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Seus pais vivem brigando feio? Com certeza não é legal presenciar uma situação assim. No entanto, existem algumas medidas para protegê-lo do conflito, além de mostrar a eles o quanto isso o afeta e lidar com as consequências das discussões.

Parte 1
Parte 1 de 3:

Prezando pela sua segurança

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  1. A ideia aqui não é virar o assunto da briga. Evite tomar partido; na verdade, não interfira de forma alguma. Não é sua obrigação mediar o conflito.
    • Se algum deles tentar envolvê-lo na discussão, seja honesto e diga que não quer escolher um lado. Esse é um direito seu.
  2. É importante ter um local de aconchego na casa para quando estiver estressado com a situação. Além disso, ao se recolher, você não terá mais que ver e ouvir a briga toda. Essas são algumas opções:
    • Vá tomar um ar puro no quintal.
    • Caso tenha privacidade e alguma distração, fique no seu quarto.
  3. Se não houver nenhum espaço seguro na sua casa, é melhor sair. Vá conversar com algum vizinho próximo ou, se a pessoa não morar longe, procure outro ente querido.
  4. Se não for possível sair de casa, pelo menos ocupe sua mente para não manter o foco na discussão. O ideal seria algo com som; se tiver fones de ouvido, melhor ainda. Outras alternativas seriam:
    • Faça a sua lição de casa. Use esse tempo para cuidar de si mesmo e das suas responsabilidades.
    • Se o barulho for suportável, leia um livro. Fica mais fácil com um headphone.
    • Jogue videogame. É uma ótima opção para distrair a cabeça.
    • Se não tiver fones de ouvido ou headphones, fique debaixo de vários cobertores ao dormir. A briga passará mais rápido.
  5. Mesmo que o assunto da briga o envolva, não se julgue como o responsável pelo desentendimento. Você não está obrigando ninguém a discutir, e nem mesmo tem esse poder; eles estão fazendo isso por vontade própria e por padrões aprendidos no passado.
  6. Outra maneira excelente de se proteger de tanta negatividade é ter a sua própria rede de apoio. Pesquisas indicam que criar um círculo social satisfatório faz bem até para a saúde. [1] Além disso, o fato de seus pais serem um casal problemático não o impede de ter uma realidade diferente. Talvez seja necessário trabalhar bastante esse aspecto, mas, contanto que você desenvolva a sua comunicação e se mantenha aberto, é possível romper o ciclo de conexões tóxicas. [2]
  7. Se os seus pais forem separados ou estiverem prestes a fazer isso, há algumas formas de aliviar o impacto sobre você:
    • Peça a eles que o levem em consideração. O fim do casamento pode abalar completamente a sua vida. Seja para decidir com quem vai morar, quando verá cada um deles, onde vai estudar ou qualquer outro assunto, diga claramente que você gostaria de ser consultado. [3]
    • Não tenha tanto medo do divórcio. O problema maior é viver no meio do fogo cruzado, estando seus pais juntos ou não. [4] Concentre-se em lidar com o conflito.
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Parte 2
Parte 2 de 3:

Conversando com os seus pais

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  1. Pode ser que eles nem percebam o impacto que as discussões têm sobre você. Converse sobre o assunto, mas espere um momento oportuno; falar no meio da confusão só vai gerar culpa e mais acusações.
    • Procure manter a calma para se expressar. Não queira influenciá-los, repreendê-los ou se aproveitar da situação: o objetivo aqui é simplesmente fazê-los entender o que está sentindo, para que assim mudem de atitude.
  2. Muitas pesquisas mostram que divórcios conflituosos atrapalham o desenvolvimento emocional das crianças. Além disso, os psicólogos já falam há anos sobre a importância do apego seguro entre pais e filhos. Estudos mais recentes mostram que até mesmo o grau de estabilidade entre os responsáveis é sentido pelos pequenos. Por isso, essas brigas podem causar ansiedade, depressão e problemas comportamentais no futuro.
  3. [5] Certos desentendimentos são normais e acabam sendo até úteis. Porém, existem situações que só servem para magoar os envolvidos, comprometer o relacionamento e gerar insegurança. Saiba diferenciar:
    • A discussão produtiva sempre termina com um acordo. Por exemplo, se a questão for o horário do jantar, eles poderiam combinar uma rotina satisfatória para ambos.
    • Ela também conserva o tom amigável, mesmo que as opiniões sejam divergentes. Discordar de alguém não significa demonstrar aversão ou repúdio. Um exemplo de comunicação adequada seria: “Eu estou brava porque você esqueceu de tirar o lixo, mas no geral, sempre posso contar com a sua ajuda nas tarefas da casa”.
    • Já a discussão tóxica é cheia de ofensas pessoais, com xingamentos e depreciação da capacidade do outro de ser um bom parceiro e pai.
    • Também ocorre um comportamento evasivo e falta de reconhecimento do outro. Simplesmente se recusar a conversar é tão ruim quanto gritar, pois não resolve o problema e demonstra inaptidão para se comunicar. [6]
  4. É um pedido muito razoável, que pode poupá-lo dos danos emocionais. Presenciar a cena deixa o clima super tenso e reafirma a ideia de que as discussões tóxicas são válidas na hora de resolver problemas. [7]
    • Diga aos seus pais que seria mais fácil lidar com a situação se eles deixassem para discutir no particular.
  5. A psicoterapia ajuda muito os pais que não sabem dialogar de uma maneira saudável. Muitas questões podem ser resolvidas, como: [8]
    • Dificuldades de comunicação e empatia;
    • Assuntos práticos, como o orçamento financeiro;
    • Conflitos sobre o modo de criação dos filhos.
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Parte 3
Parte 3 de 3:

Lidando com as consequências

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  1. Ter opiniões diferentes é, na verdade, bastante saudável para o relacionamento; reprimi-las pode ser mais nocivo do que simplesmente expressá-las. O problema surge quando os desentendimentos acontecem o tempo todo, e de forma agressiva. Contanto que as discussões sejam pontuais e seus pais façam as pazes depois, não há com o que se preocupar.
  2. Ter uma rede de apoio é essencial nesses momentos, pois não é sempre que seus pais terão condições emocionais de acolhê-lo. Se tiver um ente querido mais velho e de confiança, chame-o para conversar e desabafe sobre as brigas. Exponha os seus medos, como um possível divórcio ou ameaças de agressões físicas. Talvez a pessoa não consiga resolver o assunto, mas pode ouvi-lo e consolá-lo, o que já é de grande ajuda.
  3. Os pedagogos são capacitados para lidar com os problemas pessoais dos alunos, inclusive os conflitos em casa. [9] Se a sua escola tiver um profissional da área, ele geralmente estará à disposição. Procure-o e conte a situação da maneira que se sentir confortável. Em caso de dúvidas, peça informação a um dos seus professores.
  4. É normal ficar preocupado com a relação dos pais quando se presencia tantas brigas. Porém, saiba que nem tudo acaba em divórcio. Muitas vezes, as discussões acontecem por motivos banais, como um dia ruim ou algum outro problema. Todo mundo perde a cabeça de vez em quando, mas isso não significa que o fim precisa ser trágico. [10] Se isso estiver causando angústia, converse com seus responsáveis para sentir-se mais seguro.
    • Os desentendimentos também podem acontecer por opiniões divergentes sobre a limpeza da casa, gastos e outros detalhes do dia a dia. Mesmo que essas discussões sejam acaloradas, elas costumam acontecer em todas as famílias e acabam sendo um jeito de desabafar.
  5. Você tem o direito de se irritar com tantas brigas. Como filho, é normal que espere uma atitude acolhedora e protetora dos seus pais, e que se sinta desamparado no meio do conflito. No entanto, existem algumas atividades para despejar toda essa frustração:
    • Pratique um esporte. A raiva pode ser um ótimo combustível para práticas como futebol ou basquete. Use toda essa energia para fazer belos gols e marcar vários pontos. Só tome cuidado para não agir de modo violento com os outros jogadores. [11]
    • Expresse a sua insatisfação. Pode ser para qualquer pessoa: pais, irmãos, amigos ou o orientador educacional. Estudos indicam que descontar a irritação em objetos físicos não resolve, mas se abrir com alguém ajuda a processar os sentimentos de maneira mais eficaz. [12]
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Dicas

  • Não tome partido. Isso só trará mais tensão e conflito entre você e seus pais.
  • Recolha-se em algum lugar seguro e procure se distrair. Ouvir música ou ler um bom livro são opções excelentes.
  • Saiba que nada disso é culpa sua. Os adultos se comunicam de maneira inadequada às vezes, mas isso é problema deles e não tem nada a ver com você.
  • Converse com seus amigos. Falem sobre coisas aleatórias e divertidas (como memes, por exemplo) para ocupar a sua mente. Além disso, você também poderá compartilhar o que anda acontecendo na sua casa.
  • Prefira atividades com som e coloque um headphone para não ter que ouvir a briga.
  • Se for sair de casa, avise aonde vai para que seus pais não fiquem preocupados.
  • Caso a situação esteja insuportável, veja se é possível passar um tempo com algum parente de confiança. Assim, você se sentirá mais seguro e acolhido.
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Avisos

  • Se houver violência física nas discussões, procure um adulto próximo e peça ajuda; em casos extremos, ligue para a polícia ou chame uma ambulância.
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