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A tomografia computadorizada é um exame capaz de criar imagens transversais de qualquer parte do corpo por meio de raios-X especiais e um computador. [1] Esse tipo de estudo radiológico é uma parte importante do processo de diagnóstico de doenças, como derrames cerebrais e câncer, bem como de infecções abdominais, como a apendicite. Para aprender a ler o exame, você deve entender a anatomia humana normal e o que os pontos brancos, cinzas e preto nos filmes indicam.

Parte 1
Parte 1 de 2:

Preparando-se para a leitura

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  1. Veja o que está impresso nos filmes para determinar se esses dados são seus mesmo e que parte do corpo está representada.
    • Os filmes vão incluir o seu nome e outras informações de identificação, como a sua data de nascimento. O nome do hospital ou da clínica médica onde tirou a tomografia também vai estar impresso, assim como a data do exame. Se for olhar os filmes de outra pessoa, tenha cuidado para não se chocar com algo anormal.
    • Os resultados da tomografia dependem da área do corpo que foi analisada. Veja: a tomografia do cérebro é compacta, com o cérebro localizado dentro do crânio; o exame das pernas e dos braços também são compactos, mas longos e com imagens dos ossos e dos tecidos moles da região (músculos e gordura); por fim, a tomografia do abdômen é maior e mais complexa, pois mostra elementos como o intestino delgado — todo enrolado e próximo dos rins, do fígado, do baço etc.
    • Acesse algum site que traga explicações breves sobre os componentes do exame e das partes do corpo humano. Com esse recurso, você pode estudar o que é importante em cada região, como o cérebro, o peito, a pélvis etc. Visite mais de uma página e tente encontrar sites com imagens gratuitas.
  2. Se a tomografia for impressa, os filmes vão ser do tamanho de uma folha de jornal. O melhor ângulo para lê-la é colocá-la sobre uma superfície reta e ampla. Se o exame estiver em formato digital, a própria tela do computador vai ser a fonte de luz.
    • Se tiver uma TV de tela plana compatível com aparelhos de DVD, encontre uma cena de um filme ou uma série que seja bem iluminada e pare a reprodução. Não é tão fácil conseguir uma iluminação boa assim; tente segurar o filme contra a luz, seja qual for a fonte. Se ela for pequena, você pode ter que ficar mexendo o exame para frente e para trás.
  3. Você tem que saber se as imagens da tomografia estão no plano transversal, coronal ou sagital. Para isso, consulte um atlas da anatomia para referências. [2]
    • Imagine-se de pé, sendo cortado em fatias pelo tomógrafo. O plano transversal seria a fatia que começa na sua cabeça e termina nos seus pés; o coronal incluiria as fatias que começam na frente do seu corpo e terminam nas suas costas — seu rosto, sua barriga e seus dedos do pé seriam os primeiros cortes, enquanto sua nuca, suas nádegas e seus calcanhares seriam os últimos; o plano sagital, por sua vez, começa em uma orelha e termina na outra. [3]
    • O tomógrafo é a máquina que produz as tomografias. Ele emite feixes de raios-X através do corpo e, assim, um computador forma as imagens dos filmes. Para isso, o paciente tem que se deitar em uma maca dentro de um tubo. Quando ela se mexe, o equipamento tira várias fotos, a partir dos três ângulos, para chegar ao final. [4]
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Parte 2
Parte 2 de 2:

Lendo a tomografia

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  1. Para se orientar, leia as informações que estão escritas no exame. Esse problema não acontece tanto com exames digitais, mas ainda é bom ficar de olho.
    • Olhar para uma tomografia é como olhar para o espelho. O lado direito do seu corpo corresponde ao esquerdo do filme (e vice-versa). Os R e L (ou D e E ) nos exames indicam que lado está representado, não o lado do filme em si. [5]
    • A parte dianteira do corpo fica na parte de cima do filme, enquanto a parte traseira fica na de baixo. [6]
  2. Cada folha tem um número. A tomografia divide o corpo em seções transversais, que são como fatias de pão. [7] Ao olhar as imagens em ordem, pode-se ver uma sequência natural. Se houver mudanças bruscas, talvez signifique que você está com alguma doença ou anormalidade.
    • Quando os raios-X especiais estiverem em ordem, você vai ver uma espécie de filme em câmera lenta das estruturas e dos órgãos internos do corpo — e como eles se relacionam uns aos outros. Se olhar para uma tomografia do seu abdômen, por exemplo, vai ver como seus vasos sanguíneos maiores e os brônquios (os tubos que leva o ar para dentro e para fora dos pulmões) se entrelaçam ao restante dos tecidos do local. Problemas como o câncer de pulmão criariam anormalidades nessa imagem.
    • Se for acessar os arquivos a partir do computador, você poderá explorar as imagens em ordem, como se fossem um filme.
  3. Eles representam os tecidos moles, a gordura, o ar e os ossos no interior do corpo. Se houver algum tom inesperado, pode ser sinal de anormalidade.
    • Os tecidos densos, como os ossos, aparecem como as áreas brancas. O ar e a gordura têm tons escuros de cinza ou são pretos. Os tecidos moles e os fluidos, incluindo o sangue, também apresentam tons variados de cinza. Os tipos diferentes de contrastes, que adquirem um tom branco bem brilhante nos filmes, servem para definir melhor as estruturas internas do organismo. Os pacientes tomam um deles para facilitar a detecção de determinados fluidos, como os do estômago e do intestino; além disso, também há tipos que são injetados nas veias e servem para mostrar o sangue nos vasos e os fluidos dos órgãos. Se houver algo fora do normal, pode ser sinal de inflamação, infecção ou sangramento interno.
    • Imagina esta situação: um médico examina a tomografia do cérebro de um paciente que já teve um derrame. O osso do crânio apresenta a cor normal, mas está envolvo em tons de cinza e preto. Contudo, há uma área branca pequena e discreta, cercada de tons de cinza e preto, no ponto onde o derrame ocorreu. Significa que essa área não recebeu sangue suficiente; o fluido que vazou das células danificadas está marcado pelo contraste e é branco, mas não tanto quanto o crânio em si.
  4. Os órgãos bilaterais são como gêmeos idênticos: difíceis de distinguir. Para isso, é bom consultar um atlas de anatomia — mas o melhor ponto de referência é o órgão normal, que fica do outro lado.
    • Isso não funciona com órgãos como o fígado, o estômago ou o baço, que não são bilaterais. Contudo, o cérebro tem dois lobos; o corpo inclui duas pernas e dois braços, assim como pares de rins, pulmões, ovários e testículos.
  5. O radiologista é o médico especializado em interpretar todos os tipos de raios-X, incluindo as tomografias. Muitas vezes, ele envia um relatório a outro profissional, contendo uma descrição detalhada do que vê nos filmes.
    • O médico pode pedir a tomografia para chegar a um diagnóstico que explique os sintomas do paciente ou para dar continuidade ao tratamento de um problema específico, como câncer, derrame, fraturas ósseas etc. É normal ficar um pouco nervoso ou curioso — e parece que o dia da consulta nunca chega. Se você tiver uma cópia dos exames, pode tentar lê-lo para tirar a dúvida (desde que saiba o que está fazendo). Deixe que os médicos experientes deem a palavra final quanto ao seu estado.
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