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A turmalina é um tipo de mineral (um borossilicato cristalino, para ser mais preciso) formado após atividades hidrotérmicas intensas. Por ser composta por tantos elementos diferentes, ela pode ter uma variedade de cores — tanto isoladas quanto combinadas — muito maior que qualquer outro mineral natural no mundo. E é justamente essa diversidade visual que dificulta a identificação do minério! Mas fique tranquilo: basta prestar atenção a alguns traços básicos para descobrir o que você tem em mãos.

Método 1
Método 1 de 2:

Examinando seu espécime

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  1. Pedras com cristais prismáticos apresentam uma série de superfícies planas, alongadas e bem definidas, muitas vezes com uma ou mais séries paralelas. A turmalina, em particular, tem extremidades arredondadas — ou seja, as linhas que separam cada face são suaves e menos angulares. [1]
    • É muito mais fácil saber se um espécime é prismático do que saber se ele é fibroso, geódico, estaslactítico etc. [2]
  2. Segure o mineral em uma mão e olhe de perto para um dos cristais menores de cima para baixo. A maioria dos cristais de turmalina tem uma seção cruzada em formato triangular ou hexagonal. Se não for o caso do seu espécime, provavelmente não se trata de uma turmalina para valer. [3]
    • A maioria dos cristais de turmalina parece um lápis longo e fino, sendo que alguns até ficam mais afunilados perto de uma ponta. Só não adianta tentar escrever com eles!
  3. Essas linhas estriadas surgem em vários tipos diferentes de minerais. Elas são parecidas com as fibras em superfícies de madeira. No caso da turmalina, são longitudinais (ou seja, passam pela parte mais fina do material). [4]
    • As linhas estriadas surgem pelas condições intensas de processos geológicos, como atividade hidrotérmica — que, aliás, é a origem mais comum de turmalina.

    Dica: essas linhas estriadas quase sempre são visíveis a olho nu, então você não vai precisar de uma lupa para enxergar os detalhes. Por outro lado, a lupa pode vir a calhar caso o espécime seja muito pequeno ou claro. [5]

  4. Muitas vezes, as cores da turmalina ficam limitadas a pequenas "zonas", que se espalham pela seção cruzada ou nos cantos dos cristais. Por exemplo: uma turmalina verdadeira poderia ter uma parte cor-de-rosa, outra verde e outra amarela, cada uma com tonalidade diferente, mas todas bem próximas. [6]
    • As várias cores da turmalina costumam ficar separadas, raramente interagindo umas com as outras (como acontece, por exemplo, com amolitas, opalas e piritas).
  5. Pegue uma faca com lâmina de aço e risque a extremidade do espécime algumas vezes. Se ela deixar marcas, é porque provavelmente não se trata de turmalina. Se não deixar (ou mais, se a faca sair danificada), então você tem um cristal legítimo em mãos. [7]
    • A turmalina é um mineral extremamente duro, estando entre 7 e 7,5 na escala de Mohs — um sistema de testagem usado para aferir a dureza de minerais. A nível de comparação, facas com lâmina de aço têm um nível de dureza de 5 ou 6. [8]
    • É importante que você use uma faca feita de aço sólido. Caso ela contenha um metal mais fraco, pode acabar ficando riscada até diante do contato com minerais menos duros.
  6. Faça uma pesquisa no Google para encontrar um gemólogo na sua área. Esse profissional tem o conhecimento e os recursos necessários para fazer procedimentos de identificação especializados, como determinar o índice refrativo e a birrefrigerância da pedra. [9]
    • Infelizmente, pode ser difícil encontrar um gemólogo na sua área — ainda mais se você vive em uma cidade pequena. Talvez seja necessário enviar o cristal a um laboratório em outro lugar.
    • A maioria das joalherias também conta com especialistas em pedras preciosas. Quem sabe um deles não consegue dar uma olhada no seu cristal? [10]
    • Contratar os serviços de um profissional é a única forma 100% segura de você determinar de que material seu espécime é feito.
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Método 2
Método 2 de 2:

Diferenciando tipos comuns de turmalina

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  1. A schorl é, de longe, a espécie mais comum de turmalina. Assim como outras variedades, trata-se de um subproduto de atividades hidrotérmicas — e costuma surgir como um mineral acessório a rochas ígneas e metamórficas. A schorl é notável por causa dos seus cristais grossos, pequenos e arredondados, além da sua cor preta e opaca. [11]
    • Por ser tão abundante na natureza, a schorl não tem tanto valor e nem é usada em joias e acessórios. [12]
  2. A dravita é outra forma mais ou menos comum de turmalina. Ela surge praticamente em tons marrons, com derivações em amarelo-escuro, laranja queimado, preto-acastanhado e verde. Sendo assim, algumas pessoas a chamam de "turmalina parda". [13]
    • A maioria das variedades de dravita exibe uma aura dourada quando é exposta à luz do sol.
  3. A uvita é um parente próximo da dravita — tanto que muitas pessoas as confundem. Apesar de a uvita não ser tão colorida quanto outros tipos mais populares de turmalina, ela já foi descoberta com tons de lavanda, azul-esverdeado e cobre. [14]
    • Para complicar ainda mais a situação, um mesmo cristal pode desenvolver partes com características de uvita e outras com traços de dravita.
    • Se seu espécime tem tons de verde puro, azul ou roxo, é mais provável que ele seja da classificação uvita.
  4. A elbaíta é relativamente rara e de alto valor, sendo extraída de depósitos de pegmatito de composição granítica. Ela pode surgir em quase todas as cores imagináveis, desde tons mais sutis de cor-de-rosa a azuis vívidos. Além disso, é normal encontrar duas ou mais dessas cores em um mesmo cristal. [15]
    • Apesar de não serem tão frequentes, há cristais em tons de preto, branco, marrom, amarelo, laranja, roxo e até sem cor nenhuma.
    • A turmalina elbaíta tem algumas subcategorias que são nomeadas de acordo com suas cores. Por exemplo: a "verdelita" é verde enquanto a "indicolita", é azul. [16]
    • A maioria dos entusiastas de pedras preciosas tem uma preferência pela turmalina elbaíta.

    Dica: muitos colecionadores dão um valor bastante alto à turmalina elbaíta. Se você tem uma pedra do tipo em casa, talvez dê para conseguir um bom dinheiro com ela! [17]

  5. A paraíba é o mais novo membro da família de turmalinas, tendo sido descoberta na década de 1980. Graças à sua coloração impressionante e raridade extrema, ela logo se tornou uma das pedras preciosas mais valiosas do mundo.
    • As características mais notáveis da paraíba são seu tamanho reduzido, seu formato arredondado e suave e a bela qualidade visual (que rende um brilho verde-azulado de cair o queixo). [18]
    • É pouco provável que você tenha uma turmalina paraíba em mãos, mas se tiver… parabéns! Procure um avaliador profissional para saber quanto dá para ganhar com essa peça. [19]
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Dicas

  • Se você pretende sair por aí procurando turmalinas na natureza, concentre-se em áreas conhecidas por seus depósitos naturais de granitas e rochas metamórficas, como xisto e mármore. [20]
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Avisos

  • A turmalina pode surgir em praticamente todas as cores imagináveis! Não confie só nesse aspecto para tentar determinar a classificação do seu espécime.
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