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A miíase é a infestação da larva da mosca-varejeira (da família Calliphoridae ) na pele de animais, inclusive gatos. Essas larvas, de porte pequeno, vivem em buracos no chão e podem entrar no corpo do gato pelo focinho, pela boca ou pelo ânus. Depois, ela explora o corpo do felino até chegar perto da pele, onde cria um orifício pelo qual consegue respirar e passa a se desenvolver até a fase adulta. Esse processo gera coceira no corpo e é desconfortável. [1] O problema exige atendimento veterinário; assim, se você desconfiar que é o caso, marque uma consulta assim que possível.

Parte 1
Parte 1 de 3:

Identificando a miíase em gatos

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  1. Apesar de a miíase não ficar evidente imediatamente após a larva entrar no corpo do gato, as larvas ficam visíveis quando escavam a pele do animal. Esses orifícios parecem calos a olho nu e são palpáveis. Se você sentir algo do tipo, é porque encontrou uma infestação. [2]
    • Existem muitas espécies da varejeira no Brasil. Nos Estados Unidos, a mosca foi extinta justamente por causar muitos danos à saúde dos gatos.
    • Apesar de relativamente raras, ainda há ocorrências de miíase no Brasil.
  2. A larva cria um orifício visível a olho nu pouco tempo depois que passa a andar debaixo da pele do gato. A princípio, o buraco tem o aspecto de um calo e vai aumentando conforme o problema piora. [3]
    • Tente encontrar indícios da larva na cabeça e no pescoço do gato. Ela até afeta outras áreas do corpo do animal, mas essas são as mais recorrentes.
  3. Se não encontrar sinais de larvas vivas na pele do animal, talvez pelo menos haja cistos vazios — que indicam que ela já se desenvolveu. Os cistos também ficam infectados, principalmente quando o gato fica coçando, lambendo ou mexendo na área, e podem se transformar em abscessos na carne. [4]
    • O cisto é como uma pequena ferida aberta. Não pense que o problema está "resolvido" só porque a larva deixou o corpo do gato: você ainda tem que levá-lo ao veterinário para fazer a limpeza e receber a receita do parasiticida.
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Parte 2
Parte 2 de 3:

Tratando a miíase no gato

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  1. Não tente tirar a larva por conta própria: é melhor marcar logo a consulta. O veterinário vai poder fazer um diagnóstico e tomar as medidas necessárias para remover a larva da pele do felino e limpar a lesão para evitar o risco de infecções. [5]
    • Apesar de a miíase poder gerar consequências sérias para a saúde do gato (inclusive levando a óbito em casos mais graves), ela não é considerada uma emergência médica.
  2. Dependendo da gravidade do quadro, o veterinário pode ter que aplicar uma anestesia geral para expandir o orifício da larva e ter mais acesso a ela. [6] Para isso, ele vai precisar de um ambiente esterilizado e sem a sua presença.
    • Se o gato é dócil e a larva estiver perto da superfície da pele, talvez o veterinário nem precise aplicar a anestesia geral — e sim usar uma anestesia local na região afetada.
  3. Depois que o veterinário expandir o orifício para ter acesso à larva, ele vai usar uma pinça esterilizada para fazer a extração. [7] Como vai estar anestesiado, o gato não vai sentir dor nesse processo.
    • O veterinário tem que tirar toda a larva do corpo do gato. Se ela se partir ao meio e parte ficar na pele do animal, pode gerar uma infecção ou reação alérgica grave.
    • O veterinário provavelmente vai dar algum antibiótico ao gato antes de tirar a larva.
  4. Depois da remoção da larva, o gato vai ficar com o cisto aberto na pele. Assim, o veterinário vai limpar a região com soro ou um antisséptico, como gluconato de clorexidina diluído. [8] Isso vai evitar infecções e remover as impurezas ou bactérias do local.
    • O veterinário também pode deixar a ferida aberta para cicatrizar depois da limpeza — e, assim, evitar abscessos.
    • Se o cisto for muito grande ou profundo, o veterinário pode aplicar um curativo ou até pontos na região.
  5. Depois que o veterinário remover a larva e tratar o cisto, o gato ainda pode desenvolver uma infecção. Fale do assunto com ele e peça alguma receita de antibiótico. [9]
    • Pergunte ao veterinário se você tem que lavar ou enxaguar o cisto nos dias seguintes.
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Parte 3
Parte 3 de 3:

Protegendo o gato das infecções com a larva

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  1. Essa é a solução mais simples: se o gato nunca sair de casa, ele nunca vai ficar exposto às larvas da varejeira. Feche as portas e janelas e use um cercadinho ou afins para evitar que o bichano vá para a rua. [10]
    • Além de ficar menos exposto a doenças se não sair de casa, o gato também vai ficar seguro de ataques de animais agressivos e atropelamentos, não vai se perder na rua etc.
  2. O parasiticida é um inseticida específico para parasitas, como a varejeira. Aplique um pouco do produto à nuca do gato. Se você deixar ele sair de casa, consulte um veterinário para escolher a melhor opção para o bichano. [11]
    • Existem alguns parasiticidas legais, como fipronil, ivermectina, selamectina e imidacloprida.
  3. Tecnicamente, os gatos contraem a miíase por "acidente": a varejeira bota as larvas nas aberturas de buracos que servem de abrigos a roedores pequenos (camundongos, ratos etc.) — e, assim, elas acabam tendo acesso ao bichano. O seu pet vai se expor ao problema se ficar mexendo em tais lugares. Por isso, você pode reduzir a população de roedores na sua casa para ficar mais seguro. [12]
    • Use veneno de rato ou algo do tipo em casa ou chame um exterminador. Só tenha cuidado com o gato.
    • Apesar de o exterminador não capturar todos os roedores da casa, ele pelo menos pode dar dicas de como encontrar e combater o problema.
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Dicas

  • Se o gato tiver miíase, não o deixe arranhar ou ficar mexendo na região afetada. Isso pode inflamar ou machucar o local e piorar ainda mais a situação, além de criar o risco de o bichano desenvolver uma infecção na carne. [13]
  • Se deixar a larva da varejeira no corpo do gato, ela vai demorar cerca de um mês antes de se expor e passar para a fase da pupa em outro local. [14]
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