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Já aconteceu de você estar passeando ou fazendo trilha em um parque e dar de cara com um pedaço de madeira que parecia mais uma pedra? Provavelmente se tratava disso mesmo: madeira petrificada! O material se fossiliza ao longo de milhões de anos, conforme seus componentes orgânicos são substituídos por minerais como quartzo, embora retenham a estrutura do sistema caulinar. Por sorte, existem inúmeros tipos de madeira petrificada — e várias formas de identificação!

Método 1
Método 1 de 2:

Determinando se o espécime é mesmo madeira petrificada

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  1. No geral, pedaços de madeira petrificada tem seções curvadas, lisas e de cor marrom (parecida com madeira comum). Passe as mãos nessas áreas e veja se é o caso. [1]
    • Fique de olho também em resíduos de seiva e cores típicas desse líquido, como vermelho (muitas vezes em tons fortes), alaranjado e castanho-claro.
    • As áreas lisas têm, em média, de 7,5 a 12,5 cm de comprimento.
    • Se o espécime não tiver casca, mas parecer madeira, provavelmente está petrificado. Nesse caso, passe as mãos nele e descubra se a textura é áspera — o que poderia indicar a região onde ele se desprendeu da árvore. [2]
  2. Muitos pedaços de madeira petrificada têm partes transparentes. Em caso de dúvida, coloque o espécime contra a luz e veja se ela o atravessa. Se sim, talvez se trate mesmo de madeira petrificada! [3]
    • Veja se você consegue enxergar a sombra do seu dedo passando pelas partes transparentes da madeira.
  3. Pedaços de madeira petrificada desenvolvem algumas áreas brancas quando a seiva resseca. Muitas vezes, essas áreas têm cerca de 1,5 cm de espessura. Caso elas fiquem perto daquelas regiões vermelhas, alaranjadas ou castanhas, é bem possível que o espécime seja mesmo madeira petrificada. [4]
    • Coloque essa área branca contra a luz e veja se há alguma transparência.
    • Passe a mão no pedaço e veja se alguma área dele está lisa.
  4. Se a estrutura celular original tiver sido destruída após a petrificação, você provavelmente não vai conseguir identificar a madeira. Do contrário, dê uma boa olhada no espécime e veja se há manchinhas redondas, ásperas (parecidas com fibras) e amadeiradas. Se houver algo do tipo, quer dizer que a estrutura celular está intacta e para identificar o material. [5]
    • Observe as árvores que crescem na área onde você encontrou o espécime. Veja qual é a forma e a direção das fibras das cascas delas e tente encontrar algo parecido no pedaço.
    • Veja se há círculos concêntricos no espécime. São eles que definem a madeira.
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Método 2
Método 2 de 2:

Usando uma lupa ou um microscópio

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  1. Todo tipo de madeira contém traqueídes (células) que formam padrões diferentes. Alguns são visíveis com uma boa lupa, enquanto outros precisam de um microscópio. Comece com um aumento menor, de 10x, e aumente a intensidade se for necessário até você conseguir identificar a estrutura. Nesse momento, passe pela madeira em movimentos circulares (como se estivesse examinando os círculos concêntricos da casca). [6]
    • Coníferas têm células redondas pequenas que são distribuídas em linhas retas.
    • Angiospermas (imbuia, carvalho etc.) têm vasos, não células. Eles nem sempre são redondos e não estão distribuídos em filas.
    • A nogueira-do-japão, também conhecida como ginkgo biloba , tem uma formação celular parecida com espigas de milho.
  2. Os raios são linhas formadas a partir de células pequenas e vão do centro da árvore à extremidade da casca em sentido radial. Alguns tipos de madeira têm raios finos (com filas de uma ou duas células), enquanto outros são mais grossos ou mesmo irregulares. Observe qual é o caso do espécime que você coletou e compare-o a algumas madeiras diferentes. [7]
    • Árvores frutíferas costumam ter raios feitos de larguras variadas, tanto pequenos quanto grandes.
    • Pinheiros têm raios finos e uniformes.
    • É mais fácil enxergar os raios em madeiras duras do que nas macias.
  3. Os canais de resina estão presentes somente em árvores perenes e quase sempre têm formato parecido com células, embora sejam maiores que elas. Eles são comuns em pinheiros, abetos e outras coníferas. [8]
    • Os canais de resina são visíveis em pinheiros sem a necessidade de ampliação da imagem com uma lupa ou um microscópio. Em outras espécies, esses equipamentos são necessários.
    • Compare traços distintivos com raios e estruturas celulares. Por exemplo: se você notar que o espécime tem raios retos e finos além dos canais de resina, pode concluir que provavelmente se trata de um pinheiro.
    • Se você não encontrar nenhum canal de resina, pode ser que o espécime seja um carvalho ou outra árvore parecida.
  4. Os tons da madeira petrificada não auxiliam na identificação de espécies ou minerais específicos, mas podem ajudar a determinar se há elementos residuais no espécime. Observe as cores do pedaço de madeira e descubra qual é o elemento que corresponde a ela. [9]
    • O preto costuma indicar a presença de carbono.
    • Tons de verde ou azul representam cobre, cobalto ou cromo.
    • Tons de amarelo ou quase preto indicam dióxido de manganês.
    • Alaranjado e cor-de-rosa indicam manganês.
    • Tons de vermelho, amarelo e marrom são criados por óxidos de ferro.
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Materiais Necessários

  • Lupa.
  • Microscópio.

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