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Os gatinhos que nascem livres e não são acostumados com humanos são chamados de “selvagens” ou “ariscos”. Você pode ver um (ou até mais de um) desses peludinhos fofos no interior ou na cidade, mas não pode simplesmente pegá-lo e trazer para casa, já que tal atitude pode traumatizá-lo e dificultar que pegue confiança em você. Por sorte, basta um pouco de paciência: aproxime-se devagar e crie um ambiente seguro. Assim, o bichano verá que você não fará mal algum.

Parte 1
Parte 1 de 3:

Aproximando-se do filhote

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  1. Ofereça ração em uma tigela para ambos no mesmo horário todos os dias (deixe a comida lá e se afaste). Ter refeições regulares e uma rotina ajuda no processo de criação de confiança, além de fazer a mamãe chamar todos os filhotes para comer, permitindo que você escolha de qual gosta mais. [1]
    • Coloque um item pessoal seu (como uma camiseta suada) embaixo da tigela para que a ninhada associe o seu cheiro com coisas boas. [2]
    • Lembre-se de que os gatos ariscos costumam não confiar em humanos, tornando-se agressivos. É por isso que você deve deixar espaço para que comam e não atrapalhar o processo.
  2. Prender o felino é a forma mais gentil de capturá-lo. Empreste ou compre uma gatoeira (basicamente, uma gaiola para pegar bichanos) e siga as instruções de montagem. [3] É aconselhável prender a porta desta com uma abraçadeira para que ela não caia acidentalmente antes da hora e traumatize o animal. [4]
    • Caso vá prender um filhote ainda não desmamado, você precisará capturar a mãe e o resto da ninhada também. Afinal, você não quer que os pequenos morram de fome sem ter onde mamar, certo?
  3. A tigela deve ficar mais ao fundo da gaiola, mas pode haver um pouco em volta e na entrada para deixar o animal tentado a entrar. [5]
    • Esconda a gatoeira em um lugar seguro e silencioso (como atrás de um arbusto) para que o felino possa entrar e sair sem preocupações.
  4. Quando o peludinho se sentir confortável em entrar e sair da gaiola, prenda um barbante na porta e puxe-o para fechá-la (com o animal lá dentro é claro). Idealmente, você não deve estar visível nessa hora, mas deve poder vê-lo; assim, não o prenderá na porta e ele não ficará traumatizado. [6]
  5. Use um lençol escuro ou toalha para garantir que ele não veja o ambiente ao redor e deixe-o em um cômodo quentinho e silencioso. Dessa maneira, ele se acalmará, permitindo que você o leve ao veterinário antes de soltá-lo dentro de casa. [7]
  6. Ponha-se no lugar do bichano: você é um filhote que ama mamar na mamãe e brincar com os “maninhos”; do nada, um bicho maior começa a correr e o pega. Assustador, não é? Evite tais comportamentos traumatizantes, pois podem acabar com as suas chances de fazer o felino confiar em você. [8]
  7. Leva um tempo até os gatinhos ariscos deixarem de ficar nervosos perto dos novos donos. Por esse motivo, é importante visitá-lo por alguns dias antes de prendê-lo; dessa maneira, você não o traumatiza antes de trazê-lo para casa, além de criar um relacionamento. [9]
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Parte 2
Parte 2 de 3:

Obtendo tratamento veterinário

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  1. Os gatos de rua costumam estar expostos a parasitas, doenças e machucados. Portanto, para garantir a saúde (tanto atual quanto a longo prazo) do animal, leve-o para uma consulta com o veterinário assim que prendê-lo. Assim, dois traumas em potencial são resolvidos de uma só vez. [10]
    • Conte ao profissional sobre a situação do peludinho antes de ser capturado, pois isso pode ajudá-lo a identificar que exames devem ser feitos, que vacinas devem ser aplicadas e que outros tratamentos podem ser necessários.
  2. Muitos veterinários presumem que os felinos ariscos têm parasitas, pulgas e carrapatos. É importante dar os remédios prescritos para garantir que o bichano tenha uma melhora de saúde e diminua os riscos de transmissão de doenças e parasitas para outros animais (bem como para fazê-lo parar de chorar e miar excessivamente).
    • Dê o remédio até o fim para eliminar 100% dos problemas e impedir recorrências.
    • Pergunte ao profissional como administrar os medicamentos da forma mais gentil possível para impedir traumas.
  3. É importante castrar o animal assim que ele completar dois meses de idade e pesar pelo menos 1 kg. Assim, previne-se gravidezes indesejadas caso o gato saia para a rua ou haja outros em casa. [11]
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Parte 3
Parte 3 de 3:

Confortando o bichano

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  1. Dê um tempo para o coitadinho se acostumar com o novo ambiente; separe uma área bem confortável onde ele dormirá, se alimentará e usará a caixa de areia; use um cômodo inteiro, se possível, ou uma caixa de papelão ou gaiola grande. Assim, o pequeno se sentirá seguro e continuará confiando no novo dono. [12]
    • Deixe um cobertor no cômodo para maior conforto e calor, e também um item pessoal (como um moletom), para que o animal se acostume com o seu cheiro. [13]
  2. É importante que, ao chegar em casa pela primeira vez, o peludinho tenha um lugar para se esconder. Assim, ele se sentirá seguro enquanto se acostuma ao novo lar e, com o tempo, passará a se sentir confortável para sair mais vezes da toca.
  3. Sempre dê ao felino uma pequena quantidade de ração enlatada, umedecendo-a com algum substituto do leite até ele completar dez semanas de idade (a comida ficará parecendo um mingau), [14] estimulando assim o crescimento e a saúde, e gerando a oportunidade de acariciá-lo e elogiá-lo para fortalecer os laços de amizade. [15]
    • Evite o leite normal, que pode causar indisposição gástrica.
    • Coloque a ração em tigelas de cerâmica ou metal (alguns gatos são sensíveis ao plástico). [16]
    • Tenha uma tigela separada para a água.
  4. Se o bichano deixar, faça um carinho na cabeça, pescoço e abaixo do queixo (dependendo do quão amigos vocês são, pegue-o no colo ou sente próximo a ele para fazê-lo). Assim, estará criando um ambiente de calma e tranquilidade. [17]
  5. Enquanto faz carinho ou segura o animal no colo, elogie-o e fale com ele com uma voz suave (para evitar assustá-lo e também para acalmá-lo ainda mais). [18]
    • Diga o nome do felino para que ele se acostume. Por exemplo: “Ô, Sofia, você é tão fofinha. Você gosta de um carinho na barriga, Sofia? Gosta, né? Que gatinha querida você, Sofia!”.
  6. Tenha brinquedos simples, como um rolo de papel higiênico, ratinhos de brinquedo ou bolas (mesmo de papel), para que ele possa atacar usando as patas. Dessa maneira, a relação de vocês se fortalece e ele ganha saúde. É importante ressaltar que é melhor evitar brincadeiras de movimentos súbitos, já que o filhote pode se assustar e perder a confiança. [19]
  7. Qualquer aumento de voz ou tapinhas de leve assustarão o bichano, especialmente um arisco. Portanto, não grite ou bata nele, pois tais atitudes podem traumatizá-lo e machucar o relacionamento de vocês. Para repreendê-lo por algum mau comportamento, diga “Não” com firmeza e nada mais. [20]
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Avisos

  • Entenda que um gato selvagem, quando assustado, poderá morder ou arranhar.
  • Nunca corra atrás ou agarre um felino assustado.
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