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Já percebeu que há pessoas que, de uma hora para outra, viram torcedores de times que estão fazendo boa campanha nos torneios? Já se perguntou se são mesmo “torcedores de verdade”, como alegam ser, ou desconfia que são apenas “modinhas”? Esse termo é utilizado para designar torcedores que, quando seus times estão mal, sequer os acompanhavam de perto, mas repentinamente viram “fanático” quando assumem as primeiras posições de um campeonato. Poucos vão admitir que só acompanham “na boa”, mas há algumas formas de identificar esses torcedores.

Método 1
Método 1 de 3:

Ouvindo o que os “modinhas” dizem

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  1. Os verdadeiros torcedores sabem não apenas o nome da estrela do time, mas sim do técnico, do presidente, do diretor e de outros membros que não entram em campo. Até mesmo perguntar o nome de ex-jogadores poderá ser uma boa forma de verificar se a pessoa conhece bem o time.
    • Geralmente, os “modinhas” sabem quem é o artilheiro ou o armador. Torcedores de verdade, no entanto, também identificarão quem segura a equipe na defesa, como o goleiro e os zagueiros. [1]
    • No entanto, nem todos sabem o que acontece nos bastidores do clube, portanto, é possível que não conheçam o jovem que subiu das categorias de base ou o novo preparador físico.
  2. Mesmo que seja do próprio time, é preciso tempo e esforço para ver os números da equipe no campeonato. Pergunte se ele sabe quantos gols a equipe marcou no campeonato, se está entre as melhores ou piores defesas ou quem é o artilheiro no torneio. Quem não é “modinha” sempre conseguirá ficar de olho nas estatísticas de sua equipe. [2]
    • O conhecimento da pessoa deve ir além das estatísticas do melhor jogador ou da classificação do time no campeonato. Ela deverá discutir como se fosse um comentarista de televisão, o que é informativo e divertido para os verdadeiros entusiastas.
  3. É fácil saber a classificação e o desempenho nos campeonatos atuais, mas é muito mais complicado enumerar partidas inesquecíveis, títulos e jogadores do passado, por exemplo. Torcedores antigos vão “matar” uma pergunta dessas sem dificuldade.
    • Muitos torcedores “raiz” também terão histórias pessoais associadas com a equipe. Por exemplo: uma pessoa pode falar exatamente onde ela estava quando o Palmeiras conquistou a Copa Libertadores da América em 1999.
    • Os “modinhas” acompanham os times que estão se saindo bem nos últimos anos, não sabendo sobre a história deles antes da boa fase recente. [3]
  4. Os torcedores “falsos” podem acompanhar mais do que um; quanto mais, menos provável que seja um entusiasta de verdade. Ter uma equipe de coração é como escolher uma esposa: você só pode ter uma. [4]
    • A rivalidade será um indicativo sobre o grau de “fanatismo” do sujeito. Por exemplo: não há como torcer para o Grêmio e o Internacional ao mesmo tempo. [5] Mesmo se ele acompanha apenas futebol europeu, é inadmissível torcer para o Milan e a Inter de Milão.
  5. Em várias oportunidades, essa lealdade é determinada pelo local de crescimento (uma família flamenguista, por exemplo) ou pelo jogador que era seu ídolo na infância. [6] A desculpa de um “modinha” para torcer por um certo time não será muito convincente.
    • Ter uma namorada que torce para esse time, gostar do escudo ou simplesmente escolhê-lo não são razões “aceitáveis”.
    • Caso tenha crescido em uma cidade sem um time do esporte em questão, não há problema em escolher um clube de outra cidade.
  6. Hoje em dia, os esportes americanos também são populares no Brasil, assim como o futebol europeu entrou com força há poucos anos atrás. Pergunte para qual time ele torce em cada um deles; se for um “modinha”, o indivíduo deve acompanhar de perto apenas quem está vencendo; é claro que é perfeitamente normal que sua equipe esteja no topo da tabela e continue bem por vários anos, mas sem dúvida será um fenômeno estranho constatar que todas elas estejam vencendo campeonatos ao mesmo tempo!
    • Por exemplo: é aceitável torcer para o Golden State Warriors, que venceu várias vezes a NBA nos últimos tempos. No entanto, apoiá-los junto com o Barcelona, o Palmeiras e o New England Patriots (da liga de futebol americano, a NFL) é um sinal de que a pessoa embarca na onda de quem sempre têm um bom desempenho nos campeonatos. [7]
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Método 2
Método 2 de 3:

Observando os comportamentos do “torcedor”

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  1. É complicado ir ao estádio apoiar uma equipe sofrível e que está em situação delicada no campeonato, mas é nesse momento que os verdadeiros torcedores aparecem. Mesmo que um torcedor “raíz” xingue todos os jogadores e fique irritadíssimo com o resultado final, é provável que ele apareça no estádio outra vez, no próximo jogo, para empurrar o time à vitória. Os “modinhas”, por outro lado, esquecem da equipe assim que ela perde alguns jogos seguidos. [8]
    • Ir aos jogos exige mais esforço e dinheiro; quem só quer saber de acompanhar times em boas situações não vai querer pagar se o clube não estiver bem.
    • A mesma coisa vale para as partidas na televisão.
  2. Os torcedores de verdade ficam até o apito final do juiz, mesmo que já esteja evidente que o resultado será bem desagradável. No entanto, os “modinhas” se irritam e vão embora sem assistir os minutos finais do jogo, seja qual for o esporte, não apoiando mais o time.
    • Os “modinhas” acabam perdendo algumas das maiores viradas no esporte por irem embora quando tudo parece perdido. Em 1999, o palmeirense que desligou a TV ou deixou o estádio Palestra Itália com 13 minutos por jogar contra o Flamengo (o time perdia por 2x1) não viu uma das grandes viradas da história. O detalhe é que o time paulista precisava vencer por dois gols de diferença para avançar às semifinais da Copa do Brasil; foram três gols emocionantes e quase um em cima do outro. Mais recentemente, em 2017, o Barcelona havia perdido por 4x0 para o Paris St. Germain no primeiro jogo das oitavas de final da Liga dos Campeões da Europa. Precisando vencer por cinco gols de diferença, conseguiu abrir 3x0 aos cinco minutos do segundo tempo, mas levou um gol que dificultou a tarefa aos 17, placar que persistiu até os 43 do segundo tempo. Quem jogou a toalha antes disso perdeu três gols incríveis do Barcelona em sete minutos, totalizando 6x1, que deu a vaga ao time catalão. [9]
  3. É normal não ir aos jogos do Grêmio se você morar em São Paulo; no entanto, um habitante de Porto Alegre que for torcedor de verdade do clube fará o impossível para estar junto da torcida e ver os jogadores de perto. [10] Os “modinhas” não dão valor a essa experiência por não terem um investimento emocional tão grande quanto os torcedores “raiz”; esses últimos comparecem a pelo menos algumas partidas por temporada, mesmo que signifique enfrentar frio e chuva (ou um sol de 35 °C) e esvaziar a carteira para pagar ingresso e um simples sanduíche no local esportivo.
    • Os “modinhas” podem até aparecer em um ou dois jogos, só para dizer que foram. É pouco provável que estejam em partidas pouco convenientes, como quando o tempo estiver ruim, o pontapé inicial for 21h30 em um dia de semana ou se ingressos estiverem caros.
  4. Isso tem a ver um pouco com a equipe ser bem-sucedida, mas também com a importância da partida. A primeira fase de algumas competições, como a dos campeonatos estaduais, por exemplo, é arrastada e de pouca importância; é muito provável que os times grandes passem para as fases decisivas. Os “modinhas” acabam ignorando-as e acompanhando a equipe apenas quando há um clássico na semifinal, como Flamengo x Vasco, no Rio de Janeiro, ou São Paulo x Santos, em São Paulo, devido à maior importância e à rivalidade entre eles.
    • Os jogos “mata-mata” acontecem após a primeira fase e são emocionantes. O Campeonato Brasileiro, por outro lado, possui apenas uma fase; a primeira rodada tem tanta importância quanto a última para equipes que desejam o título. [11]
    • Nas fases finais, também há “modinhas” que começam a torcer para um time quando a “primeira escolha” deles não passou de fase. Às vezes, eles apenas escolhem outra equipe aleatoriamente ou que está com boas chances de levantar o troféu. [12]
  5. Quanto um torcedor para de apoiar a equipe por ter perdido um jogo decisivo ou uma final (ou sequer passar da primeira fase), é bem possível que seja um torcedor casual.
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Método 3
Método 3 de 3:

Identificando torcedores de verdade

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  1. [13] Os torcedores “raiz” adoram esse tipo de camisa (bem como material esportivo atual) porque conhecem a história do time e de jogadores que marcaram época. [14]
    • Quem não possui uma ligação tão forte prefere os itens que represente logos, cores e jogadores atuais.
    • Os torcedores de verdade têm maior chance de gastar com o material esportivo que é autêntico e mais caro.
  2. Quem apoia a agremiação de verdade nunca vaiará, porque está tentando inspirar os jogadores, não aumentar a pressão sobre eles. Não há nada de errado em ficar irritado com desempenhos ruins, mas fazer com que os seus representantes em campo se sintam mal não ajudará em nada. Ao apoiá-los, é preciso estar do lado deles, por bem ou por mal. [15]
  3. Os verdadeiros torcedores sempre são leais às suas equipes antes de tudo; não significa que não pode incentivar ou gostar de outros jogadores, mas em primeiro lugar deverá sempre estar ao lado dos jogadores do próprio time.
    • Por exemplo: mesmo sendo torcedor do Flamengo, não há nada de errado em admirar grandes jogadores, como Everton, do Grêmio, ou Dudu, do Palmeiras, mas seu apoio irrestrito deverá ser direcionado aos atletas do seu time, como Diego, Gabriel Barbosa ou Éverton Ribeiro.
    • Um fenômeno que vem acontecendo nos últimos tempos é torcer para os jogadores que estão no seu clube do game “Cartola FC”, mas que não são atletas do seu time de coração. Nunca fique apoiando jogadores de outros times se for interferir com o sucesso da sua equipe; é algo muito mal visto. [16]
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Dicas

  • Só porque alguém usa uniforme ou algum material esportivo de um time não significa que o indivíduo torce para aquela equipe. Hoje em dia, é muito fácil comprar qualquer item esportivo com alguns cliques.
  • Chamar alguém de “modinha” deixará a pessoa ofendida e irritada. Não fique “esfregando” isso na cara dela para que a situação não piore.
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Avisos

  • Nunca ache que um sujeito é “modinha” se não conhecê-lo bem. É preciso saber como ele é após um tempo de convivência para não tirar conclusões precipitadas.
  • “Modinha” é considerado um termo degradante no âmbito esportivo; use-o com parcimônia.
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