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O citalopram, de nomes comerciais Procimax, Maxapran, entre outros, pode ajudar muito no tratamento da depressão e da ansiedade, mas é normal que você não queira ministrar a medicação para sempre, principalmente após algum tempo de uso. No entanto, isso é algo que deve ser feito aos poucos, para minimizar os efeitos da abstinência. A melhor maneira é realizar o desmame com o acompanhamento do seu médico; ao mesmo tempo, fique atento às manifestações consequentes da abstinência ou que retornam após a interrupção do citalopram. É importante, também, cuidar do seu bem-estar para que os sintomas sejam fáceis de se controlar.

Método 1
Método 1 de 3:

Fazendo o desmame do citalopram

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  1. Geralmente, o especialista precisa analisar se não há mais sintomas da condição em tratamento; é melhor aguardar até que se sinta melhor por, pelo menos, seis meses, e a situação que causou a depressão tenha sido resolvida ou estabilizada. Além disso, não tente parar de tomar a medicação em momentos complicados da vida, como no meio de um divórcio. [1]
    • Por exemplo: supondo que o citalopram está sendo usado contra depressão, recomenda-se continuar fazendo uso do medicamento até que nenhuma manifestação depressiva tenha surgido por, ao menos, seis meses. Isso diminui a chance de uma recaída.
    • Alguns acontecimentos que trazem muito estresse podem dificultar a parada total do remédio. Alguns deles são o divórcio, o fim de um relacionamento, a perda de um emprego, uma mudança de casa, o sofrimento com doenças ou a tristeza intensa.
  2. Fazer o desmame do fármaco permite que o corpo tenha tempo de se adaptar aos níveis cada vez menores do citalopram no organismo. Isso diminui o risco de ter sintomas de abstinência, já que não haverá um grande “choque” no corpo com a falta do princípio ativo. [2]
    • Nunca pare de tomar o medicamento sem a aprovação do seu psiquiatra.
    • Cada paciente responde diferente à interrupção do uso de um antidepressivo. Com o acompanhamento do médico, monitore sua resposta para que desenvolvam uma estratégia que funcione para seu caso.
    • Tenha paciência durante o processo de desmame. Parar de ministrar o citalopram (ou qualquer antidepressivo) de forma abrupta poderá deixá-lo doente, retardar o tratamento e até fazer com que tenha pensamentos suicidas.
  3. É normal que isso dure de seis a oito semanas, ou até alguns meses, dependendo do tempo que já usa a medicação e a dosagem. [3] O especialista diminuirá, aos poucos, a dosagem do citalopram que você tomará, cortando-a pela metade a cada duas semanas, por exemplo, até que a quantidade seja mínima e ele julgue que você já pode interromper o uso.
    • Dependendo do caso, o médico pode indicar que alterne entre a dose atual e uma menor. Por exemplo: se estiver consumindo 40 mg por dia, a nova recomendação pode ser alternar entre doses de 40 mg e 20 mg todos os dias por uma ou duas semanas (o equivalente a consumir 30 mg diariamente). [4]
    • Ele pode falar para você cortar os comprimidos na metade ou prescreverá uma dose menor, se existir.
    • Se estiver tomando o citalopram há pouco tempo (menos de dois meses), uma ou duas semanas de desmame devem ser o suficiente. [5]
  4. É muito importante seguir as instruções dele à risca, mesmo que já se sinta melhor. Infelizmente, sintomas de abstinência podem demorar dias para surgir, logo, é difícil prever como o corpo reagirá à diminuição drástica da dosagem. [6]
    • Fale com seu médico caso tenha alguma dúvida sobre como fazer o desmame.
    • Lembre-se de que essa estratégia foi traçada para atender às suas necessidades, então não mude para um plano que outra pessoa usou só porque deu certo para ela.
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Método 2
Método 2 de 3:

Ficando atento à abstinência

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  1. Cerca de 20% dos pacientes que ministram o citalopram terão sintomas de abstinência, então é possível que eles sequer o incomodem. No entanto, a chance de sofrer com eles aumentam se você já usa a medicação há algum tempo. Provavelmente, eles surgirão alguns dias após interromper o uso do citalopram ou reduzir a dose. Os sinais mais comuns são: [7]
    • Agitação.
    • Ansiedade.
    • Tontura.
    • Dores de cabeça.
    • Confusão.
    • Palpitações.
    • Transpiração.
    • Náuseas.
    • Vômitos.
    • Insônia.
    • Pesadelos.
    • Formigamento ou dormência nas mãos ou pés.
    • Tremores.
  2. Anote como está seu humor, além de problemas que podem ser sintomas de abstinência. Dessa maneira, será possível identificar se realmente são decorrentes da diminuição do fármaco ou se é apenas um dia ruim. [8]
    • Por exemplo, escreva: “Hoje me senti muito estressado e tive dor de cabeça a manhã inteira”. Pode ser que a cefaleia não esteja ligada ao citalopram, mas se ela for persistente e já durar alguns dias, pergunte ao médico se o desconforto pode ser decorrente da abstinência.
  3. À medida que reduz o uso do citalopram, existe a chance de uma recaída do distúrbio que você estava tratando, como ansiedade ou depressão, ou seja, os sintomas podem retornar e, muitas vezes, são confundidos com os da abstinência. O médico poderá ajudá-lo a determinar se é realmente isso que está acontecendo. [9]
    • Lembre-se de que, muitas vezes, a abstinência envolve sinais que não costumam fazer parte da depressão ou ansiedade. Alguns exemplos são: dores no corpo, formigamento de mãos e pés ou tremores. Ao notar condições físicas, é mais provável que sejam consequência da diminuição da dosagem do citalopram. [10]
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Método 3
Método 3 de 3:

Aliviando os sintomas

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  1. Fazer exercícios moderadamente leva o corpo a liberar hormônios do prazer, ou seja, vão fazer com que você se sinta melhor. Opte por alguma atividade divertida, que pode ser facilmente incorporada no seu dia, para que você não perca a motivação e atinja seu objetivo. Veja abaixo alguns exemplos: [11]
    • Caminhar durante a hora do almoço ou após o jantar.
    • Passar mais tempo ao ar livre.
    • Entrar em um time de futebol amador ou de várzea.
    • Fazer aulas de dança.
    • Assistir um programa de exercícios no YouTube.
    • Fazer aulas fitness na academia.
    • Nadar de uma ponta a outra da piscina algumas vezes.
  2. Alimente-se bem . Obter nutrientes necessários e dar prioridades aos alimentos de alta qualidade e ricos em componentes importantes poderá ajudá-lo a se sentir melhor, tanto fisicamente quanto emocionalmente. [12] Preste atenção ao seu corpo e coma assim que sentir fome; as necessidades diárias de cada indivíduo são diferentes, mas os seguintes pontos sempre serão benéficos:
    • Ter uma alimentação ricas em grãos integrais, fibras, proteínas magras (como peixe ou peito de frango), frutas e legumes, bem como gorduras saudáveis (sementes, castanhas e óleos vegetais).
    • Cortar alimentos com muito açúcar, óleos ou que são processados.
  3. Passar um tempinho exposto ao raios solares ajuda o corpo a metabolizar vitamina D com maior eficácia, melhorando o humor. Se possível, faça uma caminhada de 20 minutos sob o sol em cinco dias da semana. [13]
    • Caso passe mais do que 20 minutos no sol, proteja a pele com filtro solar e roupas adequadas, como um chapéu, camiseta de manga comprida e óculos de sol.
    • Converse com seu médico ao suspeitar de deficiência de vitamina D. Ele poderá indicar um suplemento.
    • Caso more em uma região que não recebe muita luz do sol naturalmente, pergunte a um médico ou psiquiatra sobre a realização de fototerapia.
  4. Sentir-se ansioso e inquieto pode dificultar o desmame do medicamento, além de facilitar uma recaída. Por sorte, há maneiras simples de diminuir o estresse em sua vida e promover seu bem-estar. Incorpore os seguintes hábitos no seu dia a dia, por exemplo: [14]
    • Durma bem toda noite e adote uma rotina na hora de deitar-se.
    • Relaxe todos os dias separando um tempo para si próprio, realizando um hobby ou expressando-se de forma criativa.
    • Passe mais tempo com as pessoas queridas para você.
    • Faça refeições saudáveis, com base de proteínas magras e frutas e legumes frescos.
    • Fique mais tempo em meio à natureza.
  5. Entre em contato com familiares e amigos mais próximos para que você crie uma rede de suporte durante o desmame do citalopram. Essas pessoas poderão ajudá-lo se a depressão ou a ansiedade retornarem à medida que a dosagem do remédio diminui. [15]
    • Deixe claro que você poderá precisar de ajuda. Diga “Eu vou parar de tomar o citalopram, então talvez eu precise que você me auxilie um pouco com as tarefas domésticas por alguns dias” ou “Estou passando por um turbilhão de emoções porque parei recentemente de tomar citalopram. Eu posso ligar para você se eu precisar conversar ou desabafar?”
  6. Obter ajuda de um psicólogo pode ser útil para fazer o desmame de medicamentos antidepressivos com maior segurança. Além disso, ele vai ensiná-lo a processar melhor suas emoções e aprender meios mais eficazes para lidar com os sintomas em questão. [16]
    • Se você já faz terapia, continue realizando as sessões durante a transição de desmame do medicamento.
    • Caso não tenha um psicólogo, peça uma recomendação para seu psiquiatra, procure um que atenda seu plano de saúde ou que faça teleconsulta.
  7. Ao contrário do citalopram, a fluoxetina permanece no organismo por várias semanas e demora para ser eliminada, ou seja, é mais simples fazer o desmame dela quando quiser parar. Dependendo do caso, o médico poderá determinar que um antidepressivo de liberação prolongada, como a fluoxetina, seja mais adequado para acompanhar o desmame de um que seja de liberação mais curta, como o citalopram, já que diminui o risco de abstinência. [17]
    • No entanto, trocar a medicação atual para um antidepressivo de liberação longa não é adequado para todo mundo e isso dependerá do diagnóstico do médico. Essa classe de medicamento costuma ser prescrita mais para quem já toma o citalopram há alguns anos.
  8. Quando as manifestações que acompanham a diminuição da dosagem do citalopram começarem a interferir com sua vida, o médico poderá receitar um remédio para fazer o combate direto aos efeitos adversos da abstinência, como um antiemético, para náuseas, ou um sedativo, devido à dificuldade em dormir. [18]
    • Lembre-se, no entanto, que a maioria das pessoas não precisa desses medicamentos, portanto, o especialista poderá determinar que isso não é essencial para seu caso.
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Dicas

  • Caso apresente sintomas de abstinência, eles deverão sumir dentro de duas semanas. Apesar de ser raro, há possibilidade de que durem até três meses, no entanto. [19]
  • Não há dúvida de que as manifestações decorrentes da abstinência são desagradáveis, mas não indicam que você está viciado. Eles surgem porque o corpo precisa de tempo para se ajustar com a ausência da medicação, não porque precisa desesperadamente de citalopram.
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Avisos

  • Sempre siga as orientações do seu médico. Nunca interrompa o uso do remédio, ao menos que esteja sob supervisão de um especialista.
  • Não consuma bebidas alcoólicas e use entorpecentes enquanto faz o desmame do citalopram. Essas substâncias podem agravar os sintomas da abstinência. [20]
  • Segundo a FDA (Food and Drug Administration, a ANVISA nos Estados Unidos), tomar doses de 40 mg ou mais de citalopram pode causar arritmia cardíaca. Mesmo assim, não deixe de usar o medicamento de uma hora para outra e sem acompanhamento de seu médico. A FDA ainda recomenda o uso de doses de até 20 mg por dia para tratamento da depressão ou ansiedade. [21]
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