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A música escrita é uma linguagem que tem se desenvolvido ao longo de milhares de anos, e até mesmo a que possuímos nos dias atuais já está presente há mais de 300 anos. [1] A notação musical é a representação de sons com símbolos, desde a notação básica para tom, duração e tempo, às mais avançadas descrições de expressão, timbre e inclusive efeitos especiais. Este artigo apresentará as bases da leitura musical, demonstrará alguns dos métodos mais avançados e sugerirá algumas formas de ganhar mais conhecimento acerca do tema.

Método 1
Método 1 de 8:

Passos básicos

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  1. Antes de se preparar para o aprendizado, você deve captar o sentido das informações básicas entendidas praticamente por todos aqueles capazes de ler música. As linhas horizontais em uma peça musical compõem o pentagrama [2] . Esse é o mais básico dentre todos os símbolos musicais e a base de tudo o que virá a seguir.
    • O pentagrama consiste em um arranjo de cinco linhas paralelas e dos espaços existentes entre elas. Tanto as linhas como os espaços são numerados para fins de referência, sendo sempre contados do mais baixo (base do pentagrama) até o mais alto (topo do pentagrama). [3]
  2. [4] Uma das primeiras coisas que você encontrará ao ler partituras será a clave . Esse sinal, que se parece com um grande e rebuscado símbolo cursivo no canto esquerdo do pentagrama, representa aproximadamente a amplitude dentro da qual o seu instrumento tocará. Todos os instrumentos e vozes mais agudas fazem uso da clave de sol e, nessa introdução à leitura musical, focaremos primariamente nessa clave para os nossos exemplos.
    • A clave de sol é derivada da letra latina G ornamental. Uma boa forma de lembrar-se disso é observar que as “voltas” no centro da clave se assemelham a um G, que simboliza a nota sol. Quando as notas são agregadas ao pentagrama na clave de sol, elas apresentarão os seguintes valores:
    • As cinco linhas, de baixo para cima, representam as notas: E (mi), G (sol), B (si), D (ré), F (fá).
    • Os quatro espaços, de baixo para cima, representam as notas: F (fá), A (lá), C (dó), E (mi).
    • Isso pode parecer muito conteúdo para ser lembrado. Praticar com uma ferramenta de reconhecimento de notas on-line é outro modo excelente de reforçar essas associações.
  3. A clave de fá é usada por instrumentos mais graves, incluindo a mão esquerda do piano, o contrabaixo, o trombone e assim por diante. [5]
    • O nome “clave de fá” deriva de suas origens, como a letra F gótica. Os dois pontos à frente da clave estão acima e abaixo da linha equivalente à nota fá no pentagrama. O pentagrama da clave de fá representa notas diferentes das presentes na clave de sol.
    • As cinco linhas, de baixo para cima, representam as notas: G (sol), B (si), D (ré), F (fá), A (lá).
    • Os quatro espaços, de baixo para cima, representam as notas: A (lá), C (dó), E (mi), G (sol).
  4. Os símbolos das notas individuais são uma combinação de até três elementos básicos: a cabeça, a haste e os colchetes. [6]
    • A cabeça da nota: essa é uma forma oval aberta (branca) ou fechada (preta). Em sua forma mais básica, ela indica ao músico qual nota tocar no instrumento.
    • A haste: essa é a fina linha vertical que está presa à cabeça da nota. Quando a haste está apontada para baixo, ela se une à cabeça da nota em seu lado esquerdo. A direção da haste não tem nenhum efeito sobre a nota, mas torna a notação mais fácil de ler e menos desordenada.
    • A regra com relação à direção da haste é que, à altura ou acima da linha central do pentagrama, ela fica direcionada para baixo e, quando a nota estiver abaixo da linha central, ficará direcionada para cima.
    • O colchete: essa é a linha curva anexada à extremidade da haste. Independente do fato de a haste estar presa ao lado direito ou ao esquerdo da cabeça da nota, o colchete estará sempre colocado à direita da haste, e jamais à sua esquerda.
    • Observadas juntamente, a nota, a haste e os colchetes indicam ao músico o valor de tempo para qualquer nota, medido em batidas ou frações de batida. Ao ouvir música e bater o ritmo com os pés, você está reconhecendo essa batida.
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Método 2
Método 2 de 8:

Métrica e tempo

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  1. Em uma peça musical, você observará linhas verticais cruzando o pentagrama em intervalos bastante regulares. Elas representam os compassos — o espaço anterior à primeira linha equivale ao primeiro compasso, aquele entre a primeira e a segunda equivale ao segundo e assim por diante. [7] As linhas de compasso não afetam a sonoridade da música, mas ajudam o músico a executá-la da forma correta.
    • Como veremos abaixo, outra característica prática com respeito aos compassos é que cada um possui o mesmo número de batidas . Por exemplo, se você se encontrar batendo “1-2-3-4” junto a uma peça musical no rádio, é provável que tenha compreendido as linhas de compasso, subconscientemente.
  2. O tempo, ou a métrica, pode ser imaginado como o “pulso” ou a batida da música. Você pode senti-lo instintivamente ao escutar músicas dance ou pop — o “tum, tss, tum, tss” de uma típica música dance é um exemplo simples de métrica. [8]
    • Em uma partitura musical, a batida é geralmente expressa por algo similar a uma fração escrita ao lado do símbolo da clave. Como em qualquer fração, há um numerador e um denominador. O numerador, escrito nos dois espaços superiores do pentagrama, indica quantas batidas existem em um compasso. O denominador revela qual é o valor de nota que recebe uma única batida (o “pulso” no ritmo acompanhado, por exemplo, pela batida dos pés).
    • Talvez o tempo mais simples de entender seja o 4/4, ou o andamento “comum”. No tempo 4/4, há quatro batidas em cada compasso, e cada quarto de nota é igual a uma batida. Essa é a assinatura de tempo que você observará na maioria das músicas populares. É possível contar junto ao tempo comum da música com “1-2-3-4 | 1-2-3-4 | ...”.
    • Alterando o numerador, mudamos o número de batidas existentes em um compasso. Outra assinatura de tempo bastante comum é a 3/4. Por exemplo, a maioria das valsas apresentará uma batida “1-2-3 | 1-2-3 | ...” constante, apresentando-as no tempo 3/4.
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Método 3
Método 3 de 8:

Ritmo

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  1. Similar à métrica e ao tempo, o “ritmo” representa uma parte crucial na sensação passada pela música. [9] No entanto, enquanto a métrica simplesmente indica quantas batidas estão presentes, o ritmo demonstra a forma como elas são usadas.
    • Pense no nosso ritmo de caminhada e imagine-o (bater o pé no chão pode ajudar). Agora, imagine que um ônibus que você está esperando estaciona a uma rua de distância. O que você faz? Você corre! E, enquanto corre, você tenta acenar para o motorista.
    • Faça o seguinte teste: bata um dedo na mesa e conte 1-2-3-4 | 1-2-3-4| 1-2-3-4 de forma constante. Não parece muito interessante, não é mesmo? Agora, experimente isso: nas batidas 1 e 3, bata com mais intensidade e, nas batidas 2 e 4, mais suavemente. Essa mudança alterou completamente a sensação do ritmo! Agora, faça o teste inverso: batidas fortes em 2 e 4 e suaves, em 1 e 3.
  2. Ouça a música Don't Leave Me , de Regina Spektor. Você poderá distinguir o ritmo claramente: a nota grave, mais sutil, é tocada nas batidas 1 e 3, e uma forte palma com tambor surge nas batidas 2 e 4. Você começará a entender a ideia de como a música se organiza. É isso o que chamamos de ritmo!
    • Imagine-se em uma caminhada. Cada passo equivale a uma batida. Essas batidas são representadas musicalmente pelas semínimas, pois na música ocidental há quatro dessas batidas em cada compasso. Musicalmente, o ritmo de sua caminhada ficará da seguinte maneira:
    • Cada passo equivalerá a uma semínima. Em uma partitura, essas notas são pontos pretos unidos a hastes sem colchetes. Você pode contá-las à medida que caminha: 1-2-3-4 | 1-2-3-4.
    • Se quiser andar reduzindo a velocidade pela metade, você dará um passo a cada duas batidas, em 1 e 3, e eles serão escritos como mínimas (metade de um compasso). Em uma partitura, as mínimas são quase idênticas às semínimas, mas não possuem uma cabeça preenchida — são contornadas por preto com um núcleo branco.
  3. Se diminuir o passo ainda mais, de modo a pisar uma vez a cada quatro batidas, em 1, você pode escrever apenas uma semibreve — uma nota por compasso. Em uma partitura, semibreves se assemelham a um “O” — são parecidas à mínima, mas sem qualquer haste.
    • Pegue o ritmo! Chega de diminuir o passo. Como você percebeu, à medida que reduzimos a velocidade das notas, começamos a retirar pedaços de sua forma. Primeiramente, tínhamos a nota preenchida e retiramos sua haste. Agora, vamos acelerar as coisas. Para isso, precisaremos adicionar itens à nota.
    • Na música, para deixar as notas mais rápidas, colocamos um colchete. Cada colchete corta o valor da nota em questão pela metade. Por exemplo, uma colcheia (com um colchete) tem 1/2 do valor de uma semínima e uma semicolcheia (com dois colchetes) tem 1/2 do valor de uma colcheia. Em termos de caminhada, partiremos do ritmo lento (semínima) para um trote (colcheia) — o dobro da velocidade — e, por fim, para a corrida (semicolcheia) — duas vezes mais rápido. Pensando em termos de considerar cada semínima como um passo, brinque com o exemplo acima.
  4. Como você pode perceber no exemplo acima, as coisas podem ficar um pouco confusas quando há um monte de notas desenhadas na página. Os seus olhos começam a se confundir e você perde o foco do ponto onde está. Para agrupar as notas em pacotes menores que fazem sentido visual, nós as ligamos .
    • Essa ligação simplesmente substitui os colchetes individuais por linhas espessas entre as hastes das notas. [10] Elas são agrupadas logicamente e, embora músicas mais complexas requeiram regras mais complicadas, para os fins deste artigo agruparemos as notas em grupos de colcheias. Compare o exemplo abaixo com os exemplos anteriores. Experimente bater o ritmo novamente e observe como a ligação dos colchetes deixa a partitura mais esclarecedora.
  5. Enquanto um colchete serve para cortar o valor de uma nota pela metade, o ponto possui uma função similar — mas oposta. Com exceções limitadas que não se aplicam ao caso, o ponto sempre é posicionado à direita da cabeça da nota. [11] Quando você observar que uma nota possui um ponto, isso significa que ela teve sua duração aumentada em metade de seu valor original.
    • Por exemplo, um ponto colocado à frente de uma semínima a aumentará em metade de sua duração, ou seja, em uma colcheia. Uma colcheia pontuada, por sua vez, terá sua duração aumentada em metade de sua duração — uma semicolcheia.
    • As ligaturas funcionam de modo similar aos pontos — elas estendem o valor da nota original. Ela simplesmente conecta duas notas com uma linha curva entre suas cabeças. Diferentemente aos pontos, que são abstratos e baseados unicamente no valor da nota original, ligaturas são explícitas: a primeira nota é acrescida exatamente pela duração da segunda nota.
    • Uma razão pela qual você usaria uma ligatura no lugar de um ponto, por exemplo, é o momento em que a duração de uma nota não se adequaria musicalmente ao espaço de um compasso. Nesse caso, você simplesmente acrescerá a duração excedente dentro do próximo compasso como uma nota, ligando ambas em um conjunto único.
    • Observe que a ligatura é desenhada de uma cabeça de nota até a outra, geralmente em direção oposta à haste.
  6. Algumas pessoas afirmam que a partitura é apenas uma série de notas, o que não deixa de ser um pouco certo. [12] A partitura é composta por uma série de notas e pelos espaços entre elas, que são chamados de pausas — mesmo no silêncio, eles podem acrescentar movimento e vida à música. Vamos dar uma olhada no modo como elas são produzidas:
    • Como as notas, há símbolos específicos para durações diferentes. Uma pausa semibreve é representada por um retângulo caindo da quarta linha, e uma pausa mínima é representada por um retângulo sobre a terceira linha. A pausa semínima é uma linha rebuscada, e o restante das pausas é composto por uma barra angulada com o mesmo número de colchetes que suas notas equivalentes. Esses colchetes sempre são direcionados para a esquerda.
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Método 4
Método 4 de 8:

Melodia

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  1. a clave, as partes de uma nota e as características principais das durações de notas e pausas. Entenda esses conceitos e, por fim, entraremos onde a diversão começa: ler música!
  2. A escala de dó maior é a base de nossa música ocidental. [13] A maioria das outras que você aprenderá é derivada a partir dela. Uma vez que ela esteja gravada em sua memória, o restante virá naturalmente.
    • Primeiramente, mostraremos a você como ela é feita, a seguir explanando como entendê-la e, por fim, começaremos a ler a partitura! Observe acima como se escreve a escala de dó maior em um pentagrama.
    • Se observar atentamente a primeira nota, o C (dó) grave, observará que ela está posicionada abaixo das linhas do pentagrama. Quando isso acontece, simplesmente agregamos uma linha adicional apenas para aquela nota — por isso, a pequena linha atravessando a cabeça da nota. Quanto mais grave ela estiver, mais linhas de pentagrama serão adicionadas — mas não é preciso preocupar-se com isso agora.
    • A escala de dó maior é composta por oito notas — equivalentes às teclas brancas em um piano.
    • Você pode ou não ter um piano à mão (se não, experimente um piano virtual ). De qualquer modo, a essa altura, é importante que você comece a desenvolver uma ideia não somente da aparência de uma partitura, mas também de sua sonoridade .
  3. Isso pode parecer assustador de início, mas é possível que você já saiba como fazê-lo: esse é o nome sofisticado de dizer “dó ré mi”. [14]
    • Ao aprender a cantar as notas lidas, você começará a desenvolver a habilidade de ler à primeira vista — algo que pode demorar toda a vida para ser aperfeiçoado, mas que será útil desde o princípio. Observemos novamente aquela escala de dó maior, agregando a escala solfejada. Leia a escala de dó maior II acima.
    • É bastante provável que você conheça a canção “ Dó-Ré-Mi ”, de Rogers e Hammerstein, existente no filme A Noviça Rebelde . Se você consegue cantar a escala “dó ré mi”, faça-o agora enquanto você olha para as notas. Se precisa de uma revisão, basta ouvir a música no YouTube .
    • Aqui está uma versão ligeiramente mais avançada, subindo e descendo a escala de dó maior com as notas solfejadas. Leia a escala de dó maior I acima.
    • Pratique o solfejo — a parte II algumas vezes, até que você se familiarize com a sequência. Nas primeiras vezes, leia bem lentamente, de modo que você consiga olhar para cada nota enquanto a canta.
    • Lembre-se dos valores das notas: o C (dó) agudo na extremidade da primeira linha e o C (dó) grave na extremidade da segunda linha são mínimas, e o restante delas é composto por semínimas. Se você se imaginar caminhando, mais uma vez, há uma nota por passo — as mínimas requerem dois passos.
  4. Você já está lendo partituras!
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Método 5
Método 5 de 8:

Sustenidos, bemóis, naturais e tons

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  1. Até o momento, cobrimos os conceitos básicos de ritmo e melodia, e você já deve ter as habilidades iniciais necessárias para compreender o que todos os pontos e símbolos rebuscados representam. Embora esse conhecimento já o ajude a passar pela aula de flauta-doce, ainda há algumas coisas que devem ser comentadas. Dentre elas, as principais são as armaduras de tom. [15]
    • Você pode já ter visto sustenidos e bemóis em partituras: o sustenido se parece ao jogo da velha (#) e o bemol, a uma letra B minúscula (♭). Eles são posicionados à esquerda da cabeça de uma nota e indicam que essa nota será tocada meio tom acima (sustenido) ou meio tom abaixo (bemol). A escala de C (dó), como a aprendemos, é composta pelas teclas brancas do piano, e os sustenidos e bemóis são representados pelas teclas pretas. Uma vez que a escala de C (dó) maior não possui quaisquer acidentes, ela é escrita do seguinte modo:
  2. Na música ocidental, as notas estão separadas por um tom ou um semitom. [16] Se você observar a nota C (dó) nas teclas de um piano, verá que há uma tecla preta entre ela e a seguinte, D (ré). A distância musical entre o C (dó) e o D (ré) é chamada de tom. A distância entre o C (dó) e a tecla preta à sua frente, por sua vez, é chamada de semitom. Agora, você pode estar se perguntando qual é o nome dessa tecla preta em questão. A resposta é: “depende”.
    • Uma boa regra é pensar que, se você vai subir na escala, a nota é a versão sustenida da nota inicial. Ao descer na escala, no entanto, ela será a versão bemol da nota inicial. Logo, se você estiver passando de C (dó) para D (ré) com a tecla preta, a tecla preta poderá ser escrita com um sustenido (#).
    • Nesse caso, a tecla preta será escrita como C# (dó sustenido). Ao descer na escala, de D (ré) para C (dó), e usando-se a tecla preta como nota de passagem entre ambas, ela será escrita com um bemol (♭).
    • Regras como essa tornam a música um pouco mais fácil de ler. Se você pretende escrever essas três notas em sequência e usar um D♭ (ré bemol) no lugar de C# (dó sustenido), a notação será usada com um sinal de natural, ou bequadro (♮).
    • Observe que temos agora um novo sinal — o bequadro. Sempre que você o vir (♮), isso significa que a nota cancelará quaisquer sustenidos ou bemóis escritos anteriormente. Nesse exemplo, a segunda e terceira notas são D (ré): O primeiro é um D♭ (ré bemol), de modo que o segundo D (ré), por conta de estar um semitom acima da nota original, deverá ser a versão “corrigida” para que a nota correta seja executada. Quanto mais sustenidos e bemóis estiverem espalhados ao longo de uma partitura, mais um músico deve assimilar antes de executá-la.
    • Com frequência, compositores que antes usavam acidentes em compassos anteriores podem agregar bequadros adicionais “desnecessários” para ofertar uma maior clareza ao músico. Por exemplo, se um compasso anterior contendo um arranjo em D (ré) maior conteve um A# (lá sustenido), o próximo compasso com um A (lá) poderá representar um valor natural da nota.
  3. Até o momento, observamos a escala de C (dó) maior: oito notas, dentre as teclas brancas do piano, começando em um C (dó). No entanto, você pode começar uma escala em qualquer nota. [17] No entanto, se você apenas tocar as teclas brancas, não estará tocando uma escala maior, mas algo chamado de “escala modal”, que está além dos objetivos desse artigo.
    • A nota inicial, ou tônica , é também o nome do tom. Você pode já ter ouvido alguém dizer “ está no tom de dó ” ou algo semelhante. Esse exemplo significa que a escala básica começa em C (dó), incluindo as notas C (dó) D (ré) E (mi) F (fá) G (sol) A (lá) B (si) C (dó). As notas em uma escala maior têm uma relação bastante específica entre si. Observe as teclas do piano acima.
    • Note que, entre a maioria das notas, existe um tom. No entanto, há apenas um semitom entre E (mi) e F (fá) e entre B (si) e C (dó). Toda escala maior possui essa mesma relação: tom-tom-semitom-tom-tom-tom-semitom. Se você começa a sua escala em G (sol), por exemplo, ela será escrita da seguinte maneira:
    • Observe o F# (fá sustenido) próximo ao topo. Para manter a mesma relação, o F (fá) precisa ser elevado um semitom, de modo a estar um semitom abaixo da nota G (sol), e não um tom completo. Isso será bastante simples de ler por conta própria — mas e se você começasse a partir de uma escala de C# (dó sustenido)?
    • Agora as coisas começam a ficar complicadas! Para eliminar a confusão e simplificar a leitura da partitura, as armaduras de tom foram criadas. Cada escala maior tem um conjunto específico de sustenidos ou bemóis exibido no início da partitura. Observando novamente o tom de G (sol), observamos que há um sustenido — F# (fá sustenido). Em vez de colocar esse sustenido ao lado do F (fá) no pentagrama, passamos todos os símbolos para a esquerda e passamos a assumir que, a partir daquele ponto em diante, todas as notas F (fá) serão tocadas como F# (fá sustenido).
    • Essa sequência apresenta a mesma sonoridade e é tocada exatamente igual à escala de G (sol) maior acima, sem qualquer armadura de tom. Veja a seção de Armaduras de tom abaixo para uma lista completa.
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Método 6
Método 6 de 8:

Dinâmicas e expressão

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  1. Ao ouvir uma música, você provavelmente já deve ter percebido que ela não está sempre no mesmo volume. Algumas partes ficam realmente altas, enquanto outras se mantêm bastante sutis. Essas variações compõem o que é chamado de “dinâmica”. [18]
    • Se o ritmo e a métrica são o coração da música, e as notas e as teclas são o cérebro, as dinâmicas são verdadeiramente a voz da música. Considere a primeira versão acima.
    • Em sua mesa, bata 1 e 2 e 3 e 4 e 5 e 6 e 7 e 8 etc. (é o e que os músicos usam para “falar” as oito notas). Todas as batidas devem ser produzidas com a mesma intensidade, de modo a soar como um helicóptero. Agora, observe a segunda versão.
    • Note a marca acentuada (>) acima de toda quarta nota C (dó). Bata as notas, dessa vez acentuando toda aquela que possuir a marca de reforço. Agora, em vez de soar como um helicóptero, a sequência parecerá algo mais como um trem. Com uma sutil mudança na marcação, alteramos completamente o caráter da música!
  2. Assim como você nem sempre conversará no mesmo nível — sempre modulando a voz do mais alto ao mais suave, de acordo com a situação —, a música também modula sua sonoridade. O modo como o compositor indica ao músico sua intenção é através das marcações de dinâmica. [19]
    • Há dezenas de marcações indicativas da dinâmica que podem ser observadas em uma partitura, mas algumas das mais comuns que você verá são as letras f , m e p .
    • p significa “piano”, ou “suavemente”.
    • f significa “forte”, ou “alto”.
    • m significa “mezzo”, ou “médio”. Isso modifica a dinâmica após a letra, assim como em mf ou em mp , que significam “alto médio” ou “suave médio”.
    • Quanto mais p s ou f s você tiver, mais suave ou fortemente deverá executar a música. Tente cantar o exemplo acima (usando o solfejo — a primeira nota da sequência é a tônica, ou seja, um “dó”) e use a dinâmica para pontuar as diferenças.
  3. Outra notação dinâmica bastante comum é o crescendo e seu oposto, o decrescendo . Trata-se de representações visuais de uma mudança gradual no volume, similares aos símbolos “<” e “>” alongados. [20]
    • Um crescendo geralmente intensifica o volume de execução, e o decrescendo, por sua vez, o suaviza. Você observará que, nesses dois símbolos, a extremidade “aberta” representa a dinâmica de maior volume e a “fechada”, a de menor volume. Por exemplo, se a música o direciona gradualmente do forte ao piano, você notará um f , um > alongado e, por fim, um p .
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Método 7
Método 7 de 8:

Avançando

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  1. Aprender a ler partituras é como aprender o alfabeto. É preciso algum tempo para aprender a base, mas, em geral, trata-se de algo relativamente fácil. No entanto, há uma quantidade tão imensa de nuances, conceitos e habilidades que podem ser aprendidos que você pode passar uma vida inteira para aprendê-los. Alguns compositores chegam até mesmo ao ponto de escrever músicas em pentagramas que formam espirais ou padrões ou, ainda, a sequer usar pentagramas! Este artigo passará uma boa base para que você siga crescendo!
Método 8
Método 8 de 8:

Tabela de armaduras de tom

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  1. Há pelo menos uma para cada nota da escala — e o estudante mais esforçado observará que, em alguns casos, há duas teclas para a mesma nota. Por exemplo, o tom de G# (sol sustenido) soa exatamente igual ao tom de A♭ (lá bemol)! Ao tocar o piano — e, para o propósito desse artigo —, a diferença é meramente acadêmica. No entanto, há alguns compositores — em especial, aqueles que escrevem para instrumentos de cordas — que afirmarão que o A♭ (lá bemol) é tocado um pouco mais “sustenido” do que o G# (sol sustenido). Aqui seguem as principais armaduras de tom relativas às escalas maiores: [21]
    • O tom de C (dó) — ou atonal.
    • Tons com sustenidos: G (sol), D (ré), A (lá), E (mi), B (si), F# (fá sustenido), C# (dó sustenido).
    • Tons com bemóis: F (fá), B♭ (si bemol), E♭ (mi bemol), A♭ (lá bemol), D♭ (ré bemol), G♭ (sol bemol), C♭ (dó bemol).
    • Como se pode notar acima, à medida que você passa pelas armaduras de tons sustenidos, mais sustenidos são acrescidos até que todas as notas tocadas sejam sustenidas, no tom de C# (dó sustenido). À medida que você passa pelas armaduras de tons bemóis, mais bemóis são acrescidos até que todas as notas tocadas sejam bemóis, no tom de C♭ (dó bemol).
    • Pode ser reconfortante saber que alguns compositores geralmente escrevem em armaduras de tons confortáveis à leitura do músico. O tom de D (ré) maior é bastante comum para instrumentos de corda, uma vez que as cordas soltas mantêm relação próxima à nota tônica, ou seja, D (ré). Há poucas obras que farão instrumentos de corda tocar em E♭ (mi bemol) menor, ou ainda, metais tocarem em E (mi) maior — elas serão tão dolorosas para compor quanto será, para você, lê-las.
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Dicas

  • Pratique com o seu instrumento principal. Se você toca piano, é provável que já tenha sido exposto à leitura de partituras. Muitos guitarristas, no entanto, aprendem de ouvido, e não pela leitura. Ao aprender a ler partituras, esqueça-se do que você já sabe — aprenda primeiro a ler, e toque depois!
  • Tente se divertir com a música, pois, se isso não o agradar, será difícil aprender a tocar.
  • Pegue partituras de músicas que você conhece. Uma visita à biblioteca municipal ou a uma loja de música revelará centenas — se não milhares — de partituras simplificadas com a notação básica e acordes de suas músicas favoritas para você acompanhar. Leia a música enquanto você a ouve, e você terá uma noção mais intuitiva daquilo que está estudando.
  • Repetição e prática consistente são as chaves para o sucesso. Crie cartões de memória ou use um caderno de anotações para construir uma base sólida de aprendizado.
  • É muito bom conhecer tanto as notas ocidentais como a leitura de partituras. Esse conhecimento eventualmente o ajudará em longo prazo e será muito mais fácil de lembrar.
  • Trabalhe com a leitura à primeira vista. Você não precisa ter uma boa voz, mas isso o ajudará a treinar os ouvidos para “ouvir” o que está no papel.
  • Pratique em algum lugar silencioso, ou quando o ambiente estiver mais tranquilo. É melhor experimentar primeiro o piano, pois ele é fácil se você o praticar. Se não tem um piano, tente usar os pianos virtuais disponíveis na internet. Quando você entender o processo, pode começar a aprender como tocar outros instrumentos!
  • Seja paciente. Assim como ao aprender uma nova língua, aprender a ler partituras requer tempo. Como ao aprender qualquer coisa nova, quanto mais você praticar, mais fácil será e melhor você ficará.
  • A página IMSLP guarda um imenso arquivo de partituras e execuções musicais de domínio público. Para melhorar na leitura de partituras, é sugerível que você pesquise pelas obras de compositores e leia as partituras enquanto ouve suas músicas.
  • Se você tem uma partitura, mas não se lembra de todas as notas, comece devagar, escrevendo abaixo a letra ou o nome relativo a cada nota. Não o faça com muita frequência, pois você deve se esforçar para lembrar de todas as notas à medida que o tempo passa.
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Avisos

  • Aprender a ler partituras pode levar uma vida inteira. Siga em seu próprio ritmo!
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