote, E. (ed): Clinical Veterinary Advisor: Dogs and Cats Ed 1 St. Louis, Elsevier, 2007, pp 234-236.
- ↑ https://www.holisticanimalmedicines.com/2010/07/19/how-to-do-a-enemas/
- ↑ Washabau, R; Day, M. J.: Canine and Feline Gastroenterology Ed 1 St. Louis, Elsevier, 2013 p 95
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